Agora destituído de minhas horarias e deveres, sou nada mais do que um vagante em meio a cidade de Tierra Madre dentro dela, de suas entranhas começo a entender e viver de seu outro lado,mais escuro e real...Me tornei uma sombra onde escuto os poderosos e de suas surdinas atitudes ver sem ser percebido. Há muito erro dentro das lideranças e dentro ainda mais fundo de toda a manipulação que uns acima de qualquer suspeita ainda chamam de política, para amenizar tão funesto movimento.
Ando ao largo de seus restos e dejetos, junto ao povo cansado de tanta injustiça, acompanhando os mais aflitos e sem esperanças, tiradas por essa casta de seres enegrecidos pela maldade e que ainda teimam de serem chamados de humanos!
Vejo aquele doente que não pode ser medicado pois o material fora desviado para quem já muito tinha e por sobra simplesmente jogou o santo remédio de uns, no lixo de sua residência...Vejo a criança que passa fome, calada e sofrida pois os recursos daquele alimento que seria comprado para saciar sua fome e melhorar pelo menos uma vez o seu dia, foi entregue aos bolsos gordos de algum líder que precisava comprar uma banheira mais larga apesar de ser pequeno tanto em estatura quanto em mente, e que no final também vai ser descartada quando o ego daquele que ainda se diz homem aumentar, quando seu cargo também aumentar diante das tantas falcatruas que comina com seus associados, uma corja que mais parecem pragas que assolam a população que paga seus tributos arrancando a carne muitas vezes dos seus mais amados...Assim alimentamos porcos que sempre nos comem as mãos, como ingratos sem se importar que amanha nem mesmo eles terão onde de comer também...Sendo assim de certa ironia divina, um sofrimento acumulativo que no final devora a si mesmo.
Ando pela campina seca de terras áridas sem poder mais plantar, o agricultor espera no mínimo um crédito que foi dado ao grande empresário que só constrói e nada planta, somente para ter a subvenção do ano seguinte, de suas terras, que só valorizam para a venda aos mais poderosos, fazendas que em vez de produzirem o alimento que poderia erguer uma nação servem apenas de um imenso spa, de muitas vezes de uma pessoa só, que se alimenta do mais caro pois tudo se torna caro quando não produzimos o suficiente para nos saciarmos, no mínimo que seja...Assim um passa bem para que mil passem fome.
Passo em frente as casas dos desafortunados trabalhadores que nem direito a uma estrada boa possam ter pois toda a edificação estrutural e social que passaria por seu vilarejo, em reconhecimento de sus esforços a deixar viva a maior cidade da Serra esta desviada por um caminho longo e sem qualquer proximidade com eles, afinal a fazendola do amigo do prefeito da cidade é mais importante que o bem estar de seus servidores, que são o sangue e vida da mesma. Assim a estimativa é pior, um ganha para dez mil sofrerem...
Ando diante doas casas dos mais humildes e ainda honestos que sonham sempre sobre um mundo melhor para seus filhos e amados viverem e rezam todo o dia para que seus líderes os encaminhem a esse momento de justiça e paz, os mesmos líderes que adoram mais as trevas do que a própria luz que tanto essas pessoas de boa fé ...Pois é isso que ainda os fazem viver e tentar aguentar mais um dia, um momento que seja seus sonhos e os sonhos de que seus sonhos ainda um dia se realizarão, achando que não ocorre por causa da ocasião sem sequer tentarem compreender que é só por causa da vontade fraca e o egocentrismo forte de poucos se beneficiando de muitos...Mas eu me pergunto o que acontecerá no dia que o povo acordar? Quantas cabeças devem rolar, para aplacar sua sede de justiça? Sinceramente eu espero, que muitas!
domingo, 30 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
INVISÍVEL
Caminhando entre eles sem ser notado, a criatura ardilosa se mescla dentre a multidão e dela se alimenta, como um morcego fugaz que na calada da noite usa de sua malícia e saliva doce pra não estancar o ferimento, a fim de beber todo o seu sangue...Sim tal como um vampiro entra em contato co sua vitima para lhe sugar lentamente toda a essência vital, deixando seu corpo vazio, seco e sem vida, jogado ás margens de qualquer estrada, muitas vezes despido para se parecer com um indigente, ou levando a muitos quilômetros de distancia onde a vitimou, para que encontrem um estranho, dificultando o reconhecimento de sua fútil existência, e então de prevenções contra seu perigo iminente.
Para que tudo se dê muito certo tudo é escolhido com meticulosidade, de suas vitimas...Desde sua moradia, seus hábitos com quem elas se relacionam, de onde vêm e para onde sempre vão...Para tudo dar certo a sua vitima tem de ser uma pessoa sem passado, ou futuro...Que tenha em mente somente o presente imediato, o aqui e o agora.Afinal, se for religioso vai que pode inclusive ofender a algum Deus antigo, levando mais cedo seu devoto e a ira dele caia sobre a criatura, que também poderia ser obra do mesmo e poderia destruí-la muito mais cedo que ela mesma pretenda?
Bem a seguir chegar e se intimidar na vida da vitima não seria mais tão difícil, pois já havia sabido tudo sobre a vitima, que no mínimo a relaciona como a sua segunda metade e no menos ainda como um fiel e único amigo, pelo tempo que lentamente toma de suas vidas, se tornando parte delas a ponto de quase sufoca-las com sua presença, a ponto de vicia-las com suas companhia, a ponto de sua vitima não mais querer sair ou até mesmo viver, sem te seu futuro algoz, de seu próprio lado. Era isso também que deixava a caçada mais doce e a essência mais ainda, era essa relação intima que "apimentava as coisas", por assim dizer.
Mas chega ao ponto em que mesmo para uma criatura ardil , tal como essa a mente começa a lhe pregar peças, por tanto tempo sozinha ó pensando em se alimentar...E se num único momento desses em vez de se alimentar ela pudesse se envolver mais com sua presa e ter um pouco de interação só para arrancar do peito a falta de afagos e carícias que um casal deveria de ter naturalmente se fossem da mesma espécie? Bem que poderia dar certo, pelo menos uma vez, esmo que não tivessem o mesmo sangue, o mesmo gosto, quem sabe...?
Então por longo tempo essa duvida foi alimentada, tal qual sua fome de essência vital, por sua mente pervertida e existência maldita - afinal, por que não? Ela faria quando encontrasse alguém que realmente gostasse ou que pelo menos simpatizasse.
E foi o que fez, e aconteceu como nos contos baratos encontrados nessas revistinhas de banca de revistas de romances banais...Era um dia chuvoso, terminando o inverno, quando em um pequeno vilarejo passavam correndo um pelo outro e se chocaram, pateticamente engraçados...Foi risos deles e dos que se acercaram...Dali tomaram um copo de café, em uma pequena taverna e tudo esquentou entre eles...Logo saíram a longos passeios, ficando cada vez mais juntos a ponto de em certo momento, do derradeiro tempo, irem morar juntos, e começarem a ter uma vida, como um casal, que deveria ser...
Mas nem tudo é sempre o que queremos que seja e de volta a realidade, em um de seus retornos a sua casa, veio a dor no estômago forte a secura da garganta e o ronco de uma miserável fome que a muito tempo esqueceu dese alimentar. Era sua natureza o chamando, a ser o que realmente era, uma besta faminta e perniciosa que usava subterfúgios para se alimentar de inocentes, tais como a pessoa que pensou que poderia se fazer parte de si sentimentalmente e torna-la ilusória companhia, uma cara metade.
Ele entra na sua casa sabendo de que o alimento mais fácil esta dentro de dela, do que fora, pois seria muto complicado preparar um improviso...Haveriam muitas falhas e poderiam dia menos dia saber de sua existência, o que lhe colocaria em risco mortal e pela sua auto preservação não poderia deixar isso acontecer. Ele também sabia dos riscos de não saciar a sua fome crescente pois teria as deformidades físicas que se destacaria dos demais, também sendo identificado e depois morto. Teria de terminar com esse conto de fadas, mas teria de ser sutil, carinhos afinal recebeu tanto carinho que teria de dar um ato de mínima boa fé e agradecimento pelos momentos felizes com o qual compartilhou e viveu por um tempo como o casal que tanto um dia fomentou em sonhar.
Então anoite caiu e a criatura esperou sua partícipe vitima a dormir para então agir rápido e silencioso, drenando aquela essência especial, para aquele momento, como alguém que compra um vinho antigo e espera o momento certo para sorve-lo e aquele era o seu momento...
E de tanto apreciar aquilo, deixou-se levar pelo tempo sem perceber que era ela a criatura que tanto se cuidara e planejara que estava sendo drenada lentamente , tal qual o vinho que tando se guardara...Pois a vitima na verdade era uma de sua própria espécie, também investida em seu malicioso disfarce, e que também sonhou por esse tempo e essa companhia como uma maldita faceta do destino...E o fez com tal precisão que nem ao menos, a criatura, agora sua vitima, teve tempo de se revelar, e declarar seu amor, uma amor que só poderia ser dado de verdade por alguém de sua própria espécie...Caindo momento depois seco, jaz sem vida ao lado da cama,no chão, enquanto a criatura fingida de vitima sem saber o que perdera se contorcia e espreguiçava pela cama, como o gato que de barriga cheia de se alimentar do rato, o fazia.
Assim um dia do caçador, o outro da caça...Dentro da Serra a justiça se faz naturalmente olho por olho dente por dente...Essência por essência. Portanto cuidado com as intenções quando adentrar as Serras de Tierra Madre, pois encontrará com certeza o que procura.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
CHUVAS DE INVERNO
Eles caminham juntos a muito tempo...Já forma muitos , mas se perderam com o tempo e por causa do tempo...Quando patrulhavam um antiga trilha esquecida algo sem explicação desse mundo natural os envolveu em seu manto sinistro e sobrenatural, os fazendo se perder em um inferno composto por chuvas frias e fortes de relâmpagos e trovões, infindáveis sem descanso ou trégua.
Os dias se passaram e a chuva forte não parava de açoita-los, era terrível! Não podiam se aquecer pois a madeira estava sempre molhada...Não podiam ter abrigo pois o vento forte desarmava qualquer barraca mal presa e frouxa pelo terreno aguado e de lama mole.
Então para terem um pouco de aquecimento se enrolavam em panos de toldo e se ajuntavam somando o calor de seus corpos que de longe parecia estar fumegando pelo frio ambiente que enfrentavam...
O tempo continua incessante em sua marcha de enfraquecimento ao corpo e a mente daqueles pobres homens. Ha momentos que pensamos por que passamos por tantos sofrimentos? porque o incerto é a frente de sua ralidade enquanto tantos outros tem da comodidade e vida mansa? Ainda sinceramente não o sei dizer...
O clima implacável começa a fazer suas vitimas com a hipotermia e doenças respiratórias.Nem mesmo a cobertura das florestas impedia o resfriamento daqueles corpos debilitados, esse era o inimigo mais difícil, senão impossível de vencer, pois sempre haverá algo maior que nós, os homens.
A tropa formada em fila indiana segui se revesando na frente onde o vento cortava mais e as gotas de água batiam na pela como pequenas incomodas agulhas, um tormento contínuo e real naquele momento.
Assim se deu que aos poucos, agrande fila foi perdendo o seu volume, e muito equipamento foi deixado para trás, perdido dentro da mata gélida, muitas vezes junto com seus proprietários, pobres infelizes, mal sortudos da vida, a esses já não mais mencionavam seus nomes, os homens de boa fé com medo de que em meio aquele martírio todo ainda a alma dos amaldiçoados e perdidos viesse com eles e com eles também os levassem ao outro mundo qual ainda não pertenciam, pois como homens de fé deveriam lutar até o último foi de esperança, em busca de socorro ou retorno salvo a sua torre, ao seu forte seco e seguro...E foi assim lentamente cada um fraquejou em sua fé e saíram das fileiras, sem jamais retornarem. Então acometidos de tanto sofrer, dia e noite seriam um só e a única coisa de uma mente fraca seria a ideia de apenas continuarem caminhando procurando um abrigo natural ou saída daquele inferno aquático e frio,praticamente, pois agora a aquela água fria parecia entrar lentamente sobre seus lábios e narizes como que tentando afoga-los para que ali ficassem...Em dado momento seja loucura ou apenas uma maneira de encurtar o sofrimento de uma mente ensandecida, alguns homens erguiam seus rostos para a s nuvens torrenciais e arregalavam bem os olhos, abriam bem assuas bocas, tão somente para se afogarem em pé e morressem ainda se sentindo humanos, pelo pouco que lhes restou. E essa decisão era solene aos que se encontravam ao seu redor que continuavam o caminho, pois em suas mentes caminhar era preciso, viver, talvez.
Ao final dessa desventura de sina marcada, haviam ainda sobrado três homens de valor que apesar de tudo o que o tempo havia mandado para eles ainda continuaram firmes em seus princípios e ética, de amor aos que os cercava, de simplesmente querer retornar a eles e a todos que os amavam.
E embusteira que só ela vem a Senhora morte com suas brincadeiras infantis e infalíveis, se perfazendo de algum ente vivo ou morto dizia aos ouvidos adoentados dos restantes,que era um de seus amados e só pedia que sentassem um pouco e descansassem, com ela.Que conversassem e dessem um tempo...Aos que fizeram, eles relaxaram e desabaram, pois perderam o foco de seu objetivo maior que era a vida, então de tantos desafortunados apenas um sobreviveu e deu de cara com a senhora dos destinos que o encarou com um largo sorriso de dentes tão brancos:
- Vai, meu amor te deixo partir...Vai!
Então temerário pelas brincadeiras mortais de tal dama de pele tão alva e cabelos de ébano, o sobrevivente balbucia:
- Assim, sem mais nem manos?
Sim, meu amor, assim sem mais nem menos....Somente com um pequeno porém...
Quase desfalecido e com ultimas forças o sobrevivente pergunta com todo o cuidado e devido, merecido respeito:
- E qual seria esse pequeno porém, minha senhora?
- Avise a todos por onde passar, conte o que aconteceu, para que todos se lembrem daqui e entendam de que o homem não é nada, não domina nada, não é nem senhor de si...
Que entendam que o homem sem Deus, perece, e sempre perecerá, vindo parar em minhas mãos!
E assim ocorreu, e quando o sobrevivente saiu, da mata por ordem e clemência de sua senhora viu que apenas durante esse tempo todo haviam caminhado em círculos e curvas e dali por diante a trilha sombria foi chamado de A ESTRADA DAS CURVAS DA MORTE!
Os dias se passaram e a chuva forte não parava de açoita-los, era terrível! Não podiam se aquecer pois a madeira estava sempre molhada...Não podiam ter abrigo pois o vento forte desarmava qualquer barraca mal presa e frouxa pelo terreno aguado e de lama mole.
Então para terem um pouco de aquecimento se enrolavam em panos de toldo e se ajuntavam somando o calor de seus corpos que de longe parecia estar fumegando pelo frio ambiente que enfrentavam...
O tempo continua incessante em sua marcha de enfraquecimento ao corpo e a mente daqueles pobres homens. Ha momentos que pensamos por que passamos por tantos sofrimentos? porque o incerto é a frente de sua ralidade enquanto tantos outros tem da comodidade e vida mansa? Ainda sinceramente não o sei dizer...
O clima implacável começa a fazer suas vitimas com a hipotermia e doenças respiratórias.Nem mesmo a cobertura das florestas impedia o resfriamento daqueles corpos debilitados, esse era o inimigo mais difícil, senão impossível de vencer, pois sempre haverá algo maior que nós, os homens.
A tropa formada em fila indiana segui se revesando na frente onde o vento cortava mais e as gotas de água batiam na pela como pequenas incomodas agulhas, um tormento contínuo e real naquele momento.
Assim se deu que aos poucos, agrande fila foi perdendo o seu volume, e muito equipamento foi deixado para trás, perdido dentro da mata gélida, muitas vezes junto com seus proprietários, pobres infelizes, mal sortudos da vida, a esses já não mais mencionavam seus nomes, os homens de boa fé com medo de que em meio aquele martírio todo ainda a alma dos amaldiçoados e perdidos viesse com eles e com eles também os levassem ao outro mundo qual ainda não pertenciam, pois como homens de fé deveriam lutar até o último foi de esperança, em busca de socorro ou retorno salvo a sua torre, ao seu forte seco e seguro...E foi assim lentamente cada um fraquejou em sua fé e saíram das fileiras, sem jamais retornarem. Então acometidos de tanto sofrer, dia e noite seriam um só e a única coisa de uma mente fraca seria a ideia de apenas continuarem caminhando procurando um abrigo natural ou saída daquele inferno aquático e frio,praticamente, pois agora a aquela água fria parecia entrar lentamente sobre seus lábios e narizes como que tentando afoga-los para que ali ficassem...Em dado momento seja loucura ou apenas uma maneira de encurtar o sofrimento de uma mente ensandecida, alguns homens erguiam seus rostos para a s nuvens torrenciais e arregalavam bem os olhos, abriam bem assuas bocas, tão somente para se afogarem em pé e morressem ainda se sentindo humanos, pelo pouco que lhes restou. E essa decisão era solene aos que se encontravam ao seu redor que continuavam o caminho, pois em suas mentes caminhar era preciso, viver, talvez.
Ao final dessa desventura de sina marcada, haviam ainda sobrado três homens de valor que apesar de tudo o que o tempo havia mandado para eles ainda continuaram firmes em seus princípios e ética, de amor aos que os cercava, de simplesmente querer retornar a eles e a todos que os amavam.
E embusteira que só ela vem a Senhora morte com suas brincadeiras infantis e infalíveis, se perfazendo de algum ente vivo ou morto dizia aos ouvidos adoentados dos restantes,que era um de seus amados e só pedia que sentassem um pouco e descansassem, com ela.Que conversassem e dessem um tempo...Aos que fizeram, eles relaxaram e desabaram, pois perderam o foco de seu objetivo maior que era a vida, então de tantos desafortunados apenas um sobreviveu e deu de cara com a senhora dos destinos que o encarou com um largo sorriso de dentes tão brancos:
- Vai, meu amor te deixo partir...Vai!
Então temerário pelas brincadeiras mortais de tal dama de pele tão alva e cabelos de ébano, o sobrevivente balbucia:
- Assim, sem mais nem manos?
Sim, meu amor, assim sem mais nem menos....Somente com um pequeno porém...
Quase desfalecido e com ultimas forças o sobrevivente pergunta com todo o cuidado e devido, merecido respeito:
- E qual seria esse pequeno porém, minha senhora?
- Avise a todos por onde passar, conte o que aconteceu, para que todos se lembrem daqui e entendam de que o homem não é nada, não domina nada, não é nem senhor de si...
Que entendam que o homem sem Deus, perece, e sempre perecerá, vindo parar em minhas mãos!
E assim ocorreu, e quando o sobrevivente saiu, da mata por ordem e clemência de sua senhora viu que apenas durante esse tempo todo haviam caminhado em círculos e curvas e dali por diante a trilha sombria foi chamado de A ESTRADA DAS CURVAS DA MORTE!
domingo, 23 de agosto de 2015
PRIMEIROS PASSOS...NOVAMENTE!
Desfalcado de meus pertences e agora com mais forças para continuar sigo os caminhos da estrada da tradição não mais como tropeiro mas sim como um mendicante das estradas e assim como aqueles sedentos de justiça e entendimento do porque de tudo assim, que entro nos acampamentos em silêncio eme achego ao calor do fogo e escuto o contar dos cânticos , dos causos perdidos...A tanto tempo que não os ouvia e então nem ao menos podia sequer sonhar...Quem segue essa vida campesina de estrada em estrada e de anto em anto se torna cigano no coração e em sua alma, assim quando os fazem parar, morreremos mais depressa, pois não mais acompanhamos a vida que segue a nosso curso, e meso que muitas vezes estejamos apenas se apegando a algumas migalhas do passado, são essas migalhas que nos fazem vier mais intensamente saindo da mesmice da quela rotina de sempre...
A gora os escuto dos lados mais sombrios pois como mendicante ninguém tem medo de contar seus segredos obscuros, seus andares de erro, pois sou apenas uma sombra, do que um dia fui e quando começo a pensar de outro lado, em outro ângulo do assunto sei que os caminhos meus só foram aprimorados e nada mais..Sequer suprimidos, pois quando buscamos pelas histórias, que nos fazem viver, oque te importa de como esta em que situação esta, então ouvir é preciso, viver, não!!
Sigo lentamente essa comitiva que se rasteja com a lentidão de uma vida ainda não vivida e sem pressa de viver...Meus passos, ainda incertos me deixam de momento acompanha-los e segui-los até pegar meu próprio ritimo, meu caminho...De momento sou apenas sombra do passado de alguém e de momento isso me basta se é que me entendem.
Cada palavra que escuto não só saboreia a minha alma com também alimenta-a e a deixa cada vez mais forte e mais sensível as realidades desses mundos arcaicos esquecidos, então não quero mais viver nesse mundo de teorias falhas e razão inconsistente, prefiro o empirismos dos antigos, de seus sortilégios, de suas magias, de seus contatos com os outros mundos,os mundos que um dia pela troca de conhecimento seco e sem sentido nos troamos nossas almas e destinos, nos deixando dominar por maquinas, tão frias e sem sentimentos, a ponto de nossas crianças desejarem ser com tais, só pensado e números, das conquistas e sequer saber saboreia-las dentre seus dedos e lábios senti-las como homens que deveríamos ser até então...Sim renego a essa essência definhada e sem gosto...Escuto as estórias e histórias, que me fascinam e causam dúvidas, e essa é a mais sagradas das hóstias que devo ter nesse momento: minhas dúvidas!
É a dúvida que leva a fé, que leva ater realmente certeza, é ela que emociona e que alimenta a alma do ousado, do herói, pois de todo o forte um dia foi fraco e deveria primeiro confrontar com suas duvidas, vencendo a si mesmo, para depois o mundo e então nessa compreensão entendo de quanto inseguro estava e meu mundo estável e monótono se firmando em uma certeza estabelecida por outras pessoas, que apenas teorizaram e sequer vivenciaram tudo aquilo que falaram e escreveram, imaginaram mundos dentro de suas escrivaninhas e por comodidade nós também aceitamos, sem sequer questionar, perguntar, pois como todo o sábio, eles vieram com sua lógica eloquente e racional, uma lógica perfeita por si próprio já é falha, pois não antevê os percalços e suas variáveis de looping, sempre quando há um erro algo ainda não somado ou medido. Por isso dizemos que dessa lógica tantos os sábios quanto os tolos também a partilha, pois são utópicas e nada realistas, duvidosas...Não nos ão espaço para pensar mentalizar, se humanizar.
Novamente a tarde caí, a poeira se assenta no horizonte e a caminhada termina, todos se acolhem dentre as fogueiras e vivo da esmola e caridade de cada povo do fogo que encontro na noite densa, vivo de sobras e restos e ainda assim, nunca me senti tão vivo e feliz...Agora concedam-me a licença pois as histórias começaram ao redor das fogueiras e eu preciso as ouvir...
A gora os escuto dos lados mais sombrios pois como mendicante ninguém tem medo de contar seus segredos obscuros, seus andares de erro, pois sou apenas uma sombra, do que um dia fui e quando começo a pensar de outro lado, em outro ângulo do assunto sei que os caminhos meus só foram aprimorados e nada mais..Sequer suprimidos, pois quando buscamos pelas histórias, que nos fazem viver, oque te importa de como esta em que situação esta, então ouvir é preciso, viver, não!!
Sigo lentamente essa comitiva que se rasteja com a lentidão de uma vida ainda não vivida e sem pressa de viver...Meus passos, ainda incertos me deixam de momento acompanha-los e segui-los até pegar meu próprio ritimo, meu caminho...De momento sou apenas sombra do passado de alguém e de momento isso me basta se é que me entendem.
Cada palavra que escuto não só saboreia a minha alma com também alimenta-a e a deixa cada vez mais forte e mais sensível as realidades desses mundos arcaicos esquecidos, então não quero mais viver nesse mundo de teorias falhas e razão inconsistente, prefiro o empirismos dos antigos, de seus sortilégios, de suas magias, de seus contatos com os outros mundos,os mundos que um dia pela troca de conhecimento seco e sem sentido nos troamos nossas almas e destinos, nos deixando dominar por maquinas, tão frias e sem sentimentos, a ponto de nossas crianças desejarem ser com tais, só pensado e números, das conquistas e sequer saber saboreia-las dentre seus dedos e lábios senti-las como homens que deveríamos ser até então...Sim renego a essa essência definhada e sem gosto...Escuto as estórias e histórias, que me fascinam e causam dúvidas, e essa é a mais sagradas das hóstias que devo ter nesse momento: minhas dúvidas!
É a dúvida que leva a fé, que leva ater realmente certeza, é ela que emociona e que alimenta a alma do ousado, do herói, pois de todo o forte um dia foi fraco e deveria primeiro confrontar com suas duvidas, vencendo a si mesmo, para depois o mundo e então nessa compreensão entendo de quanto inseguro estava e meu mundo estável e monótono se firmando em uma certeza estabelecida por outras pessoas, que apenas teorizaram e sequer vivenciaram tudo aquilo que falaram e escreveram, imaginaram mundos dentro de suas escrivaninhas e por comodidade nós também aceitamos, sem sequer questionar, perguntar, pois como todo o sábio, eles vieram com sua lógica eloquente e racional, uma lógica perfeita por si próprio já é falha, pois não antevê os percalços e suas variáveis de looping, sempre quando há um erro algo ainda não somado ou medido. Por isso dizemos que dessa lógica tantos os sábios quanto os tolos também a partilha, pois são utópicas e nada realistas, duvidosas...Não nos ão espaço para pensar mentalizar, se humanizar.
Novamente a tarde caí, a poeira se assenta no horizonte e a caminhada termina, todos se acolhem dentre as fogueiras e vivo da esmola e caridade de cada povo do fogo que encontro na noite densa, vivo de sobras e restos e ainda assim, nunca me senti tão vivo e feliz...Agora concedam-me a licença pois as histórias começaram ao redor das fogueiras e eu preciso as ouvir...
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
RETORNANDO DO ESQUECIMENTO
Acordo pela manha, um tanto ainda fria na Serra dentro de meu casebre...Já faz um tempo que estou aqui tomando um tempo para recuperação de minha ultima passagem inconveniente na Tierra Madre...E ainda não consegui esquece-la...
estava dentro de uma taverna conversando fiado e deixando a via passar quando vem a guarda policial e simplesmente me conduziram até ao castelete principal e trancaram-me em uma cela fria e escura, sem conversação. Então ali fiquei por 30 dias sem motivo ou qualquer acusação afinal nisso os magistrados sempre são experts...Inventar algo sem justiça ou moral e trona-la legal...
No tempo que passei dentro daquela escura cela, forma-me companhia os ratos e as baratas, bem como a minha consciência que teimava em lembrar as passagens do passado distante....Principalmente das amarguras pois como sou humano, nas horas pobres de nossa vida só pensamos nos desgostos sem buscar as forças da superação...Somos abutres que choram em cima de sua própria carniça...Como eu disse somos humanos.
Em meio bem sei que pode ter havido interferência de algum bladessari, sem estômago para uma justa, usa das leis imorais, para atingir sua vingança.
Passado um tempo me mandam para um juizado que apenas fazem inquirições vazias, e sem sentido, que no fundo devia já estar acostumado, mas sempre que passo, ainda doí um pouco...Contudo o que aprendi com a vida é que se você na frente de seus algozes mostrar sofrimento e dor lhes dará um prazer carnal indescritível, então meu amigo, se te morderam e doeu muto, disfarça e dá um largo sorriso, como se isso fosse apenas uma brincadeira de criança e isso os assustará e eles irão recuar, com certeza!
Com o tempo a fome de ser mal alimentado se abate por cima de minha alma, e os pensamentos viram alucinações, discussões sem sentido consigo mesmo...A noite e dia se misturam, e um mundo lunático se parece bem mais curriqueiro, e mesmo assim tem de se aguentar a passagem desse momento, pois como por si já diz, é temporário.
Então ao que se passou de uma eternidade, de sua mente vem a soltura e novamente sem eiras e beiras do porque ou sequer do ocorrido...Retornei a minha casa que pelo tempo e depredação dos vândalos, transformou-se em casebre. Mais uma vez ergo meus potes mal quebrados, dos que sobraram, remexo em meus trapos procurando algo que possa recomeçar e a vida é assim um juntamento de trapos, lembranças e sentimentos que nos fazem ser o que somos, sendo que se olhado por vezes de outro lado, aos olhares de um estranho viajante de mundos, ele nos taxaria a todos como um mundo de lunáticos e sem sentidos, apegados a trapos de memórias e sentimentos sem muito sentido e tantas vezes sem lógica., preciosa e racional...Pois somente assim entenderíamos das coisas divinas se fossemos lógicos...Mas somos novamente, apenas humanos, nesse desenrolar todo.
Os dias ainda se seguiram por um tempo com o que restou desse ultimo encontro com as celas frias de Tierra Madre, muito ainda tem de ser limpado e analisado do que foi tudo isso e então dar um destino as intenções desses atos de injúrias e prepotências covardes, sim muito ainda é o fôlego a se recuperar mais como tudo na vida ainda terei de volta as forças que me façam caminhar ereto e digno, de continuar a percorrer os caminhos da Estrada da Tradição e ouvir mais histórias, e preserva-las, dividindo com todos os que estiverem dispostos...Pois no final de tudo, de cada um de nós o que sobras são as histórias que temos e queremos conta-las, por mais que tentem nos silenciarem, elas ainda são maiores que nós, pois tantas além de não mais nos pertencerem, foram daqueles que a muito partiram e as deixaram como legados e alertas, para os mais coesos, os mais conscientes, que não dormem mais...Quem sabe migalhas, dos caminhos que estão a nossa frente, mas para nós que somos leigos na profissão e ousadia mesmo seus fracassos, quando ouvidos nos servem de inspiração pois como eu disse eles um dia ousaram dar o primeiro passo e bem antes de nós, de nossos medos egocêntricos e fracos..
Que seja então!, Lentamente escalo esse fundo lamacento de poço que me despejaram, lutando e relutando em não desistir, sim, estou retornando desse grande e total nada de todo esse esquecimento.
estava dentro de uma taverna conversando fiado e deixando a via passar quando vem a guarda policial e simplesmente me conduziram até ao castelete principal e trancaram-me em uma cela fria e escura, sem conversação. Então ali fiquei por 30 dias sem motivo ou qualquer acusação afinal nisso os magistrados sempre são experts...Inventar algo sem justiça ou moral e trona-la legal...
No tempo que passei dentro daquela escura cela, forma-me companhia os ratos e as baratas, bem como a minha consciência que teimava em lembrar as passagens do passado distante....Principalmente das amarguras pois como sou humano, nas horas pobres de nossa vida só pensamos nos desgostos sem buscar as forças da superação...Somos abutres que choram em cima de sua própria carniça...Como eu disse somos humanos.
Em meio bem sei que pode ter havido interferência de algum bladessari, sem estômago para uma justa, usa das leis imorais, para atingir sua vingança.
Passado um tempo me mandam para um juizado que apenas fazem inquirições vazias, e sem sentido, que no fundo devia já estar acostumado, mas sempre que passo, ainda doí um pouco...Contudo o que aprendi com a vida é que se você na frente de seus algozes mostrar sofrimento e dor lhes dará um prazer carnal indescritível, então meu amigo, se te morderam e doeu muto, disfarça e dá um largo sorriso, como se isso fosse apenas uma brincadeira de criança e isso os assustará e eles irão recuar, com certeza!
Com o tempo a fome de ser mal alimentado se abate por cima de minha alma, e os pensamentos viram alucinações, discussões sem sentido consigo mesmo...A noite e dia se misturam, e um mundo lunático se parece bem mais curriqueiro, e mesmo assim tem de se aguentar a passagem desse momento, pois como por si já diz, é temporário.
Então ao que se passou de uma eternidade, de sua mente vem a soltura e novamente sem eiras e beiras do porque ou sequer do ocorrido...Retornei a minha casa que pelo tempo e depredação dos vândalos, transformou-se em casebre. Mais uma vez ergo meus potes mal quebrados, dos que sobraram, remexo em meus trapos procurando algo que possa recomeçar e a vida é assim um juntamento de trapos, lembranças e sentimentos que nos fazem ser o que somos, sendo que se olhado por vezes de outro lado, aos olhares de um estranho viajante de mundos, ele nos taxaria a todos como um mundo de lunáticos e sem sentidos, apegados a trapos de memórias e sentimentos sem muito sentido e tantas vezes sem lógica., preciosa e racional...Pois somente assim entenderíamos das coisas divinas se fossemos lógicos...Mas somos novamente, apenas humanos, nesse desenrolar todo.
Os dias ainda se seguiram por um tempo com o que restou desse ultimo encontro com as celas frias de Tierra Madre, muito ainda tem de ser limpado e analisado do que foi tudo isso e então dar um destino as intenções desses atos de injúrias e prepotências covardes, sim muito ainda é o fôlego a se recuperar mais como tudo na vida ainda terei de volta as forças que me façam caminhar ereto e digno, de continuar a percorrer os caminhos da Estrada da Tradição e ouvir mais histórias, e preserva-las, dividindo com todos os que estiverem dispostos...Pois no final de tudo, de cada um de nós o que sobras são as histórias que temos e queremos conta-las, por mais que tentem nos silenciarem, elas ainda são maiores que nós, pois tantas além de não mais nos pertencerem, foram daqueles que a muito partiram e as deixaram como legados e alertas, para os mais coesos, os mais conscientes, que não dormem mais...Quem sabe migalhas, dos caminhos que estão a nossa frente, mas para nós que somos leigos na profissão e ousadia mesmo seus fracassos, quando ouvidos nos servem de inspiração pois como eu disse eles um dia ousaram dar o primeiro passo e bem antes de nós, de nossos medos egocêntricos e fracos..
Que seja então!, Lentamente escalo esse fundo lamacento de poço que me despejaram, lutando e relutando em não desistir, sim, estou retornando desse grande e total nada de todo esse esquecimento.
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