quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A VILA DOS MORTOS-PARTE TRÊS

    Em meio da espera do tempo seguir e quem sabe sobreviverem, até o novo amanhecer, nada melhor do que se iterar de tudo o que a ameça representa ou age, por longo tempo o Vagante ouviu o pessoal da taverna e as histórias do taverneiro m dos moradores mais antigos e sobreviventes dessa misteriosa praga,ou seja lá o que o Divino queira com tudo aquilo...Aliás, por que culpar o Divino, se geralmente a encrenca quem sempre começa é o homem? Foi esse um dos motivos do isolamento do Vagante ...O homem é cheio de falhas e ainda se acha no direito de juízo dos outros dando definições as coisas a seu modo, que muitas vezes egocêntrico, causa mais dor do que paz...
Mas deixemos as divagações para os filósofos que acham tempo para isso, os homens que se dizem de ações, procuram nada mais de que atalhos seguros, para atingirem seus objetivos, com o mínimo de margem de erros...Então em meio a tanta prosa o Vagante soube que as criaturas temem o fogo pois ficam longe da entrada da taverna, que sempre é iluminada por tochas sua entrada...Também podem ser paradas de se moverem se cortadas em pedaços e especialmente sua cabeça.Bom! Temos um bom começo,sim!
     O vagante sabe que seria pouco prudente em bancar o salvador da pátria e sair armado com lâminas e tochas tentando matar algo que vive e sobrevive das sombras da noite escura...O dia sempre será dos vivos, mas a noite, os vivos sempre a dividirão com os mortos e as outras criaturas das trevas, quer queiram ou não, fazem parte dessa Lei e isso é imutável!
Quando amanheceu, o Vagante tenta organizar uma frente de resistência aquelas coisas, mas o povo já havia sofrido muitas baixas e como bois no matadouro só esperavam chegar de um momento a outro a sua vez de se unirem a horda de não mortos que se acumulava cada vez mais dentro daquele pântano fedorento...São poucos os que continuam andando e lutando, quando veem seus parentes e amigos mais queridos serem seus inimigos, não e mesmo?
Bom, com o taverneiro, ele especificou o tamanho do pântano que pretendia rastrear e entender melhor o que houve lá dentro com o primeiro amaldiçoado, quem sabe...
    Os dias se passaram naquele tormento de não saber quando tempo se têm, se poeriam acordar novamente, a cada amanhecer...Todo o dia o Vagante aproveitava para sondar o pântano e reconhece-lo, enquanto organizou pelo menos o pessoal da taverna, para que aos poucos fortificassem-na, a fins de dar mais tempo de sobrevida aquele grupo que os aldeões chamavam de Loucos, pois queriam ir contra uma praga,que era um castigo do Divino, com certeza...Afinal, ninguém imagina o que um pouco de bebida forte pode fazer de bem com um homem, ou mulher...Com a cabeça zonza, até a coragem aparece!
Contudo se não resolvessem logo o problema, achar uma cura, cortar o seu mal pela raiz logo, logo não teriam como evitar a horda que a cada dia aumentava e se aproximava cada vez mais da taverna.
     A cada investida, seguindo a primeira trilha que o Vagante abriu, pelo pântano, o tempo deveria ser contado de maneira certa pois se errasse o compasso, não daria para sair no tempo certo antes de anoitecer e com certeza, seria alio túmulo molhado e frio do Vagante, então não poderia cometer erros infantis, pois quando ele era menino agiu como tal, e agora que assumiu sua responsabilidade nesse mundo, deveria assumir o que viesse da melhor maneira possível sem espaços para sentimentalismo banal e sem utilidade...E ele foi bem cuidadoso , a ponto de encontrar perdidos, talvez porque justamente não tinham mais tino do tempo, alguns dos não mortos desgarrados, que se tornavam letárgicos, quase catatônicos co a luz do sol, e que ao amanhecer percebeu que todos iam em uma mesma direção, para o meio do pântano...Com esses retardatários  nada mais justo de aplicar a teoria na prática, e a tocha de sua mão os queimou facilmente, pois exalavam algum teor alcoólico ou de éter de sua pele, algo que modificou seu sangue não morto, para inflamável ...Ele Também os cortou, com sua lâmina, pedaço a pedaço e percebe, quando cortava membros e parte do tronco eles ainda se arrastavam, mas quando cortava suas cabeças, só elas se mexiam, balbuciavam, e entre viravam  seus olhos, compulsivamente...Através disso haveria uma chance de sobreviverem
, se os caçassem quando o inimigo estivesse mais vulnerável, e começaria pelas manhas nos pântanos, dividindo os homens da taverna em dois grupos menores: um pra caçada e outro pra defender a taverna, em caso de um ataque...E poderia revesar entre eles para que pudessem pegar a mesma experiência de caça aos não mortos, e finalmente após uns bons dias agora o Vagante tinha sua primeira frente de Defesa!

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