A noite fria era aquecida ao longe por uma claridade em meio a mata, e se aproximando da luz do fogo nada de bom vinha dali...Eram as horas mortas, e ela ainda dançava e se banqueteava com a sopa infernal, feita de seu pobre marido, que lhe amara demais nessa vida...E o transe era alto pela toxina dos restos mortais sendo sorvidos por ela, e também da dança incessante, afinal tudo fazia parte de um sonho, uma esperança que por mais fútil, que seja a pessoa se apega e paga qualquer preço em tê-la!
No ponto culminante ela caí no solo extenuada de tudo , quase sem sentidos e ouve de longe uma voz enebriante, sim, ela conseguiu contato com ALGO, que se interessou por ver de longe tanta perversidade...
- O que quer, filha minha? quer orgias, vícios, conhecimentos da escuridão?
A voz parecia familiar, um tanto paterna até, mas em meio as palavras sedosas de mel, os dentes da sua boca são brancos e bem afiados.
- Você sabe o que quero! Eu sei o que quero! E eu o quero de volta, quero! - Gritava a mulher tentando ainda se manter de pé continuando o ritual pois sabia, que se a dança parasse agora ALGO iria embora e perderia de vez a chance que pagou tão caro!
- Filha, o que me pede é muito caro, mesmo pra você! Pede algo a tua altura, pois apesar de esforçada, tu és muito nova na arte pra ter tanto...
-Peça o preço e eu consigo! Eu consigo!- A gora suas forças estão faltando ela tem de conseguir melhorar o acordo,e só terá poucos instantes antes de cair desmaiada.
-Ta bom, filha, escuta: te darei poderes da sedução, do olho gordo, do quebranto...Poderás voar por cima das copas das árvores e ficar de pele lisa como bebe bebendo sangue qualquer, mas só depois de matar tantos rebentos quantos foram os dias de teu filho na terra , só aí em o trarei de volta, mas nos meus termos, se isso te vale algo, aceita, senão vou-me embora...
- Aceito!Aceito! E juro que não de decepcionarei...
-Feito! Mas escuta terás o tempo de vida, pelo sangue que tomares, se entrares na igreja, se chorares lágrimas de amor, que não seja de teu filho, se te benzerem, se te queimarem com a chama sagrada, se te vararem com qualquer prata, tu morreras e virá direto para mim, e me alimentarem de tua alma lentamente, devorando-a, portanto malifica-te assás cumprás !
E em meio ao final de suas palavras ALGO tomou forma de um grande redemoinho negro e se elevou dali levando o tacho e a sopa quente pra comer na sua viagem, longa de volta a escuridão a qual pertencia...A gora após a poeira baixar uma pela alva desce sobre a mulher tão branca como véu de noiva e seus cabelos escurecem como a noite sem fim, o sortilégio foi lançado e o pacto terminado, sim!
AGORA NASCEU... UMA BRUXA!
terça-feira, 31 de julho de 2018
E ASSIM NASCEM OS BRUXOS: SACRIFÍCIO!
Quando se é diferente somos isolados, dos demais pelo moto atípico de ser...E quando isolados damos o melhor de nós, somente pra ficar longe de um silêncio que nos ensurdece nos machuca...
Assim foi com o desafortunado casal...No início, o esposo achava que isso seria bom para sua amada, pois poderia quem sabe ajudar a cicatrizar as feridas recentes...então se estabeleceram em um canto da Serra, donde um dia saíram para o mundo, e a esposa com intenções de entrar em contato com o filho trouxe muito dos conhecimentos da magia ancestral da noite, e se enveredou a estuda-las como ninguém, pelo menos ela acreditava em algo, mesmo que de inicio esse ALGO não acreditasse nela.
E aos poucos com afinco ela passou a ser senhora dos sortilégios, decorava rezas o dia todo, realizava simpatias dezaração...E o marido novamente voltou a sua função primordial de suprir o pouca da família, que lhe restava, afinal era sua obrigação e era tudo o que ele podia fazer para facilitar os estudos e melhoria da alma de sua amada esposa...Por amor a alguém fazemos o impossível e muitas vezes até o errado.
Aos poucos a magia foi se tornando avançada e na magia, bem e mal estão ligados e separados ao mesmo tempo por um fio muito fino,qualquer deslize um passa para o lado do outro e vice versa...Contudo o mal busca sus atalhos, desrespeitando a ordem sagrada das coisas e a mulher se tornara impaciente com o que aprendia pois ela queria agora ver e falar com seu filho o mais rápido possível, e nos tempos antigos, isso demoraria no mínimo uma vida inteira para aprender a fazer acontecer só uma vez na vida -HIEROFANTE!
Como de se esperar ela então começou a ir por atalhos, caminhos mais fáceis, contudo muito mais perigosos, pois não tinham norteação de se entremeio...E para ser mais rápido começou a fazer sacrifícios de sangue, e aquilo deixou o marido preocupado até com a sanidade de sua esposa...Loucura e genialidade são difíceis de discernir...E em segredo ele sempre rezava aos senhores da Divina Luz, que cuidasse daquela que mais amava.
A mulher agora correndo para os braços das trevas, por mais que tentasse não conseguia seu intento, e então começou a suspeitar de seu marido...Teria ele feito algo para que ela não pudesse ver seu filho a tempos morto...? Lentamente um ódio e repúdio começou a se instaurar dentro do coração da mulher contra aquele que sempre lhe foi fiel...O mal era egoísta e não quer dividir suas aquisições com ninguém, nem mesmo que esse alguém simplesmente a amasse, sem sequer pedir retorno, não mesmo!
Um dia ela pediu a ajuda de seu marido para um ritual á noite e esmo cansado da roça pelo amor dela ele a acompanhou, e dentre isso teria de tomar uma bebida de ervas e ele a tomou...Repentinamente ele fica tonto, e assustado pergunta o que ela tinha feito:
- Você tramou contra mim e agora eu uso você porque deixou de me amar...Agora pra trazer meu filho eu preciso de um grande sacrifício de sangue, e pelo menos isso você me deve evou faze-lo, com você!- respondeu a mulher já com seu coração destruído pelas trevas.
- Você enlouqueceu, mulher? Mesmo que consiga, acha realmente que viria mesmo o nosso filho tão inocente, através do sangue, e não do nosso amor? -O marido tentava lhe colocar ainda um pouco de juízo dentro da razão com a qual acreditava, pois não podemos falar a verdade longe da realidade de cada um.
Caído, pela drogas e a mulher entorpecida pelo mal, dali nada sairia de bom...O ritual que ela praticava agora era supremo e e tenebroso! Depois de amarrada ele sofre vários cortes nos pontos mágicos do corpo e lhe é retirado um pouco de sangue de cada ponto cortado...Suas partes genitais são esmagadas sobre uma tora e em meio a tanta dor, ela lhe cortou a garganta enquanto balbuciava mantras e rezas negras a muito esquecidas...Todo o líquido possível então é drenado e colocado junto com a gordura fresca do morto em um tacho, e posta a fervura.
Seus ossos são separados de sua carne e quebrados, retirando o tutano e mesclando na sopa infernal, mediante juras ao escuro em troca do amor de um filho que se foi...Para ela era tudo permitido afinal, isso seria o amor de uma mãe, muito maior que qualquer coisa, do que é certo, da própria vida, da própria morte! Agora o pacto seria selado se ela em menos de uma noite sorvesse todo o tacho e assim o fez...Agora estava em uma situação sem volta, tal qual aquele caçador que se embrenha na mata e chega a metade do caminho, se não voltar, só terá de atravessa-lo pois sem provisões morreria se tentasse voltar do ponto que a muito se passou...Esse foi o seu contrato!
Assim foi com o desafortunado casal...No início, o esposo achava que isso seria bom para sua amada, pois poderia quem sabe ajudar a cicatrizar as feridas recentes...então se estabeleceram em um canto da Serra, donde um dia saíram para o mundo, e a esposa com intenções de entrar em contato com o filho trouxe muito dos conhecimentos da magia ancestral da noite, e se enveredou a estuda-las como ninguém, pelo menos ela acreditava em algo, mesmo que de inicio esse ALGO não acreditasse nela.
E aos poucos com afinco ela passou a ser senhora dos sortilégios, decorava rezas o dia todo, realizava simpatias dezaração...E o marido novamente voltou a sua função primordial de suprir o pouca da família, que lhe restava, afinal era sua obrigação e era tudo o que ele podia fazer para facilitar os estudos e melhoria da alma de sua amada esposa...Por amor a alguém fazemos o impossível e muitas vezes até o errado.
Aos poucos a magia foi se tornando avançada e na magia, bem e mal estão ligados e separados ao mesmo tempo por um fio muito fino,qualquer deslize um passa para o lado do outro e vice versa...Contudo o mal busca sus atalhos, desrespeitando a ordem sagrada das coisas e a mulher se tornara impaciente com o que aprendia pois ela queria agora ver e falar com seu filho o mais rápido possível, e nos tempos antigos, isso demoraria no mínimo uma vida inteira para aprender a fazer acontecer só uma vez na vida -HIEROFANTE!
Como de se esperar ela então começou a ir por atalhos, caminhos mais fáceis, contudo muito mais perigosos, pois não tinham norteação de se entremeio...E para ser mais rápido começou a fazer sacrifícios de sangue, e aquilo deixou o marido preocupado até com a sanidade de sua esposa...Loucura e genialidade são difíceis de discernir...E em segredo ele sempre rezava aos senhores da Divina Luz, que cuidasse daquela que mais amava.
A mulher agora correndo para os braços das trevas, por mais que tentasse não conseguia seu intento, e então começou a suspeitar de seu marido...Teria ele feito algo para que ela não pudesse ver seu filho a tempos morto...? Lentamente um ódio e repúdio começou a se instaurar dentro do coração da mulher contra aquele que sempre lhe foi fiel...O mal era egoísta e não quer dividir suas aquisições com ninguém, nem mesmo que esse alguém simplesmente a amasse, sem sequer pedir retorno, não mesmo!
Um dia ela pediu a ajuda de seu marido para um ritual á noite e esmo cansado da roça pelo amor dela ele a acompanhou, e dentre isso teria de tomar uma bebida de ervas e ele a tomou...Repentinamente ele fica tonto, e assustado pergunta o que ela tinha feito:
- Você tramou contra mim e agora eu uso você porque deixou de me amar...Agora pra trazer meu filho eu preciso de um grande sacrifício de sangue, e pelo menos isso você me deve evou faze-lo, com você!- respondeu a mulher já com seu coração destruído pelas trevas.
- Você enlouqueceu, mulher? Mesmo que consiga, acha realmente que viria mesmo o nosso filho tão inocente, através do sangue, e não do nosso amor? -O marido tentava lhe colocar ainda um pouco de juízo dentro da razão com a qual acreditava, pois não podemos falar a verdade longe da realidade de cada um.
Caído, pela drogas e a mulher entorpecida pelo mal, dali nada sairia de bom...O ritual que ela praticava agora era supremo e e tenebroso! Depois de amarrada ele sofre vários cortes nos pontos mágicos do corpo e lhe é retirado um pouco de sangue de cada ponto cortado...Suas partes genitais são esmagadas sobre uma tora e em meio a tanta dor, ela lhe cortou a garganta enquanto balbuciava mantras e rezas negras a muito esquecidas...Todo o líquido possível então é drenado e colocado junto com a gordura fresca do morto em um tacho, e posta a fervura.
Seus ossos são separados de sua carne e quebrados, retirando o tutano e mesclando na sopa infernal, mediante juras ao escuro em troca do amor de um filho que se foi...Para ela era tudo permitido afinal, isso seria o amor de uma mãe, muito maior que qualquer coisa, do que é certo, da própria vida, da própria morte! Agora o pacto seria selado se ela em menos de uma noite sorvesse todo o tacho e assim o fez...Agora estava em uma situação sem volta, tal qual aquele caçador que se embrenha na mata e chega a metade do caminho, se não voltar, só terá de atravessa-lo pois sem provisões morreria se tentasse voltar do ponto que a muito se passou...Esse foi o seu contrato!
quinta-feira, 26 de julho de 2018
E ASSIM NASCEM OS BRUXOS: DESPERTAR!
Eles caminhavam pelas trilhas antigas em busca de uma morada velha, de quando jovens, onde começaram...Eram dois, um casal, e sua caminhada longa nessa trilha a muito esquecida não era em vão...Procuravam um lugar de paz!
O homem e marido sempre amou-a perdidamente, desde que se conheceu por gente. eles moravam perto e mais perto ficou seu coração aos dela, e ela o atendeu em mesma intensidade, e cresceram se amando, até o momento de poderem viver juntos para sempre..
O tempo passou e os jovens se aventuraram pelos cantos desse mundão sem fronteiras, mas como tudo amadurece um dia resolveram criar um cantinho deles para poder viverem em paz e com filhos, afinal quem não quer uma família, que ame e seja amado?
E assim fizeram, com economia dos trabalhos que realizaram, enquanto viajavam pelo mundo, compraram uma pequena porção de terra e construíram juntos uma casa simples, mas de muito amor.
E logo chegou um filho, ao qual esperavam ansiosos por uma família só deles.
O marido feliz ia para a roça preparava a terra, enquanto a mulher e esposa arrumava a casa e cuidava de seu herdeirinho, que aos cuidados dos dois começava a conhecer o mundo, e percebia aos poucos de como ele era grande! Sua mãe contava-lhe as histórias de suas aventuras com seu pai, seu marido...Os olhinhos grandes daquele menino brilhavam de alegria ao ouvir as histórias, afinal qual o filho não fez um dia de seus pais, heróis?
Um dia que era como outro qualquer, tudo parecia uma amável rotina, com o pais no campo semeando o alimento para sua família e a mãe lavando e estendendo a roupa, em uma grande varal.
O sol estava a pino e o marido foi próximo da casa para tomar água fresca de um poço que ele abriu, para facilitar a vida de seus amados, quando ele olhou para a porta da casa e viu de longe a criança caída, desacordada, de ventre para cima, parecia dormir, mas não se mexia !
Um frio corre no coração do pai e com um grito chama sua esposa e mãe, ambos correm ao filho inerte...Com desespero do ocorrido colocam o menino em uma carroça e saem até ao vilarejo mais próximo, em busca de socorro médico...è uma corrida contra o tempo!
No vilarejo os conhecedores da medicina o atendem, com o oque podem, fazendo tudo ao alcance de seus conhecimentos, mesmo para aquela época, mas a vida simplesmente deixou o corpo do menino, sem corte ou mácula... A única coisa que intrigou de momento foram os calçados que foram vestidos ao contrário (o esquerdo no direito e vice versa), obviamente, pensou o médico, pela pressa dos pais em socorre-lo...E dali para frente foram tempos duros e difíceis para o casal...
Desolado o pai não saía mais para o campo e a mãe, nem da cama tinha vontades de sair: dor e choros baixinhos permeavam o coração dos dois nesse tempo!
E o destino foi um pouco mais duros, não lhes dando mais a chance de terem outro filho, pois uma doença atinge a mãe, e os médicos a chamaram de tristeza no coração, que impedia dela ter filhos, enquanto não curasse essa mágoa toda...
Sem ter filhos e doente de sua alma, a mãe apela para o lado escuro das trevas e sortilégios que pudessem ao menos trazer, seu amado e primeiro filho de volta, para uns crendices, pois se atinham nas ciências...Para outros abominação, pois se firmaram nos cepos de sua fé, e nada que passasse dali seria de bom...Quanto ao marido, por que não? Se isso acalmasse o coração de sua amada, tudo valia!
E passaram o tempo assim, tentando fazer contato com o filho morto, e seguiram guias que se diziam espirituais, bruxas feitas amadoras que seguiam livros velhos e falhos, loucos que se santificaram, após uma doença de cabeça os atingirem, também eram ouvidos,pois em meio a dor quem sabe a voz de um louco não a sufoque de vez?
Isso claro, trouxe muitos problemas na comunidade de onde viviam, e agora eram desprezados,e muitos criaram ódio pelas suas práticas absurdas, incompreendidas aos leigos e analfabetos, a ponto de o marido pensando na segurança de sua amada esposa propor retornarem á casa de onde começaram...A de seus pais.
E assim foi uma longa viagem de retorno, com a esperança mínima de recomeço e por alguma benção, um filho, uma família! Seria pedir muito? Talvez...
Foram-se a caminho com poucos pertences e seus estudos proibidos, numa longa caminhada que depois de muito sofrimento chegaram as trilhas antigas, e no fundo sabiam que caminhavam pelas paragens como águas velhas que rolam por moinhos, que não os moviam, mas voltavam ali, encalhadas como sempre!
E esse foi o primeiro ato: conhecer e retornar!
O homem e marido sempre amou-a perdidamente, desde que se conheceu por gente. eles moravam perto e mais perto ficou seu coração aos dela, e ela o atendeu em mesma intensidade, e cresceram se amando, até o momento de poderem viver juntos para sempre..
O tempo passou e os jovens se aventuraram pelos cantos desse mundão sem fronteiras, mas como tudo amadurece um dia resolveram criar um cantinho deles para poder viverem em paz e com filhos, afinal quem não quer uma família, que ame e seja amado?
E assim fizeram, com economia dos trabalhos que realizaram, enquanto viajavam pelo mundo, compraram uma pequena porção de terra e construíram juntos uma casa simples, mas de muito amor.
E logo chegou um filho, ao qual esperavam ansiosos por uma família só deles.
O marido feliz ia para a roça preparava a terra, enquanto a mulher e esposa arrumava a casa e cuidava de seu herdeirinho, que aos cuidados dos dois começava a conhecer o mundo, e percebia aos poucos de como ele era grande! Sua mãe contava-lhe as histórias de suas aventuras com seu pai, seu marido...Os olhinhos grandes daquele menino brilhavam de alegria ao ouvir as histórias, afinal qual o filho não fez um dia de seus pais, heróis?
Um dia que era como outro qualquer, tudo parecia uma amável rotina, com o pais no campo semeando o alimento para sua família e a mãe lavando e estendendo a roupa, em uma grande varal.
O sol estava a pino e o marido foi próximo da casa para tomar água fresca de um poço que ele abriu, para facilitar a vida de seus amados, quando ele olhou para a porta da casa e viu de longe a criança caída, desacordada, de ventre para cima, parecia dormir, mas não se mexia !
Um frio corre no coração do pai e com um grito chama sua esposa e mãe, ambos correm ao filho inerte...Com desespero do ocorrido colocam o menino em uma carroça e saem até ao vilarejo mais próximo, em busca de socorro médico...è uma corrida contra o tempo!
No vilarejo os conhecedores da medicina o atendem, com o oque podem, fazendo tudo ao alcance de seus conhecimentos, mesmo para aquela época, mas a vida simplesmente deixou o corpo do menino, sem corte ou mácula... A única coisa que intrigou de momento foram os calçados que foram vestidos ao contrário (o esquerdo no direito e vice versa), obviamente, pensou o médico, pela pressa dos pais em socorre-lo...E dali para frente foram tempos duros e difíceis para o casal...
Desolado o pai não saía mais para o campo e a mãe, nem da cama tinha vontades de sair: dor e choros baixinhos permeavam o coração dos dois nesse tempo!
E o destino foi um pouco mais duros, não lhes dando mais a chance de terem outro filho, pois uma doença atinge a mãe, e os médicos a chamaram de tristeza no coração, que impedia dela ter filhos, enquanto não curasse essa mágoa toda...
Sem ter filhos e doente de sua alma, a mãe apela para o lado escuro das trevas e sortilégios que pudessem ao menos trazer, seu amado e primeiro filho de volta, para uns crendices, pois se atinham nas ciências...Para outros abominação, pois se firmaram nos cepos de sua fé, e nada que passasse dali seria de bom...Quanto ao marido, por que não? Se isso acalmasse o coração de sua amada, tudo valia!
E passaram o tempo assim, tentando fazer contato com o filho morto, e seguiram guias que se diziam espirituais, bruxas feitas amadoras que seguiam livros velhos e falhos, loucos que se santificaram, após uma doença de cabeça os atingirem, também eram ouvidos,pois em meio a dor quem sabe a voz de um louco não a sufoque de vez?
Isso claro, trouxe muitos problemas na comunidade de onde viviam, e agora eram desprezados,e muitos criaram ódio pelas suas práticas absurdas, incompreendidas aos leigos e analfabetos, a ponto de o marido pensando na segurança de sua amada esposa propor retornarem á casa de onde começaram...A de seus pais.
E assim foi uma longa viagem de retorno, com a esperança mínima de recomeço e por alguma benção, um filho, uma família! Seria pedir muito? Talvez...
Foram-se a caminho com poucos pertences e seus estudos proibidos, numa longa caminhada que depois de muito sofrimento chegaram as trilhas antigas, e no fundo sabiam que caminhavam pelas paragens como águas velhas que rolam por moinhos, que não os moviam, mas voltavam ali, encalhadas como sempre!
E esse foi o primeiro ato: conhecer e retornar!
terça-feira, 17 de julho de 2018
O ÚLTIMO GRANDE LEÃO DA SERRA
As noites da Serra sempre traz o mais cruel e terrível e perto da gente, mesmo que a gente não queira...E foi nessa noite mais fria quando os homens e mulheres que sem mais o que fazer iam para as tavernas, se aquecerem um fogo de chão e numa roda de prosa e histórias tomar um pouco de bebida quente, só pra esquecer os males que correm na noite em que o vento uiva forte, que uma rajada de vento forte estoura a porte e com ele traz uma alma amaldiçoada pelo cheiro da morte!
O pobre desgraçado estava praticamente congelado, e tinha ferimentos que se não fosse por causa do frio, já haveria de ter sangrado a muito tempo. O povo quente pelo fogo e o vinho ajudavam mais pra escutar das palavras do balbuciantes o que houver e quem, ou que fera haveria de lhe ter causado tamanhas feridas no corpo, que misturavam a suavidade de uma navalha, com o rigor do rasgo severo do machado, e o laceravam em parte...
Alimentado de caldo quente e raiz forte, uma bebida quente e a boca do homem começou a mexer... De momento sua voz saia fraca e sem sentido e aos poucos foram se acostumando com o sotaque que parecia muito além daqueles cafundós...Ele se dizia ter pertencido a uma equipe de caçadores que vieram pelas montanhas da Serra além dos Altos da Boa Vista e caçavam um animal que havia atacado sua vila e destroçado tudo o que encontrou, de mulheres, homens crianças, ovelhas...!
A fera ensandecida não tinha fome no estômago, mas sede de sangue nos ossos!
Daí dos poucos que haviam fizeram uma comitiva de caça e saíram em busca da fera, de momento se eira nem beira, somente seguindo seu rastro de destruição, e morte! Em meio a eles poucos eram caçadores profissionais, apenas de ocasião, outros eram lenhadores e artesãos, perseguiram o bicho como puderam, mas a fera era esguia e astuta, a ponto de parecer ter até certo nível de inteligência.
O bicho no final acabou caçando e emboscando cada um deles e o que eram caçadores, passaram a ser a caça! E o mais curioso é que essa pobre alma, foi deixada por último, e a fera apenas BRINCOU, com ele, como o gato faz com o rato, só que nesse caso o gato era enorme mesmo!
Como eu disse antes e deve se ter atenção a isso, o frio da Serra desperta tudo o que é de ruim, fora e dentro de você...Dentro da taverna os caçadores mais experientes sabiam de qual fera ele falava e já viram a sua ira, quando provocada, sabiam, também que parte da história não tava contada, pois quando se é rei, você só ataca a escória, quando tentam tomar seu território ou mexem feio com sua família...Embrutecidos pelas bebidas fortes que tomaram, colocaram o amaldiçoado e semi morto homem contra a parede e ele despejou o resto pra fora...
Ele não contou que antes da fera ataca-los ela não havia saído de seu reduto não até um lenhador ousar entrar em seu território e ter encontrado a ninhada de filhotes na toca do bicho, quando os pais
saíram pra caçar, e os matou e fez botas e chapéus de suas peles que esticou e levou ao vilarejo...Então meus amigos, a morte atrai a morte,e muitos pagam pelos erros de poucos e se isso não for consertado com muito sangue, o ciclo continua, como doença passando de aldeia em aldeia, trazendo o inferno na terra, pois bichos como esses, senhores das serras altas não esquecem a maldade que lhes fazem e se deixou o pobre diabo, seguir até a taverna era porque ele queria saber onde haviam mais homens pra se vingar...
Os homens tomados por fúria e instinto de sobrevivência, arras taram o condenado de volta ao frio e amarraram ele, num tronco na entrada da vila, pois não queriam comprar briga com a morte andante...quase despido naquele frio, não duraria muito mesmo.
E quando o homem se amaldiçoava da burrice que fizera, olhos amarelos e grandes o encaravam e aos se aproximar ficaram parados e imóveis até que morresse do frio causticante que fazia lá fora e ficasse duro que nem pedra, e os outro se trancaram na taverna reforçando a porta e todos sentiram quando ela foi batida pela enorme patas cheia de garra, que deixou sua marca atestando sua valentia e majestade daquelas paragens, pois ele seguia a lei da serra, que todos Respeitavam, mesmo sendo fera: SE DÁ UM BOI PRA NÃO BRIGAR, MAS UMA BOIADA PRA NÃO SAIR DA BRIGA!
E naquela noite não houve mais histórias nem música somente silencio e muita bebida pra esquecer e rezas pra aquele Grande Leão Baio, jamais retornar!
terça-feira, 10 de julho de 2018
UMA ESTÓRIA DE CAPÃO ALTO...
Quando o verão ainda estava a pino os imigrantes chegaram, e começaram a se instalar em uma campina muito verde e parecia até que plainaram para fazer uma grande estrada por ali, o que lhes deixava curioso era por que os índios locais, ainda moravam em morros bem altos de difícil acesso, pois lá em cima até mesmo a água faltava e ali naquelas pastagens, até o rio corria ao lado tão limpo e cristalino...Talvez seja o jeito deles pensou o grupo que se firmava naquelas terras...E para não se estranharem, lentamente foram ter conversa com os índios locais tentando uma amizade e um convívio de possível paz entre eles.
O líder do grupo de imigrantes era um homem, bem pálido e alto, corpulento, mas de ar bondoso, e os índios já haviam visto o homem branco mas não daquele porte, até suas mulheres e crianças eram maiores que as deles, e mesmo que a dos brancos que ali precederam.
Em um primeiro contato, trouxeram presentes e falavam em uma língua que nunca havia sido falada, por eles antes...Foi um processo difícil de entende-los, á princípio, mas aos poucos eles mesclaram as línguas em uma só para se entenderem melhor retirando artigos e preposições, colocando verbos e pronomes pessoais, dando um limitado mais importante entendimento entre ambos, como disse um começo.
O tempo passou e eles foram se entrelaçando as amizades a ponto de convidar aos passeios em seus vilarejos e tribos locais, até suas crianças brincavam juntas toda a hora, era um forte sinal de confiança, e como sempre quem fazia as honras dos imigrantes era seu grande líder em todos os aspectos, e como compreendiam ele ainda tinha suas reservas...
Dentre os da tribo que simpatizaram mais rapidamente com os estrangeiros, foi o velho pajé, homem espiritual e de medicina que se fazia presente nas comunidades de várias pequenas tribos locais que o tinham até como homem santo, por suas curas que não eram poucas devido a distância que se encontravam de algum socorro hospitalar, naquela época de descobrimentos, quem tinha um olho no céu e outro na terra era rei!
O tempo passou e dois ano que se deu do convívio, tiveram um inverno um pouco frio, o que ajudou na plantação e instalação da colônia naquelas terras afortunadas onde todos os estrangeiros diziam, que se plantar, de tudo dava...E em meio aos encontros do velho pajé que passava em suas visitas na colônia, acompanhado de suas netas, ele se aproximava nervosamente do líder e pedia que se abaixasse á sua altura e falava com voz baixa aos seus ouvidos:
-Antes vocês, foram quatro invernos, com vocês foram dois...Depois sete invernos OTHERS volta para a campina e vive um inverno campina...Campina fria, campina morta...OTHERS vai embora e volta depois taquara cair mas sete inverno!
Aquelas palavras não mudavam muito o tom, e a cada momento que o tempo passava, o líder da colônia encucava em preocupação, quem era OTHERS, e essa palavra para ele não era estranha, pelo menos o som, parecia familiar...E ao indagar as netas elas tomadas de receio e sem jeitos diziam, que ele era um homem idoso, que vira muita coisa e sua mente já lhe pregava peças...
Bem com o trabalho e a lida no campo fazia com que o líder esquecesse essas palavras, que aprendeu apenas em ouvir em respeito ao pajé idoso e gentil, quando lhe fazia suas visitas...Agora estavam cavando, arando e arrumando, um pouco além da campina grande e verdejante...Os índios diziam que o sétimo inverno, naquela região era o mais rigoroso, por tanto teriam de plantar maioto mais nesse ano, e recolher o que puderem para evitar imprevistos, uma vez também que faziam escambo com os locais, que sabiam por alguma razão que precisavam de metais, para suas forjas e traziam nem sabe-se de onde o minério, que era uma mistura de ferro cobre e um pouco de ouro, um material ainda embrutecido...Quando passava pelas fornalhas e cadinhos que os imigrantes possuíam davam mais lucro do que a comida que trocavam as tribos amigas, e cada colono se achava em vantagem por isso, pois mesmo que não desse certo a colônia, teriam guardado o ouro, para quando voltassem a civilização, e não voltariam de mãos vazias...
Além da campina grande haviam pequenos morros de terra que não pareciam serem muitos difíceis de serem removidos e poderiam dar um bom lugar para os pastos de seu gado e ovelhas, e até o líder pensava em fazer uma jornada mais tarde trazendo cavalos, e assim encurtando a jornada das terras isoladas á cidade civilizada mais próximas em semanas, do que antes em meses...E assim fizeram.
Foram trabalhos duros e todo o grupo, desde as crianças que ajudavam trazendo água aos adultos pegaram a lida juntos, no fundo era bonito de se ver a unidade desses estrangeiros, que para os índios amigos poderia se dar melhor do que os últimos que ficaram por aquele mesmo local, antes.
Então o boi foi arando o campo que agora foi tirado dos morros e preparavam a terra toda aplainada agora para o plantio.
Foi numa tarde dessas de lida que apareceu o pajé em visitas e quando viu o que fizeram correu chorando em direção dos imigrantes, muito nervoso...A ponto de esquecer a língua que aprendeu e tentava falar em sua língua, sacudindo os braços nervosamente...Rapidamente o líder sabendo dos fatos se apresentou ao pajé, pois não queria desafetos por mal entendimento e falta de respeito com uma pessoa tão amável e conhecida por todas as tribos...Ele se abaixou á altura do pajé idoso e colocou a sua mão no ombro e perguntou qual era a sua aflição...E o pajé se acalmou, tomou um pouco de água de seu purungo, numa cabaça, molhando a garganta seca de tanto gritar, e falou:
- Vocês não entender...Montes são pra lembrar...Nunca esquecer OTHERS, e OTHERS nunca esquecer morros, agora sem morros OTHERS chegam e iram além das campinas....Eu precisar ir e avisar todos....Adeus para sempre!
Então o pajé sai nervosamente guiado pelas netas que o levam em direção das tribos dos morros...
O líder, toma ares de preocupação, e convoca uma reunião com toda a colônia e diz que não sabem quem eras os OTHERS, mas que teriam de se preparar, caso não conseguissem encontro de paz, com esses que chegariam no inverno...E mesmo que alguns não acreditassem nessa história toda pois ninguém chega tão longe, naquele lugar, com um inverno tão forte, quanto os índios locais, falavam, mesmo com rações extras seria muito difícil o frio e a caminhada...Se suar no inverno e não se abrigar fica doente e morre, nesse período todo o cuidado era pouco, para quem não tinha medicamentos suficientes...Sim, mesmo contragosto , a mando do líder os colonos fizeram armas, escudos e armaduras, com o que podiam; cavaram trincheiras, poços; colocaram porões reforçados para idosos e crianças...
Mais um tempo se passou, e quando estavam terminando de arar a área dos morros o arado dá de encontro a algo sólido, metálico...era um machado de guerra!
Ah! sim! Agora com certa tardia descobriram que eles não foram os primeiros a cavarem e plantarem ali...O líder sabiamente voltou parte dos trabalhos para as escavações, afinal conhecer o que realmente houve naquele local , deveria ajudar em um possível embate, com os OTHERS, caso houvesse.
Com o tempo, foi se levantando um cenário tétrico mesmo. as escavações mostram que mais de um grupo, definido por um espaço de tempo grande já haviam tentado colonizar,, mas após os sete anos, desapareceram na chegada dos OTHERS! O mais macabro foi depois onde encontraram ossos partidos, em fragmentos, inúmeros...O que quer que fossem eles, devoravam tudo inclusive os corpos dos que caíram, por isso não havia como saber do destino de ninguém no local e a dificuldade da língua com os nativos também ajudara a agravar a situação... Temendo o mesmo destino, e agora perto do inverno, o líder procura pelo pajé entre as tribos que se encontravam nos morros mais altos, mas nota que haviam se evadido, de certo com o anúncio do pajé, que alertou sobre os morretes que sua colônia sem advertência retirou...Então seguiu a trilha e os rastros das tribos e correndo pra ganhar tempo não parou enquanto não deu com a tribo ainda em movimento no segundo dia sem parar...
Quase esgotado de suas forças caiu de joelho em solo, respirando fundo e foi acudido com água pelo pajé que lhe ofereceu uma cabaça fresca pra tomar, o líder sentou-se na oca dos pajé junto com os mais velhos da aldeia e perguntou agora com máxima atenção, de que OTHERS ele havia falado...
Então vem a história que resumo, mas se ficarem atentos verão que já haviam ouvido parte dela em algum momento de meus contos e crônicas.
A muito tempo atra´s naquela campina houve uma batalha enorme entre dois povos, um de armaduras e aço, outro de peles e ferro...Os homens do aço eram em menor número mas compensavam, com suas armas r armaduras, ao contrário dos homens com peles que compensavam com força brutal e efetivo...Por um tempo muito longo a batalha foi um impasse, esses homens de peles marchavam em direção a uma grande cidade que os índios chamavam de A MÃE DO MUNDO...Os homens do aço resolveram que se lutassem ali naquele local esquecidos pelos Deuses do Divino, seria o melhor momento, para acabar com o inimigo antes que chegasse ao seu povo...
Então como a batalha não se desenvolvia, para nenhum dos lados e estavam dentro do pior inverno, o dos sete anos, os homens do aço esperavam morrer ali impedindo que os homens de pelas se movessem, e como consequência morreriam de fome, assim mesmo na morte sua vitória era garantida...Sabendo das intenções do clã do aço, o líder dos homens de peles, procurou a caverna mais profunda, o buraco mais escuro, a toca mais tenebrosa e entrou em contato com o poder maligno da noite, das trevas e ofereceu muitas almas de seu povo, em troca de vitória certa, e assim aconteceu! Contudo mesmo as trevas, mesmo a maldade têm os limites da compaixão e as entidades com as quais ele assinou o pacto disseram uma única clausula, para conseguir seu intento:
- LUTA JUSTA, MORTE DIGNA! - Foi o que ele escutou da voz grotesca que saia daquele monte de pelos negros escuros e com olhos amarelos e famintos...
E novamente o líder dos homens de pele foram á luta, e agora as armas de aço não penetravam ou rasgavam as peles deles e cada pelo de suas vestes se tornou como espinhos mortais que se perfuravam as armaduras e causavam morte por veneno mortal...A luta não durou nem uma tarde, e eles venceram...Contudo não seguiram as clausulas do acordo e humilharam, torturaram e mataram os homens do aço, causando uma grande dor e ira dentre os derrotados, e no final queimavam-nos em fogueiras, feitas em cima de morretes que ergueram para isso, os mesmos que, foram retirados pela colônia...Em meio ao sofrimento dos homens do aço, deixaram o líder deles por último, para ver seus homens sofrerem...então acorrentado e irado o líder do clã do aço vende sua alma para algo mais negro ainda, prometendo matar destroçar e comer, todos que naquela terra se assentasse depois dos montes, e se os montes caíssem ele faria isso a toda essa terra, menos a seu povo, criando um final de mundo e tanto para aquele esquecido lugar, e a criatura do morro azul, gostou disso porque ela também se fartaria sem muito fazer força tendo sempre que possível, comida á sua mesa...
Na terceira noite de inverno frio e forte eles se levantaram, todos os mortos do clã do aço, e se inverteu tudo! Agora o caçador era a caça, e quem almoçou foi jantado, literalmente! Na campina ficaram alguns machados de guerra, algumas espadas e tudo o que os dentes apodrecidos desses mortos famintos, pudessem devorar...E dali por diante nenhuma criatura conseguiu viver na campina por mais de sete anos...E o pior se não refizessem os morretes, nada também mais além da campina sobreviveria...
Sim, o tempo era escasso e as chances se esvaiam por suas mãos como a areia entre seus dedos. Contudo haveria de ter um sacrifício e somente assim os mortos do clã do aço se contentariam, assim como fizeram antes...Mas seus filhos não poderiam pagar por erros de seus pais, isso era o mais certo.
Então pela amizade entre a tribo do Morro Alto e a colônia, o líder pediu aos mais velhos índios e o pajé que aceitasse seus filhos e cuidados deles, em troca eles fariam o reparo dos morretes e tentariam a medida do possível deter o exercito macabro a tempo deles fugirem dali e não voltarem mais...Então acertaram dar-lhes o ouro para quando chegassem a ter com outros brancos mandarem seus filhos de volta aos parentes que ficaram nas grandes cidades, que cuidariam deles,; lhes deram o segredo de forjar os metais, auxiliando na defesa e agricultura das tribos, uma evolução sem precedência...E assim foi.
Em meio ao frio do inverno a tribo partiu com a preciosa carga da colônia, e mesmo de longe se via os morretes feitos a arderem enquanto o barulho de aço contra aço, e gritos de agonia iam silenciando lentamente a medida de que se afastavam do local de conflito...
Foi uma viagem longa, onde o povo todo sofreu, dias se passaram sem parar de andar e sentir frio a pé que chegaram a um grande capão de mato, de onde se abrigaram, e formaram uma aldeia no local...As crianças cresceram esperando encontrar um dos seus parentes, mas foram sonhos de crianças...Depois de um tempo se mesclaram aos índios e passado mais de uma geração, tiveram contato com outros exploradores, e tentaram contar a sua história que aos ouvidos dos ditos sábios das ciências, não passavam de lendas locais, e que colocaram em seus diários de viagem, de que encontraram índios claros, que eram do Morro Alto e agora são do CAPÃO ALTO. E assim mais uma história é esquecida virando estória de roda, de cantiga.
O líder do grupo de imigrantes era um homem, bem pálido e alto, corpulento, mas de ar bondoso, e os índios já haviam visto o homem branco mas não daquele porte, até suas mulheres e crianças eram maiores que as deles, e mesmo que a dos brancos que ali precederam.
Em um primeiro contato, trouxeram presentes e falavam em uma língua que nunca havia sido falada, por eles antes...Foi um processo difícil de entende-los, á princípio, mas aos poucos eles mesclaram as línguas em uma só para se entenderem melhor retirando artigos e preposições, colocando verbos e pronomes pessoais, dando um limitado mais importante entendimento entre ambos, como disse um começo.
O tempo passou e eles foram se entrelaçando as amizades a ponto de convidar aos passeios em seus vilarejos e tribos locais, até suas crianças brincavam juntas toda a hora, era um forte sinal de confiança, e como sempre quem fazia as honras dos imigrantes era seu grande líder em todos os aspectos, e como compreendiam ele ainda tinha suas reservas...
Dentre os da tribo que simpatizaram mais rapidamente com os estrangeiros, foi o velho pajé, homem espiritual e de medicina que se fazia presente nas comunidades de várias pequenas tribos locais que o tinham até como homem santo, por suas curas que não eram poucas devido a distância que se encontravam de algum socorro hospitalar, naquela época de descobrimentos, quem tinha um olho no céu e outro na terra era rei!
O tempo passou e dois ano que se deu do convívio, tiveram um inverno um pouco frio, o que ajudou na plantação e instalação da colônia naquelas terras afortunadas onde todos os estrangeiros diziam, que se plantar, de tudo dava...E em meio aos encontros do velho pajé que passava em suas visitas na colônia, acompanhado de suas netas, ele se aproximava nervosamente do líder e pedia que se abaixasse á sua altura e falava com voz baixa aos seus ouvidos:
-Antes vocês, foram quatro invernos, com vocês foram dois...Depois sete invernos OTHERS volta para a campina e vive um inverno campina...Campina fria, campina morta...OTHERS vai embora e volta depois taquara cair mas sete inverno!
Aquelas palavras não mudavam muito o tom, e a cada momento que o tempo passava, o líder da colônia encucava em preocupação, quem era OTHERS, e essa palavra para ele não era estranha, pelo menos o som, parecia familiar...E ao indagar as netas elas tomadas de receio e sem jeitos diziam, que ele era um homem idoso, que vira muita coisa e sua mente já lhe pregava peças...
Bem com o trabalho e a lida no campo fazia com que o líder esquecesse essas palavras, que aprendeu apenas em ouvir em respeito ao pajé idoso e gentil, quando lhe fazia suas visitas...Agora estavam cavando, arando e arrumando, um pouco além da campina grande e verdejante...Os índios diziam que o sétimo inverno, naquela região era o mais rigoroso, por tanto teriam de plantar maioto mais nesse ano, e recolher o que puderem para evitar imprevistos, uma vez também que faziam escambo com os locais, que sabiam por alguma razão que precisavam de metais, para suas forjas e traziam nem sabe-se de onde o minério, que era uma mistura de ferro cobre e um pouco de ouro, um material ainda embrutecido...Quando passava pelas fornalhas e cadinhos que os imigrantes possuíam davam mais lucro do que a comida que trocavam as tribos amigas, e cada colono se achava em vantagem por isso, pois mesmo que não desse certo a colônia, teriam guardado o ouro, para quando voltassem a civilização, e não voltariam de mãos vazias...
Além da campina grande haviam pequenos morros de terra que não pareciam serem muitos difíceis de serem removidos e poderiam dar um bom lugar para os pastos de seu gado e ovelhas, e até o líder pensava em fazer uma jornada mais tarde trazendo cavalos, e assim encurtando a jornada das terras isoladas á cidade civilizada mais próximas em semanas, do que antes em meses...E assim fizeram.
Foram trabalhos duros e todo o grupo, desde as crianças que ajudavam trazendo água aos adultos pegaram a lida juntos, no fundo era bonito de se ver a unidade desses estrangeiros, que para os índios amigos poderia se dar melhor do que os últimos que ficaram por aquele mesmo local, antes.
Então o boi foi arando o campo que agora foi tirado dos morros e preparavam a terra toda aplainada agora para o plantio.
Foi numa tarde dessas de lida que apareceu o pajé em visitas e quando viu o que fizeram correu chorando em direção dos imigrantes, muito nervoso...A ponto de esquecer a língua que aprendeu e tentava falar em sua língua, sacudindo os braços nervosamente...Rapidamente o líder sabendo dos fatos se apresentou ao pajé, pois não queria desafetos por mal entendimento e falta de respeito com uma pessoa tão amável e conhecida por todas as tribos...Ele se abaixou á altura do pajé idoso e colocou a sua mão no ombro e perguntou qual era a sua aflição...E o pajé se acalmou, tomou um pouco de água de seu purungo, numa cabaça, molhando a garganta seca de tanto gritar, e falou:
- Vocês não entender...Montes são pra lembrar...Nunca esquecer OTHERS, e OTHERS nunca esquecer morros, agora sem morros OTHERS chegam e iram além das campinas....Eu precisar ir e avisar todos....Adeus para sempre!
Então o pajé sai nervosamente guiado pelas netas que o levam em direção das tribos dos morros...
O líder, toma ares de preocupação, e convoca uma reunião com toda a colônia e diz que não sabem quem eras os OTHERS, mas que teriam de se preparar, caso não conseguissem encontro de paz, com esses que chegariam no inverno...E mesmo que alguns não acreditassem nessa história toda pois ninguém chega tão longe, naquele lugar, com um inverno tão forte, quanto os índios locais, falavam, mesmo com rações extras seria muito difícil o frio e a caminhada...Se suar no inverno e não se abrigar fica doente e morre, nesse período todo o cuidado era pouco, para quem não tinha medicamentos suficientes...Sim, mesmo contragosto , a mando do líder os colonos fizeram armas, escudos e armaduras, com o que podiam; cavaram trincheiras, poços; colocaram porões reforçados para idosos e crianças...
Mais um tempo se passou, e quando estavam terminando de arar a área dos morros o arado dá de encontro a algo sólido, metálico...era um machado de guerra!
Ah! sim! Agora com certa tardia descobriram que eles não foram os primeiros a cavarem e plantarem ali...O líder sabiamente voltou parte dos trabalhos para as escavações, afinal conhecer o que realmente houve naquele local , deveria ajudar em um possível embate, com os OTHERS, caso houvesse.
Com o tempo, foi se levantando um cenário tétrico mesmo. as escavações mostram que mais de um grupo, definido por um espaço de tempo grande já haviam tentado colonizar,, mas após os sete anos, desapareceram na chegada dos OTHERS! O mais macabro foi depois onde encontraram ossos partidos, em fragmentos, inúmeros...O que quer que fossem eles, devoravam tudo inclusive os corpos dos que caíram, por isso não havia como saber do destino de ninguém no local e a dificuldade da língua com os nativos também ajudara a agravar a situação... Temendo o mesmo destino, e agora perto do inverno, o líder procura pelo pajé entre as tribos que se encontravam nos morros mais altos, mas nota que haviam se evadido, de certo com o anúncio do pajé, que alertou sobre os morretes que sua colônia sem advertência retirou...Então seguiu a trilha e os rastros das tribos e correndo pra ganhar tempo não parou enquanto não deu com a tribo ainda em movimento no segundo dia sem parar...
Quase esgotado de suas forças caiu de joelho em solo, respirando fundo e foi acudido com água pelo pajé que lhe ofereceu uma cabaça fresca pra tomar, o líder sentou-se na oca dos pajé junto com os mais velhos da aldeia e perguntou agora com máxima atenção, de que OTHERS ele havia falado...
Então vem a história que resumo, mas se ficarem atentos verão que já haviam ouvido parte dela em algum momento de meus contos e crônicas.
A muito tempo atra´s naquela campina houve uma batalha enorme entre dois povos, um de armaduras e aço, outro de peles e ferro...Os homens do aço eram em menor número mas compensavam, com suas armas r armaduras, ao contrário dos homens com peles que compensavam com força brutal e efetivo...Por um tempo muito longo a batalha foi um impasse, esses homens de peles marchavam em direção a uma grande cidade que os índios chamavam de A MÃE DO MUNDO...Os homens do aço resolveram que se lutassem ali naquele local esquecidos pelos Deuses do Divino, seria o melhor momento, para acabar com o inimigo antes que chegasse ao seu povo...
Então como a batalha não se desenvolvia, para nenhum dos lados e estavam dentro do pior inverno, o dos sete anos, os homens do aço esperavam morrer ali impedindo que os homens de pelas se movessem, e como consequência morreriam de fome, assim mesmo na morte sua vitória era garantida...Sabendo das intenções do clã do aço, o líder dos homens de peles, procurou a caverna mais profunda, o buraco mais escuro, a toca mais tenebrosa e entrou em contato com o poder maligno da noite, das trevas e ofereceu muitas almas de seu povo, em troca de vitória certa, e assim aconteceu! Contudo mesmo as trevas, mesmo a maldade têm os limites da compaixão e as entidades com as quais ele assinou o pacto disseram uma única clausula, para conseguir seu intento:
- LUTA JUSTA, MORTE DIGNA! - Foi o que ele escutou da voz grotesca que saia daquele monte de pelos negros escuros e com olhos amarelos e famintos...
E novamente o líder dos homens de pele foram á luta, e agora as armas de aço não penetravam ou rasgavam as peles deles e cada pelo de suas vestes se tornou como espinhos mortais que se perfuravam as armaduras e causavam morte por veneno mortal...A luta não durou nem uma tarde, e eles venceram...Contudo não seguiram as clausulas do acordo e humilharam, torturaram e mataram os homens do aço, causando uma grande dor e ira dentre os derrotados, e no final queimavam-nos em fogueiras, feitas em cima de morretes que ergueram para isso, os mesmos que, foram retirados pela colônia...Em meio ao sofrimento dos homens do aço, deixaram o líder deles por último, para ver seus homens sofrerem...então acorrentado e irado o líder do clã do aço vende sua alma para algo mais negro ainda, prometendo matar destroçar e comer, todos que naquela terra se assentasse depois dos montes, e se os montes caíssem ele faria isso a toda essa terra, menos a seu povo, criando um final de mundo e tanto para aquele esquecido lugar, e a criatura do morro azul, gostou disso porque ela também se fartaria sem muito fazer força tendo sempre que possível, comida á sua mesa...
Na terceira noite de inverno frio e forte eles se levantaram, todos os mortos do clã do aço, e se inverteu tudo! Agora o caçador era a caça, e quem almoçou foi jantado, literalmente! Na campina ficaram alguns machados de guerra, algumas espadas e tudo o que os dentes apodrecidos desses mortos famintos, pudessem devorar...E dali por diante nenhuma criatura conseguiu viver na campina por mais de sete anos...E o pior se não refizessem os morretes, nada também mais além da campina sobreviveria...
Sim, o tempo era escasso e as chances se esvaiam por suas mãos como a areia entre seus dedos. Contudo haveria de ter um sacrifício e somente assim os mortos do clã do aço se contentariam, assim como fizeram antes...Mas seus filhos não poderiam pagar por erros de seus pais, isso era o mais certo.
Então pela amizade entre a tribo do Morro Alto e a colônia, o líder pediu aos mais velhos índios e o pajé que aceitasse seus filhos e cuidados deles, em troca eles fariam o reparo dos morretes e tentariam a medida do possível deter o exercito macabro a tempo deles fugirem dali e não voltarem mais...Então acertaram dar-lhes o ouro para quando chegassem a ter com outros brancos mandarem seus filhos de volta aos parentes que ficaram nas grandes cidades, que cuidariam deles,; lhes deram o segredo de forjar os metais, auxiliando na defesa e agricultura das tribos, uma evolução sem precedência...E assim foi.
Em meio ao frio do inverno a tribo partiu com a preciosa carga da colônia, e mesmo de longe se via os morretes feitos a arderem enquanto o barulho de aço contra aço, e gritos de agonia iam silenciando lentamente a medida de que se afastavam do local de conflito...
Foi uma viagem longa, onde o povo todo sofreu, dias se passaram sem parar de andar e sentir frio a pé que chegaram a um grande capão de mato, de onde se abrigaram, e formaram uma aldeia no local...As crianças cresceram esperando encontrar um dos seus parentes, mas foram sonhos de crianças...Depois de um tempo se mesclaram aos índios e passado mais de uma geração, tiveram contato com outros exploradores, e tentaram contar a sua história que aos ouvidos dos ditos sábios das ciências, não passavam de lendas locais, e que colocaram em seus diários de viagem, de que encontraram índios claros, que eram do Morro Alto e agora são do CAPÃO ALTO. E assim mais uma história é esquecida virando estória de roda, de cantiga.
domingo, 8 de julho de 2018
O MISTÉRIO DO CENOBITA
Todos no fundo de suas almas nasceram procurando algo...e no fundo é o que nos movimenta nessa nossa vida que acreditamos ter o controle de tudo, onde criamos nossas próprias dimensões, longe de todo o caos e desordem...
Para entendermos melhor o que nos cerca criamos então dimensões, que divagam dentre si mesmas em efeito relativo e ilusório...
Por que te digo isso? Já imaginou de momento simples por que um centímetro é um centímetro? Qual a relação da medida? E da distancia, e o tempo? São valores relativos que criamos é o que dirão no final das contas...Então o que pode ser real nessa ilusão toda? Poderia ser o inverso de nossa percepção, com certeza!
Creio que durante essa busca desde os primórdios, poucos param a pensar do porque disso, afinal encontrar o que? Também creio de que alguns poucos mesmo em sua simplicidade, tenham encontrado um caminho, em algum ponto de iluminação, quem sabe, e seguindo esses passos, que faço meu trajeto até os confins desse mundo e conto a história desse estranho, que nunca foi igual a todos os que nasceram junto dele, quero dizer que não pensava nem agia de modo comum as pessoas que o rodeavam...Acompanhando sua história aqui o chamarei de cenobita.
Como disse, Cenobita nasceu em uma casa modesta de família simples, nada que desse a entender que era diferente, quando bebe...Então um dia como tudo, um dia ele mudou...Estava sentado brincando na grama, quando uma formiga o mordeu e até aí nada de mal, contudo foram aparecendo mais e mais e o morderam cada vez mais, a ponto de quando sua mãe notara sua pele havia enegrecido com as mordidas e inchaço, e foi tal a gravidade que o levaram aos médicos, pois corria perigo de vida.
Daquele dia em diante nunca mais foi o mesmo, andava sozinho brincava que era Engenheiro, mas de gente e realidades...Fantasiava mundos que dizia um dia ter nascidos...Todos com pena achavam que o veneno das formigas afetara a sua mente....Mas quem sabe do ditado: Total paranóia, total lucidez?
Começou a andar mais isolado até que ganhou seu nome: CENOBITA!
Mesmo assim independente do que falavam, ele parecia procurar algo que não poderia ser desse mundo, e com o tempo reconheceu as ciências e a religião, mas elas por si própria não o acalmavam, talvez porque no fundo ele sabia de que eram feitas em meio as ilusões e mentiras de homens e tão somente para homens...
Desolado com o que via se retirou a um lugar isolado e para aprender a viver sozinho de início é sempre difícil...Mas aprendeu a silenciar as emoções e procurar a verdadeira medida real e exata que se encontra dentro de sua própria consciência. Fechou os olhos, respirou adequadamente, aquietou-se.
E em meio ao silencio e a escuridão deixou de sentir seu corpo, transcendeu aos círculos de energia e inverteu de dentro para fora, dos cantos para os lados...Sem limite temporal ou de espaço, agora estava em todos os lugares, e aprendeu tudo sobre tudo, sem nunca ter lido ou ido...
Então desceu de seu recanto de paz e compartilhou o que descobriu, e como tantos não entenderam de onde veio o conhecimento, não valorizaram, e repudiaram, pois a verdade liberta, mas quem quer ser libertado de sua gaiola de ouro? Eles o deram como louco e o trataram como tal...Mesmo que falasse até da matéria escura e o princípio que ela afeta a consciência e o estado da matéria como conhecemos, eles não quiseram ouvir, pois não havia formação das artes ou ciência em seu currículo, aliás pouca formação humana havia, por isso mesmo ele não era contaminado e também não foi aceito.
Sem ter mais para quem voltar ou lhe aceitar ele se despede deixando seu maior tesouro, dentro de seu barraco a porta para o outro lado, a solução final de vida sem morte, e finalmente para quem procuram uma direção aos seus caminhos, e la somente lá entenderemos que numa mesma casa podem ter muitas moradas, pois no mesmo pasto habitam muitas ovelhas...
Para entendermos melhor o que nos cerca criamos então dimensões, que divagam dentre si mesmas em efeito relativo e ilusório...
Por que te digo isso? Já imaginou de momento simples por que um centímetro é um centímetro? Qual a relação da medida? E da distancia, e o tempo? São valores relativos que criamos é o que dirão no final das contas...Então o que pode ser real nessa ilusão toda? Poderia ser o inverso de nossa percepção, com certeza!
Creio que durante essa busca desde os primórdios, poucos param a pensar do porque disso, afinal encontrar o que? Também creio de que alguns poucos mesmo em sua simplicidade, tenham encontrado um caminho, em algum ponto de iluminação, quem sabe, e seguindo esses passos, que faço meu trajeto até os confins desse mundo e conto a história desse estranho, que nunca foi igual a todos os que nasceram junto dele, quero dizer que não pensava nem agia de modo comum as pessoas que o rodeavam...Acompanhando sua história aqui o chamarei de cenobita.
Como disse, Cenobita nasceu em uma casa modesta de família simples, nada que desse a entender que era diferente, quando bebe...Então um dia como tudo, um dia ele mudou...Estava sentado brincando na grama, quando uma formiga o mordeu e até aí nada de mal, contudo foram aparecendo mais e mais e o morderam cada vez mais, a ponto de quando sua mãe notara sua pele havia enegrecido com as mordidas e inchaço, e foi tal a gravidade que o levaram aos médicos, pois corria perigo de vida.
Daquele dia em diante nunca mais foi o mesmo, andava sozinho brincava que era Engenheiro, mas de gente e realidades...Fantasiava mundos que dizia um dia ter nascidos...Todos com pena achavam que o veneno das formigas afetara a sua mente....Mas quem sabe do ditado: Total paranóia, total lucidez?
Começou a andar mais isolado até que ganhou seu nome: CENOBITA!
Mesmo assim independente do que falavam, ele parecia procurar algo que não poderia ser desse mundo, e com o tempo reconheceu as ciências e a religião, mas elas por si própria não o acalmavam, talvez porque no fundo ele sabia de que eram feitas em meio as ilusões e mentiras de homens e tão somente para homens...
Desolado com o que via se retirou a um lugar isolado e para aprender a viver sozinho de início é sempre difícil...Mas aprendeu a silenciar as emoções e procurar a verdadeira medida real e exata que se encontra dentro de sua própria consciência. Fechou os olhos, respirou adequadamente, aquietou-se.
E em meio ao silencio e a escuridão deixou de sentir seu corpo, transcendeu aos círculos de energia e inverteu de dentro para fora, dos cantos para os lados...Sem limite temporal ou de espaço, agora estava em todos os lugares, e aprendeu tudo sobre tudo, sem nunca ter lido ou ido...
Então desceu de seu recanto de paz e compartilhou o que descobriu, e como tantos não entenderam de onde veio o conhecimento, não valorizaram, e repudiaram, pois a verdade liberta, mas quem quer ser libertado de sua gaiola de ouro? Eles o deram como louco e o trataram como tal...Mesmo que falasse até da matéria escura e o princípio que ela afeta a consciência e o estado da matéria como conhecemos, eles não quiseram ouvir, pois não havia formação das artes ou ciência em seu currículo, aliás pouca formação humana havia, por isso mesmo ele não era contaminado e também não foi aceito.
Sem ter mais para quem voltar ou lhe aceitar ele se despede deixando seu maior tesouro, dentro de seu barraco a porta para o outro lado, a solução final de vida sem morte, e finalmente para quem procuram uma direção aos seus caminhos, e la somente lá entenderemos que numa mesma casa podem ter muitas moradas, pois no mesmo pasto habitam muitas ovelhas...
sábado, 7 de julho de 2018
O DESCAMINHO DE DANIEL MATOSO.
O sol de inverno sempre arde mais forte do que o do verão...E mesmo com o inverno a sobrevivência e lida na Serra continua, e foi numa dessas tardes ardentes a pele que no meio de um campo sob pino do sola que apareceu de novo ao povoado o Daniel Matoso...E o que dizer ou não dizer dele?
O homem não era de boa índole, mas nem sempre foi assim, nem tudo é muito fácil de definir nessa vida de lida e desvindas...
Desde que Daniel nasce o momento foi errado, seus pais eram bebuns e nasceu de um descuido da mãe com parceiros de quais nem lembra, quem foi. E num deses desencontros um mais bebum que outro resolve assumir a criação e a mulher de outro, porque ela bebia mais que ele mesmo poderia em uma ´´unica noitada de bebidas fortes.
O destino cobrou o preço de tanta farra e descuido com a saúde cobramo preço ao casal desafortunado, que morrem um após o outro logo em seguida com seus fígados podres e Daniel ainda criança é deixado aos cuidados de um meio irmão de sua mãe, que também era bebum...Mais miséria e sofrimento!
Com o tempo e talvez com a responsabilidade de uma criança nos ombros seu tio tenta se recompor e arranja um trabalho honesto mas o tempo de bebum também cobrou seu preço em sua saúde, que devido a isso só conseguia trabalho de pouco ganho mal dando para comer, e Daniel também desde cedo trabalhava, levando água em baldes para quem estava no campo cobrando sempre um punhado de arroz seco ou feijão silvestre....E se não fosse mais triste ter que trabalhar por comida por causa de tenra idade, havia aqueles mais fortes , mais velhos que ele que o espancavam muitas vezes e roubavam o pouco que ganhava numa dura tarde de trabalho, onde muitas vezes ele mesmo, passava sede, carregando o liquido precioso o máximo que podia para trocar baldes por comida, então quanto mais cheio, mais grãos ganhava.
Quando falamos de estudos pouco aprendeu pois nem os monges queriam ensinar o filho de uma prostituta bebum, era a lei deles...Fazer o que!
Então para coroar tudo a ponto de ruína, o seu tio conseguiu umas terras pra plantar com muito custo e aparece um dia com uma mulher estranha, da vida, com ares de maldade exalando de seu couro sujo e mal lavado...Ela perguntava a cada instante que podia, onde estava a escrituras das terras e se havia ainda mais ouro escondido, na casa....E dava desculpas que se um dia o tio fosse acidentado ela poderia ajudar sabendo disso tudo....Sei!
Um dia parece que até essa mulher rezou ao capeta, e seus sonhos se realizaram...em um seus trabalhos de carregamento de arroz seco, uma das carroças se despencou do estaleiro acima dele e caiu sobre ele toda a carga, o matando após uma noite agonizante de dor e sofrimento...Mais uma vez o mundo de Daniel se desmoronava diante de seus olhos...Agora já órfão de toda a família de sangue que conhecia, Daniel estava nas mãos de sua madrasta, que vendeu o poucos das terras que havia conseguido com a herança do tio morto, e não abandonara Daniel, porque simplesmente achava, que o tio havia deixado algum ouro guardado em algum canto da casa e pretendia um dia acha-lo, isso Daniel compreendeu rápido, que sua sobrevivência dependia de sua primeira mentira, e foi isso que fez reforçou a cobiça daquela terrível mulher, dizendo que um dia havia visto o tio carregando um grande alforje, cheio de ouro, para dentro de casa, mas não viu aonde ele guardara...Pelo menos assim teria casa e um pouco de comida por enquanto.
Mas só mentira não bastaria ele teria de trazer algo precioso que reforçasse sua verdade e aliviasse um pouco a fome que rasgava seu estômago, nesses dias de falta...E deu-se seu primeiro furto.
Daniel foi a feira mendigar, mas nada consegue e vendo um monge rico e desatento com suas relíquias de ouro, pensou que o Divino, não se importaria se pegasse alguma e levasse para a madrasta dizendo que encontrar no terreno da casa...Claro que teria de amassar um pouco o amuleto sagrado, passar-lhe lama e dar a impressão de ser velho, para que tudo dê certo...
Agora não sei se a madrasta sabia de toda a treta infantil que Daniel inventou e se fez de tola continuando o conto do alforje de ouro do tio morto de Daniel, ou se em sua burrice e cobiça realmente entrou em seus ouvidos e cegou seus olhos e tino pela peça de ouro que deu comida e bons goles de bebida forte em uma taverna local...Até trouxe Daniel para comer e comemorar junto e naquele dia foi seu primeiro copo alcoólico, que efervesceu se sangue e num destrato com a madrasta, de um homem a chamou de rameira, Daniel abriu sua barriga com a primeira faca que encontrou na mesa...E esse foi seu primeiro homicídio.
Dali para frente Só coisa ruim ouvia de se falar desse rapaz e por tempos foi salteador, assassino pago, ladrão e contrabandista...Um dia como tudo nessa vida não dura para sempre, foi denunciado as forças legais da região e foi preso por anos...Dizem que foi a própria madrasta que, um dia ele cansou de alimentar e dar dinheiro, o vendeu por um punhado de moedas de prata, como um último bônus, do tanto que tomou desse rapaz e seu tio.
Na prisão os anos fizeram de Daniel, um homem forte frio e perigoso, afinal que saí inteiro de uma prisão? Quando são presos algo morre com eles, e com Daniel, foi sua alma!
Daniel ficou apenas um dia no povoado, quando soube...Ele foi no túmulo de seus pais e deixou em cada lápide uma garrafa de bebida forte....E para seu tio comprou uma refeição e colocou aos pés de sua cova rasa, pois nem a lápide a madrasta mandou fazer para o homem descansar em paz naquela época...E falando nessa mulher, que agora estava mais velha e mesmo assim menos ajuizada, naquele dia ela sumira e possivelmente de medo de encontrar o homem feito, e que ele lembrasse do mal que lhe fizera...
Dois dias de pois encontraram a madrasta, enterrada debaixo do porão da casa velha de Daniel, com o estômago aberto e cheio de moedas de prata, e um bilhete com letras mal escritas que dizia:
- Enterrem-na em cova rasa em cima de um morro e não no cemitério, pois ela não merece descanso...Se isso não for feito e souber virei e matarei todos quantos puderem, pensem sobre isso!
Uns disseram que as moedas eram da mesma quantia quando ela o entregou ás forças legais, outros que nada haveria com isso, mas o que importou, era de que o povoado obedeceu aos pedidos de Daniel Matoso, primeiro porque tinham medo dele cumprir com sua palavra, de outra no fundo achavam que esse rapaz deveria ter pelo menos uma compensação nessa vida, depois de tanto o que sofreu, era a melhor coisa a se fazer, ficar longe da ira de um homem desses, ou você faria melhor que isso?
O homem não era de boa índole, mas nem sempre foi assim, nem tudo é muito fácil de definir nessa vida de lida e desvindas...
Desde que Daniel nasce o momento foi errado, seus pais eram bebuns e nasceu de um descuido da mãe com parceiros de quais nem lembra, quem foi. E num deses desencontros um mais bebum que outro resolve assumir a criação e a mulher de outro, porque ela bebia mais que ele mesmo poderia em uma ´´unica noitada de bebidas fortes.
O destino cobrou o preço de tanta farra e descuido com a saúde cobramo preço ao casal desafortunado, que morrem um após o outro logo em seguida com seus fígados podres e Daniel ainda criança é deixado aos cuidados de um meio irmão de sua mãe, que também era bebum...Mais miséria e sofrimento!
Com o tempo e talvez com a responsabilidade de uma criança nos ombros seu tio tenta se recompor e arranja um trabalho honesto mas o tempo de bebum também cobrou seu preço em sua saúde, que devido a isso só conseguia trabalho de pouco ganho mal dando para comer, e Daniel também desde cedo trabalhava, levando água em baldes para quem estava no campo cobrando sempre um punhado de arroz seco ou feijão silvestre....E se não fosse mais triste ter que trabalhar por comida por causa de tenra idade, havia aqueles mais fortes , mais velhos que ele que o espancavam muitas vezes e roubavam o pouco que ganhava numa dura tarde de trabalho, onde muitas vezes ele mesmo, passava sede, carregando o liquido precioso o máximo que podia para trocar baldes por comida, então quanto mais cheio, mais grãos ganhava.
Quando falamos de estudos pouco aprendeu pois nem os monges queriam ensinar o filho de uma prostituta bebum, era a lei deles...Fazer o que!
Então para coroar tudo a ponto de ruína, o seu tio conseguiu umas terras pra plantar com muito custo e aparece um dia com uma mulher estranha, da vida, com ares de maldade exalando de seu couro sujo e mal lavado...Ela perguntava a cada instante que podia, onde estava a escrituras das terras e se havia ainda mais ouro escondido, na casa....E dava desculpas que se um dia o tio fosse acidentado ela poderia ajudar sabendo disso tudo....Sei!
Um dia parece que até essa mulher rezou ao capeta, e seus sonhos se realizaram...em um seus trabalhos de carregamento de arroz seco, uma das carroças se despencou do estaleiro acima dele e caiu sobre ele toda a carga, o matando após uma noite agonizante de dor e sofrimento...Mais uma vez o mundo de Daniel se desmoronava diante de seus olhos...Agora já órfão de toda a família de sangue que conhecia, Daniel estava nas mãos de sua madrasta, que vendeu o poucos das terras que havia conseguido com a herança do tio morto, e não abandonara Daniel, porque simplesmente achava, que o tio havia deixado algum ouro guardado em algum canto da casa e pretendia um dia acha-lo, isso Daniel compreendeu rápido, que sua sobrevivência dependia de sua primeira mentira, e foi isso que fez reforçou a cobiça daquela terrível mulher, dizendo que um dia havia visto o tio carregando um grande alforje, cheio de ouro, para dentro de casa, mas não viu aonde ele guardara...Pelo menos assim teria casa e um pouco de comida por enquanto.
Mas só mentira não bastaria ele teria de trazer algo precioso que reforçasse sua verdade e aliviasse um pouco a fome que rasgava seu estômago, nesses dias de falta...E deu-se seu primeiro furto.
Daniel foi a feira mendigar, mas nada consegue e vendo um monge rico e desatento com suas relíquias de ouro, pensou que o Divino, não se importaria se pegasse alguma e levasse para a madrasta dizendo que encontrar no terreno da casa...Claro que teria de amassar um pouco o amuleto sagrado, passar-lhe lama e dar a impressão de ser velho, para que tudo dê certo...
Agora não sei se a madrasta sabia de toda a treta infantil que Daniel inventou e se fez de tola continuando o conto do alforje de ouro do tio morto de Daniel, ou se em sua burrice e cobiça realmente entrou em seus ouvidos e cegou seus olhos e tino pela peça de ouro que deu comida e bons goles de bebida forte em uma taverna local...Até trouxe Daniel para comer e comemorar junto e naquele dia foi seu primeiro copo alcoólico, que efervesceu se sangue e num destrato com a madrasta, de um homem a chamou de rameira, Daniel abriu sua barriga com a primeira faca que encontrou na mesa...E esse foi seu primeiro homicídio.
Dali para frente Só coisa ruim ouvia de se falar desse rapaz e por tempos foi salteador, assassino pago, ladrão e contrabandista...Um dia como tudo nessa vida não dura para sempre, foi denunciado as forças legais da região e foi preso por anos...Dizem que foi a própria madrasta que, um dia ele cansou de alimentar e dar dinheiro, o vendeu por um punhado de moedas de prata, como um último bônus, do tanto que tomou desse rapaz e seu tio.
Na prisão os anos fizeram de Daniel, um homem forte frio e perigoso, afinal que saí inteiro de uma prisão? Quando são presos algo morre com eles, e com Daniel, foi sua alma!
Daniel ficou apenas um dia no povoado, quando soube...Ele foi no túmulo de seus pais e deixou em cada lápide uma garrafa de bebida forte....E para seu tio comprou uma refeição e colocou aos pés de sua cova rasa, pois nem a lápide a madrasta mandou fazer para o homem descansar em paz naquela época...E falando nessa mulher, que agora estava mais velha e mesmo assim menos ajuizada, naquele dia ela sumira e possivelmente de medo de encontrar o homem feito, e que ele lembrasse do mal que lhe fizera...
Dois dias de pois encontraram a madrasta, enterrada debaixo do porão da casa velha de Daniel, com o estômago aberto e cheio de moedas de prata, e um bilhete com letras mal escritas que dizia:
- Enterrem-na em cova rasa em cima de um morro e não no cemitério, pois ela não merece descanso...Se isso não for feito e souber virei e matarei todos quantos puderem, pensem sobre isso!
Uns disseram que as moedas eram da mesma quantia quando ela o entregou ás forças legais, outros que nada haveria com isso, mas o que importou, era de que o povoado obedeceu aos pedidos de Daniel Matoso, primeiro porque tinham medo dele cumprir com sua palavra, de outra no fundo achavam que esse rapaz deveria ter pelo menos uma compensação nessa vida, depois de tanto o que sofreu, era a melhor coisa a se fazer, ficar longe da ira de um homem desses, ou você faria melhor que isso?
quarta-feira, 4 de julho de 2018
CAÇANDO O CORPO SECO...
A muito tempo Erik me perguntou onde estaria o corpo seco, em Tierra Madre? Talvez...Pois aqui conto o conto de como seria se Erik fosse procurar o Corpo seco.
Erik ouvira falar de que a lenda do corpo seco era real, que muitos aldeões que viviam no sítio do quilometro quatorze e quilometro dezenove jáo viram perambulando pelas estrada velha que dava em Tierra Madre...Contudo para poder ver deparar-se com ele tinha de ser de uma maneira bem especial, nunca foi tão simples contactar com o outro mundo, mas também ajuda muito no acreditar, ter a fé de que vai conseguir atingi-lo.
A caminhada era dura, mas Erik estava disposto a tudo, algo o chamava para essa busca, algo maior que ele próprio...Tinha de ser na quaresma, a semana sagrada, tinha de se alimentar de carne sangrenta, contrariando das leis santas, tinha de dar caminhada nas sete covas do cemitério do quatorze, e de lá ir para a igreja depois da meia noite e dar volta contra as horas, ao redor da igreja rezando o pai nosso ao contrario, pecando pela terceira vez contra o sagrado...Caminhando ao redor e ao contrário do relógio, da igrejinha do quatorze até ouvir a voz que se confundia com o vento dizer:
- O QUE QUER DE MIM?- nessa hora não se vire e nem olhe para trás ou a coisa que tá lá te leva até uma cova e lhe enterra vivo! O que tem de responder com firmeza é: Me leve ao CORPO SECO!
Nesse momento, ele te manda seguir em frente na estrada velha e te acompanha pelas suas costas e a regra de não olhar vale até o fim da jornada...Caminhará um bom tempo á noite em meio ao breu, até que a coisa que chamou te mande parar e esperar, aí até ele se manda pois para ver o CORPO SECO, TEM DE PELEAR COM ELE, por sua vida e sua alma, afinal você pecou do mesmo tanto que ele para conhece-lo...
Apenas o aço benzido, o ferro cozido, ou o arreio feito de couro em cruz podem toca-lo, então esteja preparado...A luta pode durar um bom tempo se for bom de peleia e o CORPO SECO se cansará logo, e voltara para a escuridão ainda mais amargurado e raivoso, pois perdeu a chance de descansar em paz, porque se perder você morre e toma o lugar de sua penitencia...E para que ele te deixe em paz, não leve mais nada de lá, e volte rápido até a igrejinha do quatorze agradeça a coisa e deixe na porta do cemitério uma garrafa de vinho como pagamento...Assim estará livre de alguma perseguição dos dois em sua vida...Agora pensa tudo isso só pra ver se o mal realmente existe? Arriscar a vida e a alma, para ter essa certeza...Quem pagaria esse preço, que estaria preparado para tal?
Erik conforme ouvira falar, dos antigos, seguiu como ensinaram, mesmo que relutantes após tanto ele insistir....E a ultima vez que o ouviram, antes de desaparecer e uns amigos e familiares o foram a procurar, seu paradeiro, disseram que seguia sozinho pela estrada velha, como que guiado por alguém ou algo, e então foi engolido pela escuridão da noite, e nunca mais voltou...Não como homem, pelo menos, que soube.
DOS PERIGOS DA NOITE SÓ OS ANJOS DE DEUS PRA TE AJUDAR!
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