Dentre os muitos caminho e trilhas que percorri nesse mundo do Divino, encontrei muitos pouco amigos e inimigos, dos quais sempre tive pela vontade divina a chance de sobreviver...Mas de tantos, emmeio a dança de vida e morte nada mais se dá com tanta paixão e curiosidade, que a história do velho Bob.
A muito tempo, fiquei de cuidar e mapear umas antigas terras, que passariam a trilhas na serra onde percorreriam estudioso, e familiares...Com um grupo específico de desbravadores, procurávamos uma maneira mais simples de atravessar o local um tanto vasto, e ao mesmo tempo ter uma boa visão do local em si. Então foi em uma curva de descida sinuosa que o encontramos pela primeira vez, dormindo de fazer ronco bem na passagem da trilha....O velho Bob! O bicho era nada mais de que uma enorme serpente toda enrolada sobre si, descansando justamente na trilha em que passariam várias pessoas e montarias....Na serra o que mais mata depois do leão baio são as serpentes e dessa se deveria ter respeito, pois mesmo enrolado era maior que qualquer homem de nossa equipe...Mandei que todos ficassem em silêncio enquanto descia lentamente da montaria e preparava um bom disparo de seta. Contudo minha tropa era formada naquela época por homens novatos e inexperientes na questão de nestas da mata, e em meio deles apareceu um daqueles beatos da fé, que no finalzinho põem tudo a perder e quando se encontrava pronto para disparar, o danado pula de machado de guerra na mão gritando como louco:
-Filho da mentira, aspirante do cão, tu vais morrer tentação de eva!
A criatura acorda de um sobressalto fazendo perder a minha mira, e avança contra o novato, que não esperava reação do animal, tão rápia...Agora de uma certeza de morte segura tínhamos em nossas mãos, um combate de besta contra homem, na incerteza fatal, do matar ou morrer!
Me arremeti com meu sabre contra aquela serpente enorme, enquanto a tropa de carregadores se debandam e os novatos ficam estarrecidos de medo! o réptil era muito ágil, mesmo para a idade avançada, pois haviam vários anéis, no final de sua cauda, atestando isso e quem sabe por isso é que tenho sorte de estar contando essa história pois naquela época se enfrentasse o velho Bob no frescor de sua vitalidade, creio que nenhum de nós teria a mínima chance, frente a sua voracidade.
Vendo a tropa paralisada procuro trazer o bicho, para a mata fechada para desvia-los de nosso grupo, e esperando que com o entremeio de árvores, raízes, e taquaruçus, ele tivesse um erro em seu ataque e pudesse então neutraliza-lo.! Assim o terreno nos equalizou e a disputa foi acirradíssima , sendo que o erro de um era a sua morte e a vitória do outro.Começava uma dança mortal de presas, veneno e aço!
Seus botes eram defendidos pelo lado cego e resistente de meu sabre...Meus ataques rápidos era desviados, com jogos de corpos esguios e sorrateiros, que se encolhiam e armavam botes quase seguidos. O impasse se deu por longo tempo, o que já estava exaurindo nossas forças, com o cansaço logo um de nós poderia errar, sendo fatal.
O momento chega no ápice quando, o velho Bob, próximo a um tronco podre se enrola em uma raiz, ficando momentaneamente preso.Aproveito a deixa e em uma explosão de energia disparo um poderoso golpe de sabres descendente, que o faz entrar para dentro do tronco podre por função de uma rachadura no meio de seu cerne....Pensei então comigo:
-Agora você é meu velho Bob! - retesando todo o meu corpo de um só golpe tento rachar o tronco no meio e junto com ele o velho Bob.
Contudo, dentro do tronco havia algo muito duro....A ponto de quebrar a lâmina de meu sabre em duas! Infernos, como lutar com uma serpente gigante com meia lâmina, como?!!!
De alguma maneira o velho Bob percebeu meu dilema e lentamente aquela serpente negra matreira me encara com seus olhos amarelados, circundado por um estranho brilho verde, que pareciam me dizer: - Agora quem te pegou fui eu!!!
Me encolhi todo esperando para um contra ataque, pois nessa hora, em que nossas forças estão reduzidas e nosso material de armamento está reduzido somente um contra ataque pode mudar a sorte e o nosso destino, se bem aplicado....Sim, aquela cobra sabia que o próximo movimento seria o dela e ela sabia que deveria também tentar o derradeiro pois estava também se cansando. E como esperava ela se ergue e se lança em um bote, nisso eu também saltei e aquilo foi épico. Ambos estávamos no ar, livres do chão, cada um apostando no movimento que calculou....Ambos tínhamos colocado nossas almas na ponta de uma espada quebrada e presas. Contudo dessa vez a vantagem era a minha pois contra ataquei no momento certo.
Já em meio a viagem sem volta e se apercebendo disso, o velho Bob se contorce no ar tentando mudar a posição, e eu nunca havia visto aquilo antes, parecia que o bicho até pensava que nem gente! Mesmo assim consigo riscar e cortar um talho, ao lado de sua cabeça, que seguiu em um risco até meio da cauda.O mesmo caiu ferido, enquanto pequenas gotas de seu sangue se acumulavam no finco da ponta quebrada de meu sabre. Em posições opostas viramos os rostos, nos encarando. Senti nos olhos daquele animal infernal, os olhos flamejantes, e ávidos pela vingança, que apreciam me dizer: Ainda não terminamos isso!!!
Então ferido o animal correu mata adentro e se escafedeu pela ravina afora...Meus homens só podiam dizer palavras como nossa! Uau! Que foi isso , maluco? Na época em que um simples corte poderia infecionar e se morrer em três dias, devido a distancia do local, o risco foi incalculado ...Mas nossa história ainda não termina por aí...Mas por que o chamei de velho Bob. No meu vilarejo havia um cão feroz chamado Bob, que não ia com minha cara! Um dia por razão do destino, ainda pequeno foi cercado, por outros cães de rua, e foi o Bob que me socorreu...O danado pulou como um louco em cima de outros cães e eu o segui armado de um porrete e botamos todos para correr. Quando terminamos aquela batalha ele me encara rosna para mim ferozmente e se vai, como que dizendo:
-Você é o meu inimigo e nada mais ou ninguém pode tomar esse direito de mim!
Foi como dizia um antigo ditado da Serra: que nossos amigos da paz sejam nossos inimigos na guerra!
Assim como o cão de minha infância o velho Bob me escolheu como seu inimigo e eu respeitava isso, estávamos fadados á alguma tragédia grega,e não terminaria no final nada bem, mas essa é outra história...
sexta-feira, 24 de abril de 2015
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