Ele adentra a cabana de quem chamam de Memória viva...Dentro da construção nada de diferente , tudo muito simples e rústico, afinal o que mais chamou a atenção era a idade daquele rapaz, poderia ser que tivesse recém chegado á sua puberdade no máximo.
- Entre viajante, e não se iluda pela minha aparência, o que tenho é minha mente muito antiga e só!
- Os anciões mandaram-me falar-lhe, dizendo que certas coisas, deveria eu mesmo procurar e saber, para que minha mente pudesse assim tomar a melhor e acertada atitude, com o que deverei fazer daqui por diante ...
- Como sempre, viajante, os anciões são os mais sábios e prudentes de minha tribo...Como lhes disseram eu sou a memória viva! Nasci assim com esse dom de saber de tudo o que ocorreu com meu povo e ao esmo tempo gravo, para os grandes observadores do cosmo, o que se passa agora, para que no futuro outro que tomar meu lugar continue de onde parei... Se me perguntar como isso acontece eu não sei dizer...Só sei que acontece!
- Como os anciões lhe disseram, somos descendentes de um povo orientado por aqueles que vieram dos céus e nos fizeram servos das estradas, que sempre construímos, desde os primórdios...Então por algum motivo os grandes observadores, não voltaram mais e mesmo assim continuamos nosso dever, com nossos princípios e honra e leis nos orientando nesse período de trevas, sem mais suas presenças.
Contudo o que não lhe contaram ainda é que em um dados momento de nossa caminhada por esse mundo esquecido, notamos que alguns outros, talvez semelhante aos observadores começaram a cair dos céus! Á princípio vinham á noite como cometas e quando batiam violentamente no solo já estavam mortos, então fazíamos rituais fúnebres e então dentro de uma caverna seja natural ou feita por nós, os enterrávamos, e por serem bem diferente de nós foram chamados de imortais, pois viverão em nossas lembranças para sempre!
O mais triste de tudo, dentro desse período é que muitos eram jovens, talvez de minha idade, talvez até menos ...E ver tamanhas mortes vindas do céu entristeceu muito a minha tribo, chamamos esse tempo de O longo lamento!
Contudo então em uma única vez, um deles caiu...vivo!
-Vivo? - Ele se atém nesse momento a conversa, que lhe chama muito a atenção!
- Sim! Era uma menina, uma linda criança, um tanto machucada, mas inteira...Nós a curamos e cuidamos dela, limpamos suas feridas e machucados...E só de vê-la iva e saudável nos trouxe uma grande alegria, e ele foi chamada por todos como o nosso Grande Tesouro!
- Você está me dizendo de que aquela jovem que salvamos a pouco tempo das mãos daquele ermitão louco ela é o seu grande tesouro? Mas ela já é moça...Quando empo isso ocorreu?
- Descobrimos que o tempo para os imortais, não passavam como o nosso...Quando ela caiu por essas bandas, nem outro homem havia pisado essa terra e os anciões eram apenas uma ideia distante de um possível futuro. Sim ela envelheceu lentamente enquanto caímos como frutos podres, pelo tempo...Contudo um dia houve algo no mundo , o céu começou a chorar lágrimas de fogo e tivemos de levar nosso grande tesouro para um local mais seguro, pois nós sabíamos nos virar, mas a menina de nada conhecia desse mundo e nós até hoje não aprendemos sua linguagem e só nos comunicamos com sinais óbvios e necessários...O tempo passou e nosso grupo que foi escolta-la a uma caverna segura, passou o tempo e não voltaram mais, novamente a tristeza nos tomou e procuramos ela por toda a parte...Nesse tempo o que encontramos foram os primeiros homens, que se aproximamos com cuidado e discrição...Alguns falavam de terem visto ao que chamaram de anjo voando por campinas e árvores, e seguimos a procura desde então, com receios de que tal contato com os humanos provocassem desgraças e maldições...Os homens são maus de nascimento e poderiam provocar e incitar tal maldade para dentro da alma do nosso grande tesouro...
- Espera um pouco você está me dizendo, que outros homens a chamaram de anjo, que ela voava de uma campina a outra e pousava em árvores? Como assim?
- Notou com certeza os ferimentos nas costas da moça,não é viajante? Alias, dois ferimentos profundos, ambos próximos a omoplata? Sim, eram suas asas, e foi seu povo que a machucou e que as cortou!
Aquilo era outro baque e Ele emudece, pensando afinal, o que esta havendo é algo inusitado no mínimo!
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