E a noite caíra novamente, e estava a acompanhando uma fina chuva fria....ao largo de sua presença, pequenas poças se formavam em meio ao barro preto da terra batida, que antes servia de luxo básico pra os moradores que jazem sem vidas, todos dentro de sua vila amaldiçoada pela morte...
Dentre tantas poças, que se formam, uma se destaca por ter dentro de si não só o fluido das águas do céus que caiam tentando limpar a imensa sujeira que outra coisa havia feito na cidade.
Era uma combinação de água e sangue não humano...
Ele já não sabia o quanto estava esmurrando aquela criatura que teimou por muito tempo em persegui-lo, mas sabia que a algum tempo suas mãos começaram a doer, todas a juntas, de tanto soca-lo...Contudo também sabia que aquilo não poderia ser humano ou no mínimo, nem de todo humano...Então aguentaria muito mais que um humano poderia suportar. Portanto para que se fizesse entender o que realmente queria, que era bem sérias suas perguntas se esforçou o máximo para deixar a primeira e velha boa impressão...Primeira e velha? onde ouvira isso? Relances em meio ás suas batidas se fazem pisca á sua frente...Já fizera lago semelhante, e se fizera, quando? Nossa a mente estava novamente fervilhando, como controlar isso, pois assim os pensamentos vagueiam sem rumos certos e sua mente novamente volta a estaca zero, bolas!!!
Então ele vai até uma outra poça de água, mais convidativa e se limpa, calmamente, sob os olhares entumados de hematomas e inchaços, daquela criatura...Aí senta-se de seu lado, colocando as mãos de dedos cruzados sobre um joelho, dizendo:
- Muito bem amigo, curioso e impertinente vamos conversar!
Curiosamente a criatura faz a mesma posição, como que em uma infâmia de pirraça, em que ele se encontrava, que de momento também lhe tirou um rápido sorriso: -Há! Também tem senso de humor? Quem diria...
A criatura bem devagar junta as palavras, dizendo que não o conhecia mas viu quando da grande batalha, escondida dentro de uma toca, perto da Colina Azul, sim lá de cima, tanto sangue...Para ela era muito divertido, mesmo que aquilo fosse algo insensato e sem sentido.
E Dentre a multidão alguém se destaca, e era tão cruel e tão puro a ponto de encantar a mente débil, do monstrinho...Em meio aos golpes, contragolpes,; em meio ao estilhaçar de ossos, crânios e tripas, esse alguém era fluido, plástico, como em uma balé mortal de apresentação única, algo inédito.
Então em meio a muitos mortes que leva consigo também afunda em meio aos amontoados de corpos em pedaços, a ponto que de momento a própria criatura deixou rolar uma lágrima de tristeza de perder algo tão belo em seu entendimento...E Ela se aproximou lentamente para ver a última visão antes de voltar a sua toca, desse alguém tão especial, que fez em apenas um dia, um pouco momento dentro de uma vida inteira, dar sentido e motivação a ela, pois mesmo que houvesse perecido, seria seu espelho pela eternidade, se pudesse vivê-la, sim...LUTAR SEMPRE, RENDER-SE, JAMAIS!
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
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