O sono caiu como pedra na equipe acampada aos pés do Monte Crista...quando acordaram nem parecia que estavam numa perigosa empreitada, pois a vista do local era muito bonita, então ele se deu um tempo para ver a beleza do amanhecer natural pois poderia ser uma das ultimas vista que teria por um bom tempo.
Então prepararam um desejum e levantaram acampamento, indo em direção de uma caverna a muito conhecida pela tribo da estrada, que segundo os anciões dariam o que precisavam no momento: um meio de entrar no acampamento das minas de caolin sem maiores danos colaterais...
- Amigos, se lembrem desse meu conselho antes de entrarmos pela garganta da mãe terra: mantenham seus ideias puros e não violentos...A maldade só atrai a maldade e a violência, a própria morte! - assim disse Ansunamun, quando acendia uma tocha, assim que chegaram próximo do topo e deram de cara com uma imensa frisura, em um descampado do monte.
De momento com pensamentos perenes, andaram sob a luz da tocha por um longo período dentro daquele mar de escuridão...O curioso que dentro daquela frisura o caminho estreito se alargava lentamente e depois de umas entradas de labirintos, que somente Ansunamun, conseguia rotear, ele se abria largo e alto a ponto de parecerem para eles que estariam andando em uma noite sem lua ou estrelas...O chão que era de terra molhada á medida que aprofundavam na caverna tomava forma arenosa e macia, de poucas pedras no caminho, quase não se tropicava nas sorteadas e caídas no caminho direcionado pela tocha de Ansunamun...Por seu tamanho a luz dava vantagem aos dois que a seguiam, pois iluminava um bom tanto a frente e podiam ter uma vista um pouco adiantada do que poderia estar por vir...
Em momentos de parada para um descanso e beber um gole de água, ele segurava a areia nas mãos e deixava escorrer pelos dedos contemplando o ato de modo pensativo, que foi interrompido pela pergunta de Rodolfo:
-Afinal, senhor o que anda pensativo? Estou vendo-o nesse estado com mais tempo, desde que entramos aqui nessas profundezas...
-Meu amigo, não sei se notou, mas já andamos a tempos e não vi mais nada a não ser areia...Nem um animal, carcaça ou ossos; nenhum inseto, nada a não ser essa areia!
- A mãe terra é generosa, mas o pais do fogo, ah! Esse é malu! Por isso que devemos ter pensamentos calmos sem o fogo do ódio, ou chamaremos a atenção do pai do fogo...E se ele souber que estamos aqui em seus domínios, ele nos consumira por completo, como fez com tantos que viraram aqui dentro pó, cinzas, e nessa areia que você está mexendo!- disse Ansunamun olhado fixamente para eles...Será que ela já teve problemas com esse pai do fogo e afinal, como e o que seria ele? Claro que naquela altura, nenhum deles queria sequer ter a chance de descobrir isso!
O curioso disso tudo, dessa caminhada era como Ansunamun mantinha o controle do horário, uma vez que somente havia trevas naquele mundo subterrâneo...Então, em um momento ela para e os manda armarem o acampamento, era hora de descansar e repor as energias.
-De agora em diante vamos comer carne seca, farinha e água, sem fogo...Não temos madeira enm condições de fazer uma fogueira, portanto, se acostumem e sirvam-se! - disse Ansunamun retirando de sua imensa mochila um saco de cada produto: carne seca e farinha de mandioca...
Sem pestanejar se alimentaram, e dentro da mesma mochila Ansunamun, tira uma coisa enrolada em um pano escuro, era uma esfera de luz, que provinha de si mesma, sem nenhuma bateria e ela coloca a esfera bem no centro do acampamento, depois junta umas varas que trouxe na mochila e faz uma espécie de cajado, onde insere a esfera de luz...Ela que estava de uma cor esverdeada, passa a iluminar de uma cor vermelha-rosa-alaranjada...E disse:
- Daqui para a frente o ar estará mais pesado, por causa da falta dele, fiquem próximo a esfera e ela nos manterá a salvo, e o local ao redor respirável, não se esqueçam: não saiam dos raios de sua luz, ou não poderão voltar jamais!
E assim se deu a primeira noite, que trouxe mais mistérios e perguntas na mende dele...E num dado momento ele lembra que de longe aquela esfera faz lembrar do FOGO CALDEU, uma lenda de um povo esquecido, que usavam esferas de energia fria para iluminarem os caminhos de seus barcos, na escuridão da noite, no mar sem fim. Contudo descanso deve ser aproveitado a todo o momento possível, para não desfalecer de suas forças, ainda mais quando somente a guia sabe o seu destino certo...E amanha seria outro tempo, para outros pensamentos.
domingo, 24 de fevereiro de 2019
sábado, 16 de fevereiro de 2019
O CASO DOS 7 MENDIGOS: CAP 18: AOS PÉS DO MONTE CRISTA
Naquele tempo todos do interior sabiam que o melhor tempo de começar uma jornada é pela parte do amanhecer...Pois pega a frescura da manha o que nos dá ânimo necessário, quando o cansaço bater, próximo do final, lembrar de uma manha tão agradável...E assim foi, a comitiva restrita saiu um pouco antes de clarear, da aldeia, com um bom ritmo de caminhada, não tardariam a chegar nas entradas das entranhas do Monte Crista, e como sempre esperado era o tamanho e a força de Ansunamun, que se destacava no grupo levando grande parte dos mantimentos dentro de sua imensa mochila, então ele se pegava pensando nos tempos de outrora daquele povo nômade e gigante, seriam temíveis nas guerras fazendo lendas vivas de si, somente para sobreviver e desbravar o mundo do desconhecidos daqueles tempos imemoriais...E mesmo com poucos sobrando sua honra e coragem estão intactas, pois mantiveram os anciões no poder, pelo conhecimento e experiência de suas vidas e sagas de batalhas...Ah, se o nosso mundo de hoje fosse assim, quão maravilhoso seria, nessa fase de nossa evolução!
caminharam direto até o sol começar a se esconder montaram seu acampamento clandestino em local seguro, sem luminosidade de suas fogueiras, pois mesmo quende por aquelas paragens, durante o dia, era na noite escura que tudo se tornava mais frio, a medida que chegavam a mata virgem e aos pés do monte crista. Dali para frente a névoa fria haveria de acorda-los, com sinal nenhum de boas vindas...O cuidado com o barulho e a disciplina de voz natural devido a situação de discrição para não serem descobertos antes do devido, deixa o silêncio que pairava sobre eles inquietante.
Com relação a comida, haviam se abastecido com farinha de milho, banha, sal e carne seca, não poderiam carregar nada que estragasse rápido durante a marcha porque o tempo era contado...Com o tempo e cansando-se daquela dieta vez ou outra pegavam pequenos pássaros, ovos , peixes o que lhes convinha bem, mudando um pouco o paladar da comida.
E como esperado a caminhada começa a pesar nas pernas, ombros e coluna da comitiva que sente o cansaço da distancia percorrida nos dias que se seguem, especialmente a noite, quando os músculos exigem um descanso completo e dormiam recostados em um sono leve de vigília , ao lado da fogueira, protegendo-se de animais violentos e algum intruso não convidado. Daí que as palavras fugiam ainda, para economizar energias, mas para cada um deles havia uma meta, um objetivo que valiam cada momento estarem naquela situação, pois nossas escolhas de ontem fazem o destino de hoje, assim como nossos sonhos de hoje selarão a história de nosso futuro, ou pelo menos bem próximo dele.
Com mais de sete dias de caminhada forçada eles chegam ao entardecer nos p´s do Monte Crista e como sempre montam acampamento para descansar ao redor da fogueira, e retomar o fôlego para o dia que se seguirá amanha, talvez um dos mais marcantes dessa empreitada, pois iriam adentrar as cavernas desse monte, que são perigosas, escuras, desconhecidas para os dois, talvez uma velha amiga de outra...Por isso uma certa tensão no ar, por entre eles.
Reunidos na beirada da fogueira, se alimentaram e o silêncio então depois é quebrado por Ansunamun:
- Como os anciões disseram, estamos agora adentrando um local sagrado! O que vocês procuram esta mais dentro do mundo espiritual do que nossa realidade...Quando entrarmos nas cavernas do
monte crista, entraremos nas entranhas da mãe terra, e no final ela decidirá se o que desejamos sera
é justo para ela e concederá...ou não o caminho para isso! Portante amigos, descansemos amanha é o começo de um grande momento!
Assim aos pés de seus destinos nossos heróis descansam...Sem se preocupar com o amanha pois ele não tarda a chegar
caminharam direto até o sol começar a se esconder montaram seu acampamento clandestino em local seguro, sem luminosidade de suas fogueiras, pois mesmo quende por aquelas paragens, durante o dia, era na noite escura que tudo se tornava mais frio, a medida que chegavam a mata virgem e aos pés do monte crista. Dali para frente a névoa fria haveria de acorda-los, com sinal nenhum de boas vindas...O cuidado com o barulho e a disciplina de voz natural devido a situação de discrição para não serem descobertos antes do devido, deixa o silêncio que pairava sobre eles inquietante.
Com relação a comida, haviam se abastecido com farinha de milho, banha, sal e carne seca, não poderiam carregar nada que estragasse rápido durante a marcha porque o tempo era contado...Com o tempo e cansando-se daquela dieta vez ou outra pegavam pequenos pássaros, ovos , peixes o que lhes convinha bem, mudando um pouco o paladar da comida.
E como esperado a caminhada começa a pesar nas pernas, ombros e coluna da comitiva que sente o cansaço da distancia percorrida nos dias que se seguem, especialmente a noite, quando os músculos exigem um descanso completo e dormiam recostados em um sono leve de vigília , ao lado da fogueira, protegendo-se de animais violentos e algum intruso não convidado. Daí que as palavras fugiam ainda, para economizar energias, mas para cada um deles havia uma meta, um objetivo que valiam cada momento estarem naquela situação, pois nossas escolhas de ontem fazem o destino de hoje, assim como nossos sonhos de hoje selarão a história de nosso futuro, ou pelo menos bem próximo dele.
Com mais de sete dias de caminhada forçada eles chegam ao entardecer nos p´s do Monte Crista e como sempre montam acampamento para descansar ao redor da fogueira, e retomar o fôlego para o dia que se seguirá amanha, talvez um dos mais marcantes dessa empreitada, pois iriam adentrar as cavernas desse monte, que são perigosas, escuras, desconhecidas para os dois, talvez uma velha amiga de outra...Por isso uma certa tensão no ar, por entre eles.
Reunidos na beirada da fogueira, se alimentaram e o silêncio então depois é quebrado por Ansunamun:
- Como os anciões disseram, estamos agora adentrando um local sagrado! O que vocês procuram esta mais dentro do mundo espiritual do que nossa realidade...Quando entrarmos nas cavernas do
monte crista, entraremos nas entranhas da mãe terra, e no final ela decidirá se o que desejamos sera
é justo para ela e concederá...ou não o caminho para isso! Portante amigos, descansemos amanha é o começo de um grande momento!
Assim aos pés de seus destinos nossos heróis descansam...Sem se preocupar com o amanha pois ele não tarda a chegar
domingo, 10 de fevereiro de 2019
O CASO DOS 7 MENDIGOS: CAP 17- A GUIA CONFIÁVEL!
O que intrigava ele, era o modo de como tudo o que faziam, o que diziam estava intrínseco na convivência daquela tribo com raízes tão profundas que tomavam de longe a mais básica das reações lógicas humanas...Afinal mentir e enganar era natural da evolução humana, assim como o de esconder segredos...Mas ali tudo tinha de ser sincero e aberto, compartilhado e com muito cuidado e respeito exposto...Somos responsáveis pelos nossos atos aqui na aldeia, e isso dizia tudo, literalmente!.
Ele imaginava se um dia teríamos essa consciência? De assumirmos nossas verdadeiras responsabilidades dentro de nossa sociedade, de arcarmos com nossos erros reais sem culparmos mais ninguém por falha nossa direta ou indiretamente? Seria praticamente impossível: sempre teremos de ter um cristo para levar toda a culpa e seguir em frente depois de sua expiação!
Novamente os três anciões vem ter com seus dois viajantes e lhes chamam para conhecer Asunamun...
-Quando a escolhemos a nossa Asunamun, achamos que não entenderam o porquê de nossa escolha, agora vamos lhes mostrar, afinal somos responsáveis por tudo o que falamos nessa aldeia!
Assim que terminam de lhes falar, dentro de sua casa temporária eles os levam para fora e encontram a sua guia e só de contempla-la já era de impressionar...Asunamun era uma das poucas gigantas que inclusive era maior que Asu, de longe! Além disso sua estrutura era de uma verdadeira amazonas e ele nessa hora pensava que a lenda dessa mulheres mitológicas no nosso país poderia ter vindo de um vislumbre por bandeirantes de mulheres como ela, dessa tribo nômade, e por isso nunca foram visto novamente...É, bem poderia.
Então eles ficaram cercados por outros índios da tribo, juntamente, com os três chefes, em um pequenos círculo, que deixou Rodolfo tenso, até o momento sutil , quando ele repousa a mão no ombro dele:
- Calma, meu amigo, se quiséssemos mortos agora não fariam tanta cerimônia! Acho que estão nos protegendo de um show que querem nos mostrar em seguida, com certeza!
E não deu outra! Assim que fecharam o cerco dos convidados e chefes, saiu de uma jaula, que apareceu Deus sabe de onde, em meio a tensão, e salta um enorme puma, que para Ansunamun parecia mais um cachorro médio do que um felino mortal...O animal no instinto viu que a única chance era atacar o mais vulnerável e desarmado daquela tribo e deu de cara com a giganta armada somente com suas mãos e nada mais. Então retesou seus músculos e como sempre fazia na selva para sobreviver, avançou de garras e dentes contra Asunamun: Mortal e ledo engano!
Com um desvio felino ela se afastou do salto da besta e se colocou atras do animal em movimento, e num abraço de pescoço mortal, o quebrou, com se quebrasse gravetos para a fogueira, rápido assim...!
- Como dissemos - falavam os três anciões intercalados, de uma maneira perturbadora - não poderíamos deixasse que alguém fosse com vocês, que não tivesse no mínimo trilhado uma vida perigosa desde a sua infância, afinal somente pode guiar, alguém para o paraíso, aquele que já passou pelo inferno!
Com aquelas palavras e demonstrações assustadoras, ele também compreendeu que teriam o mesmo fim caso não cumprissem com o prometido, o que dependeria deles serem guiados para seu objetivo (o paraíso), ou para as portas do inferno (sem suas vidas!)
domingo, 3 de fevereiro de 2019
O CASO DOS 7 MENDIGOS: CAP 16 - CONFIAR DESCONFIANDO
Após uma longa conversa todos se retiram para dormir, e a noite cai mais escura de que o costume, pois a tensão e a jornada extenuaram os viajantes...E tudo era muito delicado de se falar ou expressar pois um mal agrado teria consequências desagradavelmente...Mortais!
Ele sabia que a palavra dada, é palavra cumprida para essa tribo, e assumir tal responsabilidade sem ao menos entender o que, ou quem era o coração dos antigos senhores era um risco alto que deveria ter de correr.
Assim que amanheceu, do lado de fora de seus quartos já haviam"acompanhantes", que os conduziram a uma praça de alimentação...Havia muita abundancia de frutas e comidas feitas de produtos locais, e a mais que aparecia entre os pratos era o inhame...Farinha, cozida, assada e até doce...O mais curioso ainda para ele era que haviam doces, mas não haviam canas de açucares na região e mesmo que barganhado com a família de Rodolfo, seria muito caro para a tribo possuir tal item...Após experimentar vários pratos eles se aproxima de uma mesa feita em uma tenda aberta para os três anciões, que curiosamente pareciam nunca se separarem, mantendo aquele estranho rito de um completar a frase do outro a ponto de se perder por momentos a identidade de cada um...Um tanto perturbador para ele.
-Vemos que o viajante ficou curioso com nossos doces...Não há mistério! desde tempos remotos aprendemos a processar o néctar das flores, tal qual as abelhas e a vivência do deslocamento não ficou tão amargo, desde então...Além claro do mel que também usamos as abelhas ao nosso favor... Mas fica para outro momento nossa conversa sobre isso, venha sente-se conosco pois sabemos o que procuram, pois ontem tivemos um sonho e nos foi revelador!
Os viajantes se sentam e em parte eles contam o sonho como protagonistas, mas o que deu arrepios é que as partes do sonho eram as aventuras vividas pelos dois homens até ali então...
-Note viajantes que nosso sangue ainda tem resquícios dos antigos...E se precisamos saber de algo o sangue deles nos revela em sonhos...No final todos nós temos o sangue deles em nossas veias, uns mais outros menos, mas a porta está sempre aberta a todos...Portanto não duvidem de seus sonhos, pois são como orações a seus deuses, eles lhes revelaram a verdade da qual precisam saber!
- Então o que vocês procuram são plantas do espírito, e essas só podem ser encontradas no coração da grande mãe, e dentro dela, próxima de seu coração, no seu perispírito...A porta para a grande mãe fica longe daqui, lá no grande monte da Crista. Haverão de encontrar uma caverna e nela entrarão e deverão ser merecedores se quiserem, ser dignos do presente que precisam, pois nada vem de graça e algum preço se tem de de pagar, porque o segredo da vida será sempre A BARGANHA!
-Assim para poder lhes ajudarem melhor mandaremos com vocês uma guia: Ansunamu!
Ela conhece bem as entranhas do monte pois foi em busca de um presente a um tempo atrás, e foi agraciada com ele...Agora descansem pois prepararemos uma comitiva de bravos que os acompanhará até aos pés do monte...
Eles se retiram e vão para seus aposentos e sempre acompanhados...Curiosamente foram separados em quartos e locais diferentes, e se precisassem de algo seus acompanhantes os serviam.Claro que era uma sutil forma de vigília enquanto estivessem ali na aldeia, sob esses cuidadosos olhares discretos.
Ele anotava tudo, o que via também discretamente criando por precaução um mapa para uma retirada estratégica caso notasse alguma situação perigosa, e Rodolfo entendeu isso ao confrontar seu olhar enquanto os mais velhos falavam...Então a saída seria á tarde e o que se podia fazer era esperar e ver se as forças do universo conspirariam para aquela empreitada que a cada momento apresentava desafios novos...Mas se queremos realmente algo devemos fazer isso valer a pena e pagar o preço exigido, pois como os três antigos disseram: A VIDA É UMA BARGANHA E TUDO TEM O SEU PREÇO!
Ele sabia que a palavra dada, é palavra cumprida para essa tribo, e assumir tal responsabilidade sem ao menos entender o que, ou quem era o coração dos antigos senhores era um risco alto que deveria ter de correr.
Assim que amanheceu, do lado de fora de seus quartos já haviam"acompanhantes", que os conduziram a uma praça de alimentação...Havia muita abundancia de frutas e comidas feitas de produtos locais, e a mais que aparecia entre os pratos era o inhame...Farinha, cozida, assada e até doce...O mais curioso ainda para ele era que haviam doces, mas não haviam canas de açucares na região e mesmo que barganhado com a família de Rodolfo, seria muito caro para a tribo possuir tal item...Após experimentar vários pratos eles se aproxima de uma mesa feita em uma tenda aberta para os três anciões, que curiosamente pareciam nunca se separarem, mantendo aquele estranho rito de um completar a frase do outro a ponto de se perder por momentos a identidade de cada um...Um tanto perturbador para ele.
-Vemos que o viajante ficou curioso com nossos doces...Não há mistério! desde tempos remotos aprendemos a processar o néctar das flores, tal qual as abelhas e a vivência do deslocamento não ficou tão amargo, desde então...Além claro do mel que também usamos as abelhas ao nosso favor... Mas fica para outro momento nossa conversa sobre isso, venha sente-se conosco pois sabemos o que procuram, pois ontem tivemos um sonho e nos foi revelador!
Os viajantes se sentam e em parte eles contam o sonho como protagonistas, mas o que deu arrepios é que as partes do sonho eram as aventuras vividas pelos dois homens até ali então...
-Note viajantes que nosso sangue ainda tem resquícios dos antigos...E se precisamos saber de algo o sangue deles nos revela em sonhos...No final todos nós temos o sangue deles em nossas veias, uns mais outros menos, mas a porta está sempre aberta a todos...Portanto não duvidem de seus sonhos, pois são como orações a seus deuses, eles lhes revelaram a verdade da qual precisam saber!
- Então o que vocês procuram são plantas do espírito, e essas só podem ser encontradas no coração da grande mãe, e dentro dela, próxima de seu coração, no seu perispírito...A porta para a grande mãe fica longe daqui, lá no grande monte da Crista. Haverão de encontrar uma caverna e nela entrarão e deverão ser merecedores se quiserem, ser dignos do presente que precisam, pois nada vem de graça e algum preço se tem de de pagar, porque o segredo da vida será sempre A BARGANHA!
-Assim para poder lhes ajudarem melhor mandaremos com vocês uma guia: Ansunamu!
Ela conhece bem as entranhas do monte pois foi em busca de um presente a um tempo atrás, e foi agraciada com ele...Agora descansem pois prepararemos uma comitiva de bravos que os acompanhará até aos pés do monte...
Eles se retiram e vão para seus aposentos e sempre acompanhados...Curiosamente foram separados em quartos e locais diferentes, e se precisassem de algo seus acompanhantes os serviam.Claro que era uma sutil forma de vigília enquanto estivessem ali na aldeia, sob esses cuidadosos olhares discretos.
Ele anotava tudo, o que via também discretamente criando por precaução um mapa para uma retirada estratégica caso notasse alguma situação perigosa, e Rodolfo entendeu isso ao confrontar seu olhar enquanto os mais velhos falavam...Então a saída seria á tarde e o que se podia fazer era esperar e ver se as forças do universo conspirariam para aquela empreitada que a cada momento apresentava desafios novos...Mas se queremos realmente algo devemos fazer isso valer a pena e pagar o preço exigido, pois como os três antigos disseram: A VIDA É UMA BARGANHA E TUDO TEM O SEU PREÇO!
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