domingo, 7 de agosto de 2016

OS MATADORES DA SERPENTE- O FINAL

Resultado de imagem para lutando contra dragões      Aquilo tudo, em segundos se tornou, sulrreal, indo como diretamente ao imaginário local...A serpente se enrola nas cordas que são lançadas com ganchos para amarra-la ainda mais ao solo, que se encontrava barrento...Os gritos de guerra ecoavam pela beira rio, mas assustavam somente os bichos da mata pois estavam afastados da distante Tierra Madre...







      Os golpes de espada ,facões e machados, tingiam o barro de um carmim vivo, era o sangue da hedionda serpente, que se contorcia fortemente tentando escapara da armadilha, mas ferida fraquejava a cada golpe recebido...Contudo em meio a peleia, a emoção engana muito aos novatos que acham que podem com um bicho matreiro como esse...Ela se encurva, simulando dor então Jopah, Alejandro e Gobhe, avançam demais pra frente do bicho, bem próximo a sua bocarra e não deu outra: NHAC!NHAC!NHAC!  Bocadas mortais de veneno os atinge paralisando-os de imediato, e uma vez mordido pela serpente dos umbrais, não havia mais retorno como homem, pra esse mundo....E a serpente com ajuda da magia antiga do Boi Tá-tá, faria bom uso desses corpos, e como marionetes eles se voltaram contra os antigos amigos e começaram a cortar as cordas que apreendiam á serpente fortemente a beira rio...Agora não nada menos que cascas vazias, zumbis ou corpos secos, á serviço da maldita criatura...Assim acontece o mais triste dentro mesmo de uma batalha, onde os amigos e inimigos deveriam ser distintos...Thomas ,Baldúr e Gomes têm de lutar contra seus antigos companheiros, pois sabem que se o bicho sair das amarras será o fim de todos eles e a companhia não terá seu êxito de propósito firmado pela honra desses homens.
      Irritado e ainda odiando a  maldita serpente por ter interferido nos seus " negócios ", Pedro Ribas monta em um cavalo e tomando de uma lança se arremete direto ao corpazil da serpente...Ele mira na costela esquerda um puco abaixo de seu grosso esterno e penetra profundamente a lança, juntamente com o impacto do cavalo, que estremece o bicho de dor, fazendo-o se debruçar por momentos no solo, por momentos...Apenas!
      A criatura se levanta como que tomada por uma descarga elétrica e em uma rabanada com sua cauda de ferrão na ponta transpassa o peito de Pedro Ribas e o lança no ar que se estatela no chão, balbuciando palavras reveladoras ao próximo ataque da companhia e então desfalece no chão lamacento...
      - A maldita têm o coração trocado, tá na direita e não na esquerda!- foram suas ultimas palavras.
      Só restando ainda em luta direta contra o bicho Marco e o Vagante, é Marco que inicia a manobra arriscada e suicida, de distrair a serpente para seu golpe derradeiro.
Enquanto isso, dos três que lutavam contra os zumbis da serpente somente Baldúr sai com vida e se enfurna também em atacar pelo caminho ensinado poe Pedro Ribas, o lado direito da serpente.
     Marco sobe  em uma árvore e pula sobre o pescoço da serpente, por suas costas, e ela vaqueia  tentando joga-lo ao chão, em meio a isso Marco golpeia sua garganta, quase descolando a cabeça do corpo hediondo, e mesmo assim ela resistia a ponto de virar a Bocarra e tentar engolir por inteiro marco, quando de onde ninguém sabe veio uma lança que atingiu entre as mandíbulas do bicho, que não poderia engolir...Marco estupefato pelo lindo arremesso vê que o veio das mãos do Jovem Dornes, que de momento paralisara pela presença daquele demônio, mas agora acordara em bom tempo...Sim a chance foi dada e o bicho começava a cair, com a segunda lança ferindo o coração direito, era a vez de Baldúr, marcar sua presença...E na finalização saltando de uma árvore maior e no tempo certo o Vagante destroça a coluna cervical do monstro, que tomba sem vida e juntamente, com ele vários bravos dessa companhia...
Resultado de imagem para lutando contra dragões      Ainda com as armas nas mãos os quatro ainda esperam os ultimos suspiros do bicho, pra relaxarem e reverem suas feridas, esfoladas e arranhadas, de seus corpos.
Dornes e Baldur se abraçam de alegria pela vitória e por suas vidas, enquanto isso Marco cai sobre seus joelhos ha algo errado!
 Os amigos correm e sua direção e notam que um dos dentes de veneno maldito atingira a cocha de Marco atravessando sua armadura...Eis o final das desventuras desse homem judiado pelo destino e pela morte...Todos sabiam de que se Marco continuasse respirando logo se tornaria em algo monstruoso e não humano...
      - amigos, vocês sabem o que fazer...Não tenho outro caminho, não quero viver como uma aberração nesse mundo...Prefiro morrer como homem, dignamente! Portanto: façam!!!
       Eram os olhos incrédulos dos companheiros que os deixaram paralisados, sim o mundo não era justo, e eles estavam ali, prestes a perder mais um amigo, um companheiro de armas, e de uma maneira também hedionda : pelas suas próprias mãos! Eles não conseguiam levantar suas espadas, não era nada fácil...E em meio aquele impasse se aproximando a transformação de Marco, ouviu-se u zunir e tilindar de aço cortante contra carne e ossos..Foram dois movimentos rápidos que arrancam a cabeça de Marco e abrem suas costelas e esterno e deixam a mostra seus coração, que ainda estava pulsando quando o Vagante o arranca do peito do corpo de Marco...Luta justa. Morte digna!
     Após queimarem o corpo de Marco, colocando as cinzas em um pote, trataram de chamar um inquisidor de corpos, para o triste trabalho a seguir, Baldúr e Dornes velariam os corpos dos amigos em suas terras natais...
      - Mas esse aqui o tal Pedro Ribas? O que faremos com ele? - perguntou Dornes ao Vagante- Afinal o homem nunca me disse sua terra natal...
      - Enterrem ele bem na curva de um estradão, era onde ele mais se sentia feliz, lidando com seu "negócio", e vendo a boiada e tropa passar...- respondeu o vagante, com uma larga risada!
Resultado de imagem para tesouro encantado     - É isso mesmo, esse era o nosso amigo Pedro Ribas, não e mesmo? - Continuou Dornes e todos por uns tempos riram juntos e então se despediram, não antes do Vagantes fazer o acerto das contas com todos, pois ficara com as patacas das vendas de Marco, co certeza ele desejaria honrar o seu acordo, e todos receberam, mesmo Pedro Ribas, que foi enterrado com um caldeirão cheio de patacas, e viraria um tesouro encantado, pelas histórias que iriam contar, nas estradas da tradição...
      Quanto a Marco o homem foi deixado ao lado do túmulo de sua ultima família que o acolheu...Quem sabe, não encontrou de vez a sua paz merecida? Quem sabe...
Bom, mas ainda não havia muito tempo a se perder, pois o Vagante,  ainda haveria de ser salva uma jovem que fora enganada pela serpente hedionda, para ter seu amor, mas essa será uma outra história, pra ser contada em outro tempo...


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