IMORTAL:PARTE DOIS

    A caminhada era como sempre longa e atravessava os atalhos entre mundos, para facilitar viajar a longas distancias e eras...O Viandante era uma dessas pessoas que detinha esse poder, mas o único que não podia conter era a morte! Sim a senhora morte o circundava a cada viagem que fazia e era uma menina carinhosa e sapeca, aoesar de muitos a temerem e com razão! De certa forma a Senhora Morte tinha um quê de curiosidade dessa vida que ele levava sempre e sem querer muitas vezes trabalhava para ela...O curioso é que o Viandante , não cobrava nada pelos seus serviços a senhora, e isso a agradava de certa forma, e ela o tinha dentro de seu rol de interesses...

    O homem que se dizia imortal, pouco falava, e quando o fazia contava de suas existências, anteriores, dos desvaneios e sofrimentos, que eram maiores desde os tempos remotos até agora.Nessa nossa existência sempre devemos pesar o que devemo levar, de preferênci, as coisas boas pelas quais passamos, que servirão de ponte para os futuros desafios que estarão mais adiante..Contudo e o nosso Viandante não entendia do por quê, o imortal se elmbrava de tudo, e muito mais dor.
     Em dado momento ele conta que uma vez teve uma existência rápida, era apenas um cão, recém-nascido, e quando verteu e sorveu o leite de sua mãe sentiu a alegria de uma vida feliz, e no manhcer do segundo dia, foi brutalmente retirado do seuio de sua mãe, jogado com irmãos dentro de um saco de ráfia e lançado em um rio frio e negro, para uma morte agonizante! Dentro do saco de ráfia ele ainda pôde ver o rosto de seu algoz, e seu ódio poraquele homem, na verdade um rapaz, ter lhe tirado a chance de uma vida calma foram imensuráveis...E como maldição de não se esquecer de nada mais, quando retornou por ondas do destino e de seu ódio insano ao seu carrasco, deparou-se como vizinho de seu matador na mesma vila, e a presença desde bebê de seu algoz, o corroía por dentro a cada ano de sua existência naquele corpo, a ponto de quando completou 15 anos, adentrou na casa, á noite daquele velho homem eo espancou, desacordando-o.
Mais tarde o arrastou para perto de um rio das mesmas condições do que aconteceu com ele e o amarrou dentro de um saco de ráfia, deixando a sua cabeça para fora e o lançando no rio frio e negro, como outrora havia  feito com ele! Nesse momento o homem grita em desespero:
    -Por que? Que mal lhe fiz? Eu o vi ctrescer, ao lado de minha casa, lhe dei até comida de minha mesa, sempre o considerei..Você e sua fámilia...Agora me retribui com a morte? Me explique ao menos, por que?
     - Lembra-se de unscaezinhos que jogou em rio semelhante, homem maldito? Lembra-se da mãe deles implorando para não levar e matar seus filhos, dela ter uiado os chamando e eles não puderam vir ao se chamado? Doleite que derramou até esvaziar, pois não havia mais filhos para os alimentar?
Sim, foi por isso, tudo isso e nada mais!
     - Mas eram apenas cães! Animais sem tino, que não precisava em minha cas! Isso é insanidade! Assassinato!
     - Isso é Justiça! E quanto aos cães, eu era um deles, desgraçado!
     Com o horror estampado nos olhos, o homem afunda lentamente, se engasgando com o líquido barrento daquele rio...E ninguém soube por aquela existência, o que se sucedera ao vizinho que sumira  misteriosamente...Contudo, matar nunca é fácil pra ninguèm, e tolo é aquele que se regozija das mortes que praticou mesmo em defesa de outrem! O rapaaz, virou homem, e depois idoso e jamais se casou, morreu só, naquela existencia, chorando todos os dias de sua vida pela perda dos irmãos, da mãe que nunca amou, e do homem que matou, poi ele era um tolo como todos os mortais e coloca valores temporais, donde não existem, e desvaloriza o mais preciosos de que é a vida!
     Ouvindo tudo em silêncio o viandante mais do que nunca entende e respeita o papel Senhora Morte, de fundo além de ceifadora, é a grande pacificadora das intrigas e dores, que ficam na terra quando partimos e nos passa seu lindo véu na face, para que esqueçamos o passado e seguimos em diante além das posses materias e dores do passado...

IMORTAL:EXISTÊNCIA

    Você realmente quer existir para sempre? Sentir a felicidade indo embora a cada vida vivida e morta? Gostaria de lembrar dos bons momentos com quem amou e saber que jamais retornaria aquela amada?
    Você gostaria de existir para sempre? Lembrando de cada momento da fome, da dor, do ressentimento que lhe causaram...Silenciar seu coração sabendo que a solidão eterna sera sua companheira? Tomar do amargor, do fel de suas lembranças que só ferem seu peito agulhando a saudade de um passado nessa existência não vivido?
    Você quer existir para sempre? Mesmo que tenha tudo de tudo se cansa, pois no fundo nada mais agrada, por que o que agradou um dia, amanha nãomais está lá, sem sequer um tempo de retornar..
     Você quer  existir para sempre? Sua alma se enche de tantos desatinos e mágoas que nenhuma existência se faz mais inteira, a cada momento, tudo é apenas um fragmento, de um lado, o vivido e de outro um adormecido.
     Você quer existir para sempre? Agora sem forma sem endereço, sentido, de homem a nimal, de animal a vegetal, vida é vida, é existência...Passando como névoa, sua mente se debilita e tudo vira como loucura cheia de ilusão e delírio...
     Você  realmente exixtir para sempre? Quando tudo se torna passageiro e a mente não mais lembra do gosto do doce, nem do amargor, a mistura final é o fel, intragável por mais que tente e a paciência se vai...Junto como amor e a esperança para tão longe que nem a vista possa encontrar!
   Você quer existir para sempre....Eu não!

A MORTE DE UM IMORTAL: PARTE UM

    A muito se passara desde que se viu junto a companhia contra a maldita serpente...Muitos foram os amigos perdidos, nesse, e em outras tantas batlalhas, que aos poucos sua alma estava quase seca...Sem vida ou interesse nos ditames humanos, materiais, por assim dizer...Agora se fixara nas terras que foram herdadas de Marco, pelo menos de momento tinha o que fazer, vivendo do que plantava, do que colhia, pensava, como desculpas pra continuar existindo nesse mundo de Deus!
   Mas mesmo que você dome um lobo e o coloque em meio aos cães, ele sempre será lembrado por esses cães ,que ele é um lobo... Então não demorou muito pra alguém que sabia de seu passado lhe encontrasse, afinal, são poucos que se atrevem a mexer com o outro mundo, poucos e sem nenhum juízo ,aparente.
Então era uma tarde gostosa de inverno, dqueles dias que começam com uma geada bem forte e depois abre-se em um ensolarado calor, que chama para um aprochego de fora da casa bem ao largo de uma humilde varanda, sim nesse dia chega um homem a cavalo, e logo pede licença pra se apresentar ao Viandante...Que sabia que dali boa coisa não vinha.

     Contudo o homem que apeava de seu cavalo parecia um tanto cansado, e aquele olhar de exaustão não era do trabalho da peleia era...Da vida!
-Buenas! E não éres aquele que chamam de vagante dos mundos?
- Se me chamam assim,não o nego, mas já me deram muitos nomes nessa minha vida entre mundos sofrida Sim! - respondeu o viandante.
- Sabes que se te venho a encontrar de bons negócios não são, pois nem o conhecia até antes então, podemos conversar e então ouvires minha parte da história?
- E por que não o faria afinal. por respeito veio de longe e pelo menos em meio a uma refeição as conversas não serão por um tempo mais solitárias do que ja estão, se aprochegue e me conte o que tem de falar...
      Sentaram-se dentro da cozinha enquanto o viandante servia uma  sopa quente, apesar do frio lá fora, dentro da casa ainda tinha um quezinho de inverno, devida a infiltração e úmidade sempre era meio frio, e uma refeição dessas junto com uma bebida forte vinha a calhar.
- Sei que ouviste muitas histórias mas o que tenho a propor excede um pouco além do costumeiro mesmo para seus rigores...Primeiro entenda queapesar da carne e ossos aqui presentes, não sou humano em essência...A muito antes mesmo do homem eu e muitos iguais a mim viemos dentro de navios que navegavam entre as estrelas dos altos céus! Meu povo era desbravador de mundos e por acaso encontramos esse ao qual me enocntro agora ilhado... Quando chegamos ainda haviam grandes lagartos que devoravam tudo e a todos! E tal era a rudez desse mundo que não cabia que eu e meus companheiros continuassemos vivendo naquelas condições! E Foram muitos os que pereceram e poucos de nós sobramos....Estávamos desesperados!
Então apelamos pelo conhecimento dos antigos, pois queriamos viver a todo o custo! Com ele e o pouco material elemental que haviamos colhido desse mundo fizemos grandes caixões e com essência celestee colocamos nossos corpos mergulhados...Ao contrário do que se pensa a eternidade não vem dos corpos mas de nossas almas imortais, então conservamos nossos corpos para quando outros nos achassem, iguais a nós...E acabamos vivendo nesse mundo habitando os corpos ,evoluindo junto com toda a terra!
    Contudo meu amigo, a eternidade com o tempo se torna enfadonha e cruel, passamos de animal em animal por 1000, 2000, 10.000,100.000...900.000 anos! Eu já me desconectei de meus irmãos e irmâs
pois muitos de les já enlouqueceram ou tornaram-se loucos a cada nascimento. Por sorte me mantenho lúcido por incontáveis gerações, e lembrando de tudo! De cada dor, de cada perda, de cada ressentimento!
- Entendo, apesar de fantástico, pois quando tiramos o improvável, tudo é possível....Agora e quanto a minha parte "Não-Homem", o que deseja de mim...?
- De você vagante, nada mais justo do que a minha morte...ùnica e final morte!
    As coisas nunca serão fáceis ao viandante de dois mundos...