domingo, 6 de dezembro de 2015

A VILA DOS MORTOS- PARTE DOIS

     Dentro da taverna havia um silêncio e uma expectativa mortal...Será que haveria mais daquelas coisas lá fora? Será que ela poderia passar pelas portas pesadas que eram daquela taverna? eram muitas dúvidas e poucas respostas, quem sabe por isso todos estavam calados...Então sem aguentar mais perla curiosidade, o vagante quebra o silêncio, se dirigindo ao taverneiro, pedindo explicações uma vez que o esmo era morador daquele local, agora e com certeza, amaldiçoado...
     - Bom acho justo, mestre! Sempre vivi aqui nesse lugar, que foi um tanto calmo até mesmo para os tipos locais...Foi então que apareceu o primeiro, com aquele tipo de praga.
A princípio era um homem que se encontrava caído na entrada da vila, doente e possivelmente assaltado pois haviam levado quase tudo dele.Então pela misericórdia de uma família devota ele foi levado para uma das humildes casas, para que fosse tratado...Contudo havia algo mais nele, algo que ninguém podia explicar, tinha um jeito estranho, e sua febre não passava, ate que o estranho morreu e foi enterrado fora do nosso cemitério no pântano pois,não nos era conhecida sua história para saber se era um devoto ou não.Em nossa comunidade enterramos só os que seguem nossas crenças...Bem menos de um mês de sua morte um menino se perdeu nos pântanos e quando o encontramos disse que foi cuidado pelo estranho, que já havia morrido...Aquilo não terminou ali. Dias depois a criança morreu e apareceu aos seus pais...Era noite e o menino não morto pediu comida e beijou os pais e voltou ao pântano dizendo que agora era o estranho que cuidava dele e no final cuidaria de todos nós.
      - Logo após isso os pais morreram e apareceram aos amigos e parentes e assim a praga foi se manifestando, através de nossos conhecidos e parentes...Agora os poucos que sobraram, quando anoitece se trancam em suas casa com muito medo e aterrorizados...As noites agora ninguém quer dormir e não confiam em ninguém que não viva dentro de sua casa,pois não saberia se morreu de fato.
    Bem era isso então, uma vila amaldiçoada por um estranho, que simplesmente resolveu criar uma vila de mortos assim do nada? Faltava mais alguma coisa nessa história que não estava fechando em lógica ou por puro instinto...Contudo para o vagante era uma questão de sobrevivência, não mais de simples curiosidade...Saber como as pessoas se transformaram em não mortos, como se propagava a doença, se é que se poderia chamar isso de doença.Então haveria dois tipos e infecção, quando comeram junto e quando foram beijados pelos não mortos, mas nada comprovado, pelo menos era um começo...

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