domingo, 12 de junho de 2016

ENCONTRANDO O LEÃO BAIO

     Os homens caminhavam em meio ao frio e a neve que desceu da noite passada...Nunca foi tão frio como agora, nem mesmo antes pensavam dentro de seus pesados casacos de lã...Outro pensavam do porque, naquele bendito frio, estavam trilhando o manto branco, caminhando nessa coluna, sem sentido normal de que seria estar bem aquecido dentro de suas casas, debaixo de suas cobertas, ou ainda tomando um café quente, acompanhado de uma deliciosa porção de bolinhos fritos.Então acabam a si mesmos se amaldiçoando por estarem nesse lugar frio, no fundo contra a vontade de suas razões simplórias.
    Mais adiante! Era o que gritava  o possível líder dessa tropa  de improviso...Quando escutaram as palavras do homem, suas mãos ficaram tensas e alguns crispavam a mão no cabo de seus facões, adagas e espadas...Era o momento que ninguém queria pensar mas como tudo que é inevitável havia de chegar...Mesmo com o frio, e o manto de neve em seus pés, as suas testas começaram a escorrer suor e suas gargantas repentinamente , secaram. Era sinais de uma peleja logo a frente, que se não tiver preparado, nem viesse....Foi isso que então aconteceu, uma desgraçeira só!
     Primeiro eles tentaram cercar a fera com as armas e fogo...Mais pareciam ovelhas que homens, pois quando encararam o bicho, ele já mostravam em seus olhos e de como encarava a cada um deles,que era matador experiente e em velho na arte, e seis dentes grandes á mostra mostrava, que medo na realidade era mais deles, e não de si...A fera conhecia seu potencial de ataque e agora conhecia seus oponentes, mal organizados, resfriados, e não demorou muito pra tudo começar. Foi um breve estudo, creio que mais instinto, diria qualquer mestre de estratégia de campo....
Caído o primeiro e o mais isolado, com a neve manchada de vermelho carmim, a fera poderia ir embora, mas ela sabia que se não desse uma demonstração de quem realmente era viriam mais para aborrece-la, tirar se sossego, em tempos de frio, gastando ainda mais suas reservas de energia, que a cada caçada seria de alto custo nesse inverno forte e parco de presas. Então começou a rodear, esquivar e os borrifos que avermelharam a neve foram muitos, todos ceifavam a vida daquela tropa se me permitem a palavra, suicida...Se você tem uma arma saiba bem usa-la ou ela não passará de vara cortante em suas mãos, e na lei da Serra, o animal que não janta hoje, amanha sera almoçado!
     Após um tempo tudo se silencia, mesmo após os gritos, tudo silencia...A fera dá as costas ao local funesto que causou, mas não provocou e quando esta prestes a partir, ela escuta um sussurro, não...Melhor, uns gemidos. Alguém teria sobrevivido.
Arquejando ainda um tanto cansada, ela solta um bufo como que tomando por paciência para começar o horror de novo e se volta de frente para donde ouvira o som...Era um homem com a perna e braço ,esmagados, por suas presas fortes. Seu olhar de pavor lembravas dos bois e vacas, os pobres coitados, quando vão em direção ao matadouro e sabem que serão mortos....A  fera simplesmente fixa seus olhos e encara, sua possível vitima, sem expressar vontade nenhuma, e se aproxima lentamente em direção a face do homem caído, chegando tão perto de seus rosto que trocaram respiração, um do outro...e por algum motivo, talvez por estar cansado, ou ainda quem sabe cansado até de tanta matança, a fera apenas o cheira e se vira, solta um urro e se mete mata dentro...Sumindo em meio a neve e a neblina que se levantava com a chegada do sol...Quem sabe até s eu fosse arriscar deixou o pobre viver para poder contar o que viu, como um alerta aos homens que se acham fortes e poderosos dentro de suas vilas , ceias de casa e cheias de leis, ilusões, que se desfazem diante da força brutal da natureza, para que entendam, que aqui nas matas da Serra ainda tem um rei...Ele, o rei das feras!



 


   




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