Sem risos ou alegrias, agora com face dócil se faz de inocente, quem dera!
Seu olhar não esconde toda a sua maldade, que se mostra pelo sorriso descarado e ás vezes sutil sem motivo, como sarcástica que é!
E para aqueles que um dia se fez de dor e sofrimento, vem com sua língua de babosa, assoprar e lamber o ferimento, que ela mesma ocasionou, se dizendo agora santa de de todo o mal isenta!
Para a queles que choraram as perdas que infligiu, suas lágrimas falsas também rolam junto com um desmanzelado arrependimento, só de boca á fora, e nada pra dentro, pois nem a alma tens mais...
E o inocente, o cristão, o mais puro acredita pois perdoar é da índole do santo, o que esse ofídio nunca foi, pois finge e não sente!
E aparece de tempos em tempos, esperando que a cada intervalo de tempo toda aquela dor soberba e maldade seja esquecida, e de maldita, seja agora benzida, com louros da penitência que só falou mas nunca o fez, senão em más intenções, como todo o ser maldito que dela se é gerado...
Falar das dores é difícil para quem não as vive, dos tremores das humilhações do passado, que encarceram as almas de quem as vive...Sem sair de dentro de si, que é a maior de todas as prisões!
Cabe a quem impedir? Cabe a quem tomar dessa dor e dela fazer justiça? Cabe a quem nos vingar? Cabe a quem o santo direito de retaliação, depois de tanto ferimento?
E novamente vejo ela se enrolando em mais uma vítima, assim como o fui, apertando de início gentilmente , cada vez mais, até que seus ossos estalem e de toda a vida se esvaia, para simplesmente sorver todo o recipiente, deixando a penas a casca e ossos, nada mais!
Agora que se retira todos que um dia souberam, voltam a reclamar que ela se foi levando algo de cada um nos deixando mais desnudos do que antes, maldita! Toda e sempre, maldita!
É nesse momento que eu mesmo me despeço, e me resguardo ao silêncio, pois também como todos os que desejavam falar, me acovardo, afinal, sou humano e poderia não menos que isso fazer...Os heróis vivem nas fábulas nesse nosso novo mundo...
Espero que um dia entendam essas frágeis entrelinhas e a encontrem, e aquele que tiver coragem que a destrua, para que o mal não continue a triunfar, pois do herói que queria lhes servir, que um dia ja foi, não consegui mais alcançar!
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