sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O PROFETA E A BESTA

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            Estava sentado na mais alta montanha, e de lá proferia as palavras de injúria ao mais sagrado e gritava suas abominações, ao mundo todo pois a besta era poderosa e quem tentava lhe fazer calar era destroçado e devorado, até sua alma...
      O povo que respeitava o sagrado,todo o dia orava ao para que um profeta de seu povo fosse ao local e destruísse a a besta en nome de todo o sagrado pois se achavam  eleitos por terem de adora-lo.
O tempo seguiu seu curso, como sempre, mas a besta continuava ali a existir pois sua fé era tão grande no errado, quanto o povo, no certo... E em meio a esse conflito espiritual nasceu e se encontrou Moses com o sagrado, pois seu pais sempre dizia que um dia ele faria algo grande pelo povo e seria reconhecido, como muitos um dia foram defendendo sua fé...
     E em meio a fé, também encontramos a dúvida e o medo, pois esses são os testes de fé que temos de enfrentar todo o dia, para provarmos que no que acreditamos seja então a verdade derradeira...No medo do inferno que aguarda a quem duvida, daquele que não progride e ajuda seu semelhante.
Som e mesmo assim, dentre tantos a fé não era suficiente para subir a grande montanha e enfrentar a besta, de qual tanto falavam?
Como não poderia haver tamanha certeza em sua própria aldeia quanto a verdade que todos diziam da boca pra fora? Quem seria indigno, a tal ponto de não morrer pela fé, a que tinha a certeza de ser a verdadeira fé?
      Amadurecendo essa certeza, de que estava na verdadeira fé, Mses tomou para si o maior de todos os caminhos de sua aldeia, iria professar sua fé e colocar tudo o que estaria fora dos eixos, no lugar, custe o que custasse.
Ele se organizou em chamar ao arrependimento das fraquezas da fé da aldeia, primeiro em praça pública, e todos gostaram de ver pela primeira vez um verdadeiro defensor da fé, e o ajudaram a construir um templo onde pudesse pregar com mais veemência, o que tanto lhes tocava, o coração, as suas faltas, os seus pecados...
Anos se passaram e Moses agora mandava na rotina do povo, tanto quanto lhes cediam. Ele colocou horários que lhe achava certo as orações: os horários de purificação com banhos e limpeza; os horários de comer, conversar e meditar sobe o sagrado...Colocou também com mais veemência as punições aos erros, pois nessa altura todos esclarecidos, não podiam justificarem-se em inocência...Não depois desses anos todos de seu controle, de sua assistência e ensinos...E em meio pensava: quando tudo estivesse certo e apropriado, farei a maior de todas as provas irei destruir a besta que grita blasfêmias a tantas gerações, especialmente agora que sentiu que sua voz estava ficando fraca, estaria a besta envelhecendo?
      Assim se deu. As coisas ficaram quase que perfeitas e a mistura de amor ao sagrado e temor ao inferno e a besta, elevaram seu povo ao patamar, de um paraíso de pureza inocência e irmandade jamais visto pela antiga geração, antes dele, na época do antigo profeta que esteve empenhado em matar a besta e não voltara, desde então.
Mas com ele jamais aconteceria, tal falha pois ele ainda era forte e jovem, para enfrentar melhor que o antigo profeta a besta, com sua fé e força vital. Assim ele se despediu de momento de seus seguidores prometendo o júbilo da vitória par a glória da aldeia e do sagrado...
       Moses subiu aos poucos a montanha e escalou-a passando por cada percalço e dificuldade, físicas principalmente, então esgotado e cansado, como corpo flagelado pela fome, machucados e exaustão, com as mãos crispadas e sua espada, subiu os últimos metros do cume ...Mas devido ao esforço lhe faltou vitalidade e desmaiou, tudo era só escuridão...
Lentamente dentro da escuridão uma voz lhe chamava e ele lentamente abriu, seus olhos e encontrou a visão encarando o antigo e velho profeta, de sua aldeia que em largo sorriso lhe servia em um copo um revigorante, pra que lhe retornasse as forças...Já não estava sujo, maltrapilho...O profeta lhe lavou, curou seus ferimentos, lhe alimentou e aguardou pacientemente, ao seu lado até seu restabelecimento completo...Assustado Moses percebeu que passara-se muito tempo, pois não havia mais nem feridas em seu corpo...Ele ainda não compreende e procura, amparado pelo profeta os indícios de tal besta, mas não encontra nada, em cima do monte havia sim outro tempo em nome do sagrado, muito bem moldado e limpo, mostrando que o profeta realizou uma maravilha,mesmo só esses anos todos aqui em cima do cume da montanha da besta.
      Moses achava que poderia ser que a besta se mudasse por saber que ele chegaria...Mas não explicava como ainda o idoso profeta estava ali, vivo, e como a besta permitiu que ele construísse ao sagrado tamanha maravilha, em meio a tanto pecado? Ele queria que o profeta explicasse, mas ele apenas pediu que se acalmasse e meditasse de tudo o que viu verá em caminho de sua iluminação e respostas - São suas respostas e não minhas, então cabe a você encontra-las e não eu!
Enquanto meditava atônito ainda com tudo, o que vira, o que sabia, e o que esperava ele percebia que o profeta, trabalhava pra seus sustento, de sol a sol, plantando seus sustento no local...Que ainda fazia suas orações em horários diferenciados dos que ele ensinou, e que mesmo, com toda aquela maravilha, criada por sua sabedoria, a favor do sagrado, ainda assim se vestia com humildade, mas com vestes muito limpas, assim com sua alma, pensava.
Também percebeu, que nesse período a besta silenciou, como que temendo algo, não...Como que esperando algo, sim! A iluminação de Moses.
      Foram dias e meses, tudo era silêncio sagrado,..Até o profeta respeitava isso...E mesmo com dificuldades, já pela idade em andar continuava com seus afazeres, e lentamente envolveu em sua sabatinagem Moses que também, pelo seu exemplo começou a compreende-lo, e respeita-lo ainda mais...
Mais um tempo se passou e Moses encontrou o profeta deitado enfermo, com poucas forças para continuar, sua rotina espiritual. Era o momento de Moses lhe falara se entendera tudo e se atingira a iluminação tanto desejada por ele...Mas antes,e para que tudo finalmente se ajustasse ele pediu que Moses, o levasse para dentro do templo, que até então em meio ao silêncio ele só limpava...Quanto chegaram ao centro do saguão grande e amplo, o profeta falou em bom tom: MOSES!MOSES!MOSES...!
       Repetida as vezes ele escuta momentos depois a voz da besta saindo acima deles gritando o seu nome, seria um desafio? Ele deixou o profeta no chão do salão deitado delicadamente, e correu aos aposentos pegou sua espada, esperando, finalmente o frande confronto que estava preparado...MOSES!MOSES!MOSES...! Mais uma vez o chamado, mas nada da besta...Então sentou-se, no pátio de fora donde escutara o chamado, acalmou seu coração.
      MOSES!MOSES!MOSES...! Agora a voz fraquejava, estava se apagando, então escuta um suspiro profundo, de uma vida que se esvai e Moses, compreendeu...Chegava finalmente a Iluminação, de tudo, a verdade inexorável...Como poderia haver fé no sagrado, sem as dúvidas, sem o medos, sem os terrores? É através da fé que rompemos esses próprios medos, e retornamos para o ciclo sem fim, do mistérios da crença...Contudo a cada ciclo completo, nos auto corrigimos, nos tornamos melhores, pois somos divinos, essências do sagrado...Então se não houver o obstáculo, como melhorar se o desafio, já não existe mais...Como saber se sou bom e justo se não tenho mais meus inimigos maus pra me comparar? Como viver na retidão se não tenho mais a morte me acompanhando?
       Moses voltou ao templo encontrou o corpo inerte do profeta e o enterrou próximo ao templo, ele chorou de gratidão, pela iluminação tão preciosa e importante...Agora Moses compreendeu que deveria ser mais que um herói, mais que um santo, para seu povo...ele deveria estar acima de tudo isso, pois muitas vezes os homens não precisam de salvadores e profetas, eles precisam sim é de monstros e bestas!
       Com lágrimas de arrependimento e sabendo que o povo logo cairia no comodismo pecaminoso da alma sem horizontes, tomou para si as vestes humildes do profeta e seguiu seu ritimo,sendo que no momento das orações, terminadas, ele se voltava ao templo e lançava de dentro, do centro do saguão as blasfêmias mais terríveis es estas ecoavam da montanha a aldeia, causando temos ao povo que se agarrava ainda mais ao sagrado para continuarem firmes, em sua fé com medo do pecado e da besta...
       Com os olhos cheios de lágrimas Moses apenas orava ao sagrado que outro profeta pudesse se levantar de meio de tantos, pois pensariam que a besta o devorara, para que ele pudesse logo deixar o martírio de ser o caído para salvar os seus amados...Pois na realidade, a besta sempre esteve lé dentro esperando para sair, e assim o fez, devorando tudo o que Moses foi, e seria, devorando até a sua alma!



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terça-feira, 18 de outubro de 2016

SONHOS...

    Os sonhos não são meus...Os sonhos que tanto me assombram!
Estou vagando por paragens que as vezes irreais, lembram antigas paisagens,
E elementos que de momento, parece obscuros, mas tenho certeza, de que com eles,
Já tive meus momentos!

     As viagens a reinos que sequer existem, agora são  verdades... Loucura é só mais um
Reino? Talvez.! Sonhar acordado, calado, parado!
Estou sendo fugaz, eu bem o sei, mas se não existisse o bandido, por que então as leis?

     Talvez não entendam os alaridos, dos fantasmas do passado que fulguram, como brasas
Que crepitam, com corrente, arrastados...Minha penitência além de os escutar, e também
Relatar, para que essas palavras não me sufoquem, para que tenham ciência, e a calma paciente
De me escutarem, mesmo se chocarem, com o que esta mais além.


     Estou convivendo, dentro desse pesadelo, com monstros, que jamais quis fazê-lo...Vejo os horrores reais, em mescla com o futuro incerto, que lentamente despeja seus dejetos, de morte e violência banais...Nos tornando cada vez, meros, animais!

Onde há a falha, haver a profecia, e aqueles que escutam dos desertos secos e de noites frias, as linhas dos segredos, tecendo tais enredos, lembra que aquele que tudo vê, não se importa com sua cor, sua procedência, sem medo ou clemência, o que mais esperar?
Que um cruzado maldito acorde, e bata a porta do vil covarde e o clame com a cruz de espinho as mortes desses menininhos, sonhados ou não, afogados pela maldade e corrupção...Sim tens razao
     Esses sonhos não são meus, não!

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SEXTA 13!

     Chegou a sexta-feira 13! Muitos levam como crendiuces as sextas 13... Uns fazem até simpatias para sorte ou amor. Mas aqui na Serra as ...