Era um dia como outro qualquer, me levanto, me arrumo...Comi umas besteiras pois a fome agora pouco me acompanhava...Esquentei um café adormecido, mas ainda cheiroso, sob as brasas de uma fogueira, que, como tudo ainda lutava , se esforçava, para continuar existindo, mesmo com o seu fim inevitável já marcado.
Eu montei logo, não me demorei pois se a caminhada é longa quanto mais esperamos o corpo parar de reclamar, mais ele nos engana, em busca de uma boa música e uma boa comida. Assim a dor se torna suportável e nos mantém na trilha certa. Eu sempre duvido quando algo vem de graça e em grande facilidade, sempre tem coelhos em meio a moita viçosa...
Na estrada, encontro pessoas com seus problemas e eu posso parar um pouco para poder ajuda-las, afinal nada é tão importante quanto o nosso bem estar e dos outro, não é mesmo? Estamos tão acostumados a correr que não olhamos para o lado, se assim o fizessem não haveria tanto incômodos nesse mundo, e quem sabe não precisariam de cavaleiros controlando a vida campesina, impondo uma ordem comum, muitas vezes não tão favorável a alguns, contudo sem essa tudo seria um completo caos.
Às vezes esses auxílios nem sempre são tão importantes ou de significância para mim, por exemplo: um dia a passo largo encontrei um homem sentado na beirada de uma ponte olhando fixamente o rio. Quando o cumprimentei ele me encarou, com seus olhos arregalados, que pareciam dizer: Salve-nos!Por favor!
Sabem, ás vezes, nosso cérebro se torna tão racional que o impensável ao resto do nosso corpo pode ocorrer...E por maias absurdo que pareça se você prestar atenção, o corpo nunca quer padecer, e esmo sem dizer nada por causa do seu cérebro, ele usa sempre algo para pedir ajuda, Seja no olhar, em seus gestos. Nessa hora eu parei apeei da montaria e em meio a ponte fiz um fogo preparei mais um café. Sim era uma parada fora da rotina, mesmo assim sera um dia como outro qualquer.
Preparei um bom café cheiroso, sob olhares daquele intrigado homem. Então o chamei para um bom gole,e quem recusa um cafe como esse? Poucos e muito menos na situação dele. Dai alguns que passavam pararam para ver aquilo tudo e também fizeram um lanche, aproveitaram a minha fogueira, para tal...E após mais gente se aproximava, vieram músico e o encontro virou uma festa!
Pessoas que moravam de longe e passavam por aquela ponte e nunca se falavam, agora paravam, conversavam, riam...Sentiam.
Em dado momento depois de muita amizades feitas vejo o olhar daquele homem se erguer e me encarar. Agora estava abraçado a mulher e aos filhos. Aqueles olhos me diziam, OBRIGADO!
Após a família se mistura a multidão e dançam muito, se divertem, unidos, motivados.
Nesse momento era hora de desmontar acampamento e seguir, pois aquele momento já não mais me pertencia, era agora só deles...E mesmo assim foi um dia como outro qualquer.
O que faz ela diferente com certeza serão as suas atitudes, e como você agiu na hora certa...
E você, o que me diz, como foi seu dia?
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