A muito tempo o vagante caminha por entre as matas e também as estradas da antiga tradição, sem ver uma alma humana...Sua busca interior o fez por muito tempo se afastar dos homens, de suas falhas e seus desejos mortais...A paz e a solidão o fizeram mais forte e centrado...Mas como ainda tem muito do humano, nas suas veias, a necessidade de encontrar-se com ouros de nossa espécie é inerente e ele resolve voltar a roa habitável das estradas da antiga tradição...Elas com certeza o levaria a algum povoado, mesmo que não conhecesse qual povoado seria.
Passaram alguns dias e em seguida a um entardecer calmo, e tranquilo ele observe de longe um amontoado de choupanas, e uma taverna na área central era um vilarejo pequeno, mas a simples ação de falar com outra pessoa interagindo, em uma conversa muitas vezes que não leva nada a não ser joga-las fora, já o animava.
Contudo, ao se aproximar daquele pequeno lugarejo,nota peculiaridades um tanto fora do normal, mesmo, depois de tanto se afastar dos homens...Geralmente quando se achega a noite os homens se reúnem em frente a taverna e dentro dela para passarem o tempo, se entretendo, após um dia pesado de serviços no campo e lavouras locais...Naquela taverna não haviam pessoas na frente , as casas apesar do ar quente da noite se mantinham fechadas, portas e janelas, mesmo com gente dentro delas...Nenhuma caminhada noturna no vilarejo...Sim, algo se passa.
Bom, mais curioso que apreensivo, o vagante adentra a taverna e encontra um amontoado de homens e mulheres tomando uma s e outras , mas com um tês séria...Não havia risos e conversas altas, apenas tensão...Então ele sentindo o ambiente se assenta em ma mesa de canto, pois as costas estariam mais protegidas pelo que pudesse acontecer, logo chega o taverneiro e ele pede comida e bebida para matar o simples desejo de que outra pessoa lhe preparasse o alimento, afinal humanidade. Após um farto jantar e uma boa bebida, o vagante curioso, se faz menção em sair da taverna, para uma caminhada de reconhecimento daquele lugarejo, quando é interpelado pelo taverneiro, creio que o único que lhe deu atenção suficiente naquele local e por simples interesse comercial:
- Mestre, não é aconselhável sair a essas horas, aqui não é costumeiro fazer isso! - por alguma razão estava faltando alguma parte, do que dizia aquele homem, pensou o vagante e mesmo assim saiu, sem se preocupar com o que outros lhe diziam, afinal, se conselhos valessem algo, eles não viriam sempre de graça...
A caminhada não foi longa, mas mesmo assim curiosa...O Vilarejo, era um tanto pobre, e seu final dava em um pântano...Onde haviam marcas de muitas caminhadas...Quem iria adentrar em um lamaçal fedorento onde nada se cria a não ser bichos peçonhentos, para trabalhar, ou mesmo passear? Realmente algo não está certo aqui...
Outra coisa que lhe chamou a atenção, são os entreolhos que se dava pelas frestas das janelas e portas, que muitas vezes pareciam terem sido feitas de propósito, para olharem quem, ou o que estaria, lá fora em frente a suas casas. Bom , nesse momento ter cautela nunca fez mal a ninguém: o vagante retorna a taverna pelos mesmos passos que saiu...
Bem próximo da taverna, sob a noite um tanto escura ele vê um vulto de homem se aproximando, um tanto cambaleante...Talvez um dos moradores que se encontravam na taverna, agora não tanto sóbrio pelo tanto de bebida que pode ingerir..Contudo quando mais se aproximava o seu encontro de frente, com aquele vulto, seus instintos de sobrevivência se alertavam cada vez mais, e lhe diziam:
Cuidado!Cuidado!
Mecanicamente, como sempre ocorria, o vagante esculpiu sua mão no cabo da espada larga, preparou-se e num instante de passos cambaleantes, o vulto toma mais uma ação de predador, um animal mais besta, que homem, apesar do corpo lembrar um.
Claro que o golpe foi certeiro no coração, pois era um ataque frontal, e a estocada de uma espada larga era inevitável de ser evitado...Então, poe que aquilo não caiu? Simplesmente convulsionou ese afastou, da espada após mais da metade ter entrado dentro do seu peito! A fera retrocede não para fugir, mas toma distancia para preparar o próximo bote...Agora com um salto também inumano avança pelo ar com as mãos que mais pareciam garras abertas e prontas para dilacerarem a pele de qualquer incauto...Assim com um desvio rápido, para o lado, o vagante fez novamente sua espada larga sibilar no ar, e se chocar com carne, tendão, músculos e finalmente um osso que se partiu,não, melhor, atorou-se ao completar o movimento de corte diagonal contra um dos braços da fera semi humana que lhe atacava.
Contudo não sangrou tanto quanto devia e pior...O sangue ou quer que fosse que saiu , fedia como algo podre e morto...Contudo o golpe teve efeito esperado atordoando a criatura dando tempo para o vagante respirar, tomar fôlego, se recompor...E foi os grunhidos da fera que alertaram os ocupantes da taverna, que o trouxeram rapidamente para dentro, e ao passar a porta, colocaram uma tranca pesada nesta.
- Entendeu,mestre, por que deve ficar na taverna, eu falei que não era seguro lá fora!- pestanejou o taverneiro, com ares de repreenda para o vagante...
Sim aquilo era mesmo estranho não? O vagante ficou muito tempo andando sozinho, em matas fechadas, muitas intocáveis até então, e sempre se saiu bem, sem problemas e quando resolveu voltar aos homens, de um momento, para outro sua vida estava novamente em risco...
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