SOBRE A...GUERRA!

...A fúria recomeça novamente, sem motivo ou qualquer sentido!
De repente 3 nações estrangeiras invadem seus território e são vorazes pela conquista, como todo o predador faminto encontrando a presa em desatento.
Poucos puderam serem remanejados, dianto de tamanha rapidez! homens encourados, resistentes e ao mesmo tempo  de forma ágeis , invadem cada vilarejo e os consomem tão rápido que ninguém sobra pra contar histórias, e se não fosse por uma casualidade de um lenhador ter saído cedo para o trabalho, nem mesmo Tierra Madre poderia se preparar para tal ato.
     Rapidamente os líderes juntaram uma armada de cavaleiros, ainda restantes nos fortes apodrecidos pelo tempo e por políticos corruptos, que deliberadamente sucatearam a defesa colocando equipamentos de péssimo uso, em troca de lucros exorbitante, durante a sua venda ao estado, de suas próprias fábricas ou daquelas mal  acomunadas com eles...Era mandar cordeiros para o abatedouro, praticamente, mas assim um mal necessário, para garantir um atraso para renovação de uma nova armada...Temos de lutar no terreno inimigo e nunca em nosso próprio terreno, essa era a vantagem e assim fizeram...
     O problema é sempre o mesmo, os militares resolvem os problemas que os políticos aprontam, dentro de sua corrupção, justamente pelo poder que detém...e é o que incentiva uma nação ou povo a se desenvolver, afinal, o lucro...É um tanto doido isso tudo, por isso os militares já avaliam as perdas  com as ações políticas e de como se pode recuperar o tempo perdido, na tecnologia atual, reforçando muito rapidamente seus exércitos...eram contingências necessárias, para momentos difíceis, e então deixar a ilusão de que um político é responsável pela liberdade de um povo, é necessário para acalmar as dúvidas desse povo, pois ao verem o comando através das armas e armaduras, mesmo sendo honesto, sempre desconfiam...
    A tropa que se deslocou para o local intitulado de O MATADOURO, estava ciente de seu risco, e muito ainda de seu destino, sendo que a maioria foi voluntário para isso, então de onde se tira tanto ardor ao combate senão daqueles que amam seu país, sua liberdade e seu povo?Foram criados por bons pais, mesmo que seja em meio ao sofrimento da fome e a falta de tudo, ainda assim foram bem criados.
    Na história toda sempre haverão exemplos como esse, da marcha para a morte, podem ser 50, 10, 200 ou 300...Nós precisamos desse heróis para iluminarem o caminho, a humanidade só muda diante de um imenso sacrifício, essa é a dura realidade!!!
Então com muito custo eles chegam, penando em cansaço, fome e desgaste...Quem dera eu poder contar histórias de ninar com finais felizes, mas na vida real posso dizer que fizeram seu trabalho de maneira exemplar, assim como treinaram tanto, com tão pouco material defasado de batalha que receberam...Indignos foram sim os líderes que viveram mais um tempo por seus sacrifícios, estes não poderiam nem passar pela sombras que passaram desses grandes heróis, pois nenhum desistiu ou se entregou, bons homens trazem boas mortes, é um ditado militar.
    O que leva um povo a se voltar contra o outro pouco importa, o que mais importa é como o povo que foi atacado irá se comportar...Na natureza ha uma premissa bem básica e cruelmente real a presa do predador se difere principalmente por seu comportamento, aquele que retrai, aquele que cede, aquele que desiste, será sempre presa!
Mas como definir quem pode vencer ou perder um conflito? De início as forças tomam de certa forma igualdades, cada qual com suas táticas, mas perseverança vem quando sabemos que o que fazemos tem um sentido e de certa forma é o mais correto a se fazer...Quando surgem dúvidas na tropa e no povo, muitas vezes trazidas pelas mão malogradas de políticos traidores á própria pátria que os sustenta, vem junto a fraqueza e a derrota é iminente...
De momento sei que a guerra bateu as nossas portas e temos de tomar uma decisão ficar e lutar ou fugir, ser caçado e morrer!

DOS MEUS PECADOS...

    Nasci na mais profunda escuridão, noite adentro...Cresci tão próximo dela que se podia a´te respira-la em certos momentos...A vida na Serra não é e nunca será fácil, mesmo depois que tenha conquistado seu espaço.

   Tive meu tempo de boêmia como tantos pois nunca fui ou quero ser santo...Conheci os salões de bailes e sou do tempo do Sentinela, do Gato Preto, Do Salão do Dourides, e tive na Consuelo, se bem que a serviço...Também lá nas comadres encontrei na Tititi, a rainha delas todas, a sempre elmbrada Sthephem...Ah, que saudades desses tempos donde o pulso firme e a valentia abriam as portas aqueles que ousavam passar por elas e digo todas as portas....Se tivesse culhões para isso!!!

    Lembro das noitadas mal dormidas, onde a vida poderia passar rápido, por apenas um fio, na lâmina do aço, e como jovem nem se importava se vivia ou morria hoje, que depois de velho, nossas vidas valem mais que o amarelo do ouro!

     Sim as chances foram perdidas e as aventuras por muitos esquecidas, por tantos amigos que se foram, dessa pra melhor, ou talvez, bem pior, quem o sabe dizer...Do quando apenas eu comecei a fechar o tal de Barrancos na peleia, mas desgracenta que deles, os errados de se meterem comigo, caíram quatro,e dois desses não se levantaram mais tão cedo,e quando de ultimas forças pensei ter comprado passagem pra outro lado me vem um dos poucos amigos e estimado pra ficar do meu lado, se preciso até morrer fosse, e fosse o que fosse!

     Lutamos por duas horas e quando tudo tava calmo, e entreolhamos um ao outro, completamente suados e mal acabados, sabíamos que sobreviveríamos,para contar mais essa história, deixando junto com toda a bagagem de legado! Ah, meu amigo Isaías, que falta me faz agora, quando os meu demônios vêm no calar da noite me atormentar e só me largam na peleia de minha alma depois do sol raiar...

    As memórias, que são ás vezes o tormento de nossas almas, ás vezes também nos trazem o bálsamo, nas lembranças de uma vida bem vivida,e quisera eu que tivesse de sempre lembrar dos bons momentos e não de tantos lamentos que gritam e explodem todo o dia de meu velho peito, desse velho coração que ainda teima em bater, com ardor, ainda querendo viver!

é nessas horas que penso nos pobres suicidas, se são mesmos covardes, ao tirar a própria vida ou corajosos, de morrer com dignidade, do que viver no esquecimento...E nessas hora que também me detesto, pois fui homem de fibra e decidido, por isso tinha sobrevivido...Agora envelheço em silencio, quieto, quase esquecido, juntando migalhas de tudo o que tive e um dia tinha perdido...Mantendo minha família como o bem ainda não vendido,mas sem legado, pois nenhum deles a meu sangue tem puxado...

    Vejo meus meninos, que crescem domesticados,ensinados nas maneiras, vivendo a vida das grandes cidades, se curvando aos agrados, e agradando,quem o agradou...Engolindo as injurias para viver civilizado, domesticado, animal de cria, dos que podem mandar, e me dói no peito ver que esse é o novo jeito, desse mundo novo e um tanto suspeito, de falação, de enganação,sem liberdade, sem expressão, somos agora um pacote  padrão, que marca até como pode ser usado e o seu tempo de validado, para depois ser descartado!

     Tenho saudades das campinas selvagens, do indescobrido, daquilo que estaria por vir, motivando a gente aos passo seguir, correndo livre sempre para frente, sem se importar de olhar pra trás,como agora, de agora em diante.

Lembro do medo de dirigir e a aventura de tentar e conseguir,lembro do medo de morrer , mas tentar e sobreviver...Lembro do tempo que nem tinha muito o que comer,mas quando conseguia, era meu, e Deus, que sensação de poder! Sim, criança ser livre tem seu preço, mas ainda vale a pena pagar, e não ter no final que dever nada, a ninguém, nem o que come nem o que veste,é tudo seu, sem enrolação ou teste.

     Mas agora,aqui sentado em meus pensamentos passados, guardo muita coisa como tesouro enterrado, pois muitos causos dessas coisas jamais vai ser lembrado...E diante de mim a eternidade, me chamando cada vez mais,dizendo vem,vem provar desse novo gosto,larga tudo e vem comigo...

Ah, meu rapaz! Não sei porque, já não me bandiei pra aqueles lados, talvez por enquanto ainda não fui totalmente convencido e tentado e não é por medo do que possa encontrar, mas do que possa ficar ainda mais decepcionado!

    Sim, sou difícil de engolir, pois não tenho rotulo, sou espinhento, e quando mastigado, sou amargo e travo na garganta, não tenho estirpe, não quero frivulas nem tão pouco seus chiados, sou o que sou, SUMUS ET SUMUS!