A chuva batia forte na soleira da porta velha de madeira. Ela estava dormindo pesadamente...Afinal quem bateria com essa chuva , A essa alta hora da madrugada?
A medida que o tempo passava as batidas aumentavam a frequência e força, então ela entendeu que não sonhava... Agora pelo princípio do comércio e bom atendimento ela abria a porta, em uma inocência friamente calculada.
A sua frente, uma criatura mais jovem com um rosto quase angelical treme e não é de frio...
Suzana sempre lutou por tudo o que queria, e nem sempre de forma honesta e assim saindo do nada chegou a montar um pequeno boteco, onde lentamente começou a ter uma vida digna aos olhos da comunidade em que resolveu morar e viver.
Mas um boteco não cobre sonhos e desejos altos de vaidades em maioria triviais... Não demorou para que ela se envolvesse com coisas mais erradas do que certas dentro de seu boteco e o dinheiro apareceu a rodo.
Muitas vezes Suzana acolhia foragidos mês fundos do boteco e até dentro de sua casa anexa àquela área comercial. Um dia ela abrigou até um homivida, por dias e enquanto as autoridades desconfiavam dela os marginais tinham a certeza de um porto seguro naquele local, claro que por um certo preço.
Um dia um comandante da guarnição policial veio alertar para que parasse de ajudar os marginais locais...Suzana sabia que abusava da sorte, mas se fez de inocente e quando a polícia foi embora falou em voz alta, para se autojustificar: Quem não arrisca, não petisca!
Com essa lembrança na mente, antes que o rapaz entrasse todo encharcado no seu boteco ela estendeu a mão pedindo sua famosa taxa de ajuda... O que o rapaz fez de bom grado com um saco pequeno de moedas de Prata, 30 para ser mais exato.
Não demorou muito para que o comandante estivesse em sua casa procurando pelo foragido, devido as suspeitas fundadas sobre o comportamento de Suzana... Novamente ela se diz inocente e o comandante se prepara para sair...Suzana se fazendo nada saber pergunta pó que procuravam aquele rapaz, e ele diz que era um homicida.
Ao fechar a porta em meio àquela chuvarada toda ela pensa: afinal não era a primeira vez quec fazia isso e a grana também vinha a calhar...Sempre queria comprar um vestido de seda e agora podia.
O rapaz trocou sua roupa por uma seca que fazia parte do pacote de ajuda de Suzana...Foi a cozinha da casa de aquecer sentando à beira de um velho fogão após acender o fogo. Suzana ficou com pena no fundo de um moço tão jovem ter de enveredar no crime e até esquentou uma sopa que sobrou do jantar e lhe serviu. Ele agradeceu educadamente e comeu toda a porção .
Enquanto o rapaz lavava a própria louça na cozinha e Suzana sentada à mesa ficou muito curiosa qual seria o motivo que o levou a matar aquela pessoa.. .Tal qual a mosca fica curiosa com a doce teia da aranha. Não resistindo fez a pergunta derradeira.
O rapaz pensou em pouco e se colocou em frente a janela que ficava às costas de Suzana e olhando para fora rocurando algo talvez além dessa realidade contou sua breve história...
Ele sempre fora um homem honesto diferente de Suzana pela tenra idade também lutou pela vida exaustivamente, mas do modo certo... Conseguiu umas terras para plantar em troca de serviço, mesmo quão duro fosse ele sempre se superava e isso acabou impressionando uma das moças da pequena cidade... E aí que tudo da uma virada e a felicidade bate-lhe á porta.
Mas por menos que se tem, sempre alguém vai querer lhe tirar... Apareceu do nada um louco com qualquer desculpa em sua cabeça tangível, e no momento em que trabalhava essa pessoa invade e tira a vida de sua amada... A dor foi grande e a vontade de vingar também... Afinal todos no fundo somos humanos!
Bom, Suzana tentou apoia-lo dando razão a seu atos, afinal foi tudo em nome do amor. Então o rapaz agradecido coloca a mão no ombro de Suzana em um agradecimento a sua compreensão e então complementou diante do derradeiro fim, diante de uma verdade que parecia estourar pela boca: - O que diz ainda esta incompleto por que tudo poderia ter sido diferente porque o criminoso já era perseguido pela polícia, contudo antes do crime, ele conseguiu abrigo e escapou... Por isso noutro dia ele pôde arrancar o amor da minha vida... E não parei de procura-lo até que o encontrei. Conversamos e depois o matei, simples assim.
Suzana gelou, estática como pedra e sentiu uma quentura na garganta e seu peito foi aquecido pelo líquido quente e pouco viscoso...E naquele momento deu um medo terrível, do que com certeza encontraria do outro lado...Mas também trouxe o alívio de pagar seus pecados que se acumulavam tanto tempo.
Assim caída com a cabeça sobre á mesa em seus ultimos suspiros de vida Suzana compreendeu que tudo na vida tem volta e que tudo o que fazemos nessa vida ecoa por toda a eternidade...
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