Quem sou eu perguntava a criatura sobrevivente daquela horrível chacina, onde o sangue manchou a campina e parte do pequeno rio, que corria, perto dali....Dentre o olhar perdido e sem memória de tudo que houvera, estava com ferimento na cabeça que o fizera perder de todo o seu recordar, desde inclusive dos seus tempos de criança.
Olhava horrorizado, toda aquela morte e se pensava, por que dentre tantos deveria ele ter sobrevivido? Haveria algum tino em tudo aquilo, e afinal por que tantos morreram aqui nesse fim de mundo? Essa terra valeria tanto assim...Credo! Eram tantas as perguntas que brotavam de sua mente, eram como as gotas da chuva que começava, a cair naquele momento, esfriando o tempo ainda mais...Elas pareciam não ter mais um fim.
Mas como toda a chuva forte, a necessidade de abrigo e comida falam mais alto dando-lhe uma pausa no turbilhão de pensamentos, que lhe fervilhavam em sua mente. Rapidamente procurou uma toca, de bicho em uma barranco e começou a alarga-la para seu tamanho; dos mortos ao redor tirou as melhores roupas e mantas, pegou armas e machado, e pederneira...Achou curiosamente um pouco de comida em um bornal e pensou como poderia em nome dos céus alguém m pensar em comida enquanto luta, ou mais ainda, enquanto alguém mata outro alguém? Que mundo insano o da peleja!
A noite chegou silenciosa e fria,e ele abrigado e alimentado, protegido pelo fogo e por cobertores, conseguiu dormir sem maiores preocupações, pois não devia se preocupar com os mortos que o cercava, mas com os vivos, e após se certificar de que era mesmo o único sobrevivente, os mortos seriam até que uma companhia amigável naquele momento de dúvidas e desencontros mentais...
Amanheceu e o homem sem memória se põe a andar, procurou comida e nada mais encontrou então retirou a carne de um dos cavalos que ainda apesar de tudo teimava em tentar sobreviver, agonizando numa vala...Pelo que entendeu ele era o último, igual e tal a ele mesmo...Mas naquele momento de necessidade só poderia haver um! E aquele pobre animal era a coisa mais fresca que se poderia espera de se comer em meio ao podrúme todo.
Ele agora caminhava mais confiante e poderia então entender quem realmente era se encontrasse alguém que por ali perto o conhecesse...Mas o mais estranho é que não havia ninguém tão perto, e de longe um vulto sombrio e sem forma o seguia, por entre as árvores, por detrás do mato...Como carniceiro que ainda sente o cheiro da morte engrunhada em sua pele, em todo o seus ossos e carne, bem dentro de sua alma...Mas ele também segurava com mão crispada o cabo de sua espada e de outro lado tinha a força de seu arco, com boa quantidade de setas...Ele não compreendia, como, mas sabia muito bem maneja-los e não dispensaria uso se aquilo se aproximasse de uma boa distância de tiro, ou da largura e comprimento de sua lâmina, por enquanto sabia que estava a salvo, e vivo, e seria agora o mais prudente aproveitar o dia para uma caminhada forçada e galgar grande distância...De pois acharia um local protegido, para dormir seguro dessa ameaça, que pairava por perto.
O que valia, era que estava vivo, e por momento, era o que bastava...
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
O PRIMEIRO VERBO
Foram muitas as conversas e eram como um deleite que jamais poderia ter outra igual, cada conhecimento, cada verdade era absorvida, como néctar sagrado, de como realmente o era...As palavras bem feitas e colocadas podem perdurar por toda a eternidade. Elas marcam o momento, parte de um tempo, um espaço sacro, dentro de algo mundano, transformam cada gota de alento em vital e preciosa sabedoria...O que seria dos desejos sem ela, e de nossos sonhos? homens são homens porque podem aspirar, e sonhar...
A cada momento em que se compreendia e penetrava nas entrelinhas das trilhas de letras que seguiam uma sequência de nada tinha em direito , lógico...Mas dentro de sua intenção era divino e maravilhoso!
Extasiado com as palavras o escolhido as escrevia em velocidade não humana e seu entendimento aumentado pelo seu desejo incansável de aprender, tornava tudo um feito incomparável...Mesmo que quisessem esconder e engabelar de tal feito era inerente essa verdade nenhum homem natural poderia fazer aquilo o que estava sendo feito...
Uns quiseram comparar pelo menos tentar o tal feito como milagre, mas não há impossível para quem acredita na verdade suprema, naquele que se entrega a esse som silencioso que chama e queima, que arde dentro de seu peito mesmo que não queira, mesmo que não aceite. Assim milagres são o cotidiano e as maravilhas, meros acasos, e mesmo assim ele se submete e não passa de um canal, um instrumento nas mãos de algo maior, muito até que seu entendimento...Ele apenas assiste a obra de um contexto superior e maior, mesmo sendo vassalo ele tem esse privilégio, esse presente divino.
Então o que eram pequenas palavras se amontoam e falam de verdades engasgadas á princípio, e depois, vão mais além. Falam de verdades até então nunca ditas e jamais pensadas...Verdades que ferem como navalha, como lâmina afiada, que saem do verbo, simplesmente isso, palavras que moldam e transformam a realidade,,,Sim o verbo se fez em meio a toda a carne, a toas as coisas...E tudo surfa dentro de uma mistica de valor muito grande, que tudo mais é jogado para o lado, para trás, pois dali por diante nada mais tem maior sentido que isso, o verbo.
Homens fortes ante a tão poderosas palavras caem de joelhos e perdem perdão por suas almas e salvação e se vence a batalha ao oposto, sem correr nenhuma gota de sangue, sem ferir nenhuma carne, esse é o poder do verbo: vencer sem lutar!
Quantos poderiam ver ouvir e viver tal sentimento, parte desse momento? Ora todos que abraçassem a causa e seu efeito inerente sem pestanejar, sem duvidar...A dúvida vem de nossa incredulidade ao que se apresenta, como o é, sem melhorias ou reformas...
Os homens de pouca fé jamais entendem o que é intangível, sem sensação, apenas de pura fé. mas é natural, e tudo o que é natural o homem dos céus deve ficar longe.
Agora sim, toda a palavra, todo o verbo está selado dentro de seus símbolos, suas letras, seus significados mais profundos, apesar dessas expressões a princípio parecerem tão rasas.
Passou-se muitos dias e muitas noites, e ele nem descansou, agora terminado, de coletar toda a sabedoria que poderia faze-lo sem ofender ao divino e ao sagrado, se aproxima seu benfeitor lhe acalenta os ombros e diz:
- Descanse pequeno KUSSAY, ainda haverá muito a ser feito, ainda precisamos de você!
A cada momento em que se compreendia e penetrava nas entrelinhas das trilhas de letras que seguiam uma sequência de nada tinha em direito , lógico...Mas dentro de sua intenção era divino e maravilhoso!
Extasiado com as palavras o escolhido as escrevia em velocidade não humana e seu entendimento aumentado pelo seu desejo incansável de aprender, tornava tudo um feito incomparável...Mesmo que quisessem esconder e engabelar de tal feito era inerente essa verdade nenhum homem natural poderia fazer aquilo o que estava sendo feito...
Uns quiseram comparar pelo menos tentar o tal feito como milagre, mas não há impossível para quem acredita na verdade suprema, naquele que se entrega a esse som silencioso que chama e queima, que arde dentro de seu peito mesmo que não queira, mesmo que não aceite. Assim milagres são o cotidiano e as maravilhas, meros acasos, e mesmo assim ele se submete e não passa de um canal, um instrumento nas mãos de algo maior, muito até que seu entendimento...Ele apenas assiste a obra de um contexto superior e maior, mesmo sendo vassalo ele tem esse privilégio, esse presente divino.
Então o que eram pequenas palavras se amontoam e falam de verdades engasgadas á princípio, e depois, vão mais além. Falam de verdades até então nunca ditas e jamais pensadas...Verdades que ferem como navalha, como lâmina afiada, que saem do verbo, simplesmente isso, palavras que moldam e transformam a realidade,,,Sim o verbo se fez em meio a toda a carne, a toas as coisas...E tudo surfa dentro de uma mistica de valor muito grande, que tudo mais é jogado para o lado, para trás, pois dali por diante nada mais tem maior sentido que isso, o verbo.
Homens fortes ante a tão poderosas palavras caem de joelhos e perdem perdão por suas almas e salvação e se vence a batalha ao oposto, sem correr nenhuma gota de sangue, sem ferir nenhuma carne, esse é o poder do verbo: vencer sem lutar!
Quantos poderiam ver ouvir e viver tal sentimento, parte desse momento? Ora todos que abraçassem a causa e seu efeito inerente sem pestanejar, sem duvidar...A dúvida vem de nossa incredulidade ao que se apresenta, como o é, sem melhorias ou reformas...
Os homens de pouca fé jamais entendem o que é intangível, sem sensação, apenas de pura fé. mas é natural, e tudo o que é natural o homem dos céus deve ficar longe.
Agora sim, toda a palavra, todo o verbo está selado dentro de seus símbolos, suas letras, seus significados mais profundos, apesar dessas expressões a princípio parecerem tão rasas.
Passou-se muitos dias e muitas noites, e ele nem descansou, agora terminado, de coletar toda a sabedoria que poderia faze-lo sem ofender ao divino e ao sagrado, se aproxima seu benfeitor lhe acalenta os ombros e diz:
- Descanse pequeno KUSSAY, ainda haverá muito a ser feito, ainda precisamos de você!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
O CAMINHO DE UM PROFETA
O homem estava faminto, caminhou muito para chegar naquele local...Correndo atrás de um sonho que muitos o chamaram até de demente...Oras, se anjos falariam com homens, naqueles tempos? a muito tempo que a verdadeira santidade deixou essa nossa terra desolada...E só desertos floresciam naqueles tempos de ingratidão dos homens para com o divino.
Mas por alguma razão aquele homem, confiou sua vida naquele sonho que tivera...O que vira era muito maior que ele próprio, que sua vida ou sua alma. Quando isso acontece em tal grau de elevação, nada mais tem sentido, ou qualquer senso de simetria ou mensura...Os conceitos caem, e pouco lhe importa o que os outros digam, ou ainda deixem de dizer. Estar la era o princípio que o movia que o inspirava, era o seu alento de vida!
E o homem nem mais contou quantos sóis, ou quantas luas caminhou, seu mapa estava intrínseco dentro de sua alma encravado em seu ser...E aos perigos? Tudo parecia um sonho e todos os meios usados, para chegar àquele local fora justificado. Agora mesmo com a garganta seca, não sentia mais sede nem fome, mesmo com suas roupas em trapos, não sentia frio ou calor,; mesmo com suas feridas ainda abertas, não sentia mais a dor...Sentia sim, um poder muito forte naquele local, que o fazia se ajoelhar e colocar seu rosto em terra, em veneração, em submissão!
Nada mais era de valia, agora, do que servir, do que se sujeitar a vontade de algo maior que ele, que tudo mais. Assim ficou por muitos dias ali simplesmente esperando pacientemente, sendo do raiar do sol, ao chegar da lua e das estrelas, e muitas vezes sem elas, apenas a escuridão das nuvens negras, que testavam seus temores e dúvidas, de seus erros e pecados passados...Mesmo assim nada o infligia, seja na carne, seja na alma, de tão grande era sua determinação, de tão grandiosa sua convicção e certeza, do por que estaria ali, naquele momento, naquele ,local.
Independente do que possam ter falado ou duvidado, seu interior lhe dava a certeza de seu norteamento, então como poder expressar isso em palavras? Não havia, simplesmente isso! Agora na sexta lua, o vento lentamente toma a sua forma, as areias reboliçam inquietas pela sua aproximação, e o silêncio que era duradouro, se transforma em algo vívido, a ponto de poder senti-lo ou até pega-lo...Então as sombras dos montes somem e ao mesmo tempo se unem dentro de um único ponto, algo está par acontecer, com certeza.
Da imensidão do ponto escuro, que se formara, saí um jato de luz, tão branca e pura, mas que não fere aos olhos do crente, e tudo para! Mesmo o vento não se faz ouvir e as arreias ainda flutuam, como se o próprio tempo não mais existisse, e desse pilar de luz tão alva e celeste emanam jatos de halos azuis simbolizando o mais sagrado de todos, a própria essência da vida eterna!
Nessa hora, o pilar de luz se abre e dele um ser iluminado, de tamanho gigante flutua para fora, e seus olhos brasavam uma luz, não de ódio, mas de justiça , igualdade, fraternidade...
Esse ser se aproxima lentamente, daquele pobre homem, que o escutou de tão longe o seu chamado, submisso como um bom servo, ás leis maiores que a carne, que a temporalidade da terra e de que tudo que era material...Desse homem que abandonou tudo o que possuía somente para segui-lo até aqui, através desse desejo semeado em seu coração, um desejo insondável e irrecusável, que fala de profundas mudanças, mas também de vida eterna, paz e principalmente, devoção...Sim e ele se aproxima, descendo de sua altura pra ficar em igual plano com seu seguidor e coloca sua mão afavelmente nos ombros cansados e sofridos dele e diz:
- Vem pequeno KUSSAY, temos muito o que fazer...E conversar!
Mas por alguma razão aquele homem, confiou sua vida naquele sonho que tivera...O que vira era muito maior que ele próprio, que sua vida ou sua alma. Quando isso acontece em tal grau de elevação, nada mais tem sentido, ou qualquer senso de simetria ou mensura...Os conceitos caem, e pouco lhe importa o que os outros digam, ou ainda deixem de dizer. Estar la era o princípio que o movia que o inspirava, era o seu alento de vida!
E o homem nem mais contou quantos sóis, ou quantas luas caminhou, seu mapa estava intrínseco dentro de sua alma encravado em seu ser...E aos perigos? Tudo parecia um sonho e todos os meios usados, para chegar àquele local fora justificado. Agora mesmo com a garganta seca, não sentia mais sede nem fome, mesmo com suas roupas em trapos, não sentia frio ou calor,; mesmo com suas feridas ainda abertas, não sentia mais a dor...Sentia sim, um poder muito forte naquele local, que o fazia se ajoelhar e colocar seu rosto em terra, em veneração, em submissão!
Nada mais era de valia, agora, do que servir, do que se sujeitar a vontade de algo maior que ele, que tudo mais. Assim ficou por muitos dias ali simplesmente esperando pacientemente, sendo do raiar do sol, ao chegar da lua e das estrelas, e muitas vezes sem elas, apenas a escuridão das nuvens negras, que testavam seus temores e dúvidas, de seus erros e pecados passados...Mesmo assim nada o infligia, seja na carne, seja na alma, de tão grande era sua determinação, de tão grandiosa sua convicção e certeza, do por que estaria ali, naquele momento, naquele ,local.
Independente do que possam ter falado ou duvidado, seu interior lhe dava a certeza de seu norteamento, então como poder expressar isso em palavras? Não havia, simplesmente isso! Agora na sexta lua, o vento lentamente toma a sua forma, as areias reboliçam inquietas pela sua aproximação, e o silêncio que era duradouro, se transforma em algo vívido, a ponto de poder senti-lo ou até pega-lo...Então as sombras dos montes somem e ao mesmo tempo se unem dentro de um único ponto, algo está par acontecer, com certeza.
Da imensidão do ponto escuro, que se formara, saí um jato de luz, tão branca e pura, mas que não fere aos olhos do crente, e tudo para! Mesmo o vento não se faz ouvir e as arreias ainda flutuam, como se o próprio tempo não mais existisse, e desse pilar de luz tão alva e celeste emanam jatos de halos azuis simbolizando o mais sagrado de todos, a própria essência da vida eterna!
Nessa hora, o pilar de luz se abre e dele um ser iluminado, de tamanho gigante flutua para fora, e seus olhos brasavam uma luz, não de ódio, mas de justiça , igualdade, fraternidade...
Esse ser se aproxima lentamente, daquele pobre homem, que o escutou de tão longe o seu chamado, submisso como um bom servo, ás leis maiores que a carne, que a temporalidade da terra e de que tudo que era material...Desse homem que abandonou tudo o que possuía somente para segui-lo até aqui, através desse desejo semeado em seu coração, um desejo insondável e irrecusável, que fala de profundas mudanças, mas também de vida eterna, paz e principalmente, devoção...Sim e ele se aproxima, descendo de sua altura pra ficar em igual plano com seu seguidor e coloca sua mão afavelmente nos ombros cansados e sofridos dele e diz:
- Vem pequeno KUSSAY, temos muito o que fazer...E conversar!
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
FILHOS DO ÉDEN
Caída, adormeceu...Em seus sonhos haviam vozes, dentro da escuridão, que falavam de sua terra, donde agora mora...A voz fala da grama, de como ela respira, e da fome que ela ainda sente...Após tanto.
Outra voz é mais discreta e fala a ela do tempo de sua vaidade, sua juventude, de sua beleza, que foi efêmera, e desvaneceu assim de repente.
Uma falava das riquezas que aqui mesmo deixou e não pode mais recuperar, sem se importar de viver só, mas com seu amado ouro!
Mas tinha uma que até preguiça tinha de falar...A ela pouco importava, contanto que não a remexesse, nem a tirasse do lugar, tudo bem!
Havia aquela que sentia á magoa e inveja, e por consequência gritava de ódio puro e infinito, sem saber mais porque odiava ou o que odiou dum dia, apenas que odiava...
E elas sussurraram aos ouvidos inocentes, pois estava desamparada em sua dormência no meio daquele campo...Eram tantas as vozes...Cada uma consumindo um pouco de sua essência, e a mais traiçoeira era a da volúpia, dos prazeres proibidos que falavam dentro de seu coração, dizendo um pecado ademas que mal faz?
Sim ela vibrou como não havia sentido, não como antes disso. Ela rolou em seus devaneios do centro do campo, donde estava...Gemia, suava, ria, chorava, sentia!
O campo lhe mostrara o caminho, de um mundo esquecido de sentimentos, trancados dentro da inocência de sua alma, tão imaculada e sem pecados...E em meio aquele frenesi de sentimentos e emoções ela acorda, toda suada, arfando como uma gazela que correu , em uma longa jornada...
Acordou como aquele rebento que nasceu pra vida, e um mundo novo lhe espera. Ela foi tocada pela vontade de conhecer ter e viver o que não lhe pertencia.
Ela anda até a sua casa, uma fazendola simples, onde os pais viviam felizes com o que produziam e colhiam, mas agora isso não era mais para ela, não mais...Dentro de sua casa pegou sua sacola e sua mochila, e saiu mundo afora, se despedindo de seus pais, dizendo apenas seus nomes:
-Adeus Eva, adeus Adão! - ela , jovem saí em busca de um sonho que não é seu e some no horizonte, com os pais tristes que se abraçam em consolo, um ao outro, da perda de mais um filho, partes de suas almas...
Preciso dizer que a fazendola, é de nome.....ÉDEN?
Outra voz é mais discreta e fala a ela do tempo de sua vaidade, sua juventude, de sua beleza, que foi efêmera, e desvaneceu assim de repente.
Uma falava das riquezas que aqui mesmo deixou e não pode mais recuperar, sem se importar de viver só, mas com seu amado ouro!
Mas tinha uma que até preguiça tinha de falar...A ela pouco importava, contanto que não a remexesse, nem a tirasse do lugar, tudo bem!
Havia aquela que sentia á magoa e inveja, e por consequência gritava de ódio puro e infinito, sem saber mais porque odiava ou o que odiou dum dia, apenas que odiava...
E elas sussurraram aos ouvidos inocentes, pois estava desamparada em sua dormência no meio daquele campo...Eram tantas as vozes...Cada uma consumindo um pouco de sua essência, e a mais traiçoeira era a da volúpia, dos prazeres proibidos que falavam dentro de seu coração, dizendo um pecado ademas que mal faz?
Sim ela vibrou como não havia sentido, não como antes disso. Ela rolou em seus devaneios do centro do campo, donde estava...Gemia, suava, ria, chorava, sentia!
O campo lhe mostrara o caminho, de um mundo esquecido de sentimentos, trancados dentro da inocência de sua alma, tão imaculada e sem pecados...E em meio aquele frenesi de sentimentos e emoções ela acorda, toda suada, arfando como uma gazela que correu , em uma longa jornada...
Acordou como aquele rebento que nasceu pra vida, e um mundo novo lhe espera. Ela foi tocada pela vontade de conhecer ter e viver o que não lhe pertencia.
Ela anda até a sua casa, uma fazendola simples, onde os pais viviam felizes com o que produziam e colhiam, mas agora isso não era mais para ela, não mais...Dentro de sua casa pegou sua sacola e sua mochila, e saiu mundo afora, se despedindo de seus pais, dizendo apenas seus nomes:
-Adeus Eva, adeus Adão! - ela , jovem saí em busca de um sonho que não é seu e some no horizonte, com os pais tristes que se abraçam em consolo, um ao outro, da perda de mais um filho, partes de suas almas...
Preciso dizer que a fazendola, é de nome.....ÉDEN?
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