sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

MEA CULPA

     ...Ela chora, sem motivo a mim aparente, nada para mim faz sentido...A traição das emoções que sente. Inimigo, dentro do teu mais intimo amigo ou amiga, criando o dilema de amor e a maldita intriga, do delicioso ao perverso, do santo ao prostituído nesse caótico universo.
      Deixo minha inocência e meu amor me vencerem por um momento, lhe dou conforto, assim tão pleno e absorto, sei que revidará, sua alma jamais admitirá, que fraquejou, que meus sentimentos sinceros, simplesmente aceitou.
Mas o que mais me doí, é saber que você não chora por mim, nem pelos meus, do meu sangue, mesmo após as juras, que você prometeu; você chora por um estranho, enfadonho de um mundo medonho, longe dos meus...Um estranho.
     E quanto toca nos meus? Também nossos....E o que você me diz, sou o vilão desse sofrimento sem desculpas, nem mesmo por um triz...! E mesmo assim para não perder o pouco que resta deste amor perverso e decadente, me calo e fico ausente...De fato, me aceito: Culpado!!!
Culpado de amar algo que não pode mais me dar, de sentir algo que não mais pode vir, sequer seguir...Culpado de amar alguém que mesmo andando, respirando, já não existe mais...Sim, eu continuo amando.
    Olhe, junto comigo esse terrível sortilégio que nos trocamos, maldições e sinas, um dependendo do outro, cadeira de roda e espinha quebrada, tetraplégico!
Palavras e sons, que saem e voltam balbuciadas de um louco, entre seu mundo miúdo, e pouco...Tudo tão tragicamente perfeito, para dar tudo errado, se aturando, remendado, cortado serrado!
      Um dia, digo a mim mesmo, vou partir, não quero mais voltar, assim de deixarei voar, livre de meus grilhões, para que possa realmente amar...Não consigo, são ão doces ilusões, que viciado fico aqui parado, calado, inocente de te amar?
Sim, culpado!





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