O tambor ruge...Como leão esfomeado, e os lobos cantam a morte de suas futuras presas, ante uivos alucinados....Contudo, tudo se resume em quietude dentro da cerca frágil e enganadora!
Sombra esquecida, volátil, vazia, se aglomera covardemente dentro de cada tronco, de cada ponto de uma fria esquina.
O ponto de meio se some e translucido resolve assombrar aqueles que tentam retornar, sim sem precaução e nem se importar em perceber, um estranho manto,pior que uma teia se desenvolve para a vítima incapacitada pelo torpor de sua ilusória segurança, revolver, esperando que sufoque até morrer, sem ao menos perceber.
Onde se encontram os profetas,os sábios para deter o maldito que se acoberta? Para alertar aqueles que sem ouvidos, não falam, e sem bocas não querem ouvir? Lá estão eles alimentados pelos seios corruptos da meretriz do sossego e bem estar , empanturrados com o glamour dos mais ricos que compactuam, coma morte silenciosa...Haveria então em tal mundo discorde um pingo de esperança?
Temo que não pobre e inocente criança, que vaga pela noite em busca do berço maternal...Teu caminho será nada mais que sepulcral!
Perdoem-me meu linguajar quando tanto se avança, mas a hora fria me diz que não haverá mudança sem que acordemos dessa dissonância....De comodismo, acovardado pelo estabilidade, que nos faz sempre dizer sim, jamais um forte e vivo não, mesmo diante de tal fim...
Se apercebe que preferem se dobrar e morrerem gordos e viçosos, como gado no abatedouro, ao invés de esguios, selvagens e livres...Nossos pecados agora têm pesos, e grande é sua medida, por mais que escondamo-nos dentro da miséria virtual, do que criamos como abrigo de nós mesmos, ainda somos massa aglutinada, pastosa e disformes, soterrada por falsos ideais de muitas vaidades sobrevivendo das mentiras que pregamos a nós mesmos. Mentiras tão bem contadas que além de iludir os outros, de fora, enganam a nós mesmos, retratando o nosso monstruoso modo de ser como vida de lindo conto de fadas, de língua tão doce e nada ferina
Contudo tal ledo engano desce como fel por entre nossos lábios que amarga a garganta e de dor enlouquece nossos estômagos, a cada noite quando nos deitamos...Uma maldição auto imposta sempre quando esquecemos que mesmo contra a nossa vontade o Divino, coloca ao lado da alma preguiçosa uma centelha divina da qual denominamos grau de consciência, que nos cobra do que realmente deveríamos ser, do lugar que deveríamos ter, sem ter que furtar, roubar ou matar que que não era do nosso ser...
Agora fantasmas do passado, se voltam ao censurável, instigado pelo inimigo invisível, tornado por nós mesmos, batendo leve e continuamente na falha da armadura de cada um, como agua morna que a pedra bate até que se fura, ferindo e causando dores e picadas suportáveis, para que se acostume, para que não note a infecção tomando com o vírus o corpo que não mais saudável, ide a rumo de se destruir, ruindo como a torre de um sítio lento mas eficaz assentando na base e com o calor do fogo no topo, com o tempo certo a ruína dessa, sem que haja retorno sanado considerado no preliminar tempo hábil...Deixando cinzas e escombros como consorte dos próximos que venham
e também o caíam.
Portanto espíritos amorfos, calados por cegueiras, nas fogueiras das vaidades acordem, acordem e uivem junto aos lobos, junto a noite , com o vento e seu açoite, pois a carnélia será grande e o festim maior ainda, quando fluir o imenso rio de sangue que se aproxima, onde se embebedaram-se deuses e demônios, da mesma vertente ,onde o mal é só nosso e de mais ninguém, onde colheremos da horta de nossos pecados capitais e vaidade fútil, nossos piores pesadelos, como monstros brancos em meio a neve e ao gelo eles se achegam, e nada podemos fazer pois esse é deles o momento tanto esperado...Sim!
Acordem!
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