era um dia quente como os demais desse mês, que parecia muito anormal dos demais anos, inclusive...E Aqui onde esses dois povos se encontravam, tudo era mais tórrido, em meio de um desamparado deserto. Dentro desse inferno escaldante, dentro e bem nomeio desse povo todo havia uma disputa em particular, a de dois homens, totalmente e estranhos entre si, que jamais se viram, sem nenhum desafeto ou mágoa dentre eles.
Então por que misérias estariam competindo e mortalmente? Era uma justa e nelas somente um sai vencedor e...vivo!
Ambos tinham suas convicções, seus credos,ambos estavam amparados por armaduras com significados estígios para quem chegasse de fora, mas foram eras de divergência para chegarem a esse ponto, nessa terra tão desolada.
Tudo, o que compreendemos, o que entendemos no fundo começa, com uma opinião, um conceito, uma definição....Terra não seria terra, se não a definisse como tal...A morte não teria seus encargos se alguém não a tivesse conceituado...E eles não estariam abaixo desse sol infernal, trancados dentro de armaduras de aço e couro, se alguém também em meio a essas definições não as discordassem!
Quando criamos o primeiro, já definimos o último; quando concebemos o belo, destituímos a beleza de outro o tornando mais feio, inepto, incapaz...Daí nasceu a Divergência. Assim quando criamos nossa imagem de Deus, ajeitamos o destino do pobre diabo, seu humilde opositor, sem chances de defesa ou inocência....Mas quando criamos mais de um Deus, a quem cabe a culpa, a inabilidade da ordem, a falência do Deus falso? Pergunta difícil que foi feita a esses dois povos que um dia nasceram em mesmo reino e terras e por definições divergentes agora lutam, irmão contra irmão...
A muito tempo foi escrito: DEUS ESTADO LADO DOS VENCEDORES! Por definição Deus de verdade seria daquele que vencesse um torneio uma justa pois quando ambos os guerreiros treinados de igual valor e honra lutam, somente o que estiver mais convicto, o que tiver o Deus ais VERDADEIRO poderá vencer, nesse máximo da dualidade...Pelo menos foi o que cada rei de seu povo acreditou naquele tempo e com deuses diferentes, por que não mais que isso para provar qual Deus é o mais REAL e VERDADEIRO...Um jihad único,uma cruzada perfeita, sem mais mortes tolas e ainda que colocariam mais dúvidas no pote...Afinal poderia ter sido sorte se um povo morre mais que outro, as condições do terreno, a vontade de morrer e viver de cada um...A força da fé nas massas é muito instável. Não! Assim, não!
Nada mais justo de que pegar gêmeos, irmãos e ensina-los, por igual, com exceção dos deuses, que cada uma separado acredite no seu Deus e o faça valer em um campo de combate único e de igual desvantagem, um deserto....Sim!Sim! Ali seria o derradeiro! Mesma mãe, mesmo pai...Deus desigual!
Bom passaram-se horas, as batidas e ataques já estavam se desgastando, logo a força não seria o motivador e diferencial...Os Gêmeos separados e não sabedores de que são irmãos, se entregam por seus corações, suas crenças, afinal, era assim que Deus queria devoção total, e mesmo que fosse seu sangue e sua vida, deveria ser entregue a ele em total arrebatamento...La na onda de fora,onde o povo se encontrava eram muitos os louvores, as apostas dentre famílias, quanto meu Deus é melhor que o seu? Veja a quantidade de ferimentos do nosso guerreiro sagrado, ele ainda continua e pela vontade de nosso Deus, então ele é maior...
Que nada! Nosso Deus é maior porque ele não deixa o nosso guerreiro sagrado se ferir, por isso ele é grande!
Os reis mais reservados só estavam atendendo o pedido popular por essa justa...Afinal é preciso um povo para governar e se o povo pede sangue, quem lhe dará pão? É mais fácil ser rei de muitos loucos do que ser líder de poucos, mesmo que fossem sãos...
Agora para os irmãos era algo muito mais que cogitações, pois era suas vidas que pesava o fio da ponta de suas espadas, e mesmo sem entenderem o porque, lutavam pela fé que lhes ensinaram, das maravilhas que seria quando seu Deus, o de cada um se erguesse após essa disputa e desse como veredito: SOU EU O ALPHA E O ÔMEGA, ÚNICO, EM PRINCÍPIO E FIM! Contudo a ambos as forças estavam faltando e mesmo que quisessem suas várias feridas ora fossem pelas espadas, ora fossem pelas queimaduras das armaduras exposta a calor escaldante, ja lhes tiravam o vigor e num impasse impossível ambos caíram de joelhos de frente um para o outro, sem forças em seus braços e pernas as armas caíram de suas mãos, tombando pesadamente no chão poeirento e desolador e se encaravam....Aquilo aturdiu toda a população, e os reis silenciaram ainda mais se tornando soturnos de seus pensamentos e nada mais...Sem um Deus mais forte, haveria uma matança indiscriminada e no final não haveria mais povo para se governar, poder para ser exercido, seriam reis de poeira e deserto tão somente isso, como resolver tal situação?
Dentre a concepção pior que se poderia ter, seria a de que nossos deuses se não agissem estariam mortos,e então tudo o que fizemos, toda a civilização que erguemos os continentes e terras que conquistamos seria ANATEMA, sem sentido ou razão....Como resolver a situação...?
Dentre as preces do povo e sem saberem ou se aterem de como chegou em meio aos dois guerreiros sagrados apareceu um pequenino menino, de pele parda olhos grande e castanhos, de cabelo escuro, vestia-se com manto branco e e leve, talvez pra protege-lo desse sol infernal...Todos que gritavam aos céus e clamavam a sus deuses que interviessem dando uma força final ao seu guerreiro santo, para o desfecho do último golpe, aos poucos, em um inverso estouro de gritos feitos em um galinheiro, quando a raposa se achega, se calaram,e em silencioso espantam observam a curiosa cena e se perguntam em seus corações duvidosos: seria aquela criança a chegada de nossas preces ou a imagem de algum demônio que veio para assistir o sofrimento de nossos amados santos em suas santas missões de entregarem suas vidas em prol de algo maior e divino?
Inerte a tudo o pequenino, olhava para aqueles homens dentro de suas armaduras e apenas sorria, talvez até curioso por ver eles dentro daquelas coisas que para ele eram esquisitas com certeza!
Ele Caminhou em direção de um dos guerreiros e curioso o toca e encostando seus ouvidinhos próximo ao aço quente tenta escutar o inaudível, alem da ofegante respiração, talvez o pulsar de seu coração? Então sem medo ou sequer de ser queimado gira o capacete e deixa o homem respirar melhor...Seu sorriso, o do pequenino aumenta. Do mesmo modo segue ao segundo, e também lhe retira o capacete da armadura...Ele nota que são iguais e com as mãozinhas no rosto da uma contagiante gargalhada...Os homens ficam desconcertados afinal nunca se viram, e esmo que lhes faltem a forças, eles se aproximam pela inerente ideia de conhecer a verdade implantada ás custas de cada Deus...E quando ainda aturdidos frente a frente com o que veem, são pegos pelo pescoço de ambos, em cada braço do pequenino...Ele gritava e abraçava bem forte os dois: OSANA, OSANA! FAMÍLIA!FAMÍLIA!
Quase desfalecidos os irmãos se abraçam e caem pela falta de água e do calor, nenhum de seus admiradores se mexem ainda esperando a intervenção divina e se sentem incomodados, com a intervenção daquele pequenino,mas como é apenas uma criança o toleram, mesmo assim não querem perder esse final derradeiro com a fé convicta que Deus, somente o seu Deus, vai salvar o guerreiro sagrado da fé, que foi ensinada pelos seus pais e antes dele aos pais deles..
E enquanto sonham acordados, o pequenino puxa de trás do manto uma sacola pequenina, também branca e muito leve, dela tira uma pequena concha de areia, tão branca quanto suas vestes e ao lado dos irmãos começa a cavar um pequeno buraco...
Todos acham graça pois parecia contente e brincando com a areia do deserto, cavando um pequeno buraco.
Era um sol forte que fazia ali e todos se protegiam dentro ou sob toldos, com exceção dos santos guerreiros que deveriam participar involuntariamente desse martírio, um sagrado sofrimento a Deus que tudo pode e tudo quer...E um menino que apareceu do nada e após abraçar e fazer se reconhecerem como irmãos os sagrados guerreiros agora cava um pequeno buraco em meio as areias do deserto...Um pequeno buraco que começa a verter um tímido filete de água que o enche e com essa alva concha ele serve os irmão sedentos, e os lava e limpa de seus ferimentos causados por ambos em prol desse jihad, dessa santa cruzada, saber quem é o verdadeiro Deus, o Deus de nossa fé.
Aquilo emociona a todos, afinal quem era esse menino, ao qual nós já definimos com menino pois apenas olhamos com os olhos da razão, mas nunca com o do entendimento do coração...
Ao olhos incrédulos, o menino chama algo por uma assovio e aparece uma biga do horizonte vítreo do calor toda alva com cavalos mais alvos...Ele se diverte quando vê os magníficos animais, pois ele os conhece a cada um desde que nasceram, ele cuidou deles, ele os ama...Os irmãos são chamados para verem os lindos animais, através daquele lindo sorriso do pequenino; ele os chama para dentro da biga e eles o seguem com largos sorrisos e os cavalos puxam a biga em disparada alada levantando poeira e sumindo no horizonte cegante perlo sol que se punha a se esconder...
Ali os demais tiveram seus deuses mortos não pelo foi da espada mas por um sorriso de um menino, não pelo sangue dos mortos, mas pela irradiação da vida, pois o maior dos deuses apareceu, era ele a CONSOLAÇÃO, A SOLIDARIEDADE, A INOCÊNCIA, O PERDÃO, A FAMÍLIA...
E foi pelas vidas que levou para si brincarem sempre juntos, que o DEUS MENINO NASCEU:
EU SOU A ÁGUA DA VIDA, SOU AQUELE QUE TIRA O FARDO, DE JULGO LEVE E SUAVE E EM MEUS CAMINHOS TE LEVO E TE CONDUZO, SEM NADA PEDIR A NÃO SER UM SORRISO ALEGRE E SINCERO, DE UMA AMIGO PARA BRINCAR, DE UM IRMÃO PRA SE ENCONTRAR.
ATRAVÉS DE MEU EXEMPLO EU CALO OS REIS E O POVO, EU ARRANCO A ÁGUA DO DESERTO E A REPARTO, SEM DIFERENÇAS, PELA SIMPLES ALEGRIA DE DAR E NÃO RECEBER, EU VIVO E CELEBRO A VIDA E ESQUEÇO DA MORTE, ENTÃO SEM DEFINIÇÃO OU CONCEPÇÃO ELA DEIXA DE EXISTIR...
SOU EU, APENAS EU QUE O FAÇO...E FAÇO PORQUE OSSO FAZE-LO E PORQUE QUERO FAZE-LO, POIS,
EU SOU!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
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