Assim nossos um tanto incomuns heróis, com a companhia agora formada e resoluta seguem seu destino beirando os arroios e também, margeando os rios maiores, de movimento ou que as histórias de terem visto a hedionda criatura em algum canto obscuro da mata...Claro que em dado momento as informações logo levariam as entranhas do covil da criatura o que fatalmente aconteceria pois a serpente era uma criatura revoltada consigo e sua sina e não media esforço para fazer qualquer maldade que tirasse o sono do bom devoto, ou que afinasse as veias de uma raiva insana das desavenças que criava com os sequestros agora de homens jovens, para se manter belo para sua nova amada, que em vez de acalmar a sede de sangue do bicho a a multiplicou, pois a magia antiga não durava muito então o corpo que a criatura usava pra enganar a donzela sempre começava a apodrecer, então como um vicio pelo sentimento mínimo de carinho e afeição, ela procurava por cada vez mais vitimas, quando saía...Isso para os caçadores foi um um prato cheio! Ao ouvirem as histórias do sequestro da jovem e de até o momento não acharem seu corpo, foi a gota d'água e se baldearam para o local e dali achar a trilha, foi um instante. Então montaram o estratagema, foram na aldeia mais adiante e contrataram por assim dizer uma "isca"... Não foi difícil de encontrar um jovem disposto a enfrentar o perigo por certa quantia em patacas, a moeda local de Cafundós,nada mais do que um velho dobrão cobre aglutinado com um pouco de ouro amarelo...E por tão pouco, pra quem não tem nada já é muito, pois uma pessoa sem terras profissão ou família vivendo de trabalho braçal, sendo ainda jovem é muito mais prático arriscar o pelego uma vez do que ficar e definhar e morrer lentamente em trabalhos forçados, pro resto da vida, só pra ter o que comer, e quem sabe vestir.
E lá ficou a isca, na beirado rio, dentro de uma barcaça mal encostada pescando como que não tivesse sido advertido, dos perigos do local...Falando em local, o grupo escolheu bem aquele local de emboscada. era uma virada de rumo do rio, não era o braço principal, por isso não era fundo, mas muito lamacento, e nenhum bicho consegue nadar direito no barro, não é mesmo? Pra dar um ar de braço do rio, foi represado com tronco madeira, folhas e barro, pra que criasse um espelho de água escondendo parte da emboscada, que leva em consideração o terreno que dispoem-se, como nos velhos manuais de guerra de onde que, Marco foi ensinado...No início ele odiava aprender essas táticas, e hoje ele abençoa ao mestre que lhe forçou tanto a decorar a manufatura da emboscada, pois somente com o resoluto treino chegamos a entendimento e perfeição do assunto.
Estava entardecendo e não deu outra, de início alguns da companhia duvidaram de tal tática, até mesmo o bandoleiro João Ribas, sendo bandoleiro, estava acostumado, com embustes mais simplórios:
- Quando mais refinada a emboscada maior é a presa...Lembre-se disso Ribas- comentava Marco do lado, esquerdo camuflado pela mata ribeirinha, em cochichos com o bandoleiro, que sorria largamente pelo aprendizado gratuito, incorporado a sua peculiar profissão...O curioso em toda a história era o Viandante, que nada dizia ou se pronunciava, como que estivesse guardando toda a força de seu ar e espírito, para a hora derradeira, e em meio a tensão do combate todos respeitavam sua atitude, sem lhe perturbar, cada um no final usa do jeito que sabe e se vira como pode quando a hora apertar seu passo...
E quando chegava a hora da Mãe Divina, que era o por do sol, a besta apareceu, de forma teatral, deixando o sol sobre suas costas, pra brilhar de prata suas escamas perfiladas ao couro esverdeado,deixando mais hedionda possível a visão usada como tática de predadora que sempre fora. Contudo vem a surpresa de quando lança parte de seu corpo na barcaça para derrubar o rapaz isca no rio e traga-lo para o fundo, notou que o barco não virou e o rapaz habilmente saiu de seu canto e se deslanchou - se o lançar de uma grande rede, por galhos curvados, que emaranhou a criatura, agora a caça virava presa, mas mesmo assim não seria fácil, e o combate para muitos de suas vidas e por suas vidas teve início...Ou a besta morreria hoje ou todos morreriam tentando, mata-la!