Era mais uma noite para ele, dessa vez um pouco mais fria, afinal o outono havia chegado...Esse ar de prenuncio de inverno, era típico da Serra...Para ela, aquela noite era especial, pois finalmente iriam usar as águas da Garganta do Diabo e ela seria finamente solta em meio aqueles que era felizes e amados. Mais do que nunca sua dor deveria se espalhar aos demais, todos deviam se sentir como me sinto, pensava freneticamente.
ele era um sentinela naquele momento e sua moral, estava bem baixa, pois havia cometidos erros bobos que surtiriam em punição, mas como tantos da caserna esse era o dia normal de um guerreiro, um sem sofrimento, não sera um bom dia!
Contudo tem dias que são mais pesados de suportar que outros dias comuns. Haverá momentos que perdemos demais mesmo, e se perdermos mais um pouquinho que seja o copo transborda e daí tudo desanda de vez!
Nessa caçada pela dor dos outros que ela fazia, agora podia entrar em cada cano, curva e torneira, chuveiro, da casa dos seus alvos, e isso a deliciava pensar quem seria sua próxima alma a sofrer como ela...
Ele era um homem jovem mais centrado, tinha orgulho de estar ali e estava porque queria e isso lhe importava muito, mas não tanto quanto a perda de dalguém de seu sangue, e doía-lhe o coração não estar presente em seus últimos momento, de mostrar a essa pessoa de que realmente ele se importava o tanto quanto se importou com ele quando mais precisou...Mas a vida de caserna é dura em certos momento, egoísta, só quer você e mais ninguém pode estar ali naquele posto, pois é só você que ela quer...
A uma hora atrás quando estava tomando seu lkache na noite, um café quente lhe caíu bem...Feito com a água da fonte de toda a dor de uma alma penada que não descansou ainda, pois seus ossos ainda estão lá submersos naquele rio perto do véu de noiva que caí e leva seus pequeninos restos pela água até a captação das águas de Sierra Madre e nem mesmo aquele velho tolo vaisando os sábios engenheiros eles , não o ouviram, era absurdo demais entenderem que certas coisas a´re mesmo as más, se apegam fundo na água e são levadas por ela...
E ela junto a água sentiu quando um de seus pedacinhos lhe disse dessa deliciosa vitíma, que se enocntrava sentinela de seu posto, mas com o coração ferido, era até poético, a falha de sua armadura, era seu coração jovem e inocente, como tantos!
Então sob um jato de ar virou nuvem e voou contra o vento até o posto do sentinela desavisado, e como garoua fina da madrugada pousa atrás dele, silenciosamente, em forma de vapor, sussurando em seus ouvidos insidíos, fazendo-o duvidar de si mesmo, de seus princípios, de sua moral e coragem, ela o fargiliza o espedaça ainda mais que seu superior o fez quando o ridicularizou de seu pedido de ver seu ente querido ás véaperas de sua morte...O superior achou aquilo uma fraqueza e queria dar uma lição de força ao jovem, e sem pensar exagerou nas ações e nas palavras....
Palavras, ah, quem as conhece sabe, que são mortais se atiradas sem pensar, e cortam mais fundo que a carne, cortam nossas almas e com elas nossa força de viver...Há um ditado tolo que diz que a pena é mais forte que a espada...E eu complemento, e mais que a pena são as palavras!
- Afinal porque continuas vivo? Sem honra, sem o respeito aos que te amaram e esperaram por ti nos últimos momentos? Como consegues, meu amor ficar assim, tão acovardado sem nada reagires?
Portanto ostra tua bravura, mostra tua coragem, que nenhum desses tolos tem, arranca tua própria vida! Assim te lembrarão como homem resignado na morte do que covarde em vida!
Suas palavras vinham em forma de vento aos ouvidos do sentinela que aos poucos se deixava levar, a acreditar nas suas palavras, a ponto de querer realmente as tornar reais, e dentro dele se perguntava em uma tentativa de resposta:
-Quem sabe ela não esteja certa? Quem sabe com minha morte todas as minhas dores se irão? Quem sabe eu encontra meu ente querido do outro lado e lhe peça perdão...Quem sabe eu finalmente encontre, minha paz!
- Sim meu amor, aqueles que te julgaram, são mais incapazes, mais incorretos, perante tua nobreza e caráter, lava a tua honra o teu ressentimento com sangue dos puros e eu te encamnharei aos recantos de teus desejos de teus perdão de tua...Paz!
Assim com o final das palavras e um aperto de coração, vem o clarão, e então o silencio, após o secar de um eco...Tudo termina para ele? Quem sabe...Mas o tormento é para os pais e familiares que jamais vão entender a tentação de se deixar levar desse mundo tão cruel...Um mundo longe do Divino e de suas leis eternais de amar o próximo, respeita-lo e no mínimo lhe deixar em paz.
E quanto a ela? Agora mais feliz do que nunca ela sabe que pode estar no lar de todos, em cada cantinho que puder entrar e isso é apenas o garoar frente a grande tempestade que vem com ela, a NOIVA AMARGURADA DA GARGANTA DO DIABO!
...E quem quiser que acredite, senão conte outra!
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