A tarde estava bem acalorada e um homem em meio a passagens de pessoas em uma rua causticante tentava entregar panfletos de uma loja na rua mas a população que ali passava não paravam para pegar nenhum os papéis que ele oferecia...
Os dias se passavam e era a mesma coisa, ninguém parava e o homem já aparentava um cansaço anormal, com movimentos pesados devido a exaustão com certeza! Durante esses dias uma moça que passava ocasionalmente começou a notar a pobre figura que em um dos dias que a notou a observa-lo demonstrou um sorriso amigável , mas mesmo assim assustou de certa forma a garota, que fugiu de modo nada compreensível aos olhos do entregador de folhetos...E Este continuava em seu labor sofrido da entrega dos folhetos, naquela rua quente e sufocante.
O tempo passava e nada mudava para aquele homem, que no final ainda assim não dessistia de sua profissão e insistia a seu modo educado para que alguém pegasse pelo menos um de seus panfletos, o que não ocorria , contudo agora aquela moça acompanhava os passos daquele labutador, meio de longe e conforme os dias iam se seguindo lentamente mais ela perdia seu medo e se aproximava do homem, com certa cautela.
Então não demorou um pouco mais de tempo para que a moça se aproximasse e começasse uma conversa informal de início com o rapaz, que insistia na entrega de seus folhetos.
- Bom dia! - disse ela.
- Bom dia moça, tudo bem?- respondeu o homem.
-Desculpas, mas eu noto que o senhor vem sempre aqui pra entregar seus folhetos e ninguém os pega por que então não desiste e vai pra casa ? -perguntou a moça o encarando com seus lindos olhos verdes.
-Moça, tenho família pra sustentar e esses dias de hoje para arranjar emprego tá difícil... É um emprego sofrido, mas ainda assim é um emprego. E se não entrego todo o material na rua eu não recebo entende?-respondeu o homem com olhares de cansaço.
-Compreendo...Mas se não se importar, queria simplesmente lhe ajudar. Poderia deixar que eu entregue esses panfletos com o senhor, afinal serão mais duas mãos para ajuda-lo.! - disse a moça com um sorriso bem largo no rosto, que ficou de modo irrecusável a oferta ao rapaz.
-Claro que sim moça. Por que não? Afinal em um momento sofrido como esse qualquer ajuda será bem vinda. - e o rapaz sorriu de volta para a moça agradecido pela sua generosidade.
Então se puseram a parar as pessoas e entregar os folhetos, ele carregava a bolsa com os folhetos e a moça entregava a quem passava sem dificuldades e a todos que ela oferecia com um sorriso no rosto aceitavam, e lentamente a bolsa cheia de folhetos foi diminuindo o seus volume, para a alegria do rapaz, que mais aliviado começou a conversar com a moça.
- Obrigado moça... Finalmente poderei retornar e receber meu pagamento, daí voltar para a minha família que me espera a tempos...- comentou o rapaz.
- Fique tranquilo, logo a gente termina tudo e você vai poder descansar... Escuta faz tempo que você esta nessa rua, não é mesmo? - perguntou a moça com voz mansa para o rapaz.
-Sim, sim! E Olha que aqui é sempre movimentado! Sempre tive facilidades em passar meus panfletos as outras pessoas, mas curiosamente de uns tempos pra cá ficou praticamente impossível terminar esse serviço. -diz o rapaz confirmando seu tempo de sofrimento naquele local.
- Escuta, sei que é difícil parar as pessoas em movimento, mas e os carros? Como faz? - perguntou com curiosidade a moça ao rapaz.
- Bem a gente espera o sinal de trânsito fechar e corre por entre os carros oferecendo as promoções do panfleto e a maioria pega também. - disse rapaz feliz em contar um pouco de si para a moça.
-Mas isso não é muito perigoso? - comentou a moça com olhar de surpresa, o que aumentou bem aquele olhos verdes parecendo duas grandes esmeraldas.
- Nossa e como! Na última vez um motorista apressado nem esperou o sinal abrir e passou assim, bem pertinho de mim que senti um baque e caí...Fiquei um tanto aturdido mas me recompus e segui trabalhando.
Quando a conversa chegou naquele ponto, só faltava mais um panfleto para entregar e o rapaz estava feliz com aquela situação.
-Agora quero apenas um favor seu - disse a moça ao rapaz- Quero que me entregue o ultimo panfleto para que simbolize aqui para nós que se serviço aqui finalmente terminou e que você vai poder finamente descansar e rever sua família, certo?
O rapaz concordou, com a brincadeira que a moça propôs com um sorriso no rosto e consentiu com a cabeça...Contudo quando a moça pegou a parte dela no folheto parecia que uma estranha energia passava passava de sua mão e fazia formigar o braço todo dele, e Dali passou por todo o seu corpo quando a moça começou a falar .
-Você não percebeu que depois dessa pequena BATIDA ninguém mais deu-lhe atenção? Que ninguém mais aceitava seus panfletos? Você parou para pensar por que você só lembra de seu trabalho e não lembra de ter um momento de lá pra frente ter voltado a ver sua família? Já pensou por que ninguém mais está te vendo?- disse a moça olhando com seus olhos verdes profundamente nos olhos do rapaz, que naquele momento pareciam perfura a sua alma indo além dela.
Então o rapaz compreendeu que seu tempo a muito tempo havia terminado naquele mundo, ele percebeu de que os carros haviam mudado, as pessoas haviam mudado, em aparência, roupas...Ele percebeu que não havia sido só um baque e que estava ali naquele local a muito tempo mesmo. O rapaz começo a chorar sofridamente e cai de joelhos, mas a moça o levantou, enxugou suas lágrimas, ajeitou seus cabelos e disse:
-Não, não chores mais! É hora de alegria, pois é o fim de um sofrimento que nunca foi merecido. É hora de um recomeço e retorno para aqueles que ama e sempre te amaram. Então sorria, seja finalmente feliz! Siga em frente. Assim que atravessar aquela esquina da rua aqueles que te amam te esperam...- disse a moça e após lhe dá um forte aperto de seus braços, e despacha um largo sorriso para o rapaz.
- Obrigado, obrigado, moça! Que Deus te ilumine sempre. Adeus!- o rapaz saiu correndo e encontrou amigos, a esposa e parentes esperando por sua libertação espectral, por anos a foi, como a moça havia falado, após a esquina.
Enquanto trocavam abraços entre os amigos , esposa e familiares, uma luz branca envolve a todos e ela em forma de esfera dispara par em direção daquele lindo céu azul, daquela tarde acalorada e enquanto a luz sobe para o infinito a moça com lágrimas nos olhos pondera:
- Adeus? Creio que não, eu diria que será um apenas ATÉ BREVE, meu pai!
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