terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

ESQUECIDO: DESGOSTO

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     Caminhando, sem rumo, procurando em meio aos devaneios de sonhos incompletos, lembranças turvas...Ele procura um caminho que o leve pra longe dali, de todo aquele Apophis local...Era algo dantesco pensar que você praticamente renasceu em meio a tanto sangue!
E que algo como uma sombra o persegue lembrando como um vil intruso, de onde viera...Durante seu cuidadoso deslocamento pela terra de ninguém, tão somente porque no fundo não sabia de onde era nem muito menos, para onde deveria ir, ele sempre sentia-se observado por algo não natural...Sentia-se como que caminhando por um fino fio de navalha, qualquer deslize e...ZÁS! Já era...!
      Os instintos que nem sabia existir nesse momento falavam mais alto...Algo dentro de si como incrustado em treinamento duro, lhe dizia como se deslocar sem deixar rastro, como usar as sombras como abrigo das vistas desse possível inimigo...Era simplesmente uma loucura, que o fazia aturdir muitas vezes com tanta informação que nem sabia que possuía.
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      Então com as novas habilidades que se mostravam com o tempo, ele também descobre que os homens em especial civilizados, seguem as águas...Ele passou um rio e encontrou restos de uma boneca de pano...Ele sabia que seguindo o rio, em um momento ou outro iria encontrar um amontoados de casas, uma vila, ou quem sabe no mínimo, uma fazendola local...Contudo sabia que não conhecendo o terreno deveria se preservar da escuridão que esconde a traição e os ataques de emoscada...Ele parava de andar antes do entardecer final e montaria um local de defesa, seguro, com estacas e buracos de armadilhas de pedra, para incapacitar qualquer ataque, enquanto descansasse...Depois ainda havia a fogueira que iluminava e o aquecia, o fazendo sentir mais seguro de si. E assim foi durante dias, mesmo não tendo mais certeza de que aquela sombra estava ainda o seguindo, ele era rotineiro, pensa então consigo, seria um guerreiro? Mais dúvidas...
      Então como tudo um dia passa, até mesmo o mais infernal dos dias, ele sente um cheiro peculiar, uma aroma que um dia vivenciou, parecia pão fresco....Ah! Que saudades de sentir um gosto de pão fresco, recém assado, dentro de um fundo forno de barro...Ele lembra da crocância, ele lembra do gosto, em meio ele lembra dela....Uma mulher!
Então tenho alguém por mim!- pensou o errante sem memória- Alguém que pode ainda estar me esperando...Alguém que possa me dizer quem sou, contar a nossa história...Alguém que eu ame e me ame!
      Finalmente ele estava com algo mais no coração, alem da dor, do desespero, era a esperança! Então seus passos são mais rápidos e longos, ele sentia que o caminho certo estava mais próximo e se alegra com isso...Uma cidade, uma vila estava tão perto, e tudo poderia mudar, poderia enfim recomeçar...!
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     Então ele chega no portal de entrada da vila e seus olhos se arregalam, mas não de surpresa.Algo engasga em sua garganta, que não quer sair, esta travada, como que pregada, nada saí!
Então uma dor imensa aperta sua alma e final mente saí do findo do seu ser um grito, um urro!
Dentro daquela vila nada além de morte havia...Um horror de tal igualdade de onde veio.!
Ele viu crianças pregadas nas paredes das casas;pilhas de cabeças de seus moradores ainda ardiam como que colocadas em uma fogueira incendiada com óleo animal...Casas destroçadas, animais nada parecia estar intacto, e foi tão rápido porque o pão que tanto lhe chamou ainda estava no forno assando lentamente, de uma das casas destroçadas...Estaria o destino lhe pregando uma peça macabra?
     Aturdido com tamanha destruição e morte sem sentido ele sentou em um resto de banco do que fora a pracinha da vila...Colocou as mãos entre pernas e respirou fundo, com olhar cabisbaixo, soluçou um pouco, pela desilusão e então com o canto dos olhos viu a sombra olhando-o fixamente com seus olhos amarelos de fera, com sorriso de caninos tão brancos!
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Sua testa franziu, seus dentes cerraram...Ele sabia que a sombra teria parte de morte nisso! Então chega de se esconder, chega de correr! Era hora de encarar o mal de frente!
Ele se levanta e caminha firmemente em direção da sombra e de seus olhos pareciam saírem faíscas de fogo....Ao encarar, a arapuca, que se meteu, a sombra se encolheu num canto...Quem mandou mexer com quem tava quieto!

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