Eles caminhavam em passos contados quando chegaram próximo de uma encruzilhada e ali montaram acampamento...O monge fez uma fogueira catou um bocado de lenha e a idosa procurou na mata o provento, e se alimentaram com que o Divino lhes deu e ensinou a acharem..Assim ninguém passaria necessidades nesse mundo se cada um pegasse só o que lhe era concedido.
Ao anoitecer, aparece um homem de passagem e os dois oferecem o pouso menos sofrido do frio perto de uma fogueira, o viajante parece se mostrar um pouco tentado ao descanso, mas lhes conta de que ali sempre aparece uma alma sofrida e penada choramingando e ás vezes ataca os que ficam ali, e que ninguém desde que essa alma apareceu acampou mais onde se encontravam, pois temial algum malfeito da entidade contudo o que se sabia era apenas de seus choros e vagante.
A noite se achega e o frio do inverno ainda é reconfortado pelo calor da fogueira e as horas mortas se aproximam como sempre foi descrito, seus personagens saem a procura de algo que faltou ou que se perdeu deles enquanto vivos e não seria difernte dessa, pois tudo na vida é um ciclo eterno que temos de aprender a se romper para poder evoluir, mesmo que seja da própria vida!
O choro se achegou cada vez mais perto e o monge viu em meio a serração que a tudo tomava um pequeno vulto se aproximando e segurava consigo um pequeno trapo...Uma entidade chorosa...E apesar das falas, era ela muito inocente, pelos olhos do monge, pequeninoa e em forma de menina, como não se apaixonar por tal criatura, que também a seu modo pertence ao Divino?
- Se aproxima do fogo minha jovem, aqui esta mais quente eu garanto! - disse o monge gentilmente, enquanto que a velha senhora parava perplexa pois era a primeira vez que lidava com aquilo tudo.
- Mas o senhor não vai fugir como os demais? Eu tento falr com eles e pedir a sua ajuda, mas eles correm quando me veem chegando, serei eu tão feia assim? - disse a inocente menina agarrada ao seu trapinho sujo.
Agora perto da luz o monge vê o que sobrou da lembrança da jovem criança, com suas vestes em trapos e pés nos chão...Seu vestidinho achado de borras escuras, o rostinho sujinho de alguma foligem, quando viva, e pelos céus como eram grandes aqueles olhinhos escuros! Se pudesse também pensou a velha senhora eu a abraçaria muito e a colocaria em meu colo e lhe encheria de beijos!
Sentindo-se amada a entidade aporta ao lado da fogueira sem medo, pois se aceitarmos o espiritual, tudo se torna simples e tão natural que nem se damos conta.
- Perdi minha família quando iamos pela estradas da tradição, em direção aTierra Madre - diz a pequena entidade!- Só sei que, quando amanheceu não havia mais ninguem no acampamento que havíamos feito na beira da estrada... Então apavorada, sai correndo pela estrada que se encontrava coberta por uma serração e só vi um vulto de uma carroça passar por mim e uma batida muito forte, e fui arremessada para perto do rio, que estava ao lado da estrada, ali na frente...Agora me acordo todo o dia aqui procurando por minha família e quando encontro alguém pra me ajudar, essa pessoa corre de mim, como se eu fosse o bicho papão, por isso eu choro! Estou sozinha e ninguém me ajuda...!
Emocionada com o sofrimento da pobre criaturinha, a velha senhora a chama para seu colo, com aquele olhar que só uma mãe pode ter por um filho querido...Aí algo divinoaconteceu! A criaturinha se materializou e pelo amor dessa senhora idosa, pelo seu coração contrido, se estabeleceu um vínculo de um não vivo, com nosso mundo...
Não se preocupe, minha filhinha, enquanto procuramos o que aconteceu com sua família, deixa eu ser tua mãe e te cuidar como se deve!- disse a velha senhora ao espirito pequenino que lhe abraça firme esorrindo, lhe dando beijos nas faces lhes diz: Sim! Sim! Sim!
Pela manha temos um novo integrante de nossa estranha companhia, e mesmo que todos se admirassem ao ver uma não morta, o que importava para a menininha que agora e por enquanto ela teria uma família, que estaria em mesma caminhada que ela, pelas estradas da tradição...
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