O apartamento era um tanto pequeno e dava ares de sufoco certas horas...Afinal era o que ela podia pagar, nem mais nem menos...E era uma manha pelo meno parecia por uma única janela que mais parecia a escotilha de um submarino, excluído da realidade, onde s´essa fresta de luz e verdade passava.
Ela acordou um tanto cedo, não que tivesse algo a se fazer afinal, ontem mesmo, havia sido demitida de um emprego miserável, mal dando com seu trabalho braçal, suado e forçado, de pagar o apartamento e se manter...Mas hoje em especial além das quedas da vida que faziam fila para esperar ver-lhe o próximo tombo, havia mais alguém dentro de seu apartamento ( ou ALGO),esperando pacienciosamente, que acordasse, havia até lhe preparado uma boa xícara de café, forte e cheiroso, do jeito que gostava para dar aquele UP pela manha.
- Oh, minha bela, você acordou! Estou ansioso por hoje, a muito tempo que espero por isso...Mas por acaso, você não vai mudar de ideia em nosso cronograma,não e mesmo?
- Oi, bom dia! Claro que não, amigo! Seguiremos tudo como programado...
Ela toma se café lentamente, parecia que sorvia aquele momento a ponto que durasse u máximo que puder...Seus olhos estão fixo no fundo da xícara, como se tentasse adivinhar algo, que pudesse estar além do fundo e do liquido escuro, tão doce como ele só!
- Noto que está um tanto distraída, algum problema que possa ajuda-la, de momento?
Ela levanta seus grandes olhos da xícara e solta um sorriso largo e branco:
- Nada não bobinho, estava apenas pensando com meus botões, nada de mais, nem de menos!
- Ufffa! Ás vezes você me dá cada susto, menina! Mais uma dessa e eu acabo morrendo!
Nisso, ao terminar as frases, os dois se olham fixamente, e...Silencio. então depois de uns engasgos de ambos os lados sem, conter explodem ambas as risadas tão alto quanto podem, e aquilo parecia mais um riso histérico, pois demorou a parar.
- Ai, ai! Me desculpas menina, não pude resistir, adoro piadas e encaixes perfeitos, ehehehe!
- Cara você é demais! pena que nos conhecemos tão tarde, poderíamos ter sido o arroz das festas, eheheh!
- Bom, o papo á legal mas temos um tempo limitado, então, vamos?
- Sim, por que não?
Os dois se levantam da pequenina mesa da cozinha que também se fazia de sala, ela desliza graciosamente até ao banheiro da casa, se despe e entra nas águas mornas de sua banheira...
Ele espera ela se acomodar de maneira confortável e estirada na banheira, cuida para que seus cabelos não molhem, afinal ela não gostaria deles molhados, depois de tudo.
Lentamente ele tira do bolso uma caixinha de presente, toda enlaçada e lhe entrega, com carinho:
- Essa eu fiz especialmente e só pra você, querida!
- É mesmo? Você é um amor! Pra mim, não é desse mundo! - enquanto diz isso ela o encara por instantes com seus olhos grandes e depois da umas piscadelas rápidas finalizando a deixa...Novamente eles caem em uma risada frenética e maravilhosamente deliciosa...
- Sua danadinha, aprendeu direitinho mesmo! De todas acho que até agora a que mais me encantou foi você!! Tolos os que não te valorizaram, como amiga ou no amor, eles sim não sabem o que perderam...
- Sim eu sei, e você também, e isso é o que me importa...
Ela abre seu presente e encontra uma linda navalha toda em prata desenhada, e adornada como nenhuma outra, e segurando emocionada, abraça-a contra o peito, como um carinho esperado e volta delicadamente a entregar para ele, dizendo:
- Poderia me ajudar, nessa parte, sou mais fraca e não consigo, você entende, não é?
- Claro, amor, então apenas relaxe, deixe o resto comigo!
Tomado das mãos dela, ele abre a lâmina cortante e desliza suavemente o fio em direção ao pulso dela, e com leve pressão faz um corte profundo, com o mínimo de dor...Depois faz o mesmo no outro braço...E então repousa os dois dentro da água morna, que alivia ainda mais o purgar dos ferimentos
- Tudo bem?
- Sim, estou bem, agora é só esperar...E tudo vai se resumir em um sono profundo e gostoso...Você ficará comigo até ao final?
-Sim, querida, foi esse nosso trato...Agora descanse!
Pela manha, o que resta é apenas uma nota de rodapé de um noticiário local, de um suicídio, de uma bela jovem solitária, que não se deu bem na vida, morando em Tierra Madre...Nossas vidas são como chamas de uma vela, frágeis a qualquer vento que escapa da janela, que rapidamente extinguem seu brilho, então crianças, todo o cuidado é pouco!!
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