Amanheceu como um dia qualquer, e ele se levanta cansando, estranhamente não dormiu nada bem, parece que teria a haver com um pesadelo que teve na noite passada...
Tomou seu cafe, se alimentou bem, contudo também estranhou que não sentiu muito ou quase nada o gosto do alimento...Agora sua cabeça parecia zonza, como se tivesse nas nuvens, poderia ser até uma gripo vindo, pelos sintomas, mas sei lá, pensava ele, que esse dia estava muito estranho.
Novamente apressa seus passos, tinha o mesmo compromisso, levantar-se cedo sair, talvez para o trabalho. ele segue por uma pequena rua que dava a uma estrada de chão batido, adjacente na sua casa, que dava para uma maior e mais longa. O curioso é que no momento que pisou ali nem lembrava, o que realmente ia fazer todos o sidas naquele local e depois que acessou a pé a estrada principal notou que parecia mais um bairro rural, e não lembrava mais dali em diante, realmente ele estava totalmente desconcertado com aquilo tudo...
Não bastando não estar entendendo, quase nada do que lhe ocorria, de repente, uma jovem, que nem lembra quem era , se aproxima do nada ao seu lado, e começa a conversar, como se fossem velhos conhecidos, aquilo tudo tava lhe pirando: afinal que diabos tava ocorrendo aqui?
Então caminharam por um longo percurso tendo do outro lado da estrada uma cerca de arame farpado, com palanques que não reconhecia a espécie de madeira qual sustentava o arame...
A moça nota seu ar de preocupação e ele disfarça dizendo que havia dormido mal e ela entende...Será?
Estavam subindo um pequeno morro, por onde a estrada seguia, e ele pôde ver as casas, os quintais, de um lado da rua, mas não via os moradores, e tudo parecia esguio, torpe e estranho demais. então passando om morro, deram de frente com uma campina, onde a estrada termina sem qualquer sinal, de que poderiam até continuar mais tarde a construção...Na campina haviam muitas pessoas, que se interagiam normalmente, conversado corriqueiramente, e a sua amiga enganchou no seu braço e foi ter com mais alguns que se encontravam ali, também conversando.
Em meio parecia também conhece-lo de longa data, aquilo tava muito confuso! E no meio de suas preocupações e pensamentos indagando a si mesmo desse estranho ocorrido, já não entendia o que falavam e só foi desperto, quando todos começara a gritar de alegria, sorrir alto e acenava até para ele mesmo, que prestasse atenção em algo...
Ele olha ao redor e do céu nota uma luz se aproximando em uma espiral, estranha, que os rodeava na campina...Mas tudo aquilo parecia um DEJA VU...Sim, agora ele estava lembrando de seu sonho e era exatamente igual, ao que acontece até agora, era doideira completa!
No seu sonho agora caia algo do céu e parecia como um meteoro, ou uma maquina retorcida pelo calor da reentrada, parecia no sonho, um tanto metálico...Depois ele lembra que ela caiu em uma campina com muita gente, e o impacto foi tremendo! O material de escória levantado foi tal que acabou com tudo ao redor e o resto do mundo entrou em trevas, e frio nuclear, a ponto de tudo se extinguir...Felizes daqueles que morreram primeiro, pensou, sofreram menos, dos que ficaram por último...
Nisso ele vê aquela luz se apagando e dentro dela, aparece um meteorito, ou mais uma maquina retorcida, pelo calor da reentrada... E, bolas, isso agora era real! De último momento saiu um pedido infantil, mas possivelmente atendido, enquanto corria inutilmente para se salvar:
-Deus, como eu queria que tudo isso fosse um sonho e eu acordasse agora, na minha cama e na minha casa!
Então vem o som ensurdecedor do impacto, uma escuridão sufocante o toma por completo, e o trava todo imobilizando-o antes dele simplesmente apagar....
Novamente amanheceu como um dia qualquer, e ele se levanta cansando, estranhamente não dormiu nada bem, parece que teria a haver com um pesadelo que teve na noite passada..
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
sábado, 25 de agosto de 2018
O HOMEM DA ESTRELA NEGRA: ALICE ,O COELHO !
-Estou atrasado! Muito atrasado! - pensava ele, enquanto corria como um deses perado pela campina, a procura de algo ou alguém...
- Como vou explicar o meu atraso? Afinal no caminho até aqui, foram imprevistos, sera que serei perdoado, chegarei ao menos a tempo? - muitas eram as reflexões daquele momento, e não dava-se conta do anterior, assim como todos nós diante do impossível, tentamos nos ater ao momento...
Em meio a corrida ele lembra em instantes do caminho que o levou até ali...Um dia acordou de dentro de sua casa, toda quentinha, com seus pais e irmãos e algo dentro de sua alma, bem lá no fundo dela dizia para para correr e que estava atrasado para o encontro! Á princípio, como todo a a família, acharam que ele havia enlouquecido, até o internaram em ala psiquiátrica...Mas não adiantou e o estranho chamado foi maior e ele fugiu, e se desabalou pelo mundo correndo sem parar, até chegar nesse ponto, nesse exato local.
No meio de toda essa emoção, do medo de não se atrasar, o tempo era o mais dispensável, e passou de tal forma que nem ele mesmo sabe o quanto, afinal nunca contou com isso...Ele já estava exausto, passou por muitas coisa e muitas terras, conheceu pessoas boas e más, até algumas que lhe quiseram ajudar...Mas a vontade de seguir sempre foi maior que sua própria vontade, que diante dessa monstruosidade, já não mais lhe pertencia...E foram também dias difíceis, para si mesmo, afinal, dele mesmo saía a dúvida se tudo isso era realmente verdadeiro pelo tanto que andou, pelo tanto, que sofreu...Mas agora acima de tudo, mesmo nas últimas forças ele sentia que sua jornada estava chegando ao seu objetivo e uma voz ainda retumbante, lhe condicionava a marchar dizendo:
- Vamos criança, só mais um pouco, é depois daquela montanha e tudo estará findado!
Era manha quando chegou ao cume da montanha e o sol aparecia maravilhoso, mesmo para aquele
dia a alvorada se irrompia mais linda do que nunca...Ele estava com a respiração falha, seu coração sem ritmo, descompassado pelo sofrimento, pela dor, e a longa solidão...Então lá no cume diante de uma clareira, ele sem forças desaba, como que fossem seus últimos momentos de resistência, talvez, da alma dele mesmo.
Agora caído de costas, sem forças, quase sem respirar, ele desaba em choro e soluços, afinal tudo pelo quanto passou e só ele sabe o quanto, que se esforçou, teriam realmente válido a pena? Desde as chacotas, as injúrias, os golpes, as dores, teriam realmente validado tudo isso?
Nesse momento que pensamos dentro de nós mesmo se haveria diferença creditável, de um louco e um profeta? quando os vemos de nosso lado da bolha, também distorcida, reconheceríamos alguma razão, da mesma maneira que teria a visão de um psicólogo, se ele tentasse se reconcilio verdadeiro, de sua ciência com a sua religião, talvez!
E quando sua visão turvou e talvez em meio aos últimos delírios quem sabe, viu lentamente uma luz branca a tomar todo o ambiente e já sem visão de nada alguém caminha até...É grande, esguio e delicado com seus movimentos, parecia flutuar enquanto andava, então se abaixa junto dele e o abraça, dizendo:
- Minha criança. você conseguiu, chegou no horário, no momento certo!
Assim ele pôde finalmente descansar, ele chegou no horário e agora pode descansar, ele esta em casa!
- Como vou explicar o meu atraso? Afinal no caminho até aqui, foram imprevistos, sera que serei perdoado, chegarei ao menos a tempo? - muitas eram as reflexões daquele momento, e não dava-se conta do anterior, assim como todos nós diante do impossível, tentamos nos ater ao momento...
Em meio a corrida ele lembra em instantes do caminho que o levou até ali...Um dia acordou de dentro de sua casa, toda quentinha, com seus pais e irmãos e algo dentro de sua alma, bem lá no fundo dela dizia para para correr e que estava atrasado para o encontro! Á princípio, como todo a a família, acharam que ele havia enlouquecido, até o internaram em ala psiquiátrica...Mas não adiantou e o estranho chamado foi maior e ele fugiu, e se desabalou pelo mundo correndo sem parar, até chegar nesse ponto, nesse exato local.
No meio de toda essa emoção, do medo de não se atrasar, o tempo era o mais dispensável, e passou de tal forma que nem ele mesmo sabe o quanto, afinal nunca contou com isso...Ele já estava exausto, passou por muitas coisa e muitas terras, conheceu pessoas boas e más, até algumas que lhe quiseram ajudar...Mas a vontade de seguir sempre foi maior que sua própria vontade, que diante dessa monstruosidade, já não mais lhe pertencia...E foram também dias difíceis, para si mesmo, afinal, dele mesmo saía a dúvida se tudo isso era realmente verdadeiro pelo tanto que andou, pelo tanto, que sofreu...Mas agora acima de tudo, mesmo nas últimas forças ele sentia que sua jornada estava chegando ao seu objetivo e uma voz ainda retumbante, lhe condicionava a marchar dizendo:
- Vamos criança, só mais um pouco, é depois daquela montanha e tudo estará findado!
Era manha quando chegou ao cume da montanha e o sol aparecia maravilhoso, mesmo para aquele
dia a alvorada se irrompia mais linda do que nunca...Ele estava com a respiração falha, seu coração sem ritmo, descompassado pelo sofrimento, pela dor, e a longa solidão...Então lá no cume diante de uma clareira, ele sem forças desaba, como que fossem seus últimos momentos de resistência, talvez, da alma dele mesmo.
Agora caído de costas, sem forças, quase sem respirar, ele desaba em choro e soluços, afinal tudo pelo quanto passou e só ele sabe o quanto, que se esforçou, teriam realmente válido a pena? Desde as chacotas, as injúrias, os golpes, as dores, teriam realmente validado tudo isso?
Nesse momento que pensamos dentro de nós mesmo se haveria diferença creditável, de um louco e um profeta? quando os vemos de nosso lado da bolha, também distorcida, reconheceríamos alguma razão, da mesma maneira que teria a visão de um psicólogo, se ele tentasse se reconcilio verdadeiro, de sua ciência com a sua religião, talvez!
E quando sua visão turvou e talvez em meio aos últimos delírios quem sabe, viu lentamente uma luz branca a tomar todo o ambiente e já sem visão de nada alguém caminha até...É grande, esguio e delicado com seus movimentos, parecia flutuar enquanto andava, então se abaixa junto dele e o abraça, dizendo:
- Minha criança. você conseguiu, chegou no horário, no momento certo!
Assim ele pôde finalmente descansar, ele chegou no horário e agora pode descansar, ele esta em casa!
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
O HOMEM DA ESTRELA NEGRA: SEDUÇÃO
O apartamento era um tanto pequeno e dava ares de sufoco certas horas...Afinal era o que ela podia pagar, nem mais nem menos...E era uma manha pelo meno parecia por uma única janela que mais parecia a escotilha de um submarino, excluído da realidade, onde s´essa fresta de luz e verdade passava.
Ela acordou um tanto cedo, não que tivesse algo a se fazer afinal, ontem mesmo, havia sido demitida de um emprego miserável, mal dando com seu trabalho braçal, suado e forçado, de pagar o apartamento e se manter...Mas hoje em especial além das quedas da vida que faziam fila para esperar ver-lhe o próximo tombo, havia mais alguém dentro de seu apartamento ( ou ALGO),esperando pacienciosamente, que acordasse, havia até lhe preparado uma boa xícara de café, forte e cheiroso, do jeito que gostava para dar aquele UP pela manha.
- Oh, minha bela, você acordou! Estou ansioso por hoje, a muito tempo que espero por isso...Mas por acaso, você não vai mudar de ideia em nosso cronograma,não e mesmo?
- Oi, bom dia! Claro que não, amigo! Seguiremos tudo como programado...
Ela toma se café lentamente, parecia que sorvia aquele momento a ponto que durasse u máximo que puder...Seus olhos estão fixo no fundo da xícara, como se tentasse adivinhar algo, que pudesse estar além do fundo e do liquido escuro, tão doce como ele só!
- Noto que está um tanto distraída, algum problema que possa ajuda-la, de momento?
Ela levanta seus grandes olhos da xícara e solta um sorriso largo e branco:
- Nada não bobinho, estava apenas pensando com meus botões, nada de mais, nem de menos!
- Ufffa! Ás vezes você me dá cada susto, menina! Mais uma dessa e eu acabo morrendo!
Nisso, ao terminar as frases, os dois se olham fixamente, e...Silencio. então depois de uns engasgos de ambos os lados sem, conter explodem ambas as risadas tão alto quanto podem, e aquilo parecia mais um riso histérico, pois demorou a parar.
- Ai, ai! Me desculpas menina, não pude resistir, adoro piadas e encaixes perfeitos, ehehehe!
- Cara você é demais! pena que nos conhecemos tão tarde, poderíamos ter sido o arroz das festas, eheheh!
- Bom, o papo á legal mas temos um tempo limitado, então, vamos?
- Sim, por que não?
Os dois se levantam da pequenina mesa da cozinha que também se fazia de sala, ela desliza graciosamente até ao banheiro da casa, se despe e entra nas águas mornas de sua banheira...
Ele espera ela se acomodar de maneira confortável e estirada na banheira, cuida para que seus cabelos não molhem, afinal ela não gostaria deles molhados, depois de tudo.
Lentamente ele tira do bolso uma caixinha de presente, toda enlaçada e lhe entrega, com carinho:
- Essa eu fiz especialmente e só pra você, querida!
- É mesmo? Você é um amor! Pra mim, não é desse mundo! - enquanto diz isso ela o encara por instantes com seus olhos grandes e depois da umas piscadelas rápidas finalizando a deixa...Novamente eles caem em uma risada frenética e maravilhosamente deliciosa...
- Sua danadinha, aprendeu direitinho mesmo! De todas acho que até agora a que mais me encantou foi você!! Tolos os que não te valorizaram, como amiga ou no amor, eles sim não sabem o que perderam...
- Sim eu sei, e você também, e isso é o que me importa...
Ela abre seu presente e encontra uma linda navalha toda em prata desenhada, e adornada como nenhuma outra, e segurando emocionada, abraça-a contra o peito, como um carinho esperado e volta delicadamente a entregar para ele, dizendo:
- Poderia me ajudar, nessa parte, sou mais fraca e não consigo, você entende, não é?
- Claro, amor, então apenas relaxe, deixe o resto comigo!
Tomado das mãos dela, ele abre a lâmina cortante e desliza suavemente o fio em direção ao pulso dela, e com leve pressão faz um corte profundo, com o mínimo de dor...Depois faz o mesmo no outro braço...E então repousa os dois dentro da água morna, que alivia ainda mais o purgar dos ferimentos
- Tudo bem?
- Sim, estou bem, agora é só esperar...E tudo vai se resumir em um sono profundo e gostoso...Você ficará comigo até ao final?
-Sim, querida, foi esse nosso trato...Agora descanse!
Pela manha, o que resta é apenas uma nota de rodapé de um noticiário local, de um suicídio, de uma bela jovem solitária, que não se deu bem na vida, morando em Tierra Madre...Nossas vidas são como chamas de uma vela, frágeis a qualquer vento que escapa da janela, que rapidamente extinguem seu brilho, então crianças, todo o cuidado é pouco!!
Ela acordou um tanto cedo, não que tivesse algo a se fazer afinal, ontem mesmo, havia sido demitida de um emprego miserável, mal dando com seu trabalho braçal, suado e forçado, de pagar o apartamento e se manter...Mas hoje em especial além das quedas da vida que faziam fila para esperar ver-lhe o próximo tombo, havia mais alguém dentro de seu apartamento ( ou ALGO),esperando pacienciosamente, que acordasse, havia até lhe preparado uma boa xícara de café, forte e cheiroso, do jeito que gostava para dar aquele UP pela manha.
- Oh, minha bela, você acordou! Estou ansioso por hoje, a muito tempo que espero por isso...Mas por acaso, você não vai mudar de ideia em nosso cronograma,não e mesmo?
- Oi, bom dia! Claro que não, amigo! Seguiremos tudo como programado...
Ela toma se café lentamente, parecia que sorvia aquele momento a ponto que durasse u máximo que puder...Seus olhos estão fixo no fundo da xícara, como se tentasse adivinhar algo, que pudesse estar além do fundo e do liquido escuro, tão doce como ele só!
- Noto que está um tanto distraída, algum problema que possa ajuda-la, de momento?
Ela levanta seus grandes olhos da xícara e solta um sorriso largo e branco:
- Nada não bobinho, estava apenas pensando com meus botões, nada de mais, nem de menos!
- Ufffa! Ás vezes você me dá cada susto, menina! Mais uma dessa e eu acabo morrendo!
Nisso, ao terminar as frases, os dois se olham fixamente, e...Silencio. então depois de uns engasgos de ambos os lados sem, conter explodem ambas as risadas tão alto quanto podem, e aquilo parecia mais um riso histérico, pois demorou a parar.
- Ai, ai! Me desculpas menina, não pude resistir, adoro piadas e encaixes perfeitos, ehehehe!
- Cara você é demais! pena que nos conhecemos tão tarde, poderíamos ter sido o arroz das festas, eheheh!
- Bom, o papo á legal mas temos um tempo limitado, então, vamos?
- Sim, por que não?
Os dois se levantam da pequenina mesa da cozinha que também se fazia de sala, ela desliza graciosamente até ao banheiro da casa, se despe e entra nas águas mornas de sua banheira...
Ele espera ela se acomodar de maneira confortável e estirada na banheira, cuida para que seus cabelos não molhem, afinal ela não gostaria deles molhados, depois de tudo.
Lentamente ele tira do bolso uma caixinha de presente, toda enlaçada e lhe entrega, com carinho:
- Essa eu fiz especialmente e só pra você, querida!
- É mesmo? Você é um amor! Pra mim, não é desse mundo! - enquanto diz isso ela o encara por instantes com seus olhos grandes e depois da umas piscadelas rápidas finalizando a deixa...Novamente eles caem em uma risada frenética e maravilhosamente deliciosa...
- Sua danadinha, aprendeu direitinho mesmo! De todas acho que até agora a que mais me encantou foi você!! Tolos os que não te valorizaram, como amiga ou no amor, eles sim não sabem o que perderam...
- Sim eu sei, e você também, e isso é o que me importa...
Ela abre seu presente e encontra uma linda navalha toda em prata desenhada, e adornada como nenhuma outra, e segurando emocionada, abraça-a contra o peito, como um carinho esperado e volta delicadamente a entregar para ele, dizendo:
- Poderia me ajudar, nessa parte, sou mais fraca e não consigo, você entende, não é?
- Claro, amor, então apenas relaxe, deixe o resto comigo!
Tomado das mãos dela, ele abre a lâmina cortante e desliza suavemente o fio em direção ao pulso dela, e com leve pressão faz um corte profundo, com o mínimo de dor...Depois faz o mesmo no outro braço...E então repousa os dois dentro da água morna, que alivia ainda mais o purgar dos ferimentos
- Tudo bem?
- Sim, estou bem, agora é só esperar...E tudo vai se resumir em um sono profundo e gostoso...Você ficará comigo até ao final?
-Sim, querida, foi esse nosso trato...Agora descanse!
Pela manha, o que resta é apenas uma nota de rodapé de um noticiário local, de um suicídio, de uma bela jovem solitária, que não se deu bem na vida, morando em Tierra Madre...Nossas vidas são como chamas de uma vela, frágeis a qualquer vento que escapa da janela, que rapidamente extinguem seu brilho, então crianças, todo o cuidado é pouco!!
terça-feira, 14 de agosto de 2018
O HOMEM DA ESTRELA NEGRA: FOBIA!
As paredes pesadas fechavam toda a sala e não era para menos, afinal estavam em um subsolo...
Na sala que se aparentava sufocante, havia somente uma porta de entrada, uma mesa de interrogatório e no fundo de uma área escura, estranhos, sentados em suas cadeiras toscas de madeira, apenas observavam o andar daquela carruagem...E sim um homem estava sendo inquirido, de certos fatos que no final o trouxeram, para esse exato momento, agora.
- Então podemos recomeçar, sua história novamente, para termos certeza, de que realmente foi assim que os fatos aconteceram, podia mais uma vez começar? - O interrogador parecia frio, como se seguisse um roteiro, um mero protocolo, e isso poderia indicar que não era a primeira vez que fazia seu ofício.
- Eu estava andando com uma amiga e conversávamos, qualquer coisa que agora não me lembro. De momento pra encurtar nosso caminho e sem motivo justo, cortamos adentro de um terreno baldio, sem pensar nas consequências, foi um ato de momento!
- Quer dizer que nem foi premeditado aquele passagem, nem por você ou ela? Então continue- Diz o interrogador, com ares de desconfiança.
- Exato! Foi então que senti algo se aproximando, como uma vibração, lembro que estava escurecendo...Aliás todo o ar vibrava! Então algo muito grande parecendo como uma ponta de flecha apareceu sobre nós, e sua ponta começou a pairar sobre mim...dela saiu uma luz muito forte que me envolveu...Minha amiga dizia para que saísse correndo dali, mas sentia que não queria mais sair daquela luz amarelada, rosada, avermelhada, não sei explicar!
- Então mesmo com sua amiga o chamando não conseguiu sair da luz, e depois, Sabe o que aconteceu com sua amiga? - dessa vez o interrogador abordou a questão de sua amiga, anteriormente não, curioso!
- Olha depois que a luz tomou conta de tudo e de todo o ambiente, não a vi mais, alias nem mais me reconhecia, como um ser humano!
- Como assim? Explique-se melhor! - O interrogador arregala os olhos, prestando bem atenção, dali por diante, era algo de seu interesse...
- Bem, como poderia explicar...Parece que meu corpo foi substituído por algo e quando pude ver novamente nem meu mundo era o mesmo...andava com pessoas estranhas, não tinha pernas mas algo me movia! Um deles me deu um paleta cheia de botões e dizia que deveria ir me ajustando apertando os botões que se encontravam nela, os de cima eram funções de percepções; os da esquerda eram de tempo; os da direita, esse nem eu sabia pra que eram! Caminhamos por um longo período e me perguntaram de tudo,mas não me lembro o quê... No final queria que eu fosse mas me sentia tão bem ali que não queria mais voltar...Sem dor, fome frio, sem morte, por que eu voltaria?
- Claro! Mas como pelo Divino você está aqui? O que houve para que retornasse? - a voz do interrogador se torna autoritária, de um momento para outro!
- Bom eles me explicaram do porquê voltar, que poderia finalmente dizer a todos que jamais estivemos sós, nesse universo, eles disseram que devemos nos preparar, pois eles voltarão logo, não há mais volta disso...Acho que foi isso!
- Você esta dizendo de que, eles te escolherem por algum motivo, o levaram para seu mundo e lá souberam o que podiam do nosso, e depois o soltaram simplesmente para levar essa mensagem, de que estão vindo e que devemos nos preparar?
- Sim, acho que sim...E só poderia ser nada mais que isso, de importância o que tenho melhor que outros? Nada! Trabalho no campo, moro em um vilarejo pequeno, sem importância, sem qualidades especiais, o que mais quer que eu diga, já falamos isso umas dez vezes!
- Tudo bem, podem retira-lo da sala, coloquem-no de volta a cela, agora!
Mal termina a frase e aparecem detrás da porta dois armários ambulantes, troncudos, e erguem o rapaz da cadeira bruscamente e o carregam para fora da sala, que depois disso se mantém em profundo silêncio, até que um dos observadores sai de seu canto escuro, toma a frente do interrogador e diz:
- Mais alguém além daquela amiga sabe dos fatos?
- Não, senhor! E como sabe, não é o primeiro caso, mas de momento é esporático e podemos conter, não se preocupe!- respondeu, já com a solução nas mãos, o interrogador.
- E quando começar a não ser mais esporático, lembre-se do que ele falou: eles virão e não tem mais volta!
- Senhor! podemos evitar o quanto pudermos, e até lá estaremos mais preparados, assim como sempre fizemos, contudo também aconselho a não neutralizar o rapaz, se tivermos de negociar ele , como os outros serão ótimas moedas de troca, não acha, senhor?
- Tudo bem continue assim, lá fora daremos um jeito na garota, faremos parecer uma briga ciumenta e ele terá fugido para BEM LONGE, não acha?
-Sim senhor!
Lentamente a sala se esvazia, e fica somente o interrogador, ele sabe que tudo aquilo era vazio, e treme de corpo inteiro, só de pensar que o mundo que ele conhece, de poderes conspirações, acordos e sociedades secretas, está preste a desabar...Afinal nem ele mesmo sabe dizer: como é realmente ser livre?
Na sala que se aparentava sufocante, havia somente uma porta de entrada, uma mesa de interrogatório e no fundo de uma área escura, estranhos, sentados em suas cadeiras toscas de madeira, apenas observavam o andar daquela carruagem...E sim um homem estava sendo inquirido, de certos fatos que no final o trouxeram, para esse exato momento, agora.
- Então podemos recomeçar, sua história novamente, para termos certeza, de que realmente foi assim que os fatos aconteceram, podia mais uma vez começar? - O interrogador parecia frio, como se seguisse um roteiro, um mero protocolo, e isso poderia indicar que não era a primeira vez que fazia seu ofício.
- Eu estava andando com uma amiga e conversávamos, qualquer coisa que agora não me lembro. De momento pra encurtar nosso caminho e sem motivo justo, cortamos adentro de um terreno baldio, sem pensar nas consequências, foi um ato de momento!
- Quer dizer que nem foi premeditado aquele passagem, nem por você ou ela? Então continue- Diz o interrogador, com ares de desconfiança.
- Exato! Foi então que senti algo se aproximando, como uma vibração, lembro que estava escurecendo...Aliás todo o ar vibrava! Então algo muito grande parecendo como uma ponta de flecha apareceu sobre nós, e sua ponta começou a pairar sobre mim...dela saiu uma luz muito forte que me envolveu...Minha amiga dizia para que saísse correndo dali, mas sentia que não queria mais sair daquela luz amarelada, rosada, avermelhada, não sei explicar!
- Então mesmo com sua amiga o chamando não conseguiu sair da luz, e depois, Sabe o que aconteceu com sua amiga? - dessa vez o interrogador abordou a questão de sua amiga, anteriormente não, curioso!
- Olha depois que a luz tomou conta de tudo e de todo o ambiente, não a vi mais, alias nem mais me reconhecia, como um ser humano!
- Como assim? Explique-se melhor! - O interrogador arregala os olhos, prestando bem atenção, dali por diante, era algo de seu interesse...
- Bem, como poderia explicar...Parece que meu corpo foi substituído por algo e quando pude ver novamente nem meu mundo era o mesmo...andava com pessoas estranhas, não tinha pernas mas algo me movia! Um deles me deu um paleta cheia de botões e dizia que deveria ir me ajustando apertando os botões que se encontravam nela, os de cima eram funções de percepções; os da esquerda eram de tempo; os da direita, esse nem eu sabia pra que eram! Caminhamos por um longo período e me perguntaram de tudo,mas não me lembro o quê... No final queria que eu fosse mas me sentia tão bem ali que não queria mais voltar...Sem dor, fome frio, sem morte, por que eu voltaria?
- Claro! Mas como pelo Divino você está aqui? O que houve para que retornasse? - a voz do interrogador se torna autoritária, de um momento para outro!
- Bom eles me explicaram do porquê voltar, que poderia finalmente dizer a todos que jamais estivemos sós, nesse universo, eles disseram que devemos nos preparar, pois eles voltarão logo, não há mais volta disso...Acho que foi isso!
- Você esta dizendo de que, eles te escolherem por algum motivo, o levaram para seu mundo e lá souberam o que podiam do nosso, e depois o soltaram simplesmente para levar essa mensagem, de que estão vindo e que devemos nos preparar?
- Sim, acho que sim...E só poderia ser nada mais que isso, de importância o que tenho melhor que outros? Nada! Trabalho no campo, moro em um vilarejo pequeno, sem importância, sem qualidades especiais, o que mais quer que eu diga, já falamos isso umas dez vezes!
- Tudo bem, podem retira-lo da sala, coloquem-no de volta a cela, agora!
Mal termina a frase e aparecem detrás da porta dois armários ambulantes, troncudos, e erguem o rapaz da cadeira bruscamente e o carregam para fora da sala, que depois disso se mantém em profundo silêncio, até que um dos observadores sai de seu canto escuro, toma a frente do interrogador e diz:
- Mais alguém além daquela amiga sabe dos fatos?
- Não, senhor! E como sabe, não é o primeiro caso, mas de momento é esporático e podemos conter, não se preocupe!- respondeu, já com a solução nas mãos, o interrogador.
- E quando começar a não ser mais esporático, lembre-se do que ele falou: eles virão e não tem mais volta!
- Senhor! podemos evitar o quanto pudermos, e até lá estaremos mais preparados, assim como sempre fizemos, contudo também aconselho a não neutralizar o rapaz, se tivermos de negociar ele , como os outros serão ótimas moedas de troca, não acha, senhor?
- Tudo bem continue assim, lá fora daremos um jeito na garota, faremos parecer uma briga ciumenta e ele terá fugido para BEM LONGE, não acha?
-Sim senhor!
Lentamente a sala se esvazia, e fica somente o interrogador, ele sabe que tudo aquilo era vazio, e treme de corpo inteiro, só de pensar que o mundo que ele conhece, de poderes conspirações, acordos e sociedades secretas, está preste a desabar...Afinal nem ele mesmo sabe dizer: como é realmente ser livre?
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
O HOMEM DA ESTRELA NEGRA: PAI!
...Ele brincava com as crianças, dentro de uma casa que não era mais dele. Aliás nem mais as crianças eram dele!
Seu tempo então era escasso, e por mais que quisesse ficar não poderia, pois fora um longo caminho pra chegar ali , e será a mesma medida para retornar...afinal o que um pai não faz pelos seus filhos?
Ele passa a mão pelos cabelos das meninas que preza tanto! Cada uma delas lembra dos amores que teve em suas duas vidas, antes dessa...Amores que não pôde retornar a ver somente pela leis da Mononcia suas sementes, que eram as mais próximas de sua centelha de vida...
Ambas eram queridas ao seu coração...Uma com os cabelos do sol e olhos azuis como o mar, sua pele alva cintilava como diamante durante o dia, enquanto que sua irmã era toda oposta e nem por isso menos bela...De cabelos escuros e pele bronzeada, e seus olhinhos eram escuros como os mistérios da noite, e seu largo sorriso encantava a qualquer alma bondosa!
Mesmo sendo poucos instantes seus momentos foram únicos, pois não saberia se por certo um dia tornaria a vê-las novamente.
Era a noite cerrada com a qual chegara e no raiar do dias nesses poucos instantes já era a hora de partir...Seu coração doía muito mas ele lentamente se esvazia de toda a matéria e se desfaz como a um castelo de areia na beira do mar e partiu de volta a sua longínqua casa, seu la Longe desse lugar, desse tempo, dessa existência, mas quando voltará?
Só o Divino sabe porque certas coias acontecem ou se por ventura se quebram as leis naturais e doa-se o impossível em benefício do amor paternal...E foi o que aconteceu com o homem da ESTRELA
NEGRA!
Seu tempo então era escasso, e por mais que quisesse ficar não poderia, pois fora um longo caminho pra chegar ali , e será a mesma medida para retornar...afinal o que um pai não faz pelos seus filhos?
Ele passa a mão pelos cabelos das meninas que preza tanto! Cada uma delas lembra dos amores que teve em suas duas vidas, antes dessa...Amores que não pôde retornar a ver somente pela leis da Mononcia suas sementes, que eram as mais próximas de sua centelha de vida...
Ambas eram queridas ao seu coração...Uma com os cabelos do sol e olhos azuis como o mar, sua pele alva cintilava como diamante durante o dia, enquanto que sua irmã era toda oposta e nem por isso menos bela...De cabelos escuros e pele bronzeada, e seus olhinhos eram escuros como os mistérios da noite, e seu largo sorriso encantava a qualquer alma bondosa!
Mesmo sendo poucos instantes seus momentos foram únicos, pois não saberia se por certo um dia tornaria a vê-las novamente.
Era a noite cerrada com a qual chegara e no raiar do dias nesses poucos instantes já era a hora de partir...Seu coração doía muito mas ele lentamente se esvazia de toda a matéria e se desfaz como a um castelo de areia na beira do mar e partiu de volta a sua longínqua casa, seu la Longe desse lugar, desse tempo, dessa existência, mas quando voltará?
Só o Divino sabe porque certas coias acontecem ou se por ventura se quebram as leis naturais e doa-se o impossível em benefício do amor paternal...E foi o que aconteceu com o homem da ESTRELA
NEGRA!
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SEXTA 13!
Chegou a sexta-feira 13! Muitos levam como crendiuces as sextas 13... Uns fazem até simpatias para sorte ou amor. Mas aqui na Serra as ...
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Muito tempo se decorreu desde a grande catástrofe, quando os mortos se elevaram da terra fria e seca das estepes da Serra, então todos os...
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O inverno esta chegando...As viagens de rotina estão cada vez mais difíceis devido ao clima frio...Por muito tempo passamos parados ent...