Certa vez Mooshradoom caminhava pela estrada dos caminhos da antiga tradição quando encontrou uma pequena multidão acompanhando um fúnebre até sua última morada e curioso quis saber quem sera o póstumo, pois angariou muitos em seu seguido em vida.
Acompanhou o enterro e em meio veio ás conversas e muito versado o velho monge fez rapidamente amizade com os que se encontravam e podendo melhor se achegar fez a esperada pergunta: Afinal quem fora o pobre homem?
-Pobre nem tanto, mas um batalhador desde moço!- falou uma senhora, que com as mãos, sobre caixão frio alisava carinhosamente, tal qual agrada uma criança, para ninar um sono eternal, mas continuando seu caminhar para a morada sepulcral.
- O seu pai pouco tinha quando lhe trouxe a este mundo e muito menos conhecimento sabia. Desde cedo ensinou-lhe as honras dos ancestrais, bem como a honestidade dos pais de seus pais...O tempo difícil os levou ao trabalho nas cidades uma vez que no campo a fome os assombrava, sem pertences ou terras, trabalhavam como agregados no campo, assim só puderam comer, quando alguém tinha de sobras para dar, mas naqueles tempos sombrios nada mais deu senão o pouco que alimentava somente o dono do campo.
Sem terem para onde ir vieram por graças do Amado Divino, a morarem em um porão debaixo de uma escola, onde o menino se versou apenas de ouvido...Não tardou então o tempo de sua partida para o mundo, como o fazem tantos retirantes e prometendo um dia voltar buscar os pais quando achasse uma terra boa para se morar e plantar...Contudo nas veredas do mundo quem sabe o que deus escreve é somente o anjo do destino, e nós como meros figurantes somo como folhas secas que caem no rio e flutuamos sem rumo ou existência até ficarmos detidos em alguma curva do rio, se muitas vezes chegarmos ao final desse, e assim foi com esse menino. Em algum canto parou de procurar sua terra prometida e com os conhecimentos que havia conseguido por si mesmo, foi trabalhar com um construtor de castelos e vilas, pois ele sabia ler e ver os sinais da antiga tradição, o que muitos mesmo que leram, jamais entenderam, pois não viveram em seus limites, onde o sonhar era mais que desejo que um gosto temporário, era sim o motivo que os fazia teimosamente continuarem a viver.
Anos se passaram e pela sua esperteza e determinação com o tempo tomou o lugar de seu mestre e continuou o seu legado,e nesse meio tempo seu coração se apaixonou por uma do vilarejo em que agora trabalhava, e tudo ia bem até que dentro do vilarejo apareceu um infiltrado e vendo aquele coração tão purificado pelo amor sua dor foi tamanha que resolveu destroçar, por simples prazer aquele amor tão lindo...Durante muito tempo segui e fez amizade com o casal, e como todo o infiltrado, se tornou o que chamamos de inimigo invisível, que sempre esta a sua frente e nunca conseguiria ver, e então quando você começar a lhe entregar seus segredos mais íntimos só então ele ataca, sem dó ou piedade, pois nem isso tem em seu coração negro.
Pois então chegou o tempo em que lhe vieram notícias de seus pais que se encontravam doentes por uma pestilencia local...Sem pensar ele saiu a socorre-los deixando com esse amigo uma carta a sua amada que voltaria em seguida, assim que possível para desposa-la. Esse infiltrado leu da maneira dele, pois amoça não sabia a leitura da antiga tradição: ele a abandonou por outra mulher mais linda e rica, disse o infiltrado- assim, fez de você um brinquedo provisório e se foi, terminando seu ato de maldade, saiu de cena e esperou ver seus resultados, diante da moça totalmente paralisada de olhares trincados, tal qual seu coração, e que bem do lado desse outro dentre de seu ventre batia junto, sim um filho que ela esperava e agora, nem mesmo ela queria lhe contar....A moça então se mandou pelo mundo deixando no vilarejo todos os seus pertences, levando somente a roupa de seu corpo, escafedeu-se.
Mesmo assim o infiltrado não se contentando com tamanha dor ainda queria aprontar muito mais. Friamente esperou que o rapaz chegasse e lhe contou o inverso:
- Sua mulher fugiu com outro, pois não queria lhe encarar, por estar levando no ventre um filho que não era mais seu...!
A dupla ruína se fez em êxtase para aquele infiltrado, que também se escafedeu para outro vilarejo em busca de mais corações para despedaçar como um ente maléfico que era.
Os anos se passaram, e seus pais morando com ele em sua casa, careciam de alguém para lhes acompanhar, enquanto o rapaz fosse de vila em vila atrás de seus afazeres, sendo que então contratou uma cuidadora, que ficava em sua falta cuidando dos idosos, com carinho e dedicação, e assim o tempo seguiu.
A final quem é dono de seu destino? Eis que devido a solidão e também a motivação de seguir com sua vida o rapaz se entendeu com a cuidadora e se casaram, tendo lindos filhos, sim , e o tempo continuou a seguir.
Um certo dia, a pouco tempo atrás, apareceu um cavaleiro, para ter com o homem que agora se encontrava de família criada, e tinha dentro de uma sacola algo terrível, era a cabeça daquele infiltrado! Ele contava que em seu último expurgo, o infiltrado contou-lhe toda a trama que realizara dando os nomes deles e do ocorrido, por juramento de sempre desmantelar o mal na terra o cavaleiro encontrou esse homem e lhe contou tudo!
Naquele momento a dor retornou a seu corpo e como era uma homem honrado, explicou a sua família o ocorrido e de seu passado esquecido, tomou montaria e saiu com o cavaleiro em uma empreitada de consertar o erro malfeitos para os dois jovens que foram em tempos idos...Com a graça do Altíssimo, para se deliciar ainda mais com a dor daquela mulher sofredora, aquele infiltrado, a seguiu e acompanhou parte dos anos de seu sofrimento,..E antes da noite cair estavam nas proximidades que em um dos últimos suspiros a malévola criatura indicou. Ali agora mais idoso, o homem, o bom pedreiro, procurou por dias aos arredores e então em uma das estradas da antiga tradição como essa viu uma carroça sendo guiada pela filha única e sua mãe também idosa...
Quem poderá julgar as facetas de um grande amor, mesmo que do passado? Quando seus olhares se entreolharam, passado e presente tornaram-se um só. As lágrimas rolaram, como água benta que limpa os pecados de homens e mulheres...Finalmente tudo esclarecido estavam juntos, mais uma vez.
Pelo tempo compreendeu, que o filho era na verdade filha, e que sua amada ninguém mais teve ao seu lado a não ser ela pois ainda assim toda quebrantada, seu único amor foi ele e ninguém mais, seu homem amado> Passaram-se mais uns dias de encontro feliz e a casa guardada por esse cavaleiro que sempre o acompanhou nessa empreitada, e no alvorecer do dia a mulher, mãe fiel, esposa solitária amanheceu morta, com um sorriso de felicidade e paz de espirito que nenhum ouro poderia comprar em nenhum momento sequer.
Com dores de uma cicatriz profunda novamente aberta, o homem se despede de sua amada agora, pela ultima vez, fazendo um lindo santuário, que marcará ali o verdadeiro amor, que resiste as dores, as provações, ao próprio tempo, e quem sabe até a morte.
O bom pedreiro retornou á sua casa com sua filha a muito perdida, e apresentou á sua família, que aceitaram-na com os seus corações abertos...Ele fez uma longa viagem com todos e no retorno ele também morreu, com o mesmo sorriso e paz de espirito no rosto....E o cavaleiro? Partiu no mesmo dia em que saíram a viajar, de rumo ignorado, sem pedir recompensa ou honras pelo ato, um anjo de Deus quem sabe...?
Moohsaradoom escuta atentamente a linda história, e curioso pergunta aquela senhora, como sabia tanto daquela história?
- Meu querido monge, a resposta é bem simples, pois era eu a filha perdida, que apos muito fui encontrada!
Assim ele se despede de todos após as honras fúnebres, lembrando que os sinais eram bem claros em seu caminho, um dia ele ia ter de novo com o cavaleiro e quem sabe poderia finalmente como ao bom pedreiro, ter também sua santa espiação?
Ao final da tarde a família ergue seus copos em um brinde de adeus e agradecimento como todos da antiga tradição o fazem:
- Ao cavaleiro e ao bom pedreiro! - Em coro todos repetem:
- AO CAVALEIRO!
E AO BOM PEDREIRO, YAJA CON DIOS!
quarta-feira, 29 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
TEMPO CHUVOSO
Ha tempos em que nada parece ajudar nem mesmo a própria sorte, chamo esses tempos de chuvosos, pois eu me lembro de uma trilha que ha muito percorri em meio ao terror de uma chuva forte, ao trovejar e clarões dos relâmpagos, onde tudo era cinza e negro, dentro da mata uma única passagem que era domínio do inimigo...Clima hostil terreno hostil, tudo contra. Então, como sair dessa senão pela sorte e oportunidade?
Caminhávamos em fila com o pântano traiçoeiro sob nossos joelhos, o deslocamento era difícil e também reduzia drasticamente qualquer tipo de reação...A chuva começou forte e depois de um tempo piorou, por horas. Foram as horas das mais mortais que passamos, por aquele pântano. Andávamos como se fosse em terreno escuro, tateando o fundo do lodo com os pés, deslizando para não cairmos em algum canto fundo daquele fim de mundo, nossas roupas pesadas pela chuva, além do equipamento, apesar da chuva nos fazia suar muito...Em pouco tempo o choque térmico poderia nos trazer fraqueza, doença exaustão...Mas tínhamos de prosseguir, estávamos muito além da metade do caminho, portanto não haveria forças para voltar.
Logo escureceu e a bendita chuva ainda abatia-se sobre nós, ainda forte e já sentíamos seu açoite nas costas no roste e pernas.Paramos sem abrigo e a noite caiu fria, gélida e vinha tentar encarangar os ossos e músculos dos homens já fatigados no caminho que não parecia ter mais um fim.Sem condições de uma fogueira nos recostamos em um amontoado de carne e trapos, a fim de preservar o pouco calor que restava de nossos corpos.Durante a noite os tremores eram com que uma corrente elétrica que, quando percorria em um homem ressoava, em outros como calafrios...Todos mesmo assim conscientes de suas tarefas e obrigações, sempre armados, esperando o inimigo que teimava em continuar escondido, sem jamais dar fim a nossa missão. Nesse jogo de sombras vence quem tiver maior determinação, medo e disciplina.
Mesmo que tenhamos treinado e nos preparado para situações como essa é somente passando-a que realmente veremos se nossas expectativas atendem á situação ocorrida. Mesmo os homens que se destacaram dentro dos treinamentos em áreas controladas, fazem surpresa diante do inesperado e nem sempre respondem como se espera, enquanto que aqueles mais tímidos dentro das operações ensaiadas quando fazem da ação real sua situação de risco mortal, saem-se muito melhor que muitos poderiam também esperar...Portanto cada caso sera um caso à parte, e por ser único em seu momento deve ser analisado com os meios de fortuna do momento por um bom líder compensando ou descompensando, pelo valor imediato de seus homens dentro do campo de batalha...Mas me desculpo por ser tão tedioso nesse momento pois em ação me apego aos detalhes e no final a vitória está neles e em nada mais...!
Pois seguimos em mesma velocidade de marcha, intercalando nossos homens de frente aos que chamamos pontas de lança, a eles o serviço mais arriscado de incursão e reconhecimento. A maioria que deve ir á frente são os homens solteiros e sem famílias a fim de preservar os outros para que possam criar seus filhos se possível, para que um dia também a mãe pátria se usufrua de suas mentes corpos e almas, gerando um novo ciclo de ordem e controle, como o deve ser, pelo menos ,penso que seja assim, pois somos tolos em achar que existe uma total liberdade, pois não há...Ninguém está totalmente liberto ou totalmente escravizado, estamos sim todos completamente comprometidos, com algo, alguma coisa.
Assim o que poderia uma bendita patrulha toda encharcada, dentro do pântano até aos joelhos, surrada pela chuva, cansaço, fazer para beneficiar a continuidade dessa ordem, desse ciclo contínuo que mantém sua casa, seu lar e suas famílias, as mulheres, as crianças, os pais , as mães, todos, seguros e salvos? Disso de nada sei mas temos de acreditar que o que fazemos em tempos chuvosos sem visão de começo ou fim desse tormento tem uma razão própria, e muitas vezes sem o haver mesmo assim temos de acreditar.
Perseguindo inimigos fantasmas, ou fantasmas dos remorsos e maldades de nossos comandantes, perseguimos-los pois essas eram nossas ordens em benefício dessa ordem, desse ciclo...Então quando as forças nos faltam, são as ações de grupo único que nos fazem prosseguir, portanto nessa verdadeira razão de ser o primeiro, que deveria ser vencedor, está fadado ao morticínio pois estará sempre só, assim juntos e somente juntos podermos passar por tempos chuvosos somente assim sobreviveremos.
Portanto, quando os tempos chuvosos chegarem ao lado de vocês, acolham-se aos seus, as pessoas que conquistaram, com carinho e amizade ao longo de sua existência e quem sabem juntos também poderão transpor o tempo chuvoso e seus trovões, com seus raios e clarões, pois mesmo a chuva mais forte, um dia ela tem de parar.
Caminhávamos em fila com o pântano traiçoeiro sob nossos joelhos, o deslocamento era difícil e também reduzia drasticamente qualquer tipo de reação...A chuva começou forte e depois de um tempo piorou, por horas. Foram as horas das mais mortais que passamos, por aquele pântano. Andávamos como se fosse em terreno escuro, tateando o fundo do lodo com os pés, deslizando para não cairmos em algum canto fundo daquele fim de mundo, nossas roupas pesadas pela chuva, além do equipamento, apesar da chuva nos fazia suar muito...Em pouco tempo o choque térmico poderia nos trazer fraqueza, doença exaustão...Mas tínhamos de prosseguir, estávamos muito além da metade do caminho, portanto não haveria forças para voltar.
Logo escureceu e a bendita chuva ainda abatia-se sobre nós, ainda forte e já sentíamos seu açoite nas costas no roste e pernas.Paramos sem abrigo e a noite caiu fria, gélida e vinha tentar encarangar os ossos e músculos dos homens já fatigados no caminho que não parecia ter mais um fim.Sem condições de uma fogueira nos recostamos em um amontoado de carne e trapos, a fim de preservar o pouco calor que restava de nossos corpos.Durante a noite os tremores eram com que uma corrente elétrica que, quando percorria em um homem ressoava, em outros como calafrios...Todos mesmo assim conscientes de suas tarefas e obrigações, sempre armados, esperando o inimigo que teimava em continuar escondido, sem jamais dar fim a nossa missão. Nesse jogo de sombras vence quem tiver maior determinação, medo e disciplina.
Mesmo que tenhamos treinado e nos preparado para situações como essa é somente passando-a que realmente veremos se nossas expectativas atendem á situação ocorrida. Mesmo os homens que se destacaram dentro dos treinamentos em áreas controladas, fazem surpresa diante do inesperado e nem sempre respondem como se espera, enquanto que aqueles mais tímidos dentro das operações ensaiadas quando fazem da ação real sua situação de risco mortal, saem-se muito melhor que muitos poderiam também esperar...Portanto cada caso sera um caso à parte, e por ser único em seu momento deve ser analisado com os meios de fortuna do momento por um bom líder compensando ou descompensando, pelo valor imediato de seus homens dentro do campo de batalha...Mas me desculpo por ser tão tedioso nesse momento pois em ação me apego aos detalhes e no final a vitória está neles e em nada mais...!
Pois seguimos em mesma velocidade de marcha, intercalando nossos homens de frente aos que chamamos pontas de lança, a eles o serviço mais arriscado de incursão e reconhecimento. A maioria que deve ir á frente são os homens solteiros e sem famílias a fim de preservar os outros para que possam criar seus filhos se possível, para que um dia também a mãe pátria se usufrua de suas mentes corpos e almas, gerando um novo ciclo de ordem e controle, como o deve ser, pelo menos ,penso que seja assim, pois somos tolos em achar que existe uma total liberdade, pois não há...Ninguém está totalmente liberto ou totalmente escravizado, estamos sim todos completamente comprometidos, com algo, alguma coisa.
Assim o que poderia uma bendita patrulha toda encharcada, dentro do pântano até aos joelhos, surrada pela chuva, cansaço, fazer para beneficiar a continuidade dessa ordem, desse ciclo contínuo que mantém sua casa, seu lar e suas famílias, as mulheres, as crianças, os pais , as mães, todos, seguros e salvos? Disso de nada sei mas temos de acreditar que o que fazemos em tempos chuvosos sem visão de começo ou fim desse tormento tem uma razão própria, e muitas vezes sem o haver mesmo assim temos de acreditar.
Perseguindo inimigos fantasmas, ou fantasmas dos remorsos e maldades de nossos comandantes, perseguimos-los pois essas eram nossas ordens em benefício dessa ordem, desse ciclo...Então quando as forças nos faltam, são as ações de grupo único que nos fazem prosseguir, portanto nessa verdadeira razão de ser o primeiro, que deveria ser vencedor, está fadado ao morticínio pois estará sempre só, assim juntos e somente juntos podermos passar por tempos chuvosos somente assim sobreviveremos.
Portanto, quando os tempos chuvosos chegarem ao lado de vocês, acolham-se aos seus, as pessoas que conquistaram, com carinho e amizade ao longo de sua existência e quem sabem juntos também poderão transpor o tempo chuvoso e seus trovões, com seus raios e clarões, pois mesmo a chuva mais forte, um dia ela tem de parar.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
O VELHO BOB..
Dentre os muitos caminho e trilhas que percorri nesse mundo do Divino, encontrei muitos pouco amigos e inimigos, dos quais sempre tive pela vontade divina a chance de sobreviver...Mas de tantos, emmeio a dança de vida e morte nada mais se dá com tanta paixão e curiosidade, que a história do velho Bob.
A muito tempo, fiquei de cuidar e mapear umas antigas terras, que passariam a trilhas na serra onde percorreriam estudioso, e familiares...Com um grupo específico de desbravadores, procurávamos uma maneira mais simples de atravessar o local um tanto vasto, e ao mesmo tempo ter uma boa visão do local em si. Então foi em uma curva de descida sinuosa que o encontramos pela primeira vez, dormindo de fazer ronco bem na passagem da trilha....O velho Bob! O bicho era nada mais de que uma enorme serpente toda enrolada sobre si, descansando justamente na trilha em que passariam várias pessoas e montarias....Na serra o que mais mata depois do leão baio são as serpentes e dessa se deveria ter respeito, pois mesmo enrolado era maior que qualquer homem de nossa equipe...Mandei que todos ficassem em silêncio enquanto descia lentamente da montaria e preparava um bom disparo de seta. Contudo minha tropa era formada naquela época por homens novatos e inexperientes na questão de nestas da mata, e em meio deles apareceu um daqueles beatos da fé, que no finalzinho põem tudo a perder e quando se encontrava pronto para disparar, o danado pula de machado de guerra na mão gritando como louco:
-Filho da mentira, aspirante do cão, tu vais morrer tentação de eva!
A criatura acorda de um sobressalto fazendo perder a minha mira, e avança contra o novato, que não esperava reação do animal, tão rápia...Agora de uma certeza de morte segura tínhamos em nossas mãos, um combate de besta contra homem, na incerteza fatal, do matar ou morrer!
Me arremeti com meu sabre contra aquela serpente enorme, enquanto a tropa de carregadores se debandam e os novatos ficam estarrecidos de medo! o réptil era muito ágil, mesmo para a idade avançada, pois haviam vários anéis, no final de sua cauda, atestando isso e quem sabe por isso é que tenho sorte de estar contando essa história pois naquela época se enfrentasse o velho Bob no frescor de sua vitalidade, creio que nenhum de nós teria a mínima chance, frente a sua voracidade.
Vendo a tropa paralisada procuro trazer o bicho, para a mata fechada para desvia-los de nosso grupo, e esperando que com o entremeio de árvores, raízes, e taquaruçus, ele tivesse um erro em seu ataque e pudesse então neutraliza-lo.! Assim o terreno nos equalizou e a disputa foi acirradíssima , sendo que o erro de um era a sua morte e a vitória do outro.Começava uma dança mortal de presas, veneno e aço!
Seus botes eram defendidos pelo lado cego e resistente de meu sabre...Meus ataques rápidos era desviados, com jogos de corpos esguios e sorrateiros, que se encolhiam e armavam botes quase seguidos. O impasse se deu por longo tempo, o que já estava exaurindo nossas forças, com o cansaço logo um de nós poderia errar, sendo fatal.
O momento chega no ápice quando, o velho Bob, próximo a um tronco podre se enrola em uma raiz, ficando momentaneamente preso.Aproveito a deixa e em uma explosão de energia disparo um poderoso golpe de sabres descendente, que o faz entrar para dentro do tronco podre por função de uma rachadura no meio de seu cerne....Pensei então comigo:
-Agora você é meu velho Bob! - retesando todo o meu corpo de um só golpe tento rachar o tronco no meio e junto com ele o velho Bob.
Contudo, dentro do tronco havia algo muito duro....A ponto de quebrar a lâmina de meu sabre em duas! Infernos, como lutar com uma serpente gigante com meia lâmina, como?!!!
De alguma maneira o velho Bob percebeu meu dilema e lentamente aquela serpente negra matreira me encara com seus olhos amarelados, circundado por um estranho brilho verde, que pareciam me dizer: - Agora quem te pegou fui eu!!!
Me encolhi todo esperando para um contra ataque, pois nessa hora, em que nossas forças estão reduzidas e nosso material de armamento está reduzido somente um contra ataque pode mudar a sorte e o nosso destino, se bem aplicado....Sim, aquela cobra sabia que o próximo movimento seria o dela e ela sabia que deveria também tentar o derradeiro pois estava também se cansando. E como esperava ela se ergue e se lança em um bote, nisso eu também saltei e aquilo foi épico. Ambos estávamos no ar, livres do chão, cada um apostando no movimento que calculou....Ambos tínhamos colocado nossas almas na ponta de uma espada quebrada e presas. Contudo dessa vez a vantagem era a minha pois contra ataquei no momento certo.
Já em meio a viagem sem volta e se apercebendo disso, o velho Bob se contorce no ar tentando mudar a posição, e eu nunca havia visto aquilo antes, parecia que o bicho até pensava que nem gente! Mesmo assim consigo riscar e cortar um talho, ao lado de sua cabeça, que seguiu em um risco até meio da cauda.O mesmo caiu ferido, enquanto pequenas gotas de seu sangue se acumulavam no finco da ponta quebrada de meu sabre. Em posições opostas viramos os rostos, nos encarando. Senti nos olhos daquele animal infernal, os olhos flamejantes, e ávidos pela vingança, que apreciam me dizer: Ainda não terminamos isso!!!
Então ferido o animal correu mata adentro e se escafedeu pela ravina afora...Meus homens só podiam dizer palavras como nossa! Uau! Que foi isso , maluco? Na época em que um simples corte poderia infecionar e se morrer em três dias, devido a distancia do local, o risco foi incalculado ...Mas nossa história ainda não termina por aí...Mas por que o chamei de velho Bob. No meu vilarejo havia um cão feroz chamado Bob, que não ia com minha cara! Um dia por razão do destino, ainda pequeno foi cercado, por outros cães de rua, e foi o Bob que me socorreu...O danado pulou como um louco em cima de outros cães e eu o segui armado de um porrete e botamos todos para correr. Quando terminamos aquela batalha ele me encara rosna para mim ferozmente e se vai, como que dizendo:
-Você é o meu inimigo e nada mais ou ninguém pode tomar esse direito de mim!
Foi como dizia um antigo ditado da Serra: que nossos amigos da paz sejam nossos inimigos na guerra!
Assim como o cão de minha infância o velho Bob me escolheu como seu inimigo e eu respeitava isso, estávamos fadados á alguma tragédia grega,e não terminaria no final nada bem, mas essa é outra história...
A muito tempo, fiquei de cuidar e mapear umas antigas terras, que passariam a trilhas na serra onde percorreriam estudioso, e familiares...Com um grupo específico de desbravadores, procurávamos uma maneira mais simples de atravessar o local um tanto vasto, e ao mesmo tempo ter uma boa visão do local em si. Então foi em uma curva de descida sinuosa que o encontramos pela primeira vez, dormindo de fazer ronco bem na passagem da trilha....O velho Bob! O bicho era nada mais de que uma enorme serpente toda enrolada sobre si, descansando justamente na trilha em que passariam várias pessoas e montarias....Na serra o que mais mata depois do leão baio são as serpentes e dessa se deveria ter respeito, pois mesmo enrolado era maior que qualquer homem de nossa equipe...Mandei que todos ficassem em silêncio enquanto descia lentamente da montaria e preparava um bom disparo de seta. Contudo minha tropa era formada naquela época por homens novatos e inexperientes na questão de nestas da mata, e em meio deles apareceu um daqueles beatos da fé, que no finalzinho põem tudo a perder e quando se encontrava pronto para disparar, o danado pula de machado de guerra na mão gritando como louco:
-Filho da mentira, aspirante do cão, tu vais morrer tentação de eva!
A criatura acorda de um sobressalto fazendo perder a minha mira, e avança contra o novato, que não esperava reação do animal, tão rápia...Agora de uma certeza de morte segura tínhamos em nossas mãos, um combate de besta contra homem, na incerteza fatal, do matar ou morrer!
Me arremeti com meu sabre contra aquela serpente enorme, enquanto a tropa de carregadores se debandam e os novatos ficam estarrecidos de medo! o réptil era muito ágil, mesmo para a idade avançada, pois haviam vários anéis, no final de sua cauda, atestando isso e quem sabe por isso é que tenho sorte de estar contando essa história pois naquela época se enfrentasse o velho Bob no frescor de sua vitalidade, creio que nenhum de nós teria a mínima chance, frente a sua voracidade.
Vendo a tropa paralisada procuro trazer o bicho, para a mata fechada para desvia-los de nosso grupo, e esperando que com o entremeio de árvores, raízes, e taquaruçus, ele tivesse um erro em seu ataque e pudesse então neutraliza-lo.! Assim o terreno nos equalizou e a disputa foi acirradíssima , sendo que o erro de um era a sua morte e a vitória do outro.Começava uma dança mortal de presas, veneno e aço!
Seus botes eram defendidos pelo lado cego e resistente de meu sabre...Meus ataques rápidos era desviados, com jogos de corpos esguios e sorrateiros, que se encolhiam e armavam botes quase seguidos. O impasse se deu por longo tempo, o que já estava exaurindo nossas forças, com o cansaço logo um de nós poderia errar, sendo fatal.
O momento chega no ápice quando, o velho Bob, próximo a um tronco podre se enrola em uma raiz, ficando momentaneamente preso.Aproveito a deixa e em uma explosão de energia disparo um poderoso golpe de sabres descendente, que o faz entrar para dentro do tronco podre por função de uma rachadura no meio de seu cerne....Pensei então comigo:
-Agora você é meu velho Bob! - retesando todo o meu corpo de um só golpe tento rachar o tronco no meio e junto com ele o velho Bob.
Contudo, dentro do tronco havia algo muito duro....A ponto de quebrar a lâmina de meu sabre em duas! Infernos, como lutar com uma serpente gigante com meia lâmina, como?!!!
De alguma maneira o velho Bob percebeu meu dilema e lentamente aquela serpente negra matreira me encara com seus olhos amarelados, circundado por um estranho brilho verde, que pareciam me dizer: - Agora quem te pegou fui eu!!!
Me encolhi todo esperando para um contra ataque, pois nessa hora, em que nossas forças estão reduzidas e nosso material de armamento está reduzido somente um contra ataque pode mudar a sorte e o nosso destino, se bem aplicado....Sim, aquela cobra sabia que o próximo movimento seria o dela e ela sabia que deveria também tentar o derradeiro pois estava também se cansando. E como esperava ela se ergue e se lança em um bote, nisso eu também saltei e aquilo foi épico. Ambos estávamos no ar, livres do chão, cada um apostando no movimento que calculou....Ambos tínhamos colocado nossas almas na ponta de uma espada quebrada e presas. Contudo dessa vez a vantagem era a minha pois contra ataquei no momento certo.
Já em meio a viagem sem volta e se apercebendo disso, o velho Bob se contorce no ar tentando mudar a posição, e eu nunca havia visto aquilo antes, parecia que o bicho até pensava que nem gente! Mesmo assim consigo riscar e cortar um talho, ao lado de sua cabeça, que seguiu em um risco até meio da cauda.O mesmo caiu ferido, enquanto pequenas gotas de seu sangue se acumulavam no finco da ponta quebrada de meu sabre. Em posições opostas viramos os rostos, nos encarando. Senti nos olhos daquele animal infernal, os olhos flamejantes, e ávidos pela vingança, que apreciam me dizer: Ainda não terminamos isso!!!
Então ferido o animal correu mata adentro e se escafedeu pela ravina afora...Meus homens só podiam dizer palavras como nossa! Uau! Que foi isso , maluco? Na época em que um simples corte poderia infecionar e se morrer em três dias, devido a distancia do local, o risco foi incalculado ...Mas nossa história ainda não termina por aí...Mas por que o chamei de velho Bob. No meu vilarejo havia um cão feroz chamado Bob, que não ia com minha cara! Um dia por razão do destino, ainda pequeno foi cercado, por outros cães de rua, e foi o Bob que me socorreu...O danado pulou como um louco em cima de outros cães e eu o segui armado de um porrete e botamos todos para correr. Quando terminamos aquela batalha ele me encara rosna para mim ferozmente e se vai, como que dizendo:
-Você é o meu inimigo e nada mais ou ninguém pode tomar esse direito de mim!
Foi como dizia um antigo ditado da Serra: que nossos amigos da paz sejam nossos inimigos na guerra!
Assim como o cão de minha infância o velho Bob me escolheu como seu inimigo e eu respeitava isso, estávamos fadados á alguma tragédia grega,e não terminaria no final nada bem, mas essa é outra história...
segunda-feira, 20 de abril de 2015
O ARCANO LOUCO
- ANDA CORRE AMARRA TORCE DUAS TORRES DIVAGAM DENTRO DO CALVÁRIO O SAGRADO O IMPURO TUDO EM TOM TÃO DURO CAPACITA EM FRENTE DESAFIA E ALUMIA A CASA DOS PLURAIS DENTRE TANTAS SEM ACENTO OU SENTENÇA PROCURA SENTIDO DO DIA EM UMA VIELA DE UM PARQUE O SOM DO PECADO CAÍDO DIFUSO DENTRO DA CONSCIÊNCIA DE CAD UM UM DIA SAIU E NÃO VOLTOU A VAGAR POR TORRES DOURADAS DE LUA ESTRELADA GRITANDO AO TORAH TORAH! QUANDO PENSADO ERA APENAS ALERTADO CAIU O TEMPLO CAIU O TEMPLO! DAS MURALHAS ALQUEBRADAS DOS MIGALHÕESS DESTRONADOS SAÍRAM CENTELHAS DO DIVINO LEÃO QUE CONDUZIU O SANTO AO PANTEÃO, COMO DUVIDAR DE UMA VERDADE UNIVERSAL? COMO ENTENDER QUE NÃO ERAS HOMEM MAS ANIMAL? O QUE APOIA SÃO ATRAVÉS DE QUESTIONAMENTOS ENTRELAÇADOS PELO PENSAMENTO PAGÃO, DOCE VERDADE LINDA ILUSÃO...AS ESPADAS FRANCAS ATENTAM NA NAÇÃO DO TURBANTE AZUL E A PROSTITUTA DE DEZ COROAS QUE ABRIGA O URSO EM MORADA VERDE, SOB UM MAR DE AREIA E DESERTOS CAMINHANDO POR ENTRE AS CORREDIÇAS DE CONCRETO HOMENS SOBRA AS ASAS DE PÁSSAROS DE AÇO EM VOO CEGO ENTRAM DENTRO DO SEIO DA MÃE INGRATA DEVASTANDO O VENTRE DA IMACULADA E SOB TRONOS DE FOGO OS DRAGÕES SE REVOLTAM CLAMANDO POR SORTE APENAS SORTE PARA O DESFECHO FINAL, NEM ORIENTAL NEM OCIDENTAL MAS TODAVIA MORTAL VEM O VENTO DO NORTE TALVEZ SUDESTE COM SUA MORTAL PESTE, SOB AS PONTES DE ATLAS IRÃO PASSAR E TORTURAS ENTÃO LEVANTAR A MORTE CAMINHARA DENTRO DO SANGUE DO IMPURO AMOLECENDO, DIGERINDO OS OSSOS DOS HOMENS CAIAM POR TERRA E CLAMEM AOS DEUSES OU AOS SEU ÚNICO, SEU PERDÃO NÃO HA MAIS RETORNO NÃO MAIS DESCANSO, MESMO ASSIM IMPLORO, IMPLORO ACORDEM JÁ ANTES QUASE DANTE TRAGA A TEMPESTADE FINAL E TERNAL MUDE MUDE!
DIGO DE MOMENTO ATÉ MAIS QUEM DERA FOSSE ADEUS, MAS AINDA HAVERÁ MAIS MUITO MAIS, ESCUTA, SENTE ATRELA E NÃO MAIS MENTE SE SALVA SE SALVA!
Então tudo parece um estrondo quando a trombeta toca, nos desentocamos e enfrentamos o inimigo com um vigor extremo...Aço contra aço, ossos novamente se alquebram músculos são dilacerados, e a chuva mortal de saraivas de setas se irrompe no ar matando tudo, os homens bons e maus de cada lado indistintamente...Pois as armas assim o fazem, e o fazem do que sabem melhor fazer, o de matar.
Em meio, a lama ao frio, ao sangue, já não sabemos quem é o inimigo, contudo mantemos a direção, sempre em frente contra o nosso oposto...Quantos companheiros de armas morreram por mãos amigas? Não sei...Mas devem ser muitos.Quantos forma esmagados pela marcha que passava por cima dos feridos, a cavalaria e até mesmo a infantaria...Não sei mas são muitos. Eu ouvia então com a seriedade mortal o lema de nosso grupo entoando como o nosso mantra de sobrevivência:
-Se avançar me segue; se cair me levanta; se recuar me mata!
Compreendo ali naquelas pequenas palavras a essência real da verdadeira motivação á nossa vida humana, Devemos seguir a todo o custo para a frente e no final a que estamos fadados, não vai importar o custo dessas vidas, sem jamais se mencionar um retrocesso seguro que seria considerado o maior ato de traição...A cena então se repete contra as muitas expectativas, muitos de nós ainda continuam vivos, rastejando de dores e ferimentos mas vivos!
Caminhamos em meio ao massacre contando os sobreviventes, quantificando o que ainda temos, e o que perdemos, pois não demoraria a mais uma onda de ataque acontecer e novamente como espíritos desorientados, terríveis espectros nos encaminhamo-no, ás nossas trincheiras e nos entocamos, novamente, esperando...Será que o arcano louco retornará também?
domingo, 19 de abril de 2015
MOOSHRADOOM: OTTO O CÃO FIEL
O monge se encontrava andando por paragens desérticas em busca de alguma inspiração , ou algo que aliviasse seus pensamentos quanto ao futuro e agora se desabrochava em mais eternidade tediosa do que uma única vida de aventuras inusitadas....Diante de uma velha estrada ele escuta o ranger de uma carroça bem conhecida por muitos da Serra...O chamado da morte se faz presente ante tal ruído...Olhando contra o sol forte ele vê uma silhueta familiar, era mais um dos estranhos inquisidores de corpos. Contudo ao se aproximar ele se surpreende pois nada de humano havia nos restos dentro daquela carroça: era uma grande cão baio sendo carregado ao que deveria pertencer a restos humanos, afinal os inquisidores sempre buscavam por parentes e senhores dos finados,a fim de dar-lhes uma morte digna custe o que custasse, tudo porque a morte é benevolente, não é mesmo?
Admirado e querendo saber a razão daquele curioso cenário Mooshradoom para a carroça:
-Velho inquisidor, só me explica, quantas fez esse defunto de animal para merecer essa peregrinação,por acaso era de algum fidalgo, que pagou para o enterro melhor do que um homem?
- Não, monge do sarcasmo e da ironia mal escrita...Muitos homens podem tentar comprar com dinheiro e ouro uma boa morte, mas para a morte que valor tem seus tesouros, com a morte não se pode negociar, senão com seus atos, sua abdicação dos valores, e entre tudo, morrer pelo que mais ama...Sim, essas são boas moedas de trocas, não acha?
-Concordo homem...E como homem acho que tais moedas estão nos homens pelos atos do Divino e não em animais, de centelha única e nada racionais, não achas que dessa vez subestimou o juízo de seu débil cérebro, transportando esse ex peludo canino?
Diante da história de dúvida e ironia daquele velho e astuto monge, o inquisidor para a carroça e então pensa em esclarecimento....Além do mais a viagem estava ao final e esse homem tinha a marca do beijo da morte em sua testa, algo que só os inquisidores conseguiam ver,pois trabalhavam sempre ao lado de sua senhora peralta e tão benevolente. Esse merecia dar seu tempo mesmo que ele nem ou soubesse:
-Claro que sua percepção ainda esta dormente, monge perdido! Mas minha história é um pouco demorada, mas esclarecedora. Portanto acho que mereço um bom gole de café, que tal?
-Sou pobre demais para ter tanto luxo, mas eu tenho um bom chá de cidreira do campo, que servidas como chá e um pouco de mel, não perdem para nenhuma bebida de requintada nobreza, aceita?
- Que seja então! Uma boa conversa uma bebida exótica, o que mais um homem poderia pedira a outro, em tão distante lugar...Devemos valorizar nossas palavras e sentir seu significado mesmo que sendo de tanto infantil, e até de frente tola. Nas tolices sempre encontraremos grandes verdades, sem floreios.
Ambos se assentaram ao largo da velha estrada, apressaram a fazer um bom fogo e colocaram as ervas e o mel para ferverem juntos...Quando começava a fumegar o velho bule sob a batida lenta e distônica de sua tampa o inquisidor começa a sua história:
-O nome dessa alma que descansa em minha carroça era OTTO. Ele sempre foi um bom cão de guarda de sua casa e dos seus senhores...Por anos OTTO, era o único além do casal na residência e então o casal teve uma criança, uma menininha. OTTO, sentiu seu cheiro no berço e prometeu em seu instinto primitivo, como todo o protetor da matilha faz, em proteger a infante com o custo de sua vida se necessário, a qualquer perigo que viesse.
Mas amigo, na vida há mais perigos, dentro das almas dos homens do que no ambiente externo de seus corpos...Com o tempo devido as artimanhas de infiltrados, o belo casal entrou em colapso, através das duvidas plantadas, por pessoas que só poderiam ser o mal encarnado.Essas pessoas são cegas por um ódio de nascimento, que nunca seca, e se sentem sempre no prejuízo e por conseguinte sem motivo e nem porque tramam sempre contra quem tem sua vida simples e feliz...Já não lhe bastam o ouro e a posição social, pois sempre serão vazios por dentro, Infiltrados sempre serão a sombra do homem, e mesmo que se vistam de carne o que tem dentro de si é tão somente uma escuridão e um vazio sem fim.
Esse casal entra em conflito e o marido se manda embora, deixando um coração partido de uma esposa que se achando injustamente acusada o odeia, queimando tudo o que pertenceu aquele homem, quando o amou dantes...Envenenada por um infiltrado, ela queria distância da felicidade e do amor por conseguinte OTTO sem perceber era a lembrança desse passado, dessas alegrias e aventuras que o casal um dia viveu como família, junto com a pequenina,e essa lembra doía muito mesmo!
Contudo ela, a mulher ão poderia matar OTTO, pois ainda assim havia um vínculo com a menininha que amava ainda mais aquele cão pois fora somente ele a lembrança viva de seu pai que sobrara neste mundo traiçoeiro.
A mulher amarra então OTTO, nos fundos da casa dizendo que deveria ser disciplinado então lhe dá mais água ou comida, para que morra de fome e ela possa dizer que morreu doente, e assim se desvencilhar dele sem perder o amor de sua filha por tamanha maldade...Os dias se passam e a mulher nota que OTTO, não desistiria facilmente de sua vida e muito menos de seu voto de proteger a pequenina...OTTO, comeu a madeira de sua casinha, lambia a água da chuva, devorava insetos,moscas tudo o que caísse no seu alcance, bebeu da própria urina, e tudo isso para sobreviver, e cumprir sua missão.
Os dias viraram semanas e mês...Sem mais nada o que pudesse se manter OTTO está para se entregar, quando a sua protegida aparece á noite com um pouco de água em suas mãozinhas e pedacinhos de pão, no bolso.Sim, ás escondidas, tentando juntos eles poderia ainda sobreviver....Aquilo remoçou a esperança perdida de OTTO...Agora mais do que nunca seus laços de amizade se encurtam, e se tornam quase parceiros de alma, pois ambos querem viver e sobreviver com o pouco que tem...
O ato daquele cachorro sobem aos céus e tocam aos poucos o coração ferido da mãe da pequenina que aos pouco aceita aquela resistência como um sinal divino e quando pretendia se render a compaixão de soltar o animal, o maldito infiltrado aparece e semeando mais ainda a discórdia diz:
- Não se engane, sua tola! O Divino disso tudo não existe é mais uma traição agora de sua filha, alimentando o cão daquele traidor, seu ex-marido! Todos querem lhe enganar, até mesmo ela pois também dele temo sangue nela...Não permita! Se vingue! Se vingue!!!
A mulher espera silenciosa no quarto fechado para que naquela noite a pequenina pensasse que dormia e ficou de vigília...Era no amanhecer antes do cantar do galo que a menininha o alimentava e ela a pegaria em flagrante.
Amanheceu e foi justamente o que aconteceu! Quando a criança foi alimentar OTTO, a mãe a impediu, segurando-lhe fortemente o seu bracinho, machucando-a:-Maldita! Tu es como teu pai, uma traidora!Mas comigo,jamais te deixarei partir, te encerrarei para sempre em teu quarto!Venha!Venha!
Ao resistir, dos puxões de sua mãe enlouquecida, ela recebe um tapa forte no rostinho, e aquilo insana a raiva de OTTO, que mesmo fraco tira forças sobrenaturais para salvar o único tesouro de sua vida, que era sua pequenina..Com um forte puxão arrebenta de seus grilhões e saí em acorrer se mais bem amado tesouro...A mãe se acolhe dentro da casa, de portas muito grossas e depois dentro de seu quarto, com a menininha aos prantos, e ela berrando diz:Viste! Teu cachorro enloucou contra nós e agora quer também lhe tirar a vida!Viste! Mais traições sé esperando o momento de agirem contra mim....Que miséria de vida!
- Acorda minha mãe!- Gritava a menininha- Tua loucura e as maleditas do infiltrado que te aloucaram...OTTO esta a me proteger de você e sua loucura contra mim!
OTTO, em sua forma primitiva só via perigo á pequenina e com garras e dentes destroça toda a porta da cassa mesmo grossa e parte para a porta do quarto onde a mulher se trancou com a pequenina...Nesse tempo já era manha e o povo desorientado pelo infiltrado, disseram que o cão se encontrava raivoso, o que chegou aos ouvidos de um certo cavaleiro que ali passava e se pôs a salvar aquela família de que era seu dever...Tudo foi ao armado para terminar em tragédia....E assim ocorreu.
OTTO quando viu o cavaleiro sentiu a solução e correu com o corpo sangrando a seu encontro buscando uma solução, algum senhor que salvasse a pequenina...O cavaleiro entendeu aquilo como hostil e fez dois disparos de setas precisos, fulminando OTTO mortalmente...Agonizante em seus últimos suspiros, atordoado pelo inesperado, OTTO cambaleia em direção da porta roçando as patas dianteira na porta, em uma última tentativa de salvar seu precioso tesouro...Agora sem forças solta um ganido que toca o fundo da alma mais perversa, como que pedindo perdão por não cumprir com seu voto solene...O que não passa despercebido por aquele cavaleiro, que viveu tantas batalhas de vitórias e derrotas...Uma verdade que percebeu nas marcas da criança, dos seus bracinhos, de sua face com hematoma da bofetada ainda vivente e marcante de seu lindo rostinho...E esse cavaleiro forte e audaz, foi atingido pelo sofrimento encarnados nos olhos infantis ao ver o amigo canino morto...Um herói silencioso, e malfadado, de maneira vil em sua missão protetora, por um ente de uma maldade só, que se deliciava, com tamanha atrocidade.
Sabedor do que houvera, de tamanha conspiração maligna, deteve a mãe por maus tratos a criança e o infiltrado por causar alarde e faltar com a verdade com o povo, e depois encaminhou a menina para um convento para ser bem criada...As custas dele mesmo, para pagar pelo menos parte do seu erro, de se deixar participar para tal maldade...Então esse cavaleiro limpou pessoalmente as feridas de OTTO, com óleos perfumados, e encaminhou-o a um altar, chamando a pequenina, para o último adeus a OTTO...Daí esse cavaleiro me encarregou de entregar o corpo de OTTO, com um último pedido, de um morto, para o pais da menininha, dizendo que o que seu fiel amigo não pode fazer em vida que ele o faça...Caso contrário mesmo assim, o cavaleiro continuaria em nome daquela linda amizade os cuidados da menininha...
Entendeu agora monge um tanto imaturo, a morte sempre será benevolente com quem a paga bem e sua resposta sempre será uma vida pela outra, pois há que pague sem temor.Por isso o leve ele OTTO, o amigo mais fiel que alguém poderia ter tanto em vida dessa, quanto a vindoura.Levarei ás terras de seu senhor, e com ele a esperança de uma menininha em resgatar o que a muito perdeu...Uma vida por outra!!!
Mooshradoom se calou por longo tempo e entendeu, que o destino entrelaçou-se mais uma vez com as histórias desse cavaleiro, pois conhecia a muito o homem de data passada...
Então com um gesto viril se levanta e estende ao ar seu caneco brindando com o inquisidor ao herói daquele momento, que uniu tudo e a todos:
- Ao OTTO!!- Batendo no caneco do inquisidor, que se ergue em igual grandeza e confirma:
-Ao OTTO,,,,YAJA CON DIOS OTTO!!!
Admirado e querendo saber a razão daquele curioso cenário Mooshradoom para a carroça:
-Velho inquisidor, só me explica, quantas fez esse defunto de animal para merecer essa peregrinação,por acaso era de algum fidalgo, que pagou para o enterro melhor do que um homem?
- Não, monge do sarcasmo e da ironia mal escrita...Muitos homens podem tentar comprar com dinheiro e ouro uma boa morte, mas para a morte que valor tem seus tesouros, com a morte não se pode negociar, senão com seus atos, sua abdicação dos valores, e entre tudo, morrer pelo que mais ama...Sim, essas são boas moedas de trocas, não acha?
-Concordo homem...E como homem acho que tais moedas estão nos homens pelos atos do Divino e não em animais, de centelha única e nada racionais, não achas que dessa vez subestimou o juízo de seu débil cérebro, transportando esse ex peludo canino?
Diante da história de dúvida e ironia daquele velho e astuto monge, o inquisidor para a carroça e então pensa em esclarecimento....Além do mais a viagem estava ao final e esse homem tinha a marca do beijo da morte em sua testa, algo que só os inquisidores conseguiam ver,pois trabalhavam sempre ao lado de sua senhora peralta e tão benevolente. Esse merecia dar seu tempo mesmo que ele nem ou soubesse:
-Claro que sua percepção ainda esta dormente, monge perdido! Mas minha história é um pouco demorada, mas esclarecedora. Portanto acho que mereço um bom gole de café, que tal?
-Sou pobre demais para ter tanto luxo, mas eu tenho um bom chá de cidreira do campo, que servidas como chá e um pouco de mel, não perdem para nenhuma bebida de requintada nobreza, aceita?
- Que seja então! Uma boa conversa uma bebida exótica, o que mais um homem poderia pedira a outro, em tão distante lugar...Devemos valorizar nossas palavras e sentir seu significado mesmo que sendo de tanto infantil, e até de frente tola. Nas tolices sempre encontraremos grandes verdades, sem floreios.
Ambos se assentaram ao largo da velha estrada, apressaram a fazer um bom fogo e colocaram as ervas e o mel para ferverem juntos...Quando começava a fumegar o velho bule sob a batida lenta e distônica de sua tampa o inquisidor começa a sua história:
-O nome dessa alma que descansa em minha carroça era OTTO. Ele sempre foi um bom cão de guarda de sua casa e dos seus senhores...Por anos OTTO, era o único além do casal na residência e então o casal teve uma criança, uma menininha. OTTO, sentiu seu cheiro no berço e prometeu em seu instinto primitivo, como todo o protetor da matilha faz, em proteger a infante com o custo de sua vida se necessário, a qualquer perigo que viesse.
Mas amigo, na vida há mais perigos, dentro das almas dos homens do que no ambiente externo de seus corpos...Com o tempo devido as artimanhas de infiltrados, o belo casal entrou em colapso, através das duvidas plantadas, por pessoas que só poderiam ser o mal encarnado.Essas pessoas são cegas por um ódio de nascimento, que nunca seca, e se sentem sempre no prejuízo e por conseguinte sem motivo e nem porque tramam sempre contra quem tem sua vida simples e feliz...Já não lhe bastam o ouro e a posição social, pois sempre serão vazios por dentro, Infiltrados sempre serão a sombra do homem, e mesmo que se vistam de carne o que tem dentro de si é tão somente uma escuridão e um vazio sem fim.
Esse casal entra em conflito e o marido se manda embora, deixando um coração partido de uma esposa que se achando injustamente acusada o odeia, queimando tudo o que pertenceu aquele homem, quando o amou dantes...Envenenada por um infiltrado, ela queria distância da felicidade e do amor por conseguinte OTTO sem perceber era a lembrança desse passado, dessas alegrias e aventuras que o casal um dia viveu como família, junto com a pequenina,e essa lembra doía muito mesmo!
Contudo ela, a mulher ão poderia matar OTTO, pois ainda assim havia um vínculo com a menininha que amava ainda mais aquele cão pois fora somente ele a lembrança viva de seu pai que sobrara neste mundo traiçoeiro.
A mulher amarra então OTTO, nos fundos da casa dizendo que deveria ser disciplinado então lhe dá mais água ou comida, para que morra de fome e ela possa dizer que morreu doente, e assim se desvencilhar dele sem perder o amor de sua filha por tamanha maldade...Os dias se passam e a mulher nota que OTTO, não desistiria facilmente de sua vida e muito menos de seu voto de proteger a pequenina...OTTO, comeu a madeira de sua casinha, lambia a água da chuva, devorava insetos,moscas tudo o que caísse no seu alcance, bebeu da própria urina, e tudo isso para sobreviver, e cumprir sua missão.
Os dias viraram semanas e mês...Sem mais nada o que pudesse se manter OTTO está para se entregar, quando a sua protegida aparece á noite com um pouco de água em suas mãozinhas e pedacinhos de pão, no bolso.Sim, ás escondidas, tentando juntos eles poderia ainda sobreviver....Aquilo remoçou a esperança perdida de OTTO...Agora mais do que nunca seus laços de amizade se encurtam, e se tornam quase parceiros de alma, pois ambos querem viver e sobreviver com o pouco que tem...
O ato daquele cachorro sobem aos céus e tocam aos poucos o coração ferido da mãe da pequenina que aos pouco aceita aquela resistência como um sinal divino e quando pretendia se render a compaixão de soltar o animal, o maldito infiltrado aparece e semeando mais ainda a discórdia diz:
- Não se engane, sua tola! O Divino disso tudo não existe é mais uma traição agora de sua filha, alimentando o cão daquele traidor, seu ex-marido! Todos querem lhe enganar, até mesmo ela pois também dele temo sangue nela...Não permita! Se vingue! Se vingue!!!
A mulher espera silenciosa no quarto fechado para que naquela noite a pequenina pensasse que dormia e ficou de vigília...Era no amanhecer antes do cantar do galo que a menininha o alimentava e ela a pegaria em flagrante.
Amanheceu e foi justamente o que aconteceu! Quando a criança foi alimentar OTTO, a mãe a impediu, segurando-lhe fortemente o seu bracinho, machucando-a:-Maldita! Tu es como teu pai, uma traidora!Mas comigo,jamais te deixarei partir, te encerrarei para sempre em teu quarto!Venha!Venha!
Ao resistir, dos puxões de sua mãe enlouquecida, ela recebe um tapa forte no rostinho, e aquilo insana a raiva de OTTO, que mesmo fraco tira forças sobrenaturais para salvar o único tesouro de sua vida, que era sua pequenina..Com um forte puxão arrebenta de seus grilhões e saí em acorrer se mais bem amado tesouro...A mãe se acolhe dentro da casa, de portas muito grossas e depois dentro de seu quarto, com a menininha aos prantos, e ela berrando diz:Viste! Teu cachorro enloucou contra nós e agora quer também lhe tirar a vida!Viste! Mais traições sé esperando o momento de agirem contra mim....Que miséria de vida!
- Acorda minha mãe!- Gritava a menininha- Tua loucura e as maleditas do infiltrado que te aloucaram...OTTO esta a me proteger de você e sua loucura contra mim!
OTTO, em sua forma primitiva só via perigo á pequenina e com garras e dentes destroça toda a porta da cassa mesmo grossa e parte para a porta do quarto onde a mulher se trancou com a pequenina...Nesse tempo já era manha e o povo desorientado pelo infiltrado, disseram que o cão se encontrava raivoso, o que chegou aos ouvidos de um certo cavaleiro que ali passava e se pôs a salvar aquela família de que era seu dever...Tudo foi ao armado para terminar em tragédia....E assim ocorreu.
OTTO quando viu o cavaleiro sentiu a solução e correu com o corpo sangrando a seu encontro buscando uma solução, algum senhor que salvasse a pequenina...O cavaleiro entendeu aquilo como hostil e fez dois disparos de setas precisos, fulminando OTTO mortalmente...Agonizante em seus últimos suspiros, atordoado pelo inesperado, OTTO cambaleia em direção da porta roçando as patas dianteira na porta, em uma última tentativa de salvar seu precioso tesouro...Agora sem forças solta um ganido que toca o fundo da alma mais perversa, como que pedindo perdão por não cumprir com seu voto solene...O que não passa despercebido por aquele cavaleiro, que viveu tantas batalhas de vitórias e derrotas...Uma verdade que percebeu nas marcas da criança, dos seus bracinhos, de sua face com hematoma da bofetada ainda vivente e marcante de seu lindo rostinho...E esse cavaleiro forte e audaz, foi atingido pelo sofrimento encarnados nos olhos infantis ao ver o amigo canino morto...Um herói silencioso, e malfadado, de maneira vil em sua missão protetora, por um ente de uma maldade só, que se deliciava, com tamanha atrocidade.
Sabedor do que houvera, de tamanha conspiração maligna, deteve a mãe por maus tratos a criança e o infiltrado por causar alarde e faltar com a verdade com o povo, e depois encaminhou a menina para um convento para ser bem criada...As custas dele mesmo, para pagar pelo menos parte do seu erro, de se deixar participar para tal maldade...Então esse cavaleiro limpou pessoalmente as feridas de OTTO, com óleos perfumados, e encaminhou-o a um altar, chamando a pequenina, para o último adeus a OTTO...Daí esse cavaleiro me encarregou de entregar o corpo de OTTO, com um último pedido, de um morto, para o pais da menininha, dizendo que o que seu fiel amigo não pode fazer em vida que ele o faça...Caso contrário mesmo assim, o cavaleiro continuaria em nome daquela linda amizade os cuidados da menininha...
Entendeu agora monge um tanto imaturo, a morte sempre será benevolente com quem a paga bem e sua resposta sempre será uma vida pela outra, pois há que pague sem temor.Por isso o leve ele OTTO, o amigo mais fiel que alguém poderia ter tanto em vida dessa, quanto a vindoura.Levarei ás terras de seu senhor, e com ele a esperança de uma menininha em resgatar o que a muito perdeu...Uma vida por outra!!!
Mooshradoom se calou por longo tempo e entendeu, que o destino entrelaçou-se mais uma vez com as histórias desse cavaleiro, pois conhecia a muito o homem de data passada...
Então com um gesto viril se levanta e estende ao ar seu caneco brindando com o inquisidor ao herói daquele momento, que uniu tudo e a todos:
- Ao OTTO!!- Batendo no caneco do inquisidor, que se ergue em igual grandeza e confirma:
-Ao OTTO,,,,YAJA CON DIOS OTTO!!!
terça-feira, 14 de abril de 2015
SANTUÁRIO DE BABÁ
Dentre as caminhadas de idas e vindas, sempre fazemos amizades que se desenrolam, para anos e talvez uma vida inteira, podendo ser encontros casuais ou que meios premeditados por forças alheias as nossas vontades. Quando encontramos pessoas que chegam a ponto de abrir as portas de suas casas para nos hospedarem, pelo simples e divino fato da amizade, é ali que encontramos verdadeiros santuários em cima da terra de nossos pais, que devem ser honrados como tal...Um amigo íntimo pode ser considerado como um irmão de alma, gerados da mesma centelha divina...
Foi numa dessas minhas rondas e trilhas, que encontrei no caminho um mouro, muito peculiar de nome Babá, considerado por muitos um louco, por outros um profeta , Babá vivia um mundo de paradigmas e contrapostos, que se não fossem engraçados em sua maioria das vezes seria um tanto curioso...Bem o dia que eu o encontrei estava discutindo com um de nossos líderes de tropa, quanto ao que deveria ser passado pela fronteira ou não ( ah! Esqueci de lhes dizer que Babá se diz comerciante, mas ta mais pra trambiqueiro de contas e "missangas").
Pois bem haviam tantas mercadorias para serem averiguadas, que tomaria tempo demais do líder encarregado da entrada do portal da cidade de Tierra Madre, que num ato de prepotência ele resolveu deixar passar apenas metade dos pertences de Babá, o que lhe trairia um enorme prejuízo pois sua viagem foi longa e demorada...Muitas vezes temos um impasse entre os interesses e o comodismo e temos de gerenciar essas situações da melhor maneira possível. Contudo ambas as partes não quiseram ceder e estavam indo ao conflito aberto que em tal ponto da conversa o meu líder disse: Você sabe quem eu sou? Do que sou capaz? Pois lhe direi mouro, sou um homem capaz de enfiar nessa sua barriga minha espada sem dó nem piedade, e olhar você morrer, sem um pingo de remorso ou pestanejar meus olhos!!!- Gritava em berros o meu líder aos ouvidos do mouro...Babá para não ficar pra trás também ergueu sua voz e lhe disse:
E você devoto cavaleiro, sabe quem eu sou ou do que sou capaz? Eu sou aquele maldito mouro que você vai enfiar a espada na barriga e não vai ter um remorso de morrer, mas eu sim vou lhe encarar de olho no olho e não piscarei um segundo!
Houve então um mortal silêncio entre os dois homens e com dois copos na mão me interponho entre os dois lhes dizendo:
- Os cavalheiros distintos ainda aceitam uma bebida? - Quebramos o gelo, com uma imensa gargalhado dos três, e nos abraçamos rindo da infantilidade que causamos a nós mesmos quando deixamos nossos interesses falarem mais alto que nossa razão e consciência...Dali para a frente nossa amizade foi cada vez mais interligada a ponto de Babá muitas vezes me ceder santuário em sua casa.
Babá tem uma vida particularmente fascinante por que ele vive o que diz, sus palavras são suas ações e enfrenta situações familiares tão bema quanto as públicas de seu serviço do dia a dia...
Certa vez quando me encontrava na casa para um almoço enquanto esperamos a refeição Babá pede a sua mulher, que nos preparasse um bom chá mas quente o suficiente, como sua mãe sabia lhe fazer ( a mãe de Babá não mais morava com eles por discussão com a nora e cada vez que tocavam na lembrança da pessoa dela a mulher de Babá aprontava uma maldade com o homem discretamente, era hilário pois Babá sabia e a provocava para que assim fizesse, "temperando " melhor seu casamento). Assim que terminou de fazer o chá a mulher nos trouxe em dois copos sendo que o copo de Babá era mais grosso, a ponto de esconder a água em fervura que ainda borbulhava no recipiente e numa piscadela da malandragem disse a Babá: Eis meu querido esposo, espero que a temperatura da água lembre muito a minha "sogra querida".
Babá tomou um gole forte e viu que era tarde somente quando já passava da metade da garganta abaixo...Aquele chá lhe desceu tão quente que ele se segurou forte na almofada, fechou os olhos se avermelhando, a ponto de escorrer uma única lagrima de dor pelo ato impensado, mas não deu um único grito ou maldisse a mulher...E ela retorna olhando a lágrima escorrida e diz com voz de gata mansa:
- Espero que não tenha se queimado, pois vejo uma lágrima entre seu olho?
Babá sorri maliciosamente para mim e respirando fundo responde:
- Que nada amada esposa, a lágrima é de emoção! Tu fizeste tão bem ao gosto de que mamãe sabia fazer o chá, que me correu foi uma lágrima de "saudades", de quando morávamos todos sob o mesmo teto...Mas que não fique só na minha palavra, eis toma um bom gole de teu chá e mediz se não tenho razão...
A mulher sem opção e para não admitir a sabotagem premeditada no chá de Babá também toma do gole pelante que desce queimando a sua sensível garganta, e no mesmo gesto que Babá, se encolhe toda fecha os olhos toda avermelhada e escorre também uma lágrima de dor. Babá retruca:
- E então queria esposinha, por acaso a água esta muito quente para você?
A mulher toma fôlego e num suspiro responde:
- Não meu querido marido, você tem razão mesmo! Olha o chá tá tão bem feito que me lembra totalmente de sua querida mãe e essa lágrima é de saudades que comecei a ter sobre ela...Foi isso!
A esposa se retira e após um tempo Babá me dizia que era dentre tantas coisas pela qual ele se casara com a sua esposa, pelo ímpeto...As pessoas de ímpeto mostram suas intenções reais e não as escondem, pelo tanto são bem sinceras...Então quando enfrentamos as adversidades com humor, disparos trocados não doem tanto e mais unem do que separam, é assim que opostos geralmente se atraem, sem motivo aparente inicial e peculiarmente, os mantém indefinitivamente unidos.
Assim, pela primeira vez comi, com um largo sorriso, juntamente com os dois melhores amigos uma refeição fria, a fim de acalmar as brincadeira quentes desse lindo casal...Sim ali era um verdadeiro santuário do divino e eu pude compartilhar de sua felicidade por longo tempo.
Foi numa dessas minhas rondas e trilhas, que encontrei no caminho um mouro, muito peculiar de nome Babá, considerado por muitos um louco, por outros um profeta , Babá vivia um mundo de paradigmas e contrapostos, que se não fossem engraçados em sua maioria das vezes seria um tanto curioso...Bem o dia que eu o encontrei estava discutindo com um de nossos líderes de tropa, quanto ao que deveria ser passado pela fronteira ou não ( ah! Esqueci de lhes dizer que Babá se diz comerciante, mas ta mais pra trambiqueiro de contas e "missangas").
Pois bem haviam tantas mercadorias para serem averiguadas, que tomaria tempo demais do líder encarregado da entrada do portal da cidade de Tierra Madre, que num ato de prepotência ele resolveu deixar passar apenas metade dos pertences de Babá, o que lhe trairia um enorme prejuízo pois sua viagem foi longa e demorada...Muitas vezes temos um impasse entre os interesses e o comodismo e temos de gerenciar essas situações da melhor maneira possível. Contudo ambas as partes não quiseram ceder e estavam indo ao conflito aberto que em tal ponto da conversa o meu líder disse: Você sabe quem eu sou? Do que sou capaz? Pois lhe direi mouro, sou um homem capaz de enfiar nessa sua barriga minha espada sem dó nem piedade, e olhar você morrer, sem um pingo de remorso ou pestanejar meus olhos!!!- Gritava em berros o meu líder aos ouvidos do mouro...Babá para não ficar pra trás também ergueu sua voz e lhe disse:
E você devoto cavaleiro, sabe quem eu sou ou do que sou capaz? Eu sou aquele maldito mouro que você vai enfiar a espada na barriga e não vai ter um remorso de morrer, mas eu sim vou lhe encarar de olho no olho e não piscarei um segundo!
Houve então um mortal silêncio entre os dois homens e com dois copos na mão me interponho entre os dois lhes dizendo:
- Os cavalheiros distintos ainda aceitam uma bebida? - Quebramos o gelo, com uma imensa gargalhado dos três, e nos abraçamos rindo da infantilidade que causamos a nós mesmos quando deixamos nossos interesses falarem mais alto que nossa razão e consciência...Dali para a frente nossa amizade foi cada vez mais interligada a ponto de Babá muitas vezes me ceder santuário em sua casa.
Babá tem uma vida particularmente fascinante por que ele vive o que diz, sus palavras são suas ações e enfrenta situações familiares tão bema quanto as públicas de seu serviço do dia a dia...
Certa vez quando me encontrava na casa para um almoço enquanto esperamos a refeição Babá pede a sua mulher, que nos preparasse um bom chá mas quente o suficiente, como sua mãe sabia lhe fazer ( a mãe de Babá não mais morava com eles por discussão com a nora e cada vez que tocavam na lembrança da pessoa dela a mulher de Babá aprontava uma maldade com o homem discretamente, era hilário pois Babá sabia e a provocava para que assim fizesse, "temperando " melhor seu casamento). Assim que terminou de fazer o chá a mulher nos trouxe em dois copos sendo que o copo de Babá era mais grosso, a ponto de esconder a água em fervura que ainda borbulhava no recipiente e numa piscadela da malandragem disse a Babá: Eis meu querido esposo, espero que a temperatura da água lembre muito a minha "sogra querida".
Babá tomou um gole forte e viu que era tarde somente quando já passava da metade da garganta abaixo...Aquele chá lhe desceu tão quente que ele se segurou forte na almofada, fechou os olhos se avermelhando, a ponto de escorrer uma única lagrima de dor pelo ato impensado, mas não deu um único grito ou maldisse a mulher...E ela retorna olhando a lágrima escorrida e diz com voz de gata mansa:
- Espero que não tenha se queimado, pois vejo uma lágrima entre seu olho?
Babá sorri maliciosamente para mim e respirando fundo responde:
- Que nada amada esposa, a lágrima é de emoção! Tu fizeste tão bem ao gosto de que mamãe sabia fazer o chá, que me correu foi uma lágrima de "saudades", de quando morávamos todos sob o mesmo teto...Mas que não fique só na minha palavra, eis toma um bom gole de teu chá e mediz se não tenho razão...
A mulher sem opção e para não admitir a sabotagem premeditada no chá de Babá também toma do gole pelante que desce queimando a sua sensível garganta, e no mesmo gesto que Babá, se encolhe toda fecha os olhos toda avermelhada e escorre também uma lágrima de dor. Babá retruca:
- E então queria esposinha, por acaso a água esta muito quente para você?
A mulher toma fôlego e num suspiro responde:
- Não meu querido marido, você tem razão mesmo! Olha o chá tá tão bem feito que me lembra totalmente de sua querida mãe e essa lágrima é de saudades que comecei a ter sobre ela...Foi isso!
A esposa se retira e após um tempo Babá me dizia que era dentre tantas coisas pela qual ele se casara com a sua esposa, pelo ímpeto...As pessoas de ímpeto mostram suas intenções reais e não as escondem, pelo tanto são bem sinceras...Então quando enfrentamos as adversidades com humor, disparos trocados não doem tanto e mais unem do que separam, é assim que opostos geralmente se atraem, sem motivo aparente inicial e peculiarmente, os mantém indefinitivamente unidos.
Assim, pela primeira vez comi, com um largo sorriso, juntamente com os dois melhores amigos uma refeição fria, a fim de acalmar as brincadeira quentes desse lindo casal...Sim ali era um verdadeiro santuário do divino e eu pude compartilhar de sua felicidade por longo tempo.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
O ULTIMO COMBATE
essa história escutei dentro de acampamento dos homens que se perderam em seus próprios ideais e apenas continuaram lutando sem ter razão ou ao menos a paixão para isso.
Dentre todos esse homens desiludidos, havia um maior, em força de vontade e desejo pela vida,a vida que dito aqui é aquela simples de sobrevivência.
Muitos foram as emboscadas, e muitos foram seus inimigos que caíram dentro de sua esfera mortal de ação...Quando você sabe que vai perder? Quando sua esfera de ação se torna mais mais cadente e estreita que de seu adversário...O movimento elíptico se contrai tanto que sua esfera se torna paralisada sem ação, pois eis que aí será mortal e que vindo em rotação mais aberta se chocar, o impacto mortal será todo seus. Sua sobrevivência se dará somente se em dado momento por extrema força de vontade volte a rotacionar de dentro para fora onde, em um curto mas crescente golpe de dentro para fora atinja o seu oponente antes de toda a ação de impulso chegue na sua esfera de ação.
Foi assim que esse homem durante toda a sua vida se tornou quase imortal, pois somente com sua força, de sua vontade ele se erguia das maiores desgraças que lhe atiravam muitas vezes de pura malícia, de comandantes mimados que nunca foram aos campos de batalha e se tiveram alguma experiência veio dos livros de estoriadores fantasiosos, que também ouvira falar das artimanhas de combate sem nunca terem sentido o gosto de uma tarde em meio aos campos sacros da honra e também da ruína dos muitos que se ergueram e tombaram par o lado de lá alem terras.
Sim, ele passou por dentro das entranhas de demônios, degolou serpentes traiçoeiras e sobreviveu a um mar de inimigos que muitos tombaria na primeira onda de maré que esta viesse.
Agora esta cansado velho, outros se acham capazes de ultrapassa-lo...Jovens arrogantes de berço de ouro, ou alimentados como fieis cães nas portas das mansões e se auto intitulando pupilos, protegidos de uma classe decadente de políticas corruptas, que nem merecedoras de portas as cores da nação muito menos, administra-la...Contudo são esses mesmos que chamam ainda quando a chapa esquenta os homens que mantém a nação livre, os verdadeiros soldados da fé, da liberdade e do coração puro...A eles sonhadores, amantes do chão materno, se exige o maior sacrifício, de carregar o peso monstruoso nos ombros de salvar a sua pátria e a morada tanto dos limpos como dos tantos e muitos sujos, pois o guerreiro salvador pouco se atem aos merecedores, ele se preocupa com o todo, territorialmente, unindo cada corpo cada alma. Não se ouve em suas palavras, os ditos de pedaços, fragmentos, PARTIDÁRIOS, política, facção, seita ou religião...Como disse há só uma palavra : NAÇÃO!
Esse homem que em tempos de incerteza colocou a sua terra em ordem e entregou a sua vida inteira á sorte em benefício de terceiros desconhecidos e indignos, agora passa pelo último grande desafio, e é o pior de todos pois vem da humilhação, o descaso, da corja de arrogantes que tomaram o comando de sua grande ordem...Quando no passado falava-se em honra e dedicação, hoje se fala em traições e vaidades orgulhos efêmeros repousados em uma faixa e uma medalha que muitas vezes nem merecida pelo sangue da batalha, ou em defesa do mais fraco.
Esse homem encarou a provação em silêncio, quando tomaram suas insignias e seu posto. Ele se calou quando arrancaram seu manto de batalha, sua armadura, seu escuto espada e lança...Ele silenciou quando uma covarde o colocou como maquina ultrapassada, sem utilidade jogado ao léu, descartado.
Quando esse pegou seu alforje e o lançaram portão a fora, a sua própria sorte, para valorizar u mais ladino, pois sua presença os atormentava...Sim foi ao esquecimento, levando consigo o mais precioso bem, a história da glória dos tempos honrados de seu povo, pois ele foi a própria história, ele a escreveu, junto com o sangue dos seus, que ficaram no campo e não mais voltarão ás suas casas, deixando filhos sem pais, pais sem filhos, e irmãos sozinhos á própria sorte.
Dentro de tudo dito o que lhe sobrou senão o conforto do esquecimento? E quando na hora mais negra não tivermos esses santos protetores de carne e ossos? E quando ensinarmos nossos filhos a serem tão ou pior covardes e traiçoeiros como os que nos governam, haveria realmente uma nação, haveria realmente um povo?
Quando vendermos por moedas de prata e ouro nossa liberdade, a tão baixo custo, o que seremos?
Homens ou bestas de carga dos outros...E quando a mão forte e inimiga arrancar nossos corações, oque faremos amordaçados em nova escravidão? Clamaremos aos nosso deuses, por um salvador, o mesmo que estamos desprezando seu sangue profético agora?
Quando nos empanturramos demais ficamos cegos ás verdades do mundo pois nos achamos bem longe e a parte, por escudos ilusórias de regalias e bajulações seja em ouro, favores, ou no mal uso de uma palavra. Nossa vaidade, nosso orgulho desmedido, enfraquece nosso sangue, criando venenos que nos consumirão mais tarde...Por isso ó covardes, que a cada momento matam seus heróis, os que ousam a sonhar e mudar sempre para melhor, a nos unir, sim aqueles que com métodos imundos e vis os fazem serem atirados na obscuridade, atentai...Atentai aos portões que se fecham atrás desses homens por serão as portas de suas celas, as algemas e correntes de seus futuros e hoje que alimentaram uma ninhada pequena de lobos negros, com o sangue e a alma de seus grandes, amanha terão sobre si uma enorme alcateia aumentada, e com o que os alimentarão senão com a carne de seus corpos, de seus filhos, mais vis e podres quando vós que se tornaste?
Então nessa hora do ultimo e grande combate o que farão sem seus heróis, povo fadado a destruição, se nem clamando eles, os lobos negros se deterão de devora-los?
Dentre todos esse homens desiludidos, havia um maior, em força de vontade e desejo pela vida,a vida que dito aqui é aquela simples de sobrevivência.
Muitos foram as emboscadas, e muitos foram seus inimigos que caíram dentro de sua esfera mortal de ação...Quando você sabe que vai perder? Quando sua esfera de ação se torna mais mais cadente e estreita que de seu adversário...O movimento elíptico se contrai tanto que sua esfera se torna paralisada sem ação, pois eis que aí será mortal e que vindo em rotação mais aberta se chocar, o impacto mortal será todo seus. Sua sobrevivência se dará somente se em dado momento por extrema força de vontade volte a rotacionar de dentro para fora onde, em um curto mas crescente golpe de dentro para fora atinja o seu oponente antes de toda a ação de impulso chegue na sua esfera de ação.
Foi assim que esse homem durante toda a sua vida se tornou quase imortal, pois somente com sua força, de sua vontade ele se erguia das maiores desgraças que lhe atiravam muitas vezes de pura malícia, de comandantes mimados que nunca foram aos campos de batalha e se tiveram alguma experiência veio dos livros de estoriadores fantasiosos, que também ouvira falar das artimanhas de combate sem nunca terem sentido o gosto de uma tarde em meio aos campos sacros da honra e também da ruína dos muitos que se ergueram e tombaram par o lado de lá alem terras.
Sim, ele passou por dentro das entranhas de demônios, degolou serpentes traiçoeiras e sobreviveu a um mar de inimigos que muitos tombaria na primeira onda de maré que esta viesse.
Agora esta cansado velho, outros se acham capazes de ultrapassa-lo...Jovens arrogantes de berço de ouro, ou alimentados como fieis cães nas portas das mansões e se auto intitulando pupilos, protegidos de uma classe decadente de políticas corruptas, que nem merecedoras de portas as cores da nação muito menos, administra-la...Contudo são esses mesmos que chamam ainda quando a chapa esquenta os homens que mantém a nação livre, os verdadeiros soldados da fé, da liberdade e do coração puro...A eles sonhadores, amantes do chão materno, se exige o maior sacrifício, de carregar o peso monstruoso nos ombros de salvar a sua pátria e a morada tanto dos limpos como dos tantos e muitos sujos, pois o guerreiro salvador pouco se atem aos merecedores, ele se preocupa com o todo, territorialmente, unindo cada corpo cada alma. Não se ouve em suas palavras, os ditos de pedaços, fragmentos, PARTIDÁRIOS, política, facção, seita ou religião...Como disse há só uma palavra : NAÇÃO!
Esse homem que em tempos de incerteza colocou a sua terra em ordem e entregou a sua vida inteira á sorte em benefício de terceiros desconhecidos e indignos, agora passa pelo último grande desafio, e é o pior de todos pois vem da humilhação, o descaso, da corja de arrogantes que tomaram o comando de sua grande ordem...Quando no passado falava-se em honra e dedicação, hoje se fala em traições e vaidades orgulhos efêmeros repousados em uma faixa e uma medalha que muitas vezes nem merecida pelo sangue da batalha, ou em defesa do mais fraco.
Esse homem encarou a provação em silêncio, quando tomaram suas insignias e seu posto. Ele se calou quando arrancaram seu manto de batalha, sua armadura, seu escuto espada e lança...Ele silenciou quando uma covarde o colocou como maquina ultrapassada, sem utilidade jogado ao léu, descartado.
Quando esse pegou seu alforje e o lançaram portão a fora, a sua própria sorte, para valorizar u mais ladino, pois sua presença os atormentava...Sim foi ao esquecimento, levando consigo o mais precioso bem, a história da glória dos tempos honrados de seu povo, pois ele foi a própria história, ele a escreveu, junto com o sangue dos seus, que ficaram no campo e não mais voltarão ás suas casas, deixando filhos sem pais, pais sem filhos, e irmãos sozinhos á própria sorte.
Dentro de tudo dito o que lhe sobrou senão o conforto do esquecimento? E quando na hora mais negra não tivermos esses santos protetores de carne e ossos? E quando ensinarmos nossos filhos a serem tão ou pior covardes e traiçoeiros como os que nos governam, haveria realmente uma nação, haveria realmente um povo?
Quando vendermos por moedas de prata e ouro nossa liberdade, a tão baixo custo, o que seremos?
Homens ou bestas de carga dos outros...E quando a mão forte e inimiga arrancar nossos corações, oque faremos amordaçados em nova escravidão? Clamaremos aos nosso deuses, por um salvador, o mesmo que estamos desprezando seu sangue profético agora?
Quando nos empanturramos demais ficamos cegos ás verdades do mundo pois nos achamos bem longe e a parte, por escudos ilusórias de regalias e bajulações seja em ouro, favores, ou no mal uso de uma palavra. Nossa vaidade, nosso orgulho desmedido, enfraquece nosso sangue, criando venenos que nos consumirão mais tarde...Por isso ó covardes, que a cada momento matam seus heróis, os que ousam a sonhar e mudar sempre para melhor, a nos unir, sim aqueles que com métodos imundos e vis os fazem serem atirados na obscuridade, atentai...Atentai aos portões que se fecham atrás desses homens por serão as portas de suas celas, as algemas e correntes de seus futuros e hoje que alimentaram uma ninhada pequena de lobos negros, com o sangue e a alma de seus grandes, amanha terão sobre si uma enorme alcateia aumentada, e com o que os alimentarão senão com a carne de seus corpos, de seus filhos, mais vis e podres quando vós que se tornaste?
Então nessa hora do ultimo e grande combate o que farão sem seus heróis, povo fadado a destruição, se nem clamando eles, os lobos negros se deterão de devora-los?
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