Quando se é diferente somos isolados, dos demais pelo moto atípico de ser...E quando isolados damos o melhor de nós, somente pra ficar longe de um silêncio que nos ensurdece nos machuca...
Assim foi com o desafortunado casal...No início, o esposo achava que isso seria bom para sua amada, pois poderia quem sabe ajudar a cicatrizar as feridas recentes...então se estabeleceram em um canto da Serra, donde um dia saíram para o mundo, e a esposa com intenções de entrar em contato com o filho trouxe muito dos conhecimentos da magia ancestral da noite, e se enveredou a estuda-las como ninguém, pelo menos ela acreditava em algo, mesmo que de inicio esse ALGO não acreditasse nela.
E aos poucos com afinco ela passou a ser senhora dos sortilégios, decorava rezas o dia todo, realizava simpatias dezaração...E o marido novamente voltou a sua função primordial de suprir o pouca da família, que lhe restava, afinal era sua obrigação e era tudo o que ele podia fazer para facilitar os estudos e melhoria da alma de sua amada esposa...Por amor a alguém fazemos o impossível e muitas vezes até o errado.
Aos poucos a magia foi se tornando avançada e na magia, bem e mal estão ligados e separados ao mesmo tempo por um fio muito fino,qualquer deslize um passa para o lado do outro e vice versa...Contudo o mal busca sus atalhos, desrespeitando a ordem sagrada das coisas e a mulher se tornara impaciente com o que aprendia pois ela queria agora ver e falar com seu filho o mais rápido possível, e nos tempos antigos, isso demoraria no mínimo uma vida inteira para aprender a fazer acontecer só uma vez na vida -HIEROFANTE!
Como de se esperar ela então começou a ir por atalhos, caminhos mais fáceis, contudo muito mais perigosos, pois não tinham norteação de se entremeio...E para ser mais rápido começou a fazer sacrifícios de sangue, e aquilo deixou o marido preocupado até com a sanidade de sua esposa...Loucura e genialidade são difíceis de discernir...E em segredo ele sempre rezava aos senhores da Divina Luz, que cuidasse daquela que mais amava.
A mulher agora correndo para os braços das trevas, por mais que tentasse não conseguia seu intento, e então começou a suspeitar de seu marido...Teria ele feito algo para que ela não pudesse ver seu filho a tempos morto...? Lentamente um ódio e repúdio começou a se instaurar dentro do coração da mulher contra aquele que sempre lhe foi fiel...O mal era egoísta e não quer dividir suas aquisições com ninguém, nem mesmo que esse alguém simplesmente a amasse, sem sequer pedir retorno, não mesmo!
Um dia ela pediu a ajuda de seu marido para um ritual á noite e esmo cansado da roça pelo amor dela ele a acompanhou, e dentre isso teria de tomar uma bebida de ervas e ele a tomou...Repentinamente ele fica tonto, e assustado pergunta o que ela tinha feito:
- Você tramou contra mim e agora eu uso você porque deixou de me amar...Agora pra trazer meu filho eu preciso de um grande sacrifício de sangue, e pelo menos isso você me deve evou faze-lo, com você!- respondeu a mulher já com seu coração destruído pelas trevas.
- Você enlouqueceu, mulher? Mesmo que consiga, acha realmente que viria mesmo o nosso filho tão inocente, através do sangue, e não do nosso amor? -O marido tentava lhe colocar ainda um pouco de juízo dentro da razão com a qual acreditava, pois não podemos falar a verdade longe da realidade de cada um.
Caído, pela drogas e a mulher entorpecida pelo mal, dali nada sairia de bom...O ritual que ela praticava agora era supremo e e tenebroso! Depois de amarrada ele sofre vários cortes nos pontos mágicos do corpo e lhe é retirado um pouco de sangue de cada ponto cortado...Suas partes genitais são esmagadas sobre uma tora e em meio a tanta dor, ela lhe cortou a garganta enquanto balbuciava mantras e rezas negras a muito esquecidas...Todo o líquido possível então é drenado e colocado junto com a gordura fresca do morto em um tacho, e posta a fervura.
Seus ossos são separados de sua carne e quebrados, retirando o tutano e mesclando na sopa infernal, mediante juras ao escuro em troca do amor de um filho que se foi...Para ela era tudo permitido afinal, isso seria o amor de uma mãe, muito maior que qualquer coisa, do que é certo, da própria vida, da própria morte! Agora o pacto seria selado se ela em menos de uma noite sorvesse todo o tacho e assim o fez...Agora estava em uma situação sem volta, tal qual aquele caçador que se embrenha na mata e chega a metade do caminho, se não voltar, só terá de atravessa-lo pois sem provisões morreria se tentasse voltar do ponto que a muito se passou...Esse foi o seu contrato!
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