sábado, 19 de setembro de 2015

DESAMORES: A PIEDOSA

       Quando a encontrei, era eu o mais vulnerável, caído a alguma margem de algum lugar, não sei mais...
Quando ela me encontrou era apenas por dó e piedade, vendo mais um adulto abandonado e só...Seu coração se compadeceu e em um ato de misericórdia talvez, me aninhou ao seu ventre, deixando-me entrar, dentro de seu coração quente e e macio, agora estava abrigado.
     O tempo passou e a cada momento que este ainda passa minha dor aumenta, e em agonia também, pois ela me ama dentro de seu mundo, apenas por piedade, jamais por amor...Quanto a mim, sem saber o que fazer pois estou a merce de seu peito acolhedor, me divido sempre em partir e dar a ela sua liberdade, ou escraviza-la dentro de meu sofrer...Afinal, nesse omento quem merece quem?
      Em minha duvida, me debato com os pensamentos dela, que agora são meus, pois aprendi a viver, através dela, mesmo que seu amor fosse piedade, para quem nada tem, qualquer pouco de consideração basta!
Me embriaguei com seu corpo, me entorpeci com seu jeito, sua presença e seu modo único de ser, centrando a minha vida  em sua própria existência, emfim era uma sombra feliz,diante de seu sol acolhedor...Mesmo assim, ainda me sinto mal, pois sou eu quem mais ama e por ama-la, é que tenho de partir, deixar que ela seja feliz e não somente eu, afinal quem ama se sacrifica, mesmo que seja por sua própria felicidade, sua própria vida!
     Então foi assim, tão não merecido fim...Eu simplesmente disse adeus, era uma linda tarde escolhida por mim, para que eu me lembrasse sempre dela assim toda perfeita...Ela chorou um pouco pois a companhia era também de seu costume, mas quando parti,e senti a porta se fechar atrás de mim, eu também senti que estava mais leve, ela com certeza...Eu a amava, mas não queria sua piedade, sua dó, por mim desabrigado, e simplesmente só...
A esse amor que escraviza um dos amantes eu sempre diria não por mais fundo que fosse, e mesmo ter esperançado de que com o tempo ela poderia u dia me amar, um da acordei, com meu mais duro desamor: a piedade!
Então se não puder me amar, nema a piedade quero, pois sera como uma gaiola dourada, bonita , mas sempre uma gaiola, minha prisão...Contudo agora, só e livre de toda a situação, meso que só ainda assim eu a amo, mesmo daqui, em meio ao nada existencial, eu ainda a amo.
     Por mais duro que seja um dia sei que airei encontrar com outro alguém, seja dentro de um local público, nas ruas, em alguma esquina...Nesse momento o que mais torço é que seja feliz, mais do que foi realmente comigo, apesar doa apesares seu bem, será o meu maior triunfo, mesmo daqui da solidão.
Deses tantos desamores o que mais crava, o que mais enraíza, o que mais dói sera o da piedade, pois nesse tempo mesmo na piedade fui feliz...





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