Há muito que penso sobre a teimosia humana, de seus prós e contras...Em minhas andanças estava mais uma vez sentado em um acampamento de meia viagem, dos destinos um tanto insólidos dentre o que tanto temos e o pouco que conhecemos, e escutei uma história que perpasso a frente.
Dentro de um longo limite da fronteira do sul, havia um comandante muito tirano, um homem impiedoso com estrangeiros e possíveis ameaças á sua província de controle...dentre tantas das mazelas que tanto fez, tais loucuras chegaram a ouvidos de um monge, muito resoluto, mestre seu mosteiro, que resolveu então faze-lo arrepender-se de seus atos tão abomináveis, deslocou-se de seu mosteiro e em frente da fortaleza daquele general e começou a admoesta-lo ao arrependimento de seus erros.
Revoltado com tais palavras e insinuações com essas de que seria um homem incorreto em sua justiça plena, do certo e errado, o comandante se desvairou e mandou seus soldados trazerem um prisioneiro e num único golpe o decapita e lança sua cabeça contra o monge que o acerta em cheio e devido a altura e impacto desacorda o mistico homem, que fica deitado e estirado por um longo tempo e então se levanta ruidosamente, retornando zonzo para seu mosteiro...E a suas costas o comandante gargalhava como reposta a afronta daquele homem senil, a sua própria visão de justiça divina.
Após se curar e refortalecer o monge aparece novamente no mesmo local, pisando no mesmo local em que fora atingido, e dali recomeça o sermão, o que resultou em mesma ação por parte do comandante e mais um prisioneiro foi executado, tão somente para mostrar o poder decisório daquele senhor das terras sob sua proteção e controle...E o mesmo ritual se repetiu durante dias que passaram a meses.
Agora todo machucado e sem ainda trocar as vestes manchadas de sangue deste os últimos executados, irresoluto o monge se encontrava agora amparado por um cajado esperando que o comandante já continuasse se ritual preferido, jogando cabeças naquele monge e dando sua gargalhada sarcástica em desaforo ás palavras de arrependimento ás suas atitudes.Ao seu derredor apinhadas juntas, roladas ao lado, tingidas pela necrose negra e putrefata estavam dezenas, talvez centenas de cabeças de homens e mulheres, todas as pés do monge irresoluto, achando que toda aquela teimosia e sacrifício valeria a pena, a fim de "salvar a alma" desse pobre e tolo comandante dentro de sua tola e remota arrogância.
Então o som característico da lâmina lambendo a carne e trincando ossos mais uma vez se viu,e sobre a muralha o comandante fazia tremenda força para atirar a cabeça decepada, em seu pontual momento de ira, por causa daquele monge teimoso e fanático, se achando o próprio Deus dentro de seu mosteiro, que a dor muscular de seu braço pelo tamanho exercício macabro da decapitação o fez por um tempo recuar, para tomar fôlego e acertar o maldito monge para que pelo menos no resto do dia o deixasse em paz para que ele então pudesse descansar, pois ao final da batalha do princípio das leis e ordem, contra a supersticiosa e arcaica fé, era claro que a racionalidade ganharia, e então ele desfilaria pelas aldeias contando como um comandante dobrou a fé de um monge...
Do outro lado da muralha o monge de início deu a estranhar por ainda não te-lo acertado com alguma cabeça de algum infeliz malfeitor, seria um sinal de que sua exortação de fé tenha atingido o coração duro daquele homem sem fé? Teria o deus dos homens finalmente vencido a lei terrena com a contrição de um coração quebrantado? Imaginando isso já sonhava em abrir o mosteiro e chamar toda a população para contar dessa verdadeira batalha épica de fé e de sua persistência de salvar a alma de um homem ímpio se deus em seu coração...!
Em meio aos sonhos ilusórios de cada um vendo-se dentro de sua vitória certa, de inicio o comandante levantou a seus olhos a cabeça daquele que acabara de arrancar daquele sentenciado e vê que era de uma linda jovem, que bem poderia ser sua filha pela tão tenra idade e se pensou a pensar o que ela havia feito de tão cruel para que seus soldados tenham a trazido para a morte.
Doutro lado da muralha a demora do ataque do comandante fez o monge olhar ao redor e refletir pela quantidade de cabeças ao se derredor, haveriam tantos criminosos dentro de uma comunidade até um tanto simplória? Afastando umas aqui e outras ali viu crianças idosos, rostos de moradores que conhecia dentre os ritos de seu mosteiro, e que devida a sua ira e exortação contra o comandante não havia se apercebido e lhe lembrava somente da dor da pancada forte contra seu velho corpo lhe causando até ferimentos e muita dor. Uma dor que o cegou a ideologia de a qualquer custo conseguir a alma daquele homem vil dentro de sua fortaleza murada.
O comandante inquiriu a um dos seus soldados, se aquela linda criança decapitada teria qual crime hediondo cometido, uma vez que irado pela presença afrontante do monge senil seus olhos se cegaram as faces dos condenados, só pensando em atingir quem dera uma pancada mortal e silenciar aquele monge, ou faze-lo desistir de uma vez com suas tagarelices fanáticas e sem sentidos perante a lei das terras que controlava...O soldado com medo falou que a muito tempo os condenados haviam terminados nas celas, e com medo da ira de seu comandante, começaram a prender os aldeões por banalidades, e quando os homens e mulheres terminaram, pegaram os mais velhos e agora após muitos meses só haviam sobrados as crianças, para serem executadas...E o mais triste essa era a última criança da aldeia que um dia ele e seu comandante juraram proteger e amparar contra qualquer ato ilegal, praticado contra o povo.
Horrorizado pelo que fez, o comandante desce de sua muralha abre as portas de seu castelo e em correria caí aos pés do monge, pedindo perdão por sua arrogância e insanidade de vaidade e ira, pois agora era tão criminoso ou mais quanto aqueles que perseguiu, prendeu e decapitou, diante da lei que tanto fez questão de preservar no local sob seu domínio.
Ao levantar os olhos vê o monge tremulo e com lágrimas escorridas, que também se ajoelha e o abraça pedindo perdão por sua teimosia e vaidade, pois em sua cegueira nem ao menos reconheceu seus fiéis, quando foram atirados contra ele, achando que seriam condenados criminosos que nem deus daria atenção, contanto que trouxesse a seu altar a alma de um homem que ele achava indigno.
então em penitência o monge se cegou o comandante cortou suas pernas, oferecendo em desculpas as suas loucuras pessoais e partiram como homens sem rumo pelas estradas da tradição em busca de redenção...
Então compreendi que, tratando-se de teimosia humana, quando isso acontece quem pagam sempre serão os inocentes, e quem dera manter-se na humildade do camponês que aceita a lei, mesmo aquela lhe mate, e a fé, mesmo que seu pastor lhe falte.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
segunda-feira, 18 de maio de 2015
LUTE EM SILENCIO, SE MOVA RÁPIDO
Muitas vezes uma batalha se ganha com ações silenciosas e de feitos ágeis...Não podemos esperar muito pois perdermos a janela oportunidade...Falar alto e esbravejar em uma ação dessas desperta nossos oponentes mais cedo do que esperamos, portanto se mova rápido e lute nas sombras do silencio.
Estávamos em uma patrulha de ronda normal dentro da mata a fins de levantar a ação dos nossos inimigos, dentro das proximidades das vilas e pequenas aldeias que rodeavam as estradas da Serra e da velha tradição, afinal conhecer o inimigo é antever seu movimento...Era final da tarde quando ouvimos um quebrar de galhos dentro de uma antiga trilha a muito tempo não usada pelos moradores locais, geralmente são os caminhos que devemos procurar: nunca de início os novos nem outros nunca trilhados, mas caminhos a muito esquecidos ainda podem ser usados, e por muitos que ainda nem ao menos esqueceram deles.
De momento ao escurecer, os sons se propagam de muito longe, pois a natureza e ao derredor vão se calando e então após um tempo de espera vimos uma tropa inimiga formada em fila indiana, ou seja em uma coluna, que seguiam os passos do primeiro homem, onde ele pisava outros também tentavam pisar, assim quem não conhecesse a técnica veria que somente um homem passou por ai, quando na realidade passaram vários, assim se mesmo que houvesse um ataque naquela trilha seria uma desagradável surpresa para quem tentasse, e não para quem passava. Tudo seguindo o velho jogo da vida e da morte, com os velhos códigos da Serra sempre em evidência: ou o mais forte, ou o mais ágil, ou o mais esperto deve sobreviver!
Nesse caso eles eram mais fortes e ágeis pois se encontravam em uma trilha aberta enquanto nós estávamos dentro de uma mata fechada em silêncio os vendo passar...Entendemos que o melhor momento seria quando o último passasse e esperamos a janela de oportunidade se abrir, e foi o que ocorreu...
Chamamos essa tática de caminhada fantasma...Você espera o último passar e lentamente quando a noite cai você se infiltra pelo último homem. Assim que você toma seu lugar e segue seus movimentos passa pra o próximo e o seguinte e assim por diante tentando co a eliminação abater o máximo de homens opostos a fim de no mínimo igualar a força de combate...Sempre deixando os homens de sua patrulha tomarem o lugar daqueles que abateram sem que notem.
Foram momentos tensos, pois um único descuido poderia colocar toda a patrulha em situação mortal.Temos de imitar os mesmos comportamentos daqueles que precedemos esperando o momento certo de um grito de guerra para agirmos.
A noite estava escura e o tempo já se ia quando encontramos uma curva a frente, o que era o lugar certo para um ataque fulminante vindo da sua própria retaguarda e sendo bloqueados pelos da frente, de nosso povo, que disparam setas mortais da escuridão profunda, e então dado o grito de guerra o horror se instaurou na frente que disparadas as setas jogavam á frente para a retaguarda comprimindo contra os que se achegavam, sendo que aqueles que tentava recuar eram transpassados pelos fantasmas que se encontravam nas fileiras do inimigo atordoada pela surpresa do momento. Nessa hora a rapidez era importante , e quando ambas as nossas frentes de combate pressionara foi mais um matadouro do que um local de combate e em pouco tempo com mínimos ferimentos dos homens sobre meu comando tínhamos exterminado com uma tropa do dobro que a nossa...Assim mais uma vez poderíamos voltar a segurança de nosso acampamento, sobrevivendo mais um dia de luta e não esperando nada do amanha pois em tempos de guerra na Serra, vivemos um dia de cada vez, uma hora a cada hora, e agradecemos ao final do dia, cantando, comendo e bebendo ao redor de uma fogueira, pois no amanha poderemos estar...Mortos!
Estávamos em uma patrulha de ronda normal dentro da mata a fins de levantar a ação dos nossos inimigos, dentro das proximidades das vilas e pequenas aldeias que rodeavam as estradas da Serra e da velha tradição, afinal conhecer o inimigo é antever seu movimento...Era final da tarde quando ouvimos um quebrar de galhos dentro de uma antiga trilha a muito tempo não usada pelos moradores locais, geralmente são os caminhos que devemos procurar: nunca de início os novos nem outros nunca trilhados, mas caminhos a muito esquecidos ainda podem ser usados, e por muitos que ainda nem ao menos esqueceram deles.
De momento ao escurecer, os sons se propagam de muito longe, pois a natureza e ao derredor vão se calando e então após um tempo de espera vimos uma tropa inimiga formada em fila indiana, ou seja em uma coluna, que seguiam os passos do primeiro homem, onde ele pisava outros também tentavam pisar, assim quem não conhecesse a técnica veria que somente um homem passou por ai, quando na realidade passaram vários, assim se mesmo que houvesse um ataque naquela trilha seria uma desagradável surpresa para quem tentasse, e não para quem passava. Tudo seguindo o velho jogo da vida e da morte, com os velhos códigos da Serra sempre em evidência: ou o mais forte, ou o mais ágil, ou o mais esperto deve sobreviver!
Nesse caso eles eram mais fortes e ágeis pois se encontravam em uma trilha aberta enquanto nós estávamos dentro de uma mata fechada em silêncio os vendo passar...Entendemos que o melhor momento seria quando o último passasse e esperamos a janela de oportunidade se abrir, e foi o que ocorreu...
Chamamos essa tática de caminhada fantasma...Você espera o último passar e lentamente quando a noite cai você se infiltra pelo último homem. Assim que você toma seu lugar e segue seus movimentos passa pra o próximo e o seguinte e assim por diante tentando co a eliminação abater o máximo de homens opostos a fim de no mínimo igualar a força de combate...Sempre deixando os homens de sua patrulha tomarem o lugar daqueles que abateram sem que notem.
Foram momentos tensos, pois um único descuido poderia colocar toda a patrulha em situação mortal.Temos de imitar os mesmos comportamentos daqueles que precedemos esperando o momento certo de um grito de guerra para agirmos.
A noite estava escura e o tempo já se ia quando encontramos uma curva a frente, o que era o lugar certo para um ataque fulminante vindo da sua própria retaguarda e sendo bloqueados pelos da frente, de nosso povo, que disparam setas mortais da escuridão profunda, e então dado o grito de guerra o horror se instaurou na frente que disparadas as setas jogavam á frente para a retaguarda comprimindo contra os que se achegavam, sendo que aqueles que tentava recuar eram transpassados pelos fantasmas que se encontravam nas fileiras do inimigo atordoada pela surpresa do momento. Nessa hora a rapidez era importante , e quando ambas as nossas frentes de combate pressionara foi mais um matadouro do que um local de combate e em pouco tempo com mínimos ferimentos dos homens sobre meu comando tínhamos exterminado com uma tropa do dobro que a nossa...Assim mais uma vez poderíamos voltar a segurança de nosso acampamento, sobrevivendo mais um dia de luta e não esperando nada do amanha pois em tempos de guerra na Serra, vivemos um dia de cada vez, uma hora a cada hora, e agradecemos ao final do dia, cantando, comendo e bebendo ao redor de uma fogueira, pois no amanha poderemos estar...Mortos!
domingo, 17 de maio de 2015
A REVOLTA DA VALA
Um dia ouvi dizer que o poder é totalmente ilusório e quando deixamos de dar autoridade de governarem nossas vidas assumimos para nós mesmos o ato de controlar nosso destino e é então que os governos caem...
Um dia a muito tempo atrás, em um dia de sol, não como agora , bem mais quente estávamos com a equipe instalando um acampamento, deixando nas condições em que desejava um dos nossos líderes, do qual nunca havíamos aceito no findo como tal, pois um líder deve se portar como tal e ter de si honra e coragem de inspirar e não forçar a nada sem um motivo justo para tal...Era um infeliz, rude podre em suas palavras, de maneiras rudes abaixo de um campesino...O homem se importava em dar a si próprio conforte e se esse conforto não chegasse a seus subordinados, que todos se danassem.
Então era de se esperar desse homem estupido somente revestido de poder ganho por sorte ou maldição, sei lá, enormes desatinos e foi o que ocorreu...Por muitos momentos estávamos já cansados de tolices que nada mais faziam do que irritar uma tropa sem necessidade apenas para testar nossa paciência ao limite mesmo de homens que se acostumaram a rudes exercícios de campo. Nesse dia em especial estavamos a seu mando fazendo um monte de pedras em frente do acampamento para criar uma muralha ou torre de observação e quando a pilha de pedras carregadas com cestos de palha durante a manha quase toda sem água ou descanso, em ritmo pesado atingiu três metros de altura, o homem manda coloca-la no outro extremo do acampamento pois lhe ofuscava ao calor do sol que se encontrava aquecendo seus delicados pés...E quando foi recolocado a pilha toda no extremo simplesmente mandou seu retorno, pois agora precisava de sombra para não queimar ao sol forte que se faria á tarde...Um luxo que custou calos e sangue nas mãos costa de pés de trinta homens sob meu comando, e eu junto a eles, ainda tentava achar uma boa desculpa de ordem e comando disso mas não conseguia.
Então os homens mal param cuidarem de seus ferimentos e apontando o meio dia, se alimentarem-se veio a ordem espalhafatosa de fazer uma vala de dois metros de altura por um e setenta e cinco de largura, perpendicular ao acampamento...Contudo havia um detalhe mórbido nisso tudo: o terreno era composto de pedra pura, e aí um inferno sem necessidade se instala dentro de minha equipe, o que chamam de abuso da autoridade delegada.
Imaginem trinta homens cavando a pedra bruta sob sol intenso, sem descanso, ou água, sem comida...Eramos homens livres, homens de honra unidos por um voto de lealdade mutua mas, apenas um destoava e era nosso não tão querido líder.
Então rude e impertinente vez ou outra aparecia na vala com um copo de água fria fazendo chacota dos homens que nem ao menos conhecia ou valorizava, e quando saía ainda derramava ao solo precioso liquido ameaçando os homens de não terem descanso, água ou comida se não ficasse a contento o trabalho escabroso, que ainda não entendiamos de um fosso em um local sem água, pois não serviria para a defesa do campo.
Em dado momento de sofrimento escaldante e homens suados, o cheiro dos corpos e sangue se fazia sentir, criando uma fúria de batalha nos homens, sem necessidades, contudo ainda não havia a revolta disso tudo pois a tropa no fundo me temia e não faria nada sem minha iniciativa e eu relutava em tomar algo tal para minha decisória. Somos marcados por um voto de obediência solene, marcados até ao fundo de minha alma.
Então apareceu em visita ao campo um magistrado de um vilarejo próximo e nosso líder se exaltou de seu comando férreo até dizendo que faria da vala um pequeno lago para que pudesse ao seu deleite criar peixes trazidos futuramente de um rio próximo, Assim convidaria aos políticos para nobre esporte quando pronto...Então estávamos sendo massacrados dando nosso sangue e condições de escravos, animais em troca de uma pomba a um único homem e sua maldita política?
Sim era próximo o momento da revolta e essa explodiu quando um dos nossos desmaiou pelo excesso de trabalho insalubre e o líder como louco avança sobre o corpo desfalecido com chutes e pontapés e o manda de volta a vala!
-Todos vocês para mim são como porcos!porcos preguiçosos só trabalham com o chicote no couro, isso sim!- Sim aquele bastardo proferia injúrias a uma tropa que nem ao menos tinha moral ou valor para lamber o pó de nossas botas de combate!
Ainda tendo paciência saltei da vala, empurrei o líder para o lado consegui água e sanei seu sofrimento com poucos goles e dei o resto do cantil á tropa que dividiu sobriamente a todos que se encontravam dentro da vala...
-Chefe de equipe,o que esta fazendo? Eu não aurorei a água entende?
- Escute aqui seu almofadinha, entre para a sala de seu comando e deixe eu e meus homens terminarmos sua maldita ordem e assim não perderá a moral de seu comando mais do que já se encontra!-Gritei forte com aquela besta humana e ele se recolheu todo branqueado a face.
Então retornei a vala e sem palavras estávamos próximo da meta a terminar nossa ordem, da maldita vala, quando o líder malquerido aparece armado de uma seta pequena na cintura e bravejando ordens e injurias pra mostrar seu poder...Aquilo foi como um Bumm gigante em meu coração! Loucura, provocação, sei nada disso, apenas reajo a situação.Saltei da vala com um machado de guerra e parti a seta em duas...E seu horror foi tanto que souta um grito belido e saiu correndo para seu alojamento.
Pensei que o homem se prepararia contra mim e somente com o escuto e a espada, em pelo, me atirei atras, arrombei sua porta, encostando minha espada em sua garganta, enquanto como covarde que era se encontrava paralisado de medo.
-Ainda faltam mais seis metros de vala.Então o que proponho é o seguinte: termine a vala em silêncio e assim como nós a fizemos, sem água, descanso ou comida...Ou então me enfrente em uma justa mortal!Quero sua decisão com ação e não palavras, portanto escolha, agora!
Sem um som aquela criatura pela primeira vez entende, e cabisbaixo, se dirige para fora de sua sala, no pátio livre encarando toda a tropa, que se mostrava avermelhada de fúria e indignação...Lentamente ele pega uma páe uma picareta e desce a vala, começando a cavar...Coloco os homens e forma sentados no sol ao lado da vala, esperamos nosso líder terminar, sentir o que sentimos, sofrer o que sofremos, se igualar ao que realmente somos...A corpos malcheirosos, suor e sangue...Quando se elevou da vala ele nada disse. Pegou suas coisas colocou em sua montaria e sem arrumes e banho partiu de nosso acampamento, não voltando mais...Pois agora ele era nada mais do que um igual a nós, nós tomamos de volta o poder que demos a ele, e agora era um nada!
Jamais , quem detém o poder volta ao que era quando o perde, ele se torna anátema.
Agora era hora de esperar um novo líder e sua decisão final quanto nossa revolta da vala, o que de certo modo nos custará caro, nos tornamos a exceção e num jogo de poder a exceção é perigo iminente ...Mas isso é outra história.
Um dia a muito tempo atrás, em um dia de sol, não como agora , bem mais quente estávamos com a equipe instalando um acampamento, deixando nas condições em que desejava um dos nossos líderes, do qual nunca havíamos aceito no findo como tal, pois um líder deve se portar como tal e ter de si honra e coragem de inspirar e não forçar a nada sem um motivo justo para tal...Era um infeliz, rude podre em suas palavras, de maneiras rudes abaixo de um campesino...O homem se importava em dar a si próprio conforte e se esse conforto não chegasse a seus subordinados, que todos se danassem.
Então era de se esperar desse homem estupido somente revestido de poder ganho por sorte ou maldição, sei lá, enormes desatinos e foi o que ocorreu...Por muitos momentos estávamos já cansados de tolices que nada mais faziam do que irritar uma tropa sem necessidade apenas para testar nossa paciência ao limite mesmo de homens que se acostumaram a rudes exercícios de campo. Nesse dia em especial estavamos a seu mando fazendo um monte de pedras em frente do acampamento para criar uma muralha ou torre de observação e quando a pilha de pedras carregadas com cestos de palha durante a manha quase toda sem água ou descanso, em ritmo pesado atingiu três metros de altura, o homem manda coloca-la no outro extremo do acampamento pois lhe ofuscava ao calor do sol que se encontrava aquecendo seus delicados pés...E quando foi recolocado a pilha toda no extremo simplesmente mandou seu retorno, pois agora precisava de sombra para não queimar ao sol forte que se faria á tarde...Um luxo que custou calos e sangue nas mãos costa de pés de trinta homens sob meu comando, e eu junto a eles, ainda tentava achar uma boa desculpa de ordem e comando disso mas não conseguia.
Então os homens mal param cuidarem de seus ferimentos e apontando o meio dia, se alimentarem-se veio a ordem espalhafatosa de fazer uma vala de dois metros de altura por um e setenta e cinco de largura, perpendicular ao acampamento...Contudo havia um detalhe mórbido nisso tudo: o terreno era composto de pedra pura, e aí um inferno sem necessidade se instala dentro de minha equipe, o que chamam de abuso da autoridade delegada.
Imaginem trinta homens cavando a pedra bruta sob sol intenso, sem descanso, ou água, sem comida...Eramos homens livres, homens de honra unidos por um voto de lealdade mutua mas, apenas um destoava e era nosso não tão querido líder.
Então rude e impertinente vez ou outra aparecia na vala com um copo de água fria fazendo chacota dos homens que nem ao menos conhecia ou valorizava, e quando saía ainda derramava ao solo precioso liquido ameaçando os homens de não terem descanso, água ou comida se não ficasse a contento o trabalho escabroso, que ainda não entendiamos de um fosso em um local sem água, pois não serviria para a defesa do campo.
Em dado momento de sofrimento escaldante e homens suados, o cheiro dos corpos e sangue se fazia sentir, criando uma fúria de batalha nos homens, sem necessidades, contudo ainda não havia a revolta disso tudo pois a tropa no fundo me temia e não faria nada sem minha iniciativa e eu relutava em tomar algo tal para minha decisória. Somos marcados por um voto de obediência solene, marcados até ao fundo de minha alma.
Então apareceu em visita ao campo um magistrado de um vilarejo próximo e nosso líder se exaltou de seu comando férreo até dizendo que faria da vala um pequeno lago para que pudesse ao seu deleite criar peixes trazidos futuramente de um rio próximo, Assim convidaria aos políticos para nobre esporte quando pronto...Então estávamos sendo massacrados dando nosso sangue e condições de escravos, animais em troca de uma pomba a um único homem e sua maldita política?
Sim era próximo o momento da revolta e essa explodiu quando um dos nossos desmaiou pelo excesso de trabalho insalubre e o líder como louco avança sobre o corpo desfalecido com chutes e pontapés e o manda de volta a vala!
-Todos vocês para mim são como porcos!porcos preguiçosos só trabalham com o chicote no couro, isso sim!- Sim aquele bastardo proferia injúrias a uma tropa que nem ao menos tinha moral ou valor para lamber o pó de nossas botas de combate!
Ainda tendo paciência saltei da vala, empurrei o líder para o lado consegui água e sanei seu sofrimento com poucos goles e dei o resto do cantil á tropa que dividiu sobriamente a todos que se encontravam dentro da vala...
-Chefe de equipe,o que esta fazendo? Eu não aurorei a água entende?
- Escute aqui seu almofadinha, entre para a sala de seu comando e deixe eu e meus homens terminarmos sua maldita ordem e assim não perderá a moral de seu comando mais do que já se encontra!-Gritei forte com aquela besta humana e ele se recolheu todo branqueado a face.
Então retornei a vala e sem palavras estávamos próximo da meta a terminar nossa ordem, da maldita vala, quando o líder malquerido aparece armado de uma seta pequena na cintura e bravejando ordens e injurias pra mostrar seu poder...Aquilo foi como um Bumm gigante em meu coração! Loucura, provocação, sei nada disso, apenas reajo a situação.Saltei da vala com um machado de guerra e parti a seta em duas...E seu horror foi tanto que souta um grito belido e saiu correndo para seu alojamento.
Pensei que o homem se prepararia contra mim e somente com o escuto e a espada, em pelo, me atirei atras, arrombei sua porta, encostando minha espada em sua garganta, enquanto como covarde que era se encontrava paralisado de medo.
-Ainda faltam mais seis metros de vala.Então o que proponho é o seguinte: termine a vala em silêncio e assim como nós a fizemos, sem água, descanso ou comida...Ou então me enfrente em uma justa mortal!Quero sua decisão com ação e não palavras, portanto escolha, agora!
Sem um som aquela criatura pela primeira vez entende, e cabisbaixo, se dirige para fora de sua sala, no pátio livre encarando toda a tropa, que se mostrava avermelhada de fúria e indignação...Lentamente ele pega uma páe uma picareta e desce a vala, começando a cavar...Coloco os homens e forma sentados no sol ao lado da vala, esperamos nosso líder terminar, sentir o que sentimos, sofrer o que sofremos, se igualar ao que realmente somos...A corpos malcheirosos, suor e sangue...Quando se elevou da vala ele nada disse. Pegou suas coisas colocou em sua montaria e sem arrumes e banho partiu de nosso acampamento, não voltando mais...Pois agora ele era nada mais do que um igual a nós, nós tomamos de volta o poder que demos a ele, e agora era um nada!
Jamais , quem detém o poder volta ao que era quando o perde, ele se torna anátema.
Agora era hora de esperar um novo líder e sua decisão final quanto nossa revolta da vala, o que de certo modo nos custará caro, nos tornamos a exceção e num jogo de poder a exceção é perigo iminente ...Mas isso é outra história.
terça-feira, 12 de maio de 2015
MOOSHRADOOM: A BRUXA ENRUSTIDA
Caminhando um tempo pela velha estrada Mooshradoom avista um velho rancho onde se achega e pedi um local para ficar e um pouco de água para beber...O rancho era de um jovem casal, que haviam herdado a fazendola de um parente distante que morreu recentemente de morte misteriosa.
Como o dia estava muito quente, convidaram o velho monge para se achegar á sombra de uma pequena varanda...Eram um povo muito simples dos arredores e nenhum tinha mal de outro e a paz local só era quebrada por essas mortes misteriosas que ocorriam vez ou outra, ora com idoso ora com crianças novinhas, um fato curioso era que nenhum dos jovens da vila era afetado no longo desse tempo, por tais males....Curioso e estranho.
- De onde vens bom monge? Parece que caminha a muito, não? - replicou o jovem rapaz para puxar uma boa conversa, afinal não era sempre que tinha visitas e poucos paravam por aqueles cantos com medo de que tais mortes sejam um mau agouro que possa ser carregado, pelo corpo ou mesmo pelas vestes.
- Veio de longe, e sem destino busco a purificação e quem sabe perdão do Divino por meus pecados terrenos, meu jovem! e com sorte quem sabe também com jeitinho certo consiga a expiação também de muita gente boa com minha vida penitente!
- Então dá uma benção na nossa criança, monge. Faz tempo que ela anda muito caidinha, talvez seja um quebranto que colocaram nela, pois brincava e sorria como uma flor do campo num dia de sol e agora esta amuada nos cantos, tristonha, sem vontade de viver...Tadinha
- Diz meu filho, e isso ta acontecendo sempre nesse vilarejo? Você pode me dizer se tem mais alguma coisa de diferente acontecendo nos arredores além das mortes?
Nisso a jovem esposa chega com uma jarra fresca de limonada fria com mel, e intercede também na prosa:
-Falando nisso monge, to lembrada de que o pessoal anda comentando que tem coisa errada por aí sim! Quando fui lavar a roupa com as comadres no rio, elas dizem de que viram uma bola de fogo passando a noite no campo e as vacas se assustaram e deram leite azedo três dias, e não dormiam mais de noite e sim de dia...Mas por que quer saber, afinal o que você acha bom monge?
A esposa serve os dois e se assenta ao lado do marido, também se servindo daquela limonada suada e resfriada, vinda de uma bica de água que ficava sempre a sombra dos pés de limoeiro, de onde foi tirada a fruta para fazer o suco agridoce....Moshradoom toma com goles longos virando o copo de vez só e matando a sede como se deve, então olha para o interior do copo como se pudesse ver o invisível de onde estava e achando as palavras certas responde ao jovem casal.
- Meus filhos, só mais uma pergunta e deixarei-os satisfeitos em suas curiosidades...Tem algum rezador ou erveiro morando na vila?
- Por o senhor ter mencionado por acaso vem uma rezadeira que mexe com remédios também vez ou outra e que deu remédio pra nossa criança, também. É uma boa senhora,uma tal dona Luci...-diz inocentemente o esposo a pergunta de Mooshradoom.
Ciente da soma das respostas ele compreende que todos estão necessitados de sua ajuda.Em seus pensamentos Mooshradoom já lembra ter enfrentado em sua caminhada muita gente malvada e com pactos secretos com o lado obscuro, drenam as energias vitais das pessoas que fazem a ponte com o além, geralmente são idosos, que estão bem próximos de sua passagem espiritual, ou também crianças novinhas que tenham manos de 4 anos de idade, pois faz pouco tempo que chegaram de lá de cima.
- Me mostrem onde mora essa mulher e depois retornem a suas casas, entrem com a criança no quarto e ao redor da cama façam um circulo de sal grosso. Sentem na cama e me esperem sem sair de lá até eu voltar, certo crianças? - a voz do monge se torna forte e o casal obedece pois entendem que não podem lidar com o outro lado...Isso é coisa de mais velho.
Encaminhado ao local, Mooshradoom adentra a uma trilha sinistra na mata onde dá de cara após um tempo de caminhada a uma choupana velha...Ao entrar na casa nota que tudo está fechado apesar do calor e sol lá fora, que na cozinha de chão batido dentro da fogueira pequena acesa há um incenso que queima e pesteia o local com vapores anestésicos...Então de um canto da mesa da cozinha sentada entre as sombras uma voz definhada lhe acalora com boas vindas:
- O que essa velha mulher pode fazer por você monge? Ta doente, cansado de caminhar? Quer cura? quer pouso?
- Você deve saber por que vim aqui, mulher das sombras, deixe a vila em paz siga seu rumo e poderá ainda louvar as sombras com o pouco alento de vida que lhe resta!
_ Monge, não se precipite, te acalma! Podemos negociar não? Senta comigo e come um pouco de meu pão salgado e bebe de meu vinho, seja camarada!
Mosshradoom cerra seus olhos vendo como ardilosa e traiçoeira é a quela mulher das sombras...Nunca devemos aceitar juntos de que oferece, vinho pão e sal, pois se for um das sombras tomará poder de sua alma, secando-a que nem peixe jogado na areia e ao sol.
-Em nome de Gabriel, Uriel e Zadkiel! Eu te denuncio bruxa enrustida! Em nome das potestades e tronos eu te digo presa! Em nome dos anjos arcanjos, eu te digo partas e não voltes mais!
-As palavras sacras, Não! Você conhece a linguagem dos antigos...Maldito, me trancaste até para meu mestre! Tu e mal aos sombrios monge muito mal!
Assim em um choro melancólico a bruxa da um grito medonho e o barraco todo se incendeia, agora não poderia mais fazer ali as malvadezas dos sombrios, nem tão pouco chamar infiltrados para lhe socorrerem...Ela tava trancada dentro de um corpo de velha que usava pra entrar na vila, pra arruinar as alminhas novas e matar as velhas, antes do tempo para ficarem sem descanso na eternidade, E no meio de um redemoinho de fogo foi levada pro mais fundo sertão seco de castigo das enfermidades e mortes que causou sofrendo uma vida para cada tormento, de lamúria e fome...
Mooshradoom retornou á casa do jovem casal e viu ao chegar um pequenino bracinho acenando para o monge, que em seguida vinha junto ao corpinho da criança sapeca pulando de alegria jovial que nem a flor do campo em sua direção lhe dando um forte e apertado abraço de agradecimento. Nessa hora, Moshradoom sabia que era mais passo que dara tomando do certo, para sua redenção e mais perto do derradeiro encontro para findar sua penitencia
Como o dia estava muito quente, convidaram o velho monge para se achegar á sombra de uma pequena varanda...Eram um povo muito simples dos arredores e nenhum tinha mal de outro e a paz local só era quebrada por essas mortes misteriosas que ocorriam vez ou outra, ora com idoso ora com crianças novinhas, um fato curioso era que nenhum dos jovens da vila era afetado no longo desse tempo, por tais males....Curioso e estranho.
- De onde vens bom monge? Parece que caminha a muito, não? - replicou o jovem rapaz para puxar uma boa conversa, afinal não era sempre que tinha visitas e poucos paravam por aqueles cantos com medo de que tais mortes sejam um mau agouro que possa ser carregado, pelo corpo ou mesmo pelas vestes.
- Veio de longe, e sem destino busco a purificação e quem sabe perdão do Divino por meus pecados terrenos, meu jovem! e com sorte quem sabe também com jeitinho certo consiga a expiação também de muita gente boa com minha vida penitente!
- Então dá uma benção na nossa criança, monge. Faz tempo que ela anda muito caidinha, talvez seja um quebranto que colocaram nela, pois brincava e sorria como uma flor do campo num dia de sol e agora esta amuada nos cantos, tristonha, sem vontade de viver...Tadinha
- Diz meu filho, e isso ta acontecendo sempre nesse vilarejo? Você pode me dizer se tem mais alguma coisa de diferente acontecendo nos arredores além das mortes?
Nisso a jovem esposa chega com uma jarra fresca de limonada fria com mel, e intercede também na prosa:
-Falando nisso monge, to lembrada de que o pessoal anda comentando que tem coisa errada por aí sim! Quando fui lavar a roupa com as comadres no rio, elas dizem de que viram uma bola de fogo passando a noite no campo e as vacas se assustaram e deram leite azedo três dias, e não dormiam mais de noite e sim de dia...Mas por que quer saber, afinal o que você acha bom monge?
A esposa serve os dois e se assenta ao lado do marido, também se servindo daquela limonada suada e resfriada, vinda de uma bica de água que ficava sempre a sombra dos pés de limoeiro, de onde foi tirada a fruta para fazer o suco agridoce....Moshradoom toma com goles longos virando o copo de vez só e matando a sede como se deve, então olha para o interior do copo como se pudesse ver o invisível de onde estava e achando as palavras certas responde ao jovem casal.
- Meus filhos, só mais uma pergunta e deixarei-os satisfeitos em suas curiosidades...Tem algum rezador ou erveiro morando na vila?
- Por o senhor ter mencionado por acaso vem uma rezadeira que mexe com remédios também vez ou outra e que deu remédio pra nossa criança, também. É uma boa senhora,uma tal dona Luci...-diz inocentemente o esposo a pergunta de Mooshradoom.
Ciente da soma das respostas ele compreende que todos estão necessitados de sua ajuda.Em seus pensamentos Mooshradoom já lembra ter enfrentado em sua caminhada muita gente malvada e com pactos secretos com o lado obscuro, drenam as energias vitais das pessoas que fazem a ponte com o além, geralmente são idosos, que estão bem próximos de sua passagem espiritual, ou também crianças novinhas que tenham manos de 4 anos de idade, pois faz pouco tempo que chegaram de lá de cima.
- Me mostrem onde mora essa mulher e depois retornem a suas casas, entrem com a criança no quarto e ao redor da cama façam um circulo de sal grosso. Sentem na cama e me esperem sem sair de lá até eu voltar, certo crianças? - a voz do monge se torna forte e o casal obedece pois entendem que não podem lidar com o outro lado...Isso é coisa de mais velho.
Encaminhado ao local, Mooshradoom adentra a uma trilha sinistra na mata onde dá de cara após um tempo de caminhada a uma choupana velha...Ao entrar na casa nota que tudo está fechado apesar do calor e sol lá fora, que na cozinha de chão batido dentro da fogueira pequena acesa há um incenso que queima e pesteia o local com vapores anestésicos...Então de um canto da mesa da cozinha sentada entre as sombras uma voz definhada lhe acalora com boas vindas:
- O que essa velha mulher pode fazer por você monge? Ta doente, cansado de caminhar? Quer cura? quer pouso?
- Você deve saber por que vim aqui, mulher das sombras, deixe a vila em paz siga seu rumo e poderá ainda louvar as sombras com o pouco alento de vida que lhe resta!
_ Monge, não se precipite, te acalma! Podemos negociar não? Senta comigo e come um pouco de meu pão salgado e bebe de meu vinho, seja camarada!
Mosshradoom cerra seus olhos vendo como ardilosa e traiçoeira é a quela mulher das sombras...Nunca devemos aceitar juntos de que oferece, vinho pão e sal, pois se for um das sombras tomará poder de sua alma, secando-a que nem peixe jogado na areia e ao sol.
-Em nome de Gabriel, Uriel e Zadkiel! Eu te denuncio bruxa enrustida! Em nome das potestades e tronos eu te digo presa! Em nome dos anjos arcanjos, eu te digo partas e não voltes mais!
-As palavras sacras, Não! Você conhece a linguagem dos antigos...Maldito, me trancaste até para meu mestre! Tu e mal aos sombrios monge muito mal!
Assim em um choro melancólico a bruxa da um grito medonho e o barraco todo se incendeia, agora não poderia mais fazer ali as malvadezas dos sombrios, nem tão pouco chamar infiltrados para lhe socorrerem...Ela tava trancada dentro de um corpo de velha que usava pra entrar na vila, pra arruinar as alminhas novas e matar as velhas, antes do tempo para ficarem sem descanso na eternidade, E no meio de um redemoinho de fogo foi levada pro mais fundo sertão seco de castigo das enfermidades e mortes que causou sofrendo uma vida para cada tormento, de lamúria e fome...
Mooshradoom retornou á casa do jovem casal e viu ao chegar um pequenino bracinho acenando para o monge, que em seguida vinha junto ao corpinho da criança sapeca pulando de alegria jovial que nem a flor do campo em sua direção lhe dando um forte e apertado abraço de agradecimento. Nessa hora, Moshradoom sabia que era mais passo que dara tomando do certo, para sua redenção e mais perto do derradeiro encontro para findar sua penitencia
sexta-feira, 8 de maio de 2015
O VANDALO
Podemos combater o mal com o mal? Como podemos pedir justiça quando também praticamos o errado? São momentos em que pensamos os caminhos que tomamos muitas vezes em rebeldia as situações que nos levam também a ilegalidade e nesses termos perdemos o direita da reparação ao erro que praticaram contra nós e aos achegados nossos, parentes e amigos.
Eram fins de maio de uma antigo e esquecido ano, de muitas eras atrás, quando mandaram uma ordem de achar om vândalo que atacava os transeuntes das trilhas e estradas da antiga tradição...Nosso comandante em chefe dispersou de imediato patrulhas e equipes a fim de achar e levar ao castigo justo tal criminoso.
Durante muito tempo em que se seguiu esse vândalo era como um rato esperto, que se esgueirava na mata e atacava as caravanas que passavam indistintamente, furtando e espancando violentamente todos inclusive idosos e crianças. Dentro de minha equipe decidimos fazer nossas patrulhas mata adentro, onde provavelmente dia menos dia nos depararíamos com esse criminoso, pois fazíamos essas patrulhas dentro dás áreas mais atingidas pelos seus assaltos...Durante os dias que se seguiram nosso acampamento era feito sem fogueira e comíamos a comida fria e gordurosa, a fim de não sermos detectados de nossa presença pelo criminoso, enquanto procurávamos por ele nesses locais
Dentro de um determinado tempo, vimos o padrão de seu movimento, pois conhecendo como atuava poderíamos prever em um padrão de comportamento sua próxima ação, e justamente nesse dia de previsão que chegamos ao desfiladeiro da Serra do Corvo branco, quando montamos um ponto de observação ouvimos da posição mais alta que estávamos os gritos das mulheres e crianças de um pequeno sítio ou fazendola, onde nos deslocamos rapidamente para o local e e ainda encontramos as pessoas daquele local apavoradas, o que dizia que nosso rato recém tinha passado e aprontado naquele local. Para a segurança das pessoas de onde se encontravam, dividimos a nossa equipe em duas facções e uma ficou a proteger o local par que o vândalo não retornasse a fazer mal a mais ninguém, então com outro grupo me mandei em perseguição pelas serras, subidas e descidas mata adentro, Era como perseguir uma sombra que ficávamos por apenas longe do visual e seguíamos os ruídos e passos pesados e quebrar de mato...Sim agora o jogo era de gato e rato, dentro da palha de celeiro!
A perseguição durou por três dias, onde parávamos talvez, á noite a alguns metros desse criminoso, mas a persistência se tornara resoluta, por tantos males que essa criatura desafeta fez ao povo humilde que tentava apenas viver suas vidas com dignidade e simplicidade...Em determinado momento quando achávamos que poderíamos pega-lo, fomos atacados por lobos, que habilmente esse vândalo colocou em nossos caminhos. A luta foi impar, dessa vez eram aço contra dentes e em um trabalho de conjunto espantamos as feras e continuamos os rastros do rato esperto.
Então encurralamos ele simplesmente próximo a um beiral muito alto que por simples erro de trilha o colocou dentro daquela situação, fadado a nos e a sua captura:
- Renda-se vândalo! Será levado a verdadeira justiça e pagará por crimes contra o povo a que causou danos!- foi assim que dei a ordem de rendição ao mesmo, esperando que entendesse sua situação e viesse sem resistência á justiça...Foi aí que ele replicou e eu ouvi;
- O cavaleiro fala de justiça? e onde estava a justiça quando o povo a que diz ter ofendido atacou minha família só porque eramos estrangeiros que passavam por suas terras? Eu me minha família somos nômades e passamos um pouco de tempo acampado nas terras próximas aos vilarejos...Daí arranjava um trabalho honesto qualquer, alimentava minha família e continuávamos o caminho pois nunca pudemos ter nossa terra...Foi nesse povoado que alguém roubou e matou um comerciante e por sermos de fora fomos os primeiros a sermos acusados....Justiça? Onde estava ela quando enforcaram sem qualquer prova meus filhos e minha mulher? Justiça? Onde estava ela quando me espancaram quase até a morte e me jogaram desse mesmo beiral para morrer e por sorte de meus deuses sobrevivi preso pelo pedaço de um galho partido? Como eu não encontrei a sua justiça cavaleiro fiz a minha...Aterrorizei os filhos dos pais que aterrorizaram minha família. Matei os pais que mataram meus filhos, matei as mães que enforcaram minha esposa...Sim sou um vândalo ensandecido pela falta de justiça, pela desumanidade dos homens e ferido pela perda do amor de seus filhos e de sua amada esposa...
Mal termina suas palavras e desfiro setas certeiras que o fazem recuar a cada disparo, encaminhando-o em direção ao beira de onde ele caiu com o corpo inerte e braços estendidos, contudo agora não mais havia galhos a ampararem sua queda. Dos que me acompanhavam olhos espantados me cercavam atônitos pelo ocorrido, pois mesmo assim uma morte não justifica a insanidade e um animal insano não mais pensa apenas mata, feri o máximo que puder até ser detido pois é isso o que quer no fundo, apenas parar.
- Vamos! Retornemos aos moradores e digam que o vândalo escapou e jurou se vingar de todos aqueles que lhes fez mal, assim mesmo se houverem ainda culpados saíram da vila e não mais voltarão, trazendo paz novamente ao local!
Partimos daquele local infeliz, esperando que aquela pobre alma encontrasse a paz, pois ela seria mais um dos fantasmas que terei como companhia daqui pra frente, pois nem todo o ato de justiça é moral, e nem tudo que é certo é justo...
Eram fins de maio de uma antigo e esquecido ano, de muitas eras atrás, quando mandaram uma ordem de achar om vândalo que atacava os transeuntes das trilhas e estradas da antiga tradição...Nosso comandante em chefe dispersou de imediato patrulhas e equipes a fim de achar e levar ao castigo justo tal criminoso.
Durante muito tempo em que se seguiu esse vândalo era como um rato esperto, que se esgueirava na mata e atacava as caravanas que passavam indistintamente, furtando e espancando violentamente todos inclusive idosos e crianças. Dentro de minha equipe decidimos fazer nossas patrulhas mata adentro, onde provavelmente dia menos dia nos depararíamos com esse criminoso, pois fazíamos essas patrulhas dentro dás áreas mais atingidas pelos seus assaltos...Durante os dias que se seguiram nosso acampamento era feito sem fogueira e comíamos a comida fria e gordurosa, a fim de não sermos detectados de nossa presença pelo criminoso, enquanto procurávamos por ele nesses locais
Dentro de um determinado tempo, vimos o padrão de seu movimento, pois conhecendo como atuava poderíamos prever em um padrão de comportamento sua próxima ação, e justamente nesse dia de previsão que chegamos ao desfiladeiro da Serra do Corvo branco, quando montamos um ponto de observação ouvimos da posição mais alta que estávamos os gritos das mulheres e crianças de um pequeno sítio ou fazendola, onde nos deslocamos rapidamente para o local e e ainda encontramos as pessoas daquele local apavoradas, o que dizia que nosso rato recém tinha passado e aprontado naquele local. Para a segurança das pessoas de onde se encontravam, dividimos a nossa equipe em duas facções e uma ficou a proteger o local par que o vândalo não retornasse a fazer mal a mais ninguém, então com outro grupo me mandei em perseguição pelas serras, subidas e descidas mata adentro, Era como perseguir uma sombra que ficávamos por apenas longe do visual e seguíamos os ruídos e passos pesados e quebrar de mato...Sim agora o jogo era de gato e rato, dentro da palha de celeiro!
A perseguição durou por três dias, onde parávamos talvez, á noite a alguns metros desse criminoso, mas a persistência se tornara resoluta, por tantos males que essa criatura desafeta fez ao povo humilde que tentava apenas viver suas vidas com dignidade e simplicidade...Em determinado momento quando achávamos que poderíamos pega-lo, fomos atacados por lobos, que habilmente esse vândalo colocou em nossos caminhos. A luta foi impar, dessa vez eram aço contra dentes e em um trabalho de conjunto espantamos as feras e continuamos os rastros do rato esperto.
Então encurralamos ele simplesmente próximo a um beiral muito alto que por simples erro de trilha o colocou dentro daquela situação, fadado a nos e a sua captura:
- Renda-se vândalo! Será levado a verdadeira justiça e pagará por crimes contra o povo a que causou danos!- foi assim que dei a ordem de rendição ao mesmo, esperando que entendesse sua situação e viesse sem resistência á justiça...Foi aí que ele replicou e eu ouvi;
- O cavaleiro fala de justiça? e onde estava a justiça quando o povo a que diz ter ofendido atacou minha família só porque eramos estrangeiros que passavam por suas terras? Eu me minha família somos nômades e passamos um pouco de tempo acampado nas terras próximas aos vilarejos...Daí arranjava um trabalho honesto qualquer, alimentava minha família e continuávamos o caminho pois nunca pudemos ter nossa terra...Foi nesse povoado que alguém roubou e matou um comerciante e por sermos de fora fomos os primeiros a sermos acusados....Justiça? Onde estava ela quando enforcaram sem qualquer prova meus filhos e minha mulher? Justiça? Onde estava ela quando me espancaram quase até a morte e me jogaram desse mesmo beiral para morrer e por sorte de meus deuses sobrevivi preso pelo pedaço de um galho partido? Como eu não encontrei a sua justiça cavaleiro fiz a minha...Aterrorizei os filhos dos pais que aterrorizaram minha família. Matei os pais que mataram meus filhos, matei as mães que enforcaram minha esposa...Sim sou um vândalo ensandecido pela falta de justiça, pela desumanidade dos homens e ferido pela perda do amor de seus filhos e de sua amada esposa...
Mal termina suas palavras e desfiro setas certeiras que o fazem recuar a cada disparo, encaminhando-o em direção ao beira de onde ele caiu com o corpo inerte e braços estendidos, contudo agora não mais havia galhos a ampararem sua queda. Dos que me acompanhavam olhos espantados me cercavam atônitos pelo ocorrido, pois mesmo assim uma morte não justifica a insanidade e um animal insano não mais pensa apenas mata, feri o máximo que puder até ser detido pois é isso o que quer no fundo, apenas parar.
- Vamos! Retornemos aos moradores e digam que o vândalo escapou e jurou se vingar de todos aqueles que lhes fez mal, assim mesmo se houverem ainda culpados saíram da vila e não mais voltarão, trazendo paz novamente ao local!
Partimos daquele local infeliz, esperando que aquela pobre alma encontrasse a paz, pois ela seria mais um dos fantasmas que terei como companhia daqui pra frente, pois nem todo o ato de justiça é moral, e nem tudo que é certo é justo...
sábado, 2 de maio de 2015
OS SANTOS E A PONTE
Durante um tempo de minha vida me peguei a pensar por que grandes momentos de mudança se deram em cima de uma ponte ou em um lugar, onde se intermediava de um mundo para outro...Isso veio a meus pensamentos a um tempo atrás, quando ouvi um história de um homem que passando por nosso acampamento havia comentado de ter participado de uma patrulha tardia de socorro, frente a um combate decisivo, em cima de uma ponte.
-Era um dia muito calmo em nosso posto, o sol brilhava quente e parecia trazer boas notícias de início, pois haviam se passado dias nublados e frios anteriormente e até mesmo os pássaros estavam cantando em festival, frente ao calor que se iniciava...Foi quando um mensageiro chega em montaria ligeira, pedindo passagem, para falar com nosso líder...Já havíamos esquecido que estávamos em frente de combate contra um duro inimigo, e que milhares de bons companheiros tombaram, a fim de aplacar a maldade desse povo que só se satisfaria com a morte e extermínio de todos os que não lhe pertencessem de campo nativo, nascituros.
O mensageiro pedia auxílio para uma pequena tropa que restou a defender uma ponte na qual se tomada daria chance desse inimigo avançar a um ponto estratégico, onde seria muito difícil depois de tira-lo, dessa posição.
Como sempre alguns de nós nos apressamos em nos prepararmos a combater,enquanto que outros como tantos receosos de ficarem também caídos em combate, o que é inerente a função de soldado em tempos de conflitos, se letargiam o máximo possível atrapalhando a saída da tropa formada...Afinal, porque não poderiam saírem primeiros os voluntários a ajudar seus irmãos de armas e então o grupo acovardado, apenas para dizerem que por lá estiveram, tentando fazer algo de que nunca queriam, que era lutar pela liberdade?
Aí piorou mais um pouco quando o comandante do posto foi aconselhar-se com os oficiais sobre medidas a serem tomadas na hora de chegar ao campo de batalha....Ali demoraram a criar o estratagema esperando dar tempo de o combate terminar quando chegassem. /a cada momento que m covarde titubeava com alguma desculpa, política e moral, era mais um dos irmãos que morriam...!
O tempo em meio a uma crise urge e devem ser tomadas medidas o mais rápido possível e nem sempre as pessoas tem estomago para isso, uns se encolhem esperando a tormenta passar, caindo em prostração de derrota e impotência pois temem por suas vidas medíocres, esquecendo que todo o guerreiro que se preza, não vale um vinttém, e que o guerreiro para poder retornar colocará sempre a sua razão e certeza, na ponta e no fio de sua espada.
Passado o tempo além do esperado, em meio a indecisão de líderes acovardados e com medo da senhora morte, alguns se debelaram por vontade própria a iniciar a marcha com o que tinham e sem líderes, pois deve ser assim, quando a liderança for fraca, o povo deve assumir seu compromisso e seguir a frente e dentre deles uma nova liderança surgirá naturalmente.
No meio do caminho já havia , daquela facção formada uma liderança provisória e no caminho os estrategias eram formadas... E apressamos o passo das montarias, pois o tempo era o determinante do futuro daquele posto atacado e dos homens que honradamente tentavam defende-lo. O caminho foi permeados de horas infindáveis e morosas, onde a ânsia de salvaguardar ao menos os corpos de nossos irmãos para voltarem ás suas moradas era grande...Corremos a tarde e noite toda sem descanso, chegando na manha, que no fundo era a mais escura das horas para aqueles pobres homens, todos rechaçados lutando, agora com restos e trapos pois não havia com o que mais combater, onde a lâmina de aço e seus próprios corpos eram a única defesa, daquela ponte entre o inimigo e o povo livre que se encontrava do outro lado. Emocionados pela valentia de tão poucos homens a defender seu posto nos lançamos como feras diante do combate, gritando e urrando gritos que gelaram o inimigo e alertavam que se insistissem seus destinos estariam seladas mesmo antes que cruzassem aquela ponte!
Novamente o choque de aço contra aço era inevitável, por simples vaidade, em oposição a de nosso líderes, os oficiais da unidade inimiga haviam se subestimado com a iminência da conquista e não desistiram de atacar, selando por efeito numérico a morte dos seus.
Era mesmo uma ironia de contrapeso, não? De um lado a covardia e medo da morte próxima. De outro a arrogância de se acharem invencíveis, mesmo sendo numericamente expressiva a diferença oposta...O que pensavam afinal? De certo eram oficiais de gabinetes que liam românticas ilíadas de homens que escreveram e nunca participaram do combate real e mortal. Sim, eles foram massacrados, em resposta aos nossos que caíram todos defendendo o posto da ponte até a sua ultima gota de sangue e esperança de retornar a seus lares,vivos ao término dessa guerra estupida e geralmente totalmente política, pois se um dia perguntarem ao verdadeiro soldado que participou da batalha do matar ou morrer, esse nunca quer a guerra pois sabe que será o primeiro a morrer, a sofrer...Um verdadeiro soldado sempre almeja a paz, e nunca a morte.
Assim que destroçamos o inimigo, procuramos nas trincheiras por sobreviventes, e só encontramos um homem moribundo , e ao seu lado mais seis corpos inimigos estirados ao chão...Emocionado eu ajoelhei-me e pedi perdão a ele por termos chegado tão tarde....Ele então me respondeu com sua voz fraca , decrepita :
- Meu irmão de arma o importante é que vocês vieram...Somos irmãos e é assim que deve ser entre irmãos: um irmão sempre será o primeiro a chegar e o último a sair!
Então aspirando forte o seu folego deu em seu seu último alento, a sua última vontade e assim toda a tropa fez. Enquanto não rechaçasse o último inimigo dali ninguém sairia...E depois desse ato heroico nenhum inimigo sequer retornou a passar por perto daquela ponte...Quando ao nossos covardes, ficaram para trás, foram esquecidos e a facção agora virou tropa, e os líderes provisórios nos comandam com orgulho, pois quando nos tornamos indecisos, ou nos amedrontamos frente uma crise, também perdemos uma oportunidade única de supera-la, de sermos lembrados por isso...Um homem é lembrado não pelo que ele era, mas pelo que ele fez.
Ouvi essas palavras com sabedoria e espero que essas palavras também lhes tirem as duvidas entre se render e reagir, entre se entregar e morrer, e resistir e viver!
-Era um dia muito calmo em nosso posto, o sol brilhava quente e parecia trazer boas notícias de início, pois haviam se passado dias nublados e frios anteriormente e até mesmo os pássaros estavam cantando em festival, frente ao calor que se iniciava...Foi quando um mensageiro chega em montaria ligeira, pedindo passagem, para falar com nosso líder...Já havíamos esquecido que estávamos em frente de combate contra um duro inimigo, e que milhares de bons companheiros tombaram, a fim de aplacar a maldade desse povo que só se satisfaria com a morte e extermínio de todos os que não lhe pertencessem de campo nativo, nascituros.
O mensageiro pedia auxílio para uma pequena tropa que restou a defender uma ponte na qual se tomada daria chance desse inimigo avançar a um ponto estratégico, onde seria muito difícil depois de tira-lo, dessa posição.
Como sempre alguns de nós nos apressamos em nos prepararmos a combater,enquanto que outros como tantos receosos de ficarem também caídos em combate, o que é inerente a função de soldado em tempos de conflitos, se letargiam o máximo possível atrapalhando a saída da tropa formada...Afinal, porque não poderiam saírem primeiros os voluntários a ajudar seus irmãos de armas e então o grupo acovardado, apenas para dizerem que por lá estiveram, tentando fazer algo de que nunca queriam, que era lutar pela liberdade?
Aí piorou mais um pouco quando o comandante do posto foi aconselhar-se com os oficiais sobre medidas a serem tomadas na hora de chegar ao campo de batalha....Ali demoraram a criar o estratagema esperando dar tempo de o combate terminar quando chegassem. /a cada momento que m covarde titubeava com alguma desculpa, política e moral, era mais um dos irmãos que morriam...!
O tempo em meio a uma crise urge e devem ser tomadas medidas o mais rápido possível e nem sempre as pessoas tem estomago para isso, uns se encolhem esperando a tormenta passar, caindo em prostração de derrota e impotência pois temem por suas vidas medíocres, esquecendo que todo o guerreiro que se preza, não vale um vinttém, e que o guerreiro para poder retornar colocará sempre a sua razão e certeza, na ponta e no fio de sua espada.
Passado o tempo além do esperado, em meio a indecisão de líderes acovardados e com medo da senhora morte, alguns se debelaram por vontade própria a iniciar a marcha com o que tinham e sem líderes, pois deve ser assim, quando a liderança for fraca, o povo deve assumir seu compromisso e seguir a frente e dentre deles uma nova liderança surgirá naturalmente.
No meio do caminho já havia , daquela facção formada uma liderança provisória e no caminho os estrategias eram formadas... E apressamos o passo das montarias, pois o tempo era o determinante do futuro daquele posto atacado e dos homens que honradamente tentavam defende-lo. O caminho foi permeados de horas infindáveis e morosas, onde a ânsia de salvaguardar ao menos os corpos de nossos irmãos para voltarem ás suas moradas era grande...Corremos a tarde e noite toda sem descanso, chegando na manha, que no fundo era a mais escura das horas para aqueles pobres homens, todos rechaçados lutando, agora com restos e trapos pois não havia com o que mais combater, onde a lâmina de aço e seus próprios corpos eram a única defesa, daquela ponte entre o inimigo e o povo livre que se encontrava do outro lado. Emocionados pela valentia de tão poucos homens a defender seu posto nos lançamos como feras diante do combate, gritando e urrando gritos que gelaram o inimigo e alertavam que se insistissem seus destinos estariam seladas mesmo antes que cruzassem aquela ponte!
Novamente o choque de aço contra aço era inevitável, por simples vaidade, em oposição a de nosso líderes, os oficiais da unidade inimiga haviam se subestimado com a iminência da conquista e não desistiram de atacar, selando por efeito numérico a morte dos seus.
Era mesmo uma ironia de contrapeso, não? De um lado a covardia e medo da morte próxima. De outro a arrogância de se acharem invencíveis, mesmo sendo numericamente expressiva a diferença oposta...O que pensavam afinal? De certo eram oficiais de gabinetes que liam românticas ilíadas de homens que escreveram e nunca participaram do combate real e mortal. Sim, eles foram massacrados, em resposta aos nossos que caíram todos defendendo o posto da ponte até a sua ultima gota de sangue e esperança de retornar a seus lares,vivos ao término dessa guerra estupida e geralmente totalmente política, pois se um dia perguntarem ao verdadeiro soldado que participou da batalha do matar ou morrer, esse nunca quer a guerra pois sabe que será o primeiro a morrer, a sofrer...Um verdadeiro soldado sempre almeja a paz, e nunca a morte.
Assim que destroçamos o inimigo, procuramos nas trincheiras por sobreviventes, e só encontramos um homem moribundo , e ao seu lado mais seis corpos inimigos estirados ao chão...Emocionado eu ajoelhei-me e pedi perdão a ele por termos chegado tão tarde....Ele então me respondeu com sua voz fraca , decrepita :
- Meu irmão de arma o importante é que vocês vieram...Somos irmãos e é assim que deve ser entre irmãos: um irmão sempre será o primeiro a chegar e o último a sair!
Então aspirando forte o seu folego deu em seu seu último alento, a sua última vontade e assim toda a tropa fez. Enquanto não rechaçasse o último inimigo dali ninguém sairia...E depois desse ato heroico nenhum inimigo sequer retornou a passar por perto daquela ponte...Quando ao nossos covardes, ficaram para trás, foram esquecidos e a facção agora virou tropa, e os líderes provisórios nos comandam com orgulho, pois quando nos tornamos indecisos, ou nos amedrontamos frente uma crise, também perdemos uma oportunidade única de supera-la, de sermos lembrados por isso...Um homem é lembrado não pelo que ele era, mas pelo que ele fez.
Ouvi essas palavras com sabedoria e espero que essas palavras também lhes tirem as duvidas entre se render e reagir, entre se entregar e morrer, e resistir e viver!
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